Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Acusado de negligência, governador do DF não tem apoio nem de seu partido


Ibaneis Rocha (MDB) é criticado por colegas e está isolado

Por Mariana Carneiro, Julia Lindner e Gustavo Côrtes
Atualização:

Os atos golpistas em Brasília, neste domingo (8), erodiram o que ainda restava de apoio ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, no MDB. Ao dar guarida a bolsonaristas, como o ex-secretário Anderson Torres, Ibaneis ficou isolado em seu partido, que aderiu à base do governo Lula. Com a barbárie deste domingo, em que Ibaneis foi acusado de negligência, o quadro piorou. O governador recebeu críticas públicas, o que pode lhe custar caro caso avance um processo de impeachment, como aventa a oposição. “É inadmissível a postura dele. Se os secretários não agem, o chefe deve fazê-lo. Ser filiado ao mesmo partido não me impede de dizer as coisas como elas são”, disse Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), vice-presidente do Senado.

Sob reserva, governadores atribuem a conduta de Ibaneis no episódio a uma atrapalhada tentativa de conquistar o eleitorado bolsonarista, majoritário no DF. “Ele á mais vítima do que protagonista nessa história. Tentou se equilibrar e acabou se complicando”, diz um deles.

Veneziano afirma que ele mesmo alertou Gustavo Rocha, o chefe da Casa Civil de Ibaneis, na manhã de domingo, sobre o risco de invasão ao Congresso. O chefe da segurança do Legislativo pediu a sua ajuda para intervir com o governo do DF, já que Ibaneis é do MDB - Veneziano estava presidindo o Senado nas férias de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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Veneziano ouviu de Rocha que eram poucos os manifestantes e que estava tudo sob controle - o que se mostrou falso com o avanço do dia.

Após Lula decretar a intervenção federal na área de segurança pública ainda no domingo, o ministro Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Ibaneis do cargo nesta segunda-feira (9), alegando que houve omissão dolosa do governador no episódio.

A PM de Ibaneis escoltou golpistas até a Esplanada dos Ministérios, que foi aberta por ordem do governo do DF, apesar dos alertas do ministro da Justiça, Flávio Dino. Além disso, enquanto os extremistas invadiam o Congresso, policiais se mantiveram parados, distantes e até tirando fotos com alguns deles.

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Jair Bolsonaro, ex-presidente (PL)

No dia em que extremistas depredaram edifícios do Congresso, do STF e o Palácio do Planalto, Bolsonaro postou foto antiga, montado em um trator.

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Foto postada por Bolsonaro, neste domingo (8), mostra o ex-presidente em cima de um trator com bandeira do Brasil Foto: reprodução

Os atos golpistas em Brasília, neste domingo (8), erodiram o que ainda restava de apoio ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, no MDB. Ao dar guarida a bolsonaristas, como o ex-secretário Anderson Torres, Ibaneis ficou isolado em seu partido, que aderiu à base do governo Lula. Com a barbárie deste domingo, em que Ibaneis foi acusado de negligência, o quadro piorou. O governador recebeu críticas públicas, o que pode lhe custar caro caso avance um processo de impeachment, como aventa a oposição. “É inadmissível a postura dele. Se os secretários não agem, o chefe deve fazê-lo. Ser filiado ao mesmo partido não me impede de dizer as coisas como elas são”, disse Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), vice-presidente do Senado.

Sob reserva, governadores atribuem a conduta de Ibaneis no episódio a uma atrapalhada tentativa de conquistar o eleitorado bolsonarista, majoritário no DF. “Ele á mais vítima do que protagonista nessa história. Tentou se equilibrar e acabou se complicando”, diz um deles.

Veneziano afirma que ele mesmo alertou Gustavo Rocha, o chefe da Casa Civil de Ibaneis, na manhã de domingo, sobre o risco de invasão ao Congresso. O chefe da segurança do Legislativo pediu a sua ajuda para intervir com o governo do DF, já que Ibaneis é do MDB - Veneziano estava presidindo o Senado nas férias de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Veneziano ouviu de Rocha que eram poucos os manifestantes e que estava tudo sob controle - o que se mostrou falso com o avanço do dia.

Após Lula decretar a intervenção federal na área de segurança pública ainda no domingo, o ministro Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Ibaneis do cargo nesta segunda-feira (9), alegando que houve omissão dolosa do governador no episódio.

A PM de Ibaneis escoltou golpistas até a Esplanada dos Ministérios, que foi aberta por ordem do governo do DF, apesar dos alertas do ministro da Justiça, Flávio Dino. Além disso, enquanto os extremistas invadiam o Congresso, policiais se mantiveram parados, distantes e até tirando fotos com alguns deles.

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Jair Bolsonaro, ex-presidente (PL)

No dia em que extremistas depredaram edifícios do Congresso, do STF e o Palácio do Planalto, Bolsonaro postou foto antiga, montado em um trator.

Foto postada por Bolsonaro, neste domingo (8), mostra o ex-presidente em cima de um trator com bandeira do Brasil Foto: reprodução

Os atos golpistas em Brasília, neste domingo (8), erodiram o que ainda restava de apoio ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, no MDB. Ao dar guarida a bolsonaristas, como o ex-secretário Anderson Torres, Ibaneis ficou isolado em seu partido, que aderiu à base do governo Lula. Com a barbárie deste domingo, em que Ibaneis foi acusado de negligência, o quadro piorou. O governador recebeu críticas públicas, o que pode lhe custar caro caso avance um processo de impeachment, como aventa a oposição. “É inadmissível a postura dele. Se os secretários não agem, o chefe deve fazê-lo. Ser filiado ao mesmo partido não me impede de dizer as coisas como elas são”, disse Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), vice-presidente do Senado.

Sob reserva, governadores atribuem a conduta de Ibaneis no episódio a uma atrapalhada tentativa de conquistar o eleitorado bolsonarista, majoritário no DF. “Ele á mais vítima do que protagonista nessa história. Tentou se equilibrar e acabou se complicando”, diz um deles.

Veneziano afirma que ele mesmo alertou Gustavo Rocha, o chefe da Casa Civil de Ibaneis, na manhã de domingo, sobre o risco de invasão ao Congresso. O chefe da segurança do Legislativo pediu a sua ajuda para intervir com o governo do DF, já que Ibaneis é do MDB - Veneziano estava presidindo o Senado nas férias de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Veneziano ouviu de Rocha que eram poucos os manifestantes e que estava tudo sob controle - o que se mostrou falso com o avanço do dia.

Após Lula decretar a intervenção federal na área de segurança pública ainda no domingo, o ministro Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Ibaneis do cargo nesta segunda-feira (9), alegando que houve omissão dolosa do governador no episódio.

A PM de Ibaneis escoltou golpistas até a Esplanada dos Ministérios, que foi aberta por ordem do governo do DF, apesar dos alertas do ministro da Justiça, Flávio Dino. Além disso, enquanto os extremistas invadiam o Congresso, policiais se mantiveram parados, distantes e até tirando fotos com alguns deles.

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Jair Bolsonaro, ex-presidente (PL)

No dia em que extremistas depredaram edifícios do Congresso, do STF e o Palácio do Planalto, Bolsonaro postou foto antiga, montado em um trator.

Foto postada por Bolsonaro, neste domingo (8), mostra o ex-presidente em cima de um trator com bandeira do Brasil Foto: reprodução

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