As relações entre o Poder Civil e o poder Militar

O silêncio dos militares e o futuro dos generais bolsonaristas


Bancada das Forças Armadas mantém seis deputados federais e ganha um senador enquanto Bolsonaro reconhece a legitimidade do resultado das urnas e comando mantém distância do pleito

Por Marcelo Godoy
Atualização:

O primeiro turno da eleição presidencial terminou sem a invasão dos CACs, revolta de PMs ou tanques nas ruas. Após receber 43% dos votos, Jair Bolsonaro fez uma manifestação moderada, na qual admitiu piora da situação econômica e, com seu discurso, legitimou o resultado das urnas, que o coloca 6 milhões de votos atrás de seu adversário no segundo turno, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Oliveira foi votar em uma escola como um cidadão qualquer. Seu secretário-executivo, general Sérgio José Pereira, saiu de férias há duas semanas – prova absoluta de que ninguém esperava nada grave para o 2 de outubro. Ao reconhecer o resultado das urnas nesse 2 de outubro, Bolsonaro esvaziou o discurso de fraude – se ela não houve no primeiro turno, por que haveria no segundo, se as urnas são as mesmas?

Bolsonaro e o comandante do Exército, general Freire Gomes, em evento militar que comemorou o Dia do Soldado (25/8/2022). Foto: Evaristo Sá/AFP
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Como explicar que urnas trucadas pudessem dar a vitória a tantos ex-ministros de seus governo e a militares como os generais Hamilton Mourão (eleito senador pelo Rio Grande do Sul), Eduardo Pazuello (deputado pelo Rio), Eliéser Girão (reeleito deputado pelo Rio Grande do Norte). Ao todo, sete militares das Forças Armadas estarão no Congresso em 2023, um a mais do que em 2018 – são seis deputados e um senador. Dois dos atuais deputados não foram reeleitos, entre eles o moderado general Roberto Peternelli (União-SP), único que não acompanhara Bolsonaro na ida ao PL.

Enquanto os militares bolsonaristas encerravam dessa forma sua participação nas urnas, nos quartéis o mais absoluto silêncio era mantido. A decisão do general Marco Antonio Freire Gomes de determinar aos comandados que mantenham distância de políticos na eleição selou de vez o desejo de separar o Exército da campanha eleitoral, na qual muitos militares da reserva disputam cadeiras no Congresso e no Planalto. Busca-se preservar a instituição e recuperar a institucionalidade.

Trata-se de uma reviravolta em relação à postura do general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército em 2018. Naquele ano, ele não só publicou tuíte às vésperas do julgamento do habeas corpus de Luiz Inácio Lula da Silva como não puniu subordinados que se manifestaram politicamente. Hamilton Mourão se tornou assim conhecido e vice na chapa de Jair Bolsonaro.

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Outros exemplos se seguiram. Vinte dias antes do início da campanha, o então comandante militar do Sudeste, Luiz Eduardo Ramos, futuro ministro de Bolsonaro, discursou em seu quartel: “A lei tem de ser cumprida, independentemente de quem está sendo atingido por ela. Não podemos transigir com as leis vigentes, buscando atender a interesses pessoais ou até mesmo político-partidários.”

Fazia coro com Villas Bôas contra a impunidade. No Sul, o general Antonio Miotto exibia discurso semelhante, enquanto a segurança do Rio estava nas mãos de Walter Braga Netto, hoje candidato a vice com Bolsonaro. Um grupo de generais chegou mesmo a defender que não era possível ter eleição após a facada sofrida por Bolsonaro.

Temer e Villas Bôas em 2018: segundo Rosenfield, encontros revelam desgaste da relação do PT com militares. Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS
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É desse protagonismo que o Alto Comando quer distância, diante do preço pago pela associação com o governo. Dois episódios foram fundamentais: a ruptura do presidente com o ex-juiz Sérgio Moro e o caso do general Eduardo Pazuello. Ao impor a impunidade de Pazuello, que na ativa compareceu ao comício do presidente, Bolsonaro ganhou a batalha, mas perdeu “seu Exército”.

Com o tempo, as insinuações golpistas do presidente receberam a reprovação de generais como Santos Cruz, João Pires de Campos e Sérgio Etchegoyen. E a campanha de Lula enterrou parte das preocupações militares, quando o ex-ministro da Defesa Celso Amorim disse ao Estadão que a Comissão Nacional da Verdade é “passado”. “Não vamos mexer nisso.”

