As relações entre o Poder Civil e o poder Militar

Coronel Cid foi ‘avisado’ por colegas por seu papel durante governo Bolsonaro


Ex-ajudante de ordens ouviu advertências de colegas e de generais sobre seu comportamento durante o governo do ex-presidente; prisão de oficial causa constrangimento durante visita de Lula ao QG da Força Terrestre

Por Marcelo Godoy

A Polícia Federal (PF) escolheu a dedo o dia para cumprir a prisão do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid na Operação Venire: nesta quarta-feira, 3, Luiz Inácio Lula da Silva almoçou no quartel-general do Exército com todo o Alto Comando da Força Terrestre. O constrangimento entre os militares pode ser medido pelas redes sociais – dos grupos de WhatsApp às contas mantidas pelos Exército. O tom geral é de contestação da legalidade da prisão e de questionamentos sobre o que o Alto Comando pretende fazer em relação ao caso.

Presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) participa de sabatina do polo dos veículos de imprensa Estadão, SBT, CNN, Veja, Terra, Rádio Eldorado e Rádio Nova Brasil no estúdio do SBT. Acompanha o Presidente seu braço direito tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid 

Nenhum dos militares ouvidos pela coluna acredita que Lula tivesse ciência de que a operação ia ocorrer, mas muitos desconfiam de Alexandre de Moraes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que expediu os mandados de prisão. O questionamento principal a Moraes é se o tipo de crime investigado justificaria a decretação da prisão do oficial. De toda forma, eles consideram que o episódio deve ajudar a enterrar a carreira de Mauro Cid, que foi detido no Setor Militar Urbano, em Brasília.

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Cid foi advertido mais de uma vez por colegas e por superiores quando era ajudante de ordens de Bolsonaro de que estava aparecendo demais, que era preciso ser mais discreto, que ele poderia se prejudicar pela forma que atuava ao lado do presidente. Bolsonaro é amigo do pai do tenente-coronel, o general Mauro Cesar Lourena Cid. Os dois eram colegas de turma na Academia Militar das Agulhas Negras. Mas não só.

O avô do tenente-coronel Cid, o coronel Antonio Carlos Cid, um artilheiro da turma de 1955 da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), trabalhou na Casa Militar sob as ordens do general Bayma Denys, durante o governo de José Sarney. Anos antes, Antonio Carlos ajudara o então cadete Bolsonaro em um momento importante: o futuro presidente se indispôs com um oficial médico na Aman, e o episódio só não teve consequências mais graves porque o avô do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro interveio.

Para militares, as consequências da operação da PF poderiam ter sido ainda piores para o Exército, caso o tenente-coronel Cid estivesse à frente do batalhão de comandos, função para a qual havia sido designado ainda no fim do governo de Bolsonaro. Foi a discordância do atual governo de mantê-lo no cargo que levou à queda do general Julio César Arruda, em 23 de janeiro. Arruda foi substituído no comando do Exército pelo general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, justamente, o anfitrião de Lula hoje no QG, em Brasília.

A Polícia Federal (PF) escolheu a dedo o dia para cumprir a prisão do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid na Operação Venire: nesta quarta-feira, 3, Luiz Inácio Lula da Silva almoçou no quartel-general do Exército com todo o Alto Comando da Força Terrestre. O constrangimento entre os militares pode ser medido pelas redes sociais – dos grupos de WhatsApp às contas mantidas pelos Exército. O tom geral é de contestação da legalidade da prisão e de questionamentos sobre o que o Alto Comando pretende fazer em relação ao caso.

Presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) participa de sabatina do polo dos veículos de imprensa Estadão, SBT, CNN, Veja, Terra, Rádio Eldorado e Rádio Nova Brasil no estúdio do SBT. Acompanha o Presidente seu braço direito tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid 

Nenhum dos militares ouvidos pela coluna acredita que Lula tivesse ciência de que a operação ia ocorrer, mas muitos desconfiam de Alexandre de Moraes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que expediu os mandados de prisão. O questionamento principal a Moraes é se o tipo de crime investigado justificaria a decretação da prisão do oficial. De toda forma, eles consideram que o episódio deve ajudar a enterrar a carreira de Mauro Cid, que foi detido no Setor Militar Urbano, em Brasília.

