Kim Jong-il, o ditador da famélica Coréia do Norte, explodiu sua segunda bomba atômica.
Para alguns analistas, trata-se de uma tentativa de agradar os militares norte-coreanos e assim garantir uma transição de poder tranqüila para Kim Jong-un, filho de Kim Jong-il e neto de Kim Il-sung.
Para outros, foi uma cartada de Pyongyang para forçar os EUA a negociar em termos mais favoráveis o fim de seu isolamento internacional. Na visão norte-coreana, só o uso da força fará o país ser respeitado - mesmo a China, tradicional aliada, anda ressabiada com o malcriado Kim. O ditador, como outros líderes, quer aparecer na foto ao lado de Hillary Clinton e, quem sabe, de Barack Obama.
Enquanto isso, a Coréia do Norte não tem comida nem energia elétrica.
O roteiro de Kim lembra "O Rato que Ruge", filme com Peter Sellers em que um insignificante reino europeu, Grand Fenwick, declara guerra aos EUA para, depois de derrotado, reivindicar ajuda econômica. (Kim, cinéfilo como um bom ditador costuma ser, deve achar que a Coréia do Norte pode ter a mesma sorte de Grand Fenwick, que afinal ganha a guerra. Com Obama aparentemente disposto a negociar tudo, sabe-se lá.)