Um dia após o Congresso aumentar salários de políticos e servidores da elite dos três Poderes, deputados da Alesp aprovaram a elevação dos próprios vencimentos. O reajuste foi viabilizado por um incremento de R$ 200 milhões nas verbas destinadas à Casa incluído no relatório do Orçamento de São Paulo para 2023 nesta terça-feira (20), em votação na Comissão de Finanças, e vai seguir escalonamento similar àquele promovido em âmbito nacional. Em janeiro, os parlamentares paulistas passarão a receber R$ 29,5 mil por mês e terão mais três reajustes até fevereiro de 2025, quando sua renda chegará a R$ 34,7 mil.
Estes valores correspondem a 75% dos ganhos de integrantes do Legislativo Federal, o máximo permitido para deputados estaduais. A discussão da proposta era dada como certa, caso se aprovasse o reajuste em Brasília. Na véspera da votação no Congresso, o presidente da Alesp, Carlos Pignatari (PSDB) havia sinalizado disposição em pautar o projeto.
Houve apenas dez votos contrários. Ideologicamente distantes, Ricardo Mellão, do Novo, e a bancada do PSOL se opuseram à medida, assim como Janaína Paschoal (PRTB) e Heni Ozi Cukier (Podemos).