As relações entre o Poder Civil e o poder Militar

‘Projeto de Nação’ dos generais contou com a estrutura dos ministérios para ser elaborado


Plano de austeridade bolsonarista quer cobrar atendimento no SUS, mas não trata do fim dos privilégios das corporações da burocracia civil e militar

Por Marcelo Godoy
Atualização:

O País se deu conta nesta semana de que o projeto dos militares que apoiam o governo de Jair Bolsonaro prevê a manutenção do poder até 2035. Até lá, eles terão avançado na tarefa de remodelar o Estado, vencendo uma nova guerra. Na falta do Movimento Comunista Internacional, identificam o “globalismo” como a doutrina inimiga que pretende subjugar a Pátria.

É a banca internacional – a alta finança – que ocupa o lugar que um dia foi dos bolcheviques, criando uma situação interessante. O discurso contra a plutocracia, tão em moda entre os radicais da direita dos anos 1920, orgulha-se em dividir a mesa com Elon Musk, mas é refratário ao dinheiro de George Soros.

O plano dos generais Eduardo Villas Bôas e Hamilton Mourão defende a austeridade pública. Foto: Adriano Machado/Reuters
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O plano dos generais Eduardo Villas Bôas e Hamilton Mourão defende a austeridade pública. Quer cobrar o atendimento no SUS de quem ganha mais de três salários mínimos. Pretende impor mensalidades aos alunos das universidades federais enquanto os cadetes das Forças Armadas e das polícias recebem soldo nas suas escolas porque o estudo ali é visto como serviço.

Ao tratar da Educação, a intenção do plano fica mais nítida. Ele quer “desideologizar” o ensino no País. Como fazer isso sem afrontar a liberdade de cátedra, a autonomia universitária e a liberdade de pensamento é algo que não se explica. É curioso que generais se sintam à vontade para impor ao mundo acadêmico aquilo que acusavam o PT de tentar impor às escolas de formação de oficiais: um currículo ao gosto de sua visão de mundo.

Tudo isso está no Projeto de Nação, o Brasil em 2035, estudo do Instituto Villas Bôas que contou com o apoio de Mourão e com a estrutura dos ministérios, que distribuíram questionários pelo País, cujas respostas moldaram o documento, conforme disse seu coordenador, o general Rocha Paiva. Assim é fácil.

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O leitmotiv do trabalho seria a tutela ideológica da sociedade? Se não, como explicar que até no capítulo que trata do combate à corrupção conste como diretriz para atingir esse objetivo “coibir a pregação ideológica radical nos três níveis da Educação”? É como se a corrupção fosse problema da ideologia que se pretende combater: a dos outros. Ela não existe no ouro dos pastores da Educação, no orçamento secreto, na compra de caminhões de lixo e na rachadinha.

Por fim, quem oferece um projeto à Nação silencia sobre o exemplo que deve dar ao País. Ele não trata do fim dos privilégios das corporações da burocracia civil e militar. Não se toca no acúmulo de salários, na aposentadoria integral de militares e nas gratificações e auxílios deles e de carreiras, como a dos magistrados. Fica-se, assim, com a impressão de que a austeridade do projeto é só uma pimenta jogada nos olhos dos outros.

O País se deu conta nesta semana de que o projeto dos militares que apoiam o governo de Jair Bolsonaro prevê a manutenção do poder até 2035. Até lá, eles terão avançado na tarefa de remodelar o Estado, vencendo uma nova guerra. Na falta do Movimento Comunista Internacional, identificam o “globalismo” como a doutrina inimiga que pretende subjugar a Pátria.

É a banca internacional – a alta finança – que ocupa o lugar que um dia foi dos bolcheviques, criando uma situação interessante. O discurso contra a plutocracia, tão em moda entre os radicais da direita dos anos 1920, orgulha-se em dividir a mesa com Elon Musk, mas é refratário ao dinheiro de George Soros.

O plano dos generais Eduardo Villas Bôas e Hamilton Mourão defende a austeridade pública. Foto: Adriano Machado/Reuters

O plano dos generais Eduardo Villas Bôas e Hamilton Mourão defende a austeridade pública. Quer cobrar o atendimento no SUS de quem ganha mais de três salários mínimos. Pretende impor mensalidades aos alunos das universidades federais enquanto os cadetes das Forças Armadas e das polícias recebem soldo nas suas escolas porque o estudo ali é visto como serviço.

Ao tratar da Educação, a intenção do plano fica mais nítida. Ele quer “desideologizar” o ensino no País. Como fazer isso sem afrontar a liberdade de cátedra, a autonomia universitária e a liberdade de pensamento é algo que não se explica. É curioso que generais se sintam à vontade para impor ao mundo acadêmico aquilo que acusavam o PT de tentar impor às escolas de formação de oficiais: um currículo ao gosto de sua visão de mundo.

