Aproximadamente 300 pessoas integrantes da organização não-governamental ?Deserto Verde e Reaja, Espírito Santo?, que reúne mais de 100 entidades, aguardavam a chegada do presidente Fernando Henrique Cardoso, pouco antes da inaguração da terceira etapa da fábrica Aracruz Celulose, que acontece hoje. O grupo é integrado por índios, agricultores familiares, membros remanescentes de quilombos, pescadores e ambientalistas, que protestam contra os investimentos de R$ 840 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para construção desta etapa da Aracruz. O coordenador do movimento, Marcelo Calazans, da Deserto Verde, disse que a fábrica é o maior obstáculo para a reforma agrária no Estado, porque a Aracruz compra as terrras por preço superior ao que o Instituto Nacional de Colonização e Refornma Agrária (Incra) pagaria, e isso tira os agricultores familiares do campo e incha a periferia de Vitória. "Chega de monocultura! Queremos Mata Atlântica", diz uma das 18 faixas estendidas para receber o presidente, em referência ao plantio de eucaliptos para alimentar a fábrica e à destruição da Mata Atlântica. Fernando Henrique chegou de helicóptero e só pôde ver a manifestação do alto.
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