Eles são empresários do funk e influencers promovedores de rifas na internet. Seus canais no YouTube têm mais de 50 milhões de inscritos. Outras dezenas de milhões seguem suas contas em redes sociais como o Instagram. Contra eles, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de São Paulo (FICCO),da Polícia Federal (PF), afirma ter encontrado provas contundentes de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), lavagem de dinheiro de origem ilícita, loterias clandestinas, sonegação de impostos e ocultação de patrimônio.
Enfim, um esquema milionário que começou a ser desvendado em março, com a Operação Lactus Actio. A coluna teve acesso ao material apreendido pelos federais em celulares, tablets, computadores de uma dezena de alvos, entre os quais o casal de empresários Henrique Alexandre Barros Viana – conhecido como Rato – e sua mulher, Daniela Cristina Viana, e de seu amigo, o influencer Wesley Rodrigo Goes Wenceslau, o Wesley Alemão.
A defesa dos acusados nega as acusações e afirma que eles já foram investigados pela Polícia Civil de São Paulo e inocentados pelos mesmos fatos. Alemão tem 8,1 milhões de seguidores no Instagram, onde se apresenta como um ex-gerente de biqueira (ponto de venda de drogas) que abandonou o crime e, superando todas as dificuldades, enriqueceu na internet. Em suas redes sociais, ele promove rifas e ostenta carros da marca Ferrari, Porsche e Lamborghini com os quais desfila em favelas, dentro do espírito de que “a quebrada venceu”.
Com 12 milhões de inscritos em seu canal no YouTube, a produtora despertou a atenção do mundo político. No dia 14 de agosto, o então candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal foi até a sede da empresa, na zona leste de São Paulo, para receber o apoio de Rato para sua campanha. A coluna procurou a assessoria de Marçal e perguntou se ele gostaria de se manifestar sobre o caso, mas não obteve resposta.
As investigações da PF que atingiram o mundo do funk começaram em 2022. Foram quase dois anos até a deflagração da Operação Latus Actio. Segundo os federais, Rato e sua mulher “operam no mercado do gênero artístico funk em seus diversos segmentos: agenciamento de artistas, negociação de direitos fonográficos e de imagem, produção de músicas, filmes e conteúdo para as redes sociais, exploração das marcas do grupo, promoção de eventos musicais, os ditos “bailes”.
O caminho do dinheiro
Reconstituir o caminho do dinheiro do funk foi o primeiro passo da investigação presidida pelo delegado Alexandre Custódio Neto, diretor da FICCO-SP. De acordo com os federais, Rato recebia o pagamento pelos shows de seus artistas em dinheiro vivo, que era reunido pelos vendedores de sua empresa. Ou seja, a PF suspeita que o crime organizado lavava seu dinheiro comprando datas de shows de artistas, usando as empresas de Rato para esquentar o dinheiro. Muitos dos pagamentos eram feitos de forma fracionada para burlar os controles dos órgãos de fiscalização.
O grupo comemorava o sucesso do esquema, conforme mensagens apreendidas pela FICCO-SP. No dia 4 de novembro de 2022, por exemplo, um funcionário de Rato encaminha à Daniela um vídeo, que, segundo os federais, “reforça a hipótese de que o grande volume de dinheiro em espécie que transita na empresa serve, ao menos, aos fins de sonegação fiscal”. A cena mostra uma grande quantidade de notas de US$ 100, espalhadas pelo chão como se tivessem caído do céu – o vídeo começa com Rato segurando um maço de notas e as arremessando para o alto, enquanto Daniela se abana com o dinheiro.
Além da produtora Love Funk Shows, Rato é dono da empresas de comércio de pneus, de uma fazenda na Paraíba, bem como da Foguete Music Records, com sede em Goiânia, e da Love Funk Music. “Nas redes sociais, ostenta vida de luxo, com bens em nome de terceiros. À Receita Federal do Brasil, ele não declara patrimônio, assim como é praticamente irrisório o valor de suas movimentações financeiras no período de 2017 a 2022″,escreveram os federais.
Leia Também:
De acordo com informes encaminhados ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) pelos bancos Itaú e Safra, a Love Funk seria uma empresa com “localização periférica aparentemente incompatível com a movimentação financeira realizada na conta.” O documento do Safra afirma que “foi possível identificar que a maioria das pessoas físicas remetentes de recursos foram favorecidos com auxílio emergencial do Governo Federal no ano de 2020″.
No caso de Wesley Alemão, o Coaf verificou a ausência de notas fiscais emitidas entre 2021 e 2022 e verificou que ele recebeu R$ 150 mil da empresa Fox Rodas, do empresário Jonatas Dias dos Santos, outro que foi investigado pela Polícias Civil com os acusados e absolvido pela Justiça estadual.