Para o segundo turno, Bolsonaro deve contar com os votos de quase todos os integrantes do Alto Comando, mas a maioria vai fechar o nariz antes de digitar o 22 na urna. Um voto que os generais da reserva e hoje políticos do PL, do União Brasil e do Republicanos anunciam há tempos. A cartada da força – sempre a opção de governantes que não buscam o consenso – está há muito fora do alcance de Bolsonaro.

O primeiro turno da eleição presidencial terminou sem a invasão dos CACs, revolta de PMs ou tanques nas ruas. Após receber 43% dos votos, Jair Bolsonaro fez uma manifestação moderada, na qual admitiu piora da situação econômica e, com seu discurso, legitimou o resultado das urnas, que o coloca 6 milhões de votos atrás de seu adversário no segundo turno, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Oliveira foi votar em uma escola como um cidadão qualquer. Seu secretário-executivo, general Sérgio José Pereira, saiu de férias há duas semanas – prova absoluta de que ninguém esperava nada grave para o 2 de outubro. Ao reconhecer o resultado das urnas nesse 2 de outubro, Bolsonaro esvaziou o discurso de fraude – se ela não houve no primeiro turno, por que haveria no segundo, se as urnas são as mesmas?

Bolsonaro e o comandante do Exército, general Freire Gomes, em evento militar que comemorou o Dia do Soldado (25/8/2022). Foto: Evaristo Sá/AFP

Como explicar que urnas trucadas pudessem dar a vitória a tantos ex-ministros de seus governo e a militares como os generais Hamilton Mourão (eleito senador pelo Rio Grande do Sul), Eduardo Pazuello (deputado pelo Rio), Eliéser Girão (reeleito deputado pelo Rio Grande do Norte). Ao todo, sete militares das Forças Armadas estarão no Congresso em 2023, um a mais do que em 2018 – são seis deputados e um senador. Dois dos atuais deputados não foram reeleitos, entre eles o moderado general Roberto Peternelli (União-SP), único que não acompanhara Bolsonaro na ida ao PL.

Enquanto os militares bolsonaristas encerravam dessa forma sua participação nas urnas, nos quartéis o mais absoluto silêncio era mantido. A decisão do general Marco Antonio Freire Gomes de determinar aos comandados que mantenham distância de políticos na eleição selou de vez o desejo de separar o Exército da campanha eleitoral, na qual muitos militares da reserva disputam cadeiras no Congresso e no Planalto. Busca-se preservar a instituição e recuperar a institucionalidade.

Trata-se de uma reviravolta em relação à postura do general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército em 2018. Naquele ano, ele não só publicou tuíte às vésperas do julgamento do habeas corpus de Luiz Inácio Lula da Silva como não puniu subordinados que se manifestaram politicamente. Hamilton Mourão se tornou assim conhecido e vice na chapa de Jair Bolsonaro.

Outros exemplos se seguiram. Vinte dias antes do início da campanha, o então comandante militar do Sudeste, Luiz Eduardo Ramos, futuro ministro de Bolsonaro, discursou em seu quartel: “A lei tem de ser cumprida, independentemente de quem está sendo atingido por ela. Não podemos transigir com as leis vigentes, buscando atender a interesses pessoais ou até mesmo político-partidários.”

Fazia coro com Villas Bôas contra a impunidade. No Sul, o general Antonio Miotto exibia discurso semelhante, enquanto a segurança do Rio estava nas mãos de Walter Braga Netto, hoje candidato a vice com Bolsonaro. Um grupo de generais chegou mesmo a defender que não era possível ter eleição após a facada sofrida por Bolsonaro.

Temer e Villas Bôas em 2018: segundo Rosenfield, encontros revelam desgaste da relação do PT com militares. Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

É desse protagonismo que o Alto Comando quer distância, diante do preço pago pela associação com o governo. Dois episódios foram fundamentais: a ruptura do presidente com o ex-juiz Sérgio Moro e o caso do general Eduardo Pazuello. Ao impor a impunidade de Pazuello, que na ativa compareceu ao comício do presidente, Bolsonaro ganhou a batalha, mas perdeu “seu Exército”.

Com o tempo, as insinuações golpistas do presidente receberam a reprovação de generais como Santos Cruz, João Pires de Campos e Sérgio Etchegoyen. E a campanha de Lula enterrou parte das preocupações militares, quando o ex-ministro da Defesa Celso Amorim disse ao Estadão que a Comissão Nacional da Verdade é “passado”. “Não vamos mexer nisso.”

Para o segundo turno, Bolsonaro deve contar com os votos de quase todos os integrantes do Alto Comando, mas a maioria vai fechar o nariz antes de digitar o 22 na urna. Um voto que os generais da reserva e hoje políticos do PL, do União Brasil e do Republicanos anunciam há tempos. A cartada da força – sempre a opção de governantes que não buscam o consenso – está há muito fora do alcance de Bolsonaro.