Cid foi advertido mais de uma vez por colegas e por superiores quando era ajudante de ordens de Bolsonaro de que estava aparecendo demais, que era preciso ser mais discreto, que ele poderia se prejudicar pela forma que atuava ao lado do presidente. Bolsonaro é amigo do pai do tenente-coronel, o general Mauro Cesar Lourena Cid. Os dois eram colegas de turma na Academia Militar das Agulhas Negras. Mas não só.

O avô do tenente-coronel Cid, o coronel Antonio Carlos Cid, um artilheiro da turma de 1955 da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), trabalhou na Casa Militar sob as ordens do general Bayma Denys, durante o governo de José Sarney. Anos antes, Antonio Carlos ajudara o então cadete Bolsonaro em um momento importante: o futuro presidente se indispôs com um oficial médico na Aman, e o episódio só não teve consequências mais graves porque o avô do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro interveio.

Para militares, as consequências da operação da PF poderiam ter sido ainda piores para o Exército, caso o tenente-coronel Cid estivesse à frente do batalhão de comandos, função para a qual havia sido designado ainda no fim do governo de Bolsonaro. Foi a discordância do atual governo de mantê-lo no cargo que levou à queda do general Julio César Arruda, em 23 de janeiro. Arruda foi substituído no comando do Exército pelo general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, justamente, o anfitrião de Lula hoje no QG, em Brasília.

A Polícia Federal (PF) escolheu a dedo o dia para cumprir a prisão do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid na Operação Venire: nesta quarta-feira, 3, Luiz Inácio Lula da Silva almoçou no quartel-general do Exército com todo o Alto Comando da Força Terrestre. O constrangimento entre os militares pode ser medido pelas redes sociais – dos grupos de WhatsApp às contas mantidas pelos Exército. O tom geral é de contestação da legalidade da prisão e de questionamentos sobre o que o Alto Comando pretende fazer em relação ao caso.

Presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) participa de sabatina do polo dos veículos de imprensa Estadão, SBT, CNN, Veja, Terra, Rádio Eldorado e Rádio Nova Brasil no estúdio do SBT. Acompanha o Presidente seu braço direito tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid 

Nenhum dos militares ouvidos pela coluna acredita que Lula tivesse ciência de que a operação ia ocorrer, mas muitos desconfiam de Alexandre de Moraes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que expediu os mandados de prisão. O questionamento principal a Moraes é se o tipo de crime investigado justificaria a decretação da prisão do oficial. De toda forma, eles consideram que o episódio deve ajudar a enterrar a carreira de Mauro Cid, que foi detido no Setor Militar Urbano, em Brasília.

Cid foi advertido mais de uma vez por colegas e por superiores quando era ajudante de ordens de Bolsonaro de que estava aparecendo demais, que era preciso ser mais discreto, que ele poderia se prejudicar pela forma que atuava ao lado do presidente. Bolsonaro é amigo do pai do tenente-coronel, o general Mauro Cesar Lourena Cid. Os dois eram colegas de turma na Academia Militar das Agulhas Negras. Mas não só.

O avô do tenente-coronel Cid, o coronel Antonio Carlos Cid, um artilheiro da turma de 1955 da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), trabalhou na Casa Militar sob as ordens do general Bayma Denys, durante o governo de José Sarney. Anos antes, Antonio Carlos ajudara o então cadete Bolsonaro em um momento importante: o futuro presidente se indispôs com um oficial médico na Aman, e o episódio só não teve consequências mais graves porque o avô do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro interveio.

Para militares, as consequências da operação da PF poderiam ter sido ainda piores para o Exército, caso o tenente-coronel Cid estivesse à frente do batalhão de comandos, função para a qual havia sido designado ainda no fim do governo de Bolsonaro. Foi a discordância do atual governo de mantê-lo no cargo que levou à queda do general Julio César Arruda, em 23 de janeiro. Arruda foi substituído no comando do Exército pelo general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, justamente, o anfitrião de Lula hoje no QG, em Brasília.

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