“A Fox Rodas possui mais de 40 veículos licenciados em seu nome, conforme dados do Infoseg, boa parte deles de alto valor agregado, totalizando mais de R$ 10 milhões”, afirmaram os federais. Mas seu capital social seria de apenas R$ 200 mil. Para a Fox Rodas, Wesley Alemão vendeu um Porsche Carrera 911 por R$ 900 mil.
Diz a PF: “Há indícios de que a empresa Fox Rodas e Pneus Itu Eireli se trata de uma pessoa jurídica de fachada, que é utilizada num esquema de lavagem de dinheiro, tanto para aquisição de veículos e imóveis cujos proprietários ‘de fato’ são terceiras pessoas, quanto para movimentações bancárias cuja intenção é ocultar/ dissimular a origem ilícita do dinheiro”.
A defesa de Jonatas nega todas as acusações. Ela tentou um habeas corpus para trancar o inquérito e anular as buscas feitas pela PF, alegando que seu cliente já havia sido investigado pelos mesmos fatos anteriormente. A Justiça negou seu pedido.
As ameaças e o tribunal do PCC
As mensagens encontradas pela PF com os acusados mostrariam a existência de ameaças de morte, de ocultação de bens e do recurso à arbitragem do PCC para a resolução de disputas entre os empresários. Foi, assim, de acordo com federais, quando Rato se envolveu em uma disputa com um concorrente identificado como Dom Novo, que usava um telefone de Orlando, na Flórida.
Tratava-se de uma disputa em torno do DJ WN. No dia 1º de fevereiro deste ano, Don Novo alertou Rato: “Ontem ‘tava’ a final inteira falando de vc”. Trata-se, segundo a PF, de uma referência à Sintonia Final, o grupo que comanda o PCC.
Em seguida, Rato chama Dom Novo de “verme” e este responde: “Verme é você, que rouba irmão. Você foi curtir eu deixei todo meu tabuleiro armadíssimo caso você queira guerra comigo.” Irmão é como os integrantes do PCC se referem uns aos outros e tabuleiro é como os faccionados chamam o planejamento de ações contra seus desafetos.
Durante os diálogos, Rato admite que teria ameaçado matar Dom Novo. A conversa termina com uma proposta de acordo para que os dois dividam “uns artistas pra compensar aí”. Em outro contato, Dom Novo ameaça colocar Rato “no prazo”, passando a contar o tempo para que ele cumprisse a determinação da facção, e propõe uma videoconferência com “a Final da Leste”, o grupo dirigente da facção na zona leste de São Paulo.
Em outro momento, Rato é cobrado por presidiários da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista, onde está parte da cúpula do PCC. Um deles seria Márcio Geraldo Alves Ferreira, o Buda. Ele manda a Rato um recado por meio de um homem identificado como Bahia. “Já era Rato. Obrigado ‘tamo’ junto, falou. O palito mandou um abraço pra você. Falou qualquer coisa que você precisar pode dar um salve em mim, que você chega até ele e referente àquela situação do Buda. Com respeito, pode contar com nós. Fechou.”
O dinheiro das rifas e o crime organizado
Depois de esmiuçar o caminho do dinheiro do funk, a FICCO-SP passou a analisar outra fonte milionária de recursos para o crime organizado: as rifas ilegais. Nas redes sociais dos investigados, os policiais acharam uma profusão de ações de divulgação de sorteios em redes de influencers. “Nas redes sociais de Rato, nos posts que anunciam os sorteios, é comum ver reclamações dos seguidores sobre atrasos nos sorteios ou completa ausência da divulgação dos vencedores”, diz a PF em documento.
Entre os prêmios divulgados pelos acusados estão carros de luxo, como um Porsche Carrera 911 cinza. Diz a PF: “Trata-se da venda de rifas pela Internet a preços módicos, com a promessa de supostas premiações milionárias, havendo indícios de que, além da contravenção penal de jogo de azar, configura-se também o crime de lavagem de dinheiro.”
Pesquisas feitas pelos policiais verificaram que Rato e Alemão vendiam as rifas em suas redes sociais. Em um vídeo de 55 segundos, Rato vendia rifa R$ 0,04 para concorrer a um prêmio de R$ 10 mil. Depois ofereceu um Honda HRV como prêmio para quem comprasse sua rifa de R$ 3,90. Tudo por meio de um endereço da “virada da sorte”. Também anunciou ter entregado em Uberlândia um Porsche 911 para a compradora de 13 cotas de sua rifa por R$ 19,13.
Wesley é outro que entrou no mundo das apostas. Ele vendia suas rifas no site “sortecomigo”. Ali, ele prometia como prêmio uma McLaren, que acabou apreendida na Operação Latus Actio, deflagrada pela PF em março. Como não pôde entregar o veículo, o acusado anunciou que ia substituí-lo por um prêmio de R$ 1,5 milhão.