Tudo isso está no Projeto de Nação, o Brasil em 2035, estudo do Instituto Villas Bôas que contou com o apoio de Mourão e com a estrutura dos ministérios, que distribuíram questionários pelo País, cujas respostas moldaram o documento, conforme disse seu coordenador, o general Rocha Paiva. Assim é fácil.

O leitmotiv do trabalho seria a tutela ideológica da sociedade? Se não, como explicar que até no capítulo que trata do combate à corrupção conste como diretriz para atingir esse objetivo “coibir a pregação ideológica radical nos três níveis da Educação”? É como se a corrupção fosse problema da ideologia que se pretende combater: a dos outros. Ela não existe no ouro dos pastores da Educação, no orçamento secreto, na compra de caminhões de lixo e na rachadinha.

Por fim, quem oferece um projeto à Nação silencia sobre o exemplo que deve dar ao País. Ele não trata do fim dos privilégios das corporações da burocracia civil e militar. Não se toca no acúmulo de salários, na aposentadoria integral de militares e nas gratificações e auxílios deles e de carreiras, como a dos magistrados. Fica-se, assim, com a impressão de que a austeridade do projeto é só uma pimenta jogada nos olhos dos outros.

O País se deu conta nesta semana de que o projeto dos militares que apoiam o governo de Jair Bolsonaro prevê a manutenção do poder até 2035. Até lá, eles terão avançado na tarefa de remodelar o Estado, vencendo uma nova guerra. Na falta do Movimento Comunista Internacional, identificam o “globalismo” como a doutrina inimiga que pretende subjugar a Pátria.

É a banca internacional – a alta finança – que ocupa o lugar que um dia foi dos bolcheviques, criando uma situação interessante. O discurso contra a plutocracia, tão em moda entre os radicais da direita dos anos 1920, orgulha-se em dividir a mesa com Elon Musk, mas é refratário ao dinheiro de George Soros.

O plano dos generais Eduardo Villas Bôas e Hamilton Mourão defende a austeridade pública. Foto: Adriano Machado/Reuters

O plano dos generais Eduardo Villas Bôas e Hamilton Mourão defende a austeridade pública. Quer cobrar o atendimento no SUS de quem ganha mais de três salários mínimos. Pretende impor mensalidades aos alunos das universidades federais enquanto os cadetes das Forças Armadas e das polícias recebem soldo nas suas escolas porque o estudo ali é visto como serviço.

Ao tratar da Educação, a intenção do plano fica mais nítida. Ele quer “desideologizar” o ensino no País. Como fazer isso sem afrontar a liberdade de cátedra, a autonomia universitária e a liberdade de pensamento é algo que não se explica. É curioso que generais se sintam à vontade para impor ao mundo acadêmico aquilo que acusavam o PT de tentar impor às escolas de formação de oficiais: um currículo ao gosto de sua visão de mundo.

Tudo isso está no Projeto de Nação, o Brasil em 2035, estudo do Instituto Villas Bôas que contou com o apoio de Mourão e com a estrutura dos ministérios, que distribuíram questionários pelo País, cujas respostas moldaram o documento, conforme disse seu coordenador, o general Rocha Paiva. Assim é fácil.

O leitmotiv do trabalho seria a tutela ideológica da sociedade? Se não, como explicar que até no capítulo que trata do combate à corrupção conste como diretriz para atingir esse objetivo “coibir a pregação ideológica radical nos três níveis da Educação”? É como se a corrupção fosse problema da ideologia que se pretende combater: a dos outros. Ela não existe no ouro dos pastores da Educação, no orçamento secreto, na compra de caminhões de lixo e na rachadinha.

Por fim, quem oferece um projeto à Nação silencia sobre o exemplo que deve dar ao País. Ele não trata do fim dos privilégios das corporações da burocracia civil e militar. Não se toca no acúmulo de salários, na aposentadoria integral de militares e nas gratificações e auxílios deles e de carreiras, como a dos magistrados. Fica-se, assim, com a impressão de que a austeridade do projeto é só uma pimenta jogada nos olhos dos outros.

O País se deu conta nesta semana de que o projeto dos militares que apoiam o governo de Jair Bolsonaro prevê a manutenção do poder até 2035. Até lá, eles terão avançado na tarefa de remodelar o Estado, vencendo uma nova guerra. Na falta do Movimento Comunista Internacional, identificam o “globalismo” como a doutrina inimiga que pretende subjugar a Pátria.

É a banca internacional – a alta finança – que ocupa o lugar que um dia foi dos bolcheviques, criando uma situação interessante. O discurso contra a plutocracia, tão em moda entre os radicais da direita dos anos 1920, orgulha-se em dividir a mesa com Elon Musk, mas é refratário ao dinheiro de George Soros.

