Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Cesare Battisti é preso na Bolívia


Por Andreza Matais e Rafael Moraes Moura
 

 

O italiano Cesare Battisti foi preso na Bolívia, confirmaram à Coluna fontes da Polícia Federal no Brasil. Ele estava foragido desde dezembro, quando o governo do então presidente Michel Temer decidiu pela extradição para a Itália, onde Battisti foi condenado por quatro assassinatos nos anos 1970.

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Os detalhes da prisão estão sendo mantidos em sigilo. A Coluna apurou que Battisti foi preso pela unidade da Polícia da Bolívia que representa a Interpol com base em informações fornecidas pela polícia italiana.

Segundo o jornal italiano Corriere della Sera, que noticiou a prisão primeiro, Battisti estava em Santa Cruz de la Sierra, uma das maiores cidades da Bolívia e considerada principal centro financeiro, comercial e industrial daquele país. De acordo com o jornal, Battisti usava uma barba falsa e portava documento com seu nome verdadeiro. A Coluna não conseguiu confirmar esse detalhe.

A Coluna já havia antecipado que a Bolívia estava no rastro da Polícia Federal. A PF questionou ao menos duas embaixadas instaladas no Brasil se estariam abrigando Cesare Battisti. A reportagem apurou que entre as embaixadas consultadas estão as da Venezuela e da Bolívia, que negaram terem dado refúgio para o italiano nas suas unidades.

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REPERCUSSÃO. Pelo Twitter, o procurador Vladmir Aras - que foi secretário de Cooperação Jurídica Internacional da PGR entre 2013 e 2017 - comentou a prisão do italiano.

Segundo ele, "há duas soluções para que ele passe à custódia de autoridades italianas: 1) um novo processo de extradição, pedido por Roma a La Paz. Seria o terceiro: França, Brasil, Bolívia; ou 2) uma medida migratória similar a deportação ou expulsão, aplicada imediatamente a Battisti pelas autoridades bolivianas, pois é provável que sua entrada na Bolívia tenha ocorrido de maneira irregular e que sua estada também o seja. Ele voltaria ao Brasil e seria entregue à Itália."

A fuga de Battisti foi considerada internamente na PF como um dos maiores erros da gestão de Rogério Galloro, substituído por Maurício Valeixo, que assumiu a direção-geral da PF no governo Bolsonaro.

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A prisão de Battisti foi decretada pelo ministro Luiz Fux no dia 13 de dezembro do ano passado.

A extradição de Battisti é uma agenda do novo governo. Ainda durante a transição, Bolsonaro se reuniu com o embaixador da Itália no Brasil para tratar do assunto.

STATUS. Battisti, de 64 anos, integrou nos anos 1970 um grupo terrorista na Itália e foi condenado à prisão perpétua por homicídios. Ele fugiu da Itália e foi preso em 2007 no Rio de Janeiro. O então ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, concedeu a Battisti o status de refugiado político, decisão muito criticada na Itália.

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Em 2007, a Itália pediu a extradição de Battisti. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal julgou o pedido procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República. À época, o presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição no último dia de mandato.

COM A PALAVRA.

Procurada, a defesa de Battisti ainda não se manifestou.

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(Andreza Matais e Rafael Moraes Moura)

 

 

O italiano Cesare Battisti foi preso na Bolívia, confirmaram à Coluna fontes da Polícia Federal no Brasil. Ele estava foragido desde dezembro, quando o governo do então presidente Michel Temer decidiu pela extradição para a Itália, onde Battisti foi condenado por quatro assassinatos nos anos 1970.

Os detalhes da prisão estão sendo mantidos em sigilo. A Coluna apurou que Battisti foi preso pela unidade da Polícia da Bolívia que representa a Interpol com base em informações fornecidas pela polícia italiana.

Segundo o jornal italiano Corriere della Sera, que noticiou a prisão primeiro, Battisti estava em Santa Cruz de la Sierra, uma das maiores cidades da Bolívia e considerada principal centro financeiro, comercial e industrial daquele país. De acordo com o jornal, Battisti usava uma barba falsa e portava documento com seu nome verdadeiro. A Coluna não conseguiu confirmar esse detalhe.

A Coluna já havia antecipado que a Bolívia estava no rastro da Polícia Federal. A PF questionou ao menos duas embaixadas instaladas no Brasil se estariam abrigando Cesare Battisti. A reportagem apurou que entre as embaixadas consultadas estão as da Venezuela e da Bolívia, que negaram terem dado refúgio para o italiano nas suas unidades.

REPERCUSSÃO. Pelo Twitter, o procurador Vladmir Aras - que foi secretário de Cooperação Jurídica Internacional da PGR entre 2013 e 2017 - comentou a prisão do italiano.