Alemão tomou ainda outra medida: anunciou que estava regularizando seus sorteios pela internet, estabelecendo uma parceria para fazer os sorteios por meio de títulos de capitalização. E, para começar, ia oferecer 10 motos, “uma casa de luxo com um Corolla na garagem”. Tudo para provar a honestidade dos promotores das rifas. Mas mensagens trocadas por Wesley localizadas pela PF levantaram dúvidas se os prêmios eram realmente pagos.
Em um áudio encaminhado por Wesley, ele reclama de um subordinado, segundo a PF, “por ter encaminhado ‘três bilhetes premiados da ação (rifa) da McLaren’, que ele (Wesley) ainda não havia ‘liberado’. Tal diálogo sugere possível crime de estelionato, pois a conversa se deu em 05/03/2024 (data em que, pelo teor da conversa, os ‘bilhetes premiados’ já eram conhecidos) e, no dia seguinte, 06/03/2024, a rifa do veículo McLaren ainda era vendida”.
Para a PF, além do possível estelionato, a loteria clandestina é contravenção e pode servir de crime antecedente para a lavagem de dinheiro. Diz a PF: “Ressalta-se que os rendimentos de Wesley possuem origem ilícita, no caso a contravenção penal por jogos de azar, havendo também indícios, pelas diversas transações que realiza com indivíduos que possuem vários antecedentes criminais – acima reportadas –, que as “rifas” de Wesley estejam sendo financiadas com dinheiro do crime organizado.”
Para exemplificar a acusação, a PF relatou à Justiça que, no material apreendido na Operação Latus Actio, os federais encontraram mensagens um documento de uma Lamborghini Uru, avaliada em R$ 3 milhões, que estava em nome da EZ Veículos. A EZ Veículos é uma loja de carros no Tatuapé, na zona leste de São Paulo, foi um dos alvos da Operação Fim da Linha, deflagrada em abril contra a captura de parte do sistema de transporte público da cidade.
Nela, os agentes da Receita apreenderam uma contabilidade paralela que demonstraria que a loja venderia veículos de luxo sem repassar os documentos dos veículos para os nomes dos verdadeiros proprietários, ocultando o patrimônio de criminosos do PCC. Ao todo, cerca de 150 veículos constariam da lista.
A cúpula da facção e os negócios na Paraíba
Mensagens telefônicas entre Rato e Daniela mostram que a Love Funk pagou em março de 2023 os honorários dos advogados que trataram do preso Ronaldo Pereira Costa, que foi apanhado em 2021 pela PF em Florianópolis e transferido para Fortaleza. Filiado ao PCC, ele foi preso por ordem da 1.ª Vara de Aquiraz, no Ceará, sob a acusação de ter participado da execução de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e de Fabiano Alves de Souza, o Paca, dois líderes da facção que foram mortos em um acerto de contas em 2018.
Em 2022, Costa foi transferido para o sistema prisional federal porque estava planejando um motim no Ceará. Recentemente, Costa foi indiciado na Operação Match Point, da PF, que investigou o tráfico internacional de drogas a partir de Santa Catarina. Além de Rato patrocinar a defesa do preso, sua mulher é sócia da companheira de Costa em uma academia, a Central Performance.
Os negócios do casal se estenderiam até o Nordeste, que iriam da criação de gado de corte em uma fazenda em Cajazeiras, na Paraíba, a investimentos na compra de jogadores de futebol para um time de futebol da cidade. A FICCO encontrou provas da construção de benfeitorias de alto padrão em uma fazenda em Engenheiro Ávidos, distrito de Cajazeiras. E também mensagens sobre achegada do asfalto até a fazenda de Rato, algo que intrigou os investigadores.
Mais adiante, além desses diálogos em aplicativos de mensagens, os federais identificaram transações financeiras dos investigados, como o repasse de R$ 25 mil ao vereador Alysson de Sousa Lira (PP), conhecido como Neguin do Mondrian e atual secretário de infraestrutura do município.
Mondrian é irmão de Gratuliano de Souza Lira, condenado a 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro do PCC. Ele foi investigado na Operação Sharks, do Gaeco, que desarticulou um esquema que movimentou R$ 1 bilhão do tráfico de drogas da facção. Gratuliano atuava no Setor da FM, responsável pelo comércio de drogas da organização, e no Setor do Bob, que cuidava da venda de maconha. Também mantinha “imóveis alugados pela organização criminosa e que eram utilizados como ‘casas-cofre’”.