O primeiro turno da eleição presidencial terminou sem a invasão dos CACs, revolta de PMs ou tanques nas ruas. Após receber 43% dos votos, Jair Bolsonaro fez uma manifestação moderada, na qual admitiu piora da situação econômica e, com seu discurso, legitimou o resultado das urnas, que o coloca 6 milhões de votos atrás de seu adversário no segundo turno, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Oliveira foi votar em uma escola como um cidadão qualquer. Seu secretário-executivo, general Sérgio José Pereira, saiu de férias há duas semanas – prova absoluta de que ninguém esperava nada grave para o 2 de outubro. Ao reconhecer o resultado das urnas nesse 2 de outubro, Bolsonaro esvaziou o discurso de fraude – se ela não houve no primeiro turno, por que haveria no segundo, se as urnas são as mesmas?

Bolsonaro e o comandante do Exército, general Freire Gomes, em evento militar que comemorou o Dia do Soldado (25/8/2022). Foto: Evaristo Sá/AFP

Como explicar que urnas trucadas pudessem dar a vitória a tantos ex-ministros de seus governo e a militares como os generais Hamilton Mourão (eleito senador pelo Rio Grande do Sul), Eduardo Pazuello (deputado pelo Rio), Eliéser Girão (reeleito deputado pelo Rio Grande do Norte). Ao todo, sete militares das Forças Armadas estarão no Congresso em 2023, um a mais do que em 2018 – são seis deputados e um senador. Dois dos atuais deputados não foram reeleitos, entre eles o moderado general Roberto Peternelli (União-SP), único que não acompanhara Bolsonaro na ida ao PL.

Enquanto os militares bolsonaristas encerravam dessa forma sua participação nas urnas, nos quartéis o mais absoluto silêncio era mantido. A decisão do general Marco Antonio Freire Gomes de determinar aos comandados que mantenham distância de políticos na eleição selou de vez o desejo de separar o Exército da campanha eleitoral, na qual muitos militares da reserva disputam cadeiras no Congresso e no Planalto. Busca-se preservar a instituição e recuperar a institucionalidade.

Trata-se de uma reviravolta em relação à postura do general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército em 2018. Naquele ano, ele não só publicou tuíte às vésperas do julgamento do habeas corpus de Luiz Inácio Lula da Silva como não puniu subordinados que se manifestaram politicamente. Hamilton Mourão se tornou assim conhecido e vice na chapa de Jair Bolsonaro.

Outros exemplos se seguiram. Vinte dias antes do início da campanha, o então comandante militar do Sudeste, Luiz Eduardo Ramos, futuro ministro de Bolsonaro, discursou em seu quartel: “A lei tem de ser cumprida, independentemente de quem está sendo atingido por ela. Não podemos transigir com as leis vigentes, buscando atender a interesses pessoais ou até mesmo político-partidários.”

Fazia coro com Villas Bôas contra a impunidade. No Sul, o general Antonio Miotto exibia discurso semelhante, enquanto a segurança do Rio estava nas mãos de Walter Braga Netto, hoje candidato a vice com Bolsonaro. Um grupo de generais chegou mesmo a defender que não era possível ter eleição após a facada sofrida por Bolsonaro.

Temer e Villas Bôas em 2018: segundo Rosenfield, encontros revelam desgaste da relação do PT com militares. Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

É desse protagonismo que o Alto Comando quer distância, diante do preço pago pela associação com o governo. Dois episódios foram fundamentais: a ruptura do presidente com o ex-juiz Sérgio Moro e o caso do general Eduardo Pazuello. Ao impor a impunidade de Pazuello, que na ativa compareceu ao comício do presidente, Bolsonaro ganhou a batalha, mas perdeu “seu Exército”.

Com o tempo, as insinuações golpistas do presidente receberam a reprovação de generais como Santos Cruz, João Pires de Campos e Sérgio Etchegoyen. E a campanha de Lula enterrou parte das preocupações militares, quando o ex-ministro da Defesa Celso Amorim disse ao Estadão que a Comissão Nacional da Verdade é “passado”. “Não vamos mexer nisso.”

Para o segundo turno, Bolsonaro deve contar com os votos de quase todos os integrantes do Alto Comando, mas a maioria vai fechar o nariz antes de digitar o 22 na urna. Um voto que os generais da reserva e hoje políticos do PL, do União Brasil e do Republicanos anunciam há tempos. A cartada da força – sempre a opção de governantes que não buscam o consenso – está há muito fora do alcance de Bolsonaro.

