Frustrados com a composição do Congresso em 2023, aliados de Lula atribuem ao orçamento secreto o resultado aquém do esperado nas urnas. Na avaliação de líderes da esquerda, o instrumento, instituído sob o governo de Jair Bolsonaro, enfraqueceu o chamado 'voto de opinião' e alavancou políticos que levaram recursos a seus redutos. Somadas as bancadas das legendas que apoiam Lula, o petista teria, se eleito, 139 representantes em sua base na Câmara. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), o arco de alianças tinha potencial para eleger até 162 deputados, o equivalente a quase um terço da Casa.
HORIZONTE. Aliados de Lula projetam que ele precisaria fazer mais arranjos com partidos do Centrão do que previam antes do primeiro turno. "Reforçou o velho presidencialismo de coalizão. Há uma cláusula de barreira muito exigente que fortaleceu os partidos maiores", diz a presidente do PCdoB, Luciana Santos.
VISÃO. Um membro da campanha do petista afirma, sob reserva, que o atendimento de demandas de parlamentares às suas bases eleitorais será o meio mais simples para compor maiorias.
ON-LINE. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), que não se reelegeu, credita ao encurtamento do período eleitoral o aumento da preponderância das campanhas nas redes sociais sobre o resultado das eleições. "A direita sabe usar essa ferramenta muito melhor do que a esquerda."
Sinais Particulares, por Kleber Sales. Luiz Inácio Lula da Silva, presidenciável do PT
CLICK. Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato a governador de SP
Falou aos fiéis em culto de 50 anos da Assembleia de Deus Paulistana, após, no primeiro turno, dizer a aliados que preferia evitar uso da religião em campanha.
PRONTO, FALEI! Douglas Belchior. Coalizão Negra por Direitos
"Seria trágico para os jovens negros, que são historicamente alvo da violência policial", disse, sobre proposta de Tarcísio de retirar câmera das fardas dos policiais