Em diálogos encontrados pelos federais, ressurgem aqui menções à disputa de Rato com o preso Buda a respeito da repartição de lucros dos negócios do grupo. Gratuliano diz em uma mensagem: “O negócio tá andando. Só não pode deixar que... amanhã ou depois o Buda falar que tem 20% ou 30% dos boi também, né mano? Aí é foda, né, mano?”
Ao todo, os policiais analisaram mais 6 mil mensagens entre os investigados. Em uma uma delas, de 19 de outubro de 2023, encontrada no celular de Rato, o empresário diz à mulher que o integrante do PCC investia em um artista. De acordo com a PF, Gratuliano seria outro sócio-oculto da Love Funk ou “menos investidor de algum dos artistas agenciados pela empresa, fazendo jus ao ‘repasse’ de parte nos lucros (obviamente, ‘por fora’)”.
Daniela também acabou fornecendo mais uma prova da relação do casal com Gratuliano ao publicar em sua conta no Instagram uma fotografia na fazenda na Paraíba em que o amigo aparecia ao fundo. Alertada por uma amiga, Daniela removeu a foto, mas os peritos da PF conseguiram recuperá-la.
O ladrão do Banco Central
Outro relacionamento de Rato investigado pela PF foi seu contato com Moisés Teixeira da Silva, o Tatuzão, um dos líderes da quadrilha que furtou R$ 164 milhões do Banco Central de Fortaleza em 2005. Condenado a 16 anos de prisão, Moisés cumpriu a pena. A PF encontrou repasses de dinheiro a Moisés feitos por uma das empresas de Rato. “Eles possuem um estreito vínculo de amizade, além de negócios em comum”, afirma o documento da PF.
Em um dos diálogos encontrados pelos federais, eles discutem as ameaças que Rato estaria recebendo de integrantes do PCC de dentro da cadeia. Moisés tenta tranquilizar o amigo. “Ele fica armando tabuleiro dentro da cadeia. Esses vermes tentando roubar nossa brisa”, desabafou Rato.
Ele prosseguiu: “Eu vou falar procê, Careca (Moisés), antigamente era é muito mais fácil de resolver ‘as coisa’, mano. Quando não tinha ‘esses bagulho’ de Comando aí no meio de tudo, era muito mais fácil.” Moisés concorda. “Era ‘Modelo Detenção’, Rato, seu sei, mano, eu sou desse tempo aí. Não, mas tá bom, não ‘caguetou’, tá contente, o Zulu viu aí, já era. Bora.” Em seguida, os dois tratam da contratação de um novo MC para a Love Funk.
Outro indício de ligação do acusado com o PCC seria a relação com Sedemir Fagundes, alvo da Operação Khalifa, feita pela PF com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco),do Ministério Público de São Paulo, que tinha como alvo uma rede de agiotas ligados à facção. Diante disso, a PF concluiu: “Há indícios veementes de que Henrique Alexandre Barros Viana, vulgo ‘Rato’, está associado, em seus negócios/investimentos, a diversos indivíduos com antecedentes criminais, alguns deles integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital”.
Por fim, a PF investiga viagens de Rato para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde se hospedaria no resort Beach House Mar Adentro. É na Bolívia que se encontraria escondida a cúpula do PCC, da qual Gratuliano faria parte.
Ações das defesas
Durante as investigações, a 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital foi inundada por ações das defesas dos acusados. Os advogados de Jonatas, Wesley, Daniela e de Viana tentaram trancar a investigação – arquivá-la – por falta de justa causa. Diziam que o inquérito da PF investigaria fatos atípicos – ou seja, que não constituíam crimes que justificassem uma acusação de lavagem de dinheiro. Também alegavam que os fatos idênticos já haviam sido investigados pela Polícia Civil e que a Justiça havia decidido arquivar esses casos. Por fim, alegaram que a PF não era competente para fazer a apuração e, por isso, todas as buscas e apreensões deveriam ser anuladas.
Até agora, a Justiça afastou essas alegações e negou os recursos das defesas dos acusados. Indistintamente, todos negam se dizem inocentes e alegam que apenas vendem shows para terceiros, não sendo responsáveis se os compradores deles usam dinheiro de origem ilícita. Agora, a FICCO pretende convencer a Justiça paulista de que os jogos de azar ilegais são crimes antecedentes para o cometimento de lavagem de capitais e conseguir, assim, a condenação dos acusados.
Em uma de suas decisões, o juiz Barreiras afirmou ser incontroverso que, em análise prévia foram localizados vínculos de parte Daniela e Rato com o PCC.O Juiz negou ainda as ações da defesa de Jonatas e de Wesley. A reportagem procurou ainda o vereador Alysson Lira, mas não obteve resposta. As defesas de Moisés, de Fagundes, de Costa, de Ferreira e de Gratuliano não foram encontradas. A reportagem procurou ainda Jonatas, mas não obteve resposta.