O primeiro turno da eleição presidencial terminou sem a invasão dos CACs, revolta de PMs ou tanques nas ruas. Após receber 43% dos votos, Jair Bolsonaro fez uma manifestação moderada, na qual admitiu piora da situação econômica e, com seu discurso, legitimou o resultado das urnas, que o coloca 6 milhões de votos atrás de seu adversário no segundo turno, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Oliveira foi votar em uma escola como um cidadão qualquer. Seu secretário-executivo, general Sérgio José Pereira, saiu de férias há duas semanas – prova absoluta de que ninguém esperava nada grave para o 2 de outubro. Ao reconhecer o resultado das urnas nesse 2 de outubro, Bolsonaro esvaziou o discurso de fraude – se ela não houve no primeiro turno, por que haveria no segundo, se as urnas são as mesmas?

Bolsonaro e o comandante do Exército, general Freire Gomes, em evento militar que comemorou o Dia do Soldado (25/8/2022). Foto: Evaristo Sá/AFP

Como explicar que urnas trucadas pudessem dar a vitória a tantos ex-ministros de seus governo e a militares como os generais Hamilton Mourão (eleito senador pelo Rio Grande do Sul), Eduardo Pazuello (deputado pelo Rio), Eliéser Girão (reeleito deputado pelo Rio Grande do Norte). Ao todo, sete militares das Forças Armadas estarão no Congresso em 2023, um a mais do que em 2018 – são seis deputados e um senador. Dois dos atuais deputados não foram reeleitos, entre eles o moderado general Roberto Peternelli (União-SP), único que não acompanhara Bolsonaro na ida ao PL.

Enquanto os militares bolsonaristas encerravam dessa forma sua participação nas urnas, nos quartéis o mais absoluto silêncio era mantido. A decisão do general Marco Antonio Freire Gomes de determinar aos comandados que mantenham distância de políticos na eleição selou de vez o desejo de separar o Exército da campanha eleitoral, na qual muitos militares da reserva disputam cadeiras no Congresso e no Planalto. Busca-se preservar a instituição e recuperar a institucionalidade.

Trata-se de uma reviravolta em relação à postura do general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército em 2018. Naquele ano, ele não só publicou tuíte às vésperas do julgamento do habeas corpus de Luiz Inácio Lula da Silva como não puniu subordinados que se manifestaram politicamente. Hamilton Mourão se tornou assim conhecido e vice na chapa de Jair Bolsonaro.

Outros exemplos se seguiram. Vinte dias antes do início da campanha, o então comandante militar do Sudeste, Luiz Eduardo Ramos, futuro ministro de Bolsonaro, discursou em seu quartel: “A lei tem de ser cumprida, independentemente de quem está sendo atingido por ela. Não podemos transigir com as leis vigentes, buscando atender a interesses pessoais ou até mesmo político-partidários.”

Fazia coro com Villas Bôas contra a impunidade. No Sul, o general Antonio Miotto exibia discurso semelhante, enquanto a segurança do Rio estava nas mãos de Walter Braga Netto, hoje candidato a vice com Bolsonaro. Um grupo de generais chegou mesmo a defender que não era possível ter eleição após a facada sofrida por Bolsonaro.

Temer e Villas Bôas em 2018: segundo Rosenfield, encontros revelam desgaste da relação do PT com militares. Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

É desse protagonismo que o Alto Comando quer distância, diante do preço pago pela associação com o governo. Dois episódios foram fundamentais: a ruptura do presidente com o ex-juiz Sérgio Moro e o caso do general Eduardo Pazuello. Ao impor a impunidade de Pazuello, que na ativa compareceu ao comício do presidente, Bolsonaro ganhou a batalha, mas perdeu “seu Exército”.

Com o tempo, as insinuações golpistas do presidente receberam a reprovação de generais como Santos Cruz, João Pires de Campos e Sérgio Etchegoyen. E a campanha de Lula enterrou parte das preocupações militares, quando o ex-ministro da Defesa Celso Amorim disse ao Estadão que a Comissão Nacional da Verdade é “passado”. “Não vamos mexer nisso.”

Para o segundo turno, Bolsonaro deve contar com os votos de quase todos os integrantes do Alto Comando, mas a maioria vai fechar o nariz antes de digitar o 22 na urna. Um voto que os generais da reserva e hoje políticos do PL, do União Brasil e do Republicanos anunciam há tempos. A cartada da força – sempre a opção de governantes que não buscam o consenso – está há muito fora do alcance de Bolsonaro.

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