BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a bancar a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no cargo. ”A Nísia não é ministra do Brasil, ela é minha ministra”, disse Lula. Na cerimônia de sanção do novo programa Mais Médicos nesta sexta-feira, 14, o chefe do Executivo citou o diálogo com o Congresso e a negociação para o Centrão ter mais espaços no governo.
“Tem ministros que não são trocáveis”, disse o presidente da República sobre os ministérios cobiçados pelo Centrão. Ele também afirmou ter orgulho de ter a escolhido para a Pasta. Afirmou que ela só perderá o cargo se não cumprir sua função satisfatoriamente.
Lula ainda declarou que lê notícias todos os dias sobre mudanças nos ministérios, e brincou que só faltaria ele próprio “se trocar”.
O presidente também falou sobre o Congresso Nacional, com o qual tenta estreitar relações. “O Congresso pode ter o defeito que vocês quiserem, mas é a cara de vocês no dia da eleição”, disse o petista.
Cerimônia do Mais Médicos
Nísia foi uma das ministras que participou da cerimônia, realizada no Palácio do Planalto. Ao ser anunciada para discursar, ela foi ovacionada pela plateia do local sob o coro de “Mulher guerreira do povo brasileiro”.
Com a sanção do novo Mais Médicos, fica instituída a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que deve incluir mais 15 mil profissionais na atenção básica do SUS em 2023.
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A prioridade é para regiões com maior vulnerabilidade socioeconômica. Na cerimônia, Lula também criou um Grupo de Trabalho Interministerial que vai elaborar regras para reservas de vagas a médicos com deficiência e de grupos étnico-raciais.
A equipe, coordenado pelo Ministério da Saúde, terá a participação das Pastas da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e Cidadania, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e do Planejamento.