Segundo ele, "há duas soluções para que ele passe à custódia de autoridades italianas: 1) um novo processo de extradição, pedido por Roma a La Paz. Seria o terceiro: França, Brasil, Bolívia; ou 2) uma medida migratória similar a deportação ou expulsão, aplicada imediatamente a Battisti pelas autoridades bolivianas, pois é provável que sua entrada na Bolívia tenha ocorrido de maneira irregular e que sua estada também o seja. Ele voltaria ao Brasil e seria entregue à Itália."

A fuga de Battisti foi considerada internamente na PF como um dos maiores erros da gestão de Rogério Galloro, substituído por Maurício Valeixo, que assumiu a direção-geral da PF no governo Bolsonaro.

A prisão de Battisti foi decretada pelo ministro Luiz Fux no dia 13 de dezembro do ano passado.

A extradição de Battisti é uma agenda do novo governo. Ainda durante a transição, Bolsonaro se reuniu com o embaixador da Itália no Brasil para tratar do assunto.

STATUS. Battisti, de 64 anos, integrou nos anos 1970 um grupo terrorista na Itália e foi condenado à prisão perpétua por homicídios. Ele fugiu da Itália e foi preso em 2007 no Rio de Janeiro. O então ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, concedeu a Battisti o status de refugiado político, decisão muito criticada na Itália.

Em 2007, a Itália pediu a extradição de Battisti. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal julgou o pedido procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República. À época, o presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição no último dia de mandato.

COM A PALAVRA.

Procurada, a defesa de Battisti ainda não se manifestou.

(Andreza Matais e Rafael Moraes Moura)

 

 

O italiano Cesare Battisti foi preso na Bolívia, confirmaram à Coluna fontes da Polícia Federal no Brasil. Ele estava foragido desde dezembro, quando o governo do então presidente Michel Temer decidiu pela extradição para a Itália, onde Battisti foi condenado por quatro assassinatos nos anos 1970.

Os detalhes da prisão estão sendo mantidos em sigilo. A Coluna apurou que Battisti foi preso pela unidade da Polícia da Bolívia que representa a Interpol com base em informações fornecidas pela polícia italiana.

Segundo o jornal italiano Corriere della Sera, que noticiou a prisão primeiro, Battisti estava em Santa Cruz de la Sierra, uma das maiores cidades da Bolívia e considerada principal centro financeiro, comercial e industrial daquele país. De acordo com o jornal, Battisti usava uma barba falsa e portava documento com seu nome verdadeiro. A Coluna não conseguiu confirmar esse detalhe.

A Coluna já havia antecipado que a Bolívia estava no rastro da Polícia Federal. A PF questionou ao menos duas embaixadas instaladas no Brasil se estariam abrigando Cesare Battisti. A reportagem apurou que entre as embaixadas consultadas estão as da Venezuela e da Bolívia, que negaram terem dado refúgio para o italiano nas suas unidades.

REPERCUSSÃO. Pelo Twitter, o procurador Vladmir Aras - que foi secretário de Cooperação Jurídica Internacional da PGR entre 2013 e 2017 - comentou a prisão do italiano.

Segundo ele, "há duas soluções para que ele passe à custódia de autoridades italianas: 1) um novo processo de extradição, pedido por Roma a La Paz. Seria o terceiro: França, Brasil, Bolívia; ou 2) uma medida migratória similar a deportação ou expulsão, aplicada imediatamente a Battisti pelas autoridades bolivianas, pois é provável que sua entrada na Bolívia tenha ocorrido de maneira irregular e que sua estada também o seja. Ele voltaria ao Brasil e seria entregue à Itália."

A fuga de Battisti foi considerada internamente na PF como um dos maiores erros da gestão de Rogério Galloro, substituído por Maurício Valeixo, que assumiu a direção-geral da PF no governo Bolsonaro.

A prisão de Battisti foi decretada pelo ministro Luiz Fux no dia 13 de dezembro do ano passado.

A extradição de Battisti é uma agenda do novo governo. Ainda durante a transição, Bolsonaro se reuniu com o embaixador da Itália no Brasil para tratar do assunto.

STATUS. Battisti, de 64 anos, integrou nos anos 1970 um grupo terrorista na Itália e foi condenado à prisão perpétua por homicídios. Ele fugiu da Itália e foi preso em 2007 no Rio de Janeiro. O então ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, concedeu a Battisti o status de refugiado político, decisão muito criticada na Itália.

Em 2007, a Itália pediu a extradição de Battisti. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal julgou o pedido procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República. À época, o presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição no último dia de mandato.

COM A PALAVRA.

Procurada, a defesa de Battisti ainda não se manifestou.

(Andreza Matais e Rafael Moraes Moura)

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