O plano dos generais Eduardo Villas Bôas e Hamilton Mourão defende a austeridade pública. Foto: Adriano Machado/Reuters

O plano dos generais Eduardo Villas Bôas e Hamilton Mourão defende a austeridade pública. Quer cobrar o atendimento no SUS de quem ganha mais de três salários mínimos. Pretende impor mensalidades aos alunos das universidades federais enquanto os cadetes das Forças Armadas e das polícias recebem soldo nas suas escolas porque o estudo ali é visto como serviço.

Ao tratar da Educação, a intenção do plano fica mais nítida. Ele quer “desideologizar” o ensino no País. Como fazer isso sem afrontar a liberdade de cátedra, a autonomia universitária e a liberdade de pensamento é algo que não se explica. É curioso que generais se sintam à vontade para impor ao mundo acadêmico aquilo que acusavam o PT de tentar impor às escolas de formação de oficiais: um currículo ao gosto de sua visão de mundo.

Tudo isso está no Projeto de Nação, o Brasil em 2035, estudo do Instituto Villas Bôas que contou com o apoio de Mourão e com a estrutura dos ministérios, que distribuíram questionários pelo País, cujas respostas moldaram o documento, conforme disse seu coordenador, o general Rocha Paiva. Assim é fácil.

O leitmotiv do trabalho seria a tutela ideológica da sociedade? Se não, como explicar que até no capítulo que trata do combate à corrupção conste como diretriz para atingir esse objetivo “coibir a pregação ideológica radical nos três níveis da Educação”? É como se a corrupção fosse problema da ideologia que se pretende combater: a dos outros. Ela não existe no ouro dos pastores da Educação, no orçamento secreto, na compra de caminhões de lixo e na rachadinha.

Por fim, quem oferece um projeto à Nação silencia sobre o exemplo que deve dar ao País. Ele não trata do fim dos privilégios das corporações da burocracia civil e militar. Não se toca no acúmulo de salários, na aposentadoria integral de militares e nas gratificações e auxílios deles e de carreiras, como a dos magistrados. Fica-se, assim, com a impressão de que a austeridade do projeto é só uma pimenta jogada nos olhos dos outros.

O País se deu conta nesta semana de que o projeto dos militares que apoiam o governo de Jair Bolsonaro prevê a manutenção do poder até 2035. Até lá, eles terão avançado na tarefa de remodelar o Estado, vencendo uma nova guerra. Na falta do Movimento Comunista Internacional, identificam o “globalismo” como a doutrina inimiga que pretende subjugar a Pátria.

É a banca internacional – a alta finança – que ocupa o lugar que um dia foi dos bolcheviques, criando uma situação interessante. O discurso contra a plutocracia, tão em moda entre os radicais da direita dos anos 1920, orgulha-se em dividir a mesa com Elon Musk, mas é refratário ao dinheiro de George Soros.

O plano dos generais Eduardo Villas Bôas e Hamilton Mourão defende a austeridade pública. Foto: Adriano Machado/Reuters

O plano dos generais Eduardo Villas Bôas e Hamilton Mourão defende a austeridade pública. Quer cobrar o atendimento no SUS de quem ganha mais de três salários mínimos. Pretende impor mensalidades aos alunos das universidades federais enquanto os cadetes das Forças Armadas e das polícias recebem soldo nas suas escolas porque o estudo ali é visto como serviço.

Ao tratar da Educação, a intenção do plano fica mais nítida. Ele quer “desideologizar” o ensino no País. Como fazer isso sem afrontar a liberdade de cátedra, a autonomia universitária e a liberdade de pensamento é algo que não se explica. É curioso que generais se sintam à vontade para impor ao mundo acadêmico aquilo que acusavam o PT de tentar impor às escolas de formação de oficiais: um currículo ao gosto de sua visão de mundo.

Tudo isso está no Projeto de Nação, o Brasil em 2035, estudo do Instituto Villas Bôas que contou com o apoio de Mourão e com a estrutura dos ministérios, que distribuíram questionários pelo País, cujas respostas moldaram o documento, conforme disse seu coordenador, o general Rocha Paiva. Assim é fácil.

O leitmotiv do trabalho seria a tutela ideológica da sociedade? Se não, como explicar que até no capítulo que trata do combate à corrupção conste como diretriz para atingir esse objetivo “coibir a pregação ideológica radical nos três níveis da Educação”? É como se a corrupção fosse problema da ideologia que se pretende combater: a dos outros. Ela não existe no ouro dos pastores da Educação, no orçamento secreto, na compra de caminhões de lixo e na rachadinha.

Por fim, quem oferece um projeto à Nação silencia sobre o exemplo que deve dar ao País. Ele não trata do fim dos privilégios das corporações da burocracia civil e militar. Não se toca no acúmulo de salários, na aposentadoria integral de militares e nas gratificações e auxílios deles e de carreiras, como a dos magistrados. Fica-se, assim, com a impressão de que a austeridade do projeto é só uma pimenta jogada nos olhos dos outros.

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