O comando da Câmara dos Deputados deu um ultimato para o deputado Paulo Maluf (PP-SP). Ele tem até amanhã para renunciar ou terá o mandato cassado. Em maio do ano passado, o Supremo condenou Maluf a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão por lavagem de dinheiro e determinou que a Mesa Diretora da Câmara decrete a perda do mandato. A decisão ainda não foi tomada porque há divergência. Uma ala defende que o plenário deve decidir sobre a cassação e não a direção. Outra acha que isso seria descumprir a determinação judicial.
Decisão emotiva. Paulo Maluf não descarta dispensar o formalismo de protocolos e anunciar sua renúncia por meio de carta endereçada à Mesa Diretora da Câmara na quarta-feira. Até a noite de ontem, ainda não tinha batido o martelo.
Mato sem cachorro. Maluf tem sido aconselhado a renunciar. A avaliação é de que a degola será inevitável e que judicializar, neste momento, só aumentaria o desgaste político e jurídico.
Ei, você aí... Onze partidos ainda não viram a cor do dinheiro do fundo eleitoral, o que tem gerado críticas de concorrência desleal com os candidatos que já estão com o bolso cheio. Estão na pindaíba PP, PTB, PDT, PCdoB, Rede, PCB, PMB, PSB, DC, PPL e PCO.
...me dá o dinheiro aí. Essas siglas têm a receber R$ 422 milhões. A presidente do TSE, Rosa Weber, liberou o dinheiro ontem à noite. Mas o montante só deve entrar na conta sexta. O atraso é culpa dos partidos, que demoraram a entrar com a documentação.
Vai explicar! Candidatos dizem que a divulgação pela imprensa de que o fundo eleitoral é bilionário inflacionou as campanhas. Os cabos eleitorais estariam cobrando mais caro achando que está chovendo dinheiro, quando a verba diminuiu com a proibição de doações empresariais.
Telefone tocou. O Centrão pressionou o presidenciável Geraldo Alckmin a reagir rapidamente para desmentir a versão do próprio presidente Michel Temer de que ele é o candidato do governo. Alegam que desfazer esse "mal-entendido" é caso de "vida ou morte" para sua campanha.
Tá quase. O TRF-1 deve decidir amanhã qual Vara Federal irá tocar a Operação Patmos, que inclui o quadrilhão do MDB. O juiz Vallisney Oliveira pediu a definição em maio. Há dúvidas sobre se o caso é dele ou do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12.ª Vara.
CLICK. A presidente do STF, Cármen Lúcia, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, caíram no samba com Alcione, no seminário Elas por Elas, no Supremo.
Barreira. Jair Andreoni cumpriu a promessa e ingressou no TRE-SP com pedido para invalidar as convenções do PRTB. Se for aceito, a indicação do General Mourão como vice de Jair Bolsonaro pode cair. Andreoni alega que teve o nome aprovado para o Senado, mas foi registrado como candidato a deputado.
Separa que é briga. Advogados eleitorais calculam que a ação da campanha de Henrique Meirelles (MDB) que pode tirar aliados do tucano Geraldo Alckmin e parte do seu tempo de TV deve ser julgada depois de o programa eleitoral ter começado.
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Na manga. A campanha de Márcio França (PSB) fez uma pesquisa em que associou os candidatos ao governo paulista aos aliados políticos. Quando Paulo Skaf (MDB) foi relacionado a Temer, caiu para 4%. O emedebista está empatado tecnicamente em primeiro.
PRONTO, FALEI!
"Não há garantia de redução dos juros com o cadastro positivo. E o Brasil não pode ter um cadastro impositivo, compulsório", DE CLAUDIO CONSIDERA, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas -FGV-RJ e coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do IBRE, sobre cadastro de bons pagadores.
COM REPORTAGEM DE NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA. COLABOROU FABIO SERAPIÃO
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