Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Diplomatas marcam posição contra nomeação de quadros fora da carreira para embaixadas


Por Camila Turtelli e Matheus Lara
O secretário de produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Marcos Degaut. Foto: Divulgação/Agência Brasil.

A provável indicação do secretário de produtos de Defesa do governo federal, Marcos Degaut, para atuar como embaixador nos Emirados Árabes Unidos tem provocado uma reação de diplomatas brasileiros após uma sequência de nomeações de profissionais não relacionados à carreira diplomática para esses cargos no exterior.

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A situação tem sido levada ao chanceler Carlos França e reforça o desconforto da categoria em relação aos rumos da política externa brasileira sob Jair Bolsonaro. Recentemente, também foram mal avaliadas as indicações de Raimundo Carreiro, que era ministro do TCU, para Portugal, e de Gerson Menandro, um general do Exército, para o posto em Israel.

A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) tem destacado o contexto de grande tensão geopolítica no mundo para defender que não é bom para o País que o papel do diplomata e suas competências sejam colocadas à prova.

"Dentro do próprio Itamaraty contamos com embaixadores preparados. É justamente desses profissionais que a sociedade brasileira pode esperar a representação legítima e defesa de seus interesses e direitos. Diplomacia se faz por diplomatas", afirmou à Coluna a embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues.

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Veja a nota da ADB na íntegra:

Diplomacia é para Profissionais

A Associação e Sindicato dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical) recebe com grande preocupação a notícia de que profissionais sem qualquer vínculo com a carreira continuam sendo cogitados para chefia de postos da diplomacia brasileira no exterior. Ao mesmo tempo em que reconhecemos que a designação de embaixadores é prerrogativa presidencial, mais uma vez vemos a instituição da carreira diplomática e seus integrantes sendo preteridos e ameaçados no seu exercício pleno e fundamental.

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Vivemos um contexto de grande tensão geopolítica com profundas repercussões na ordem internacional. Não é benéfico para o país que o papel do diplomata e sua competência natural sejam colocados à prova por decisões semelhantes.

Para a ADB/Sindical é fundamental destacar a importância do trabalho desenvolvido pelos diplomatas, em funções para as quais foram prévia e continuamente capacitados, desempenhando-as historicamente com grande afinco e devoção.

Lembramos novamente que os diplomatas passam por várias etapas de formação e avaliação em trajetória que costuma levar mais de três décadas até se chegar ao nível de ministro de primeira classe (embaixador).

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Desde 1945, o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática é porta de entrada rigorosa, justa e equitativa, que incorpora os novos diplomatas oriundos dos mais variados quadrantes do país, de origens e profissões as mais diversas. Dessa forma se garante olhar abrangente da realidade brasileira que passará a ser defendida e representada no exterior. As promoções são igualmente competitivas, com base em avaliação de mérito - que inclui, principalmente, a capacidade de bem cumprir as instruções delegadas que refletem os debates e decisões tomadas democraticamente nas diferentes esferas do poder.

Por fim, é forçoso reiterar a legitimidade da carreira diplomática brasileira, cuja excelência é reconhecida nacional e internacionalmente, forjada por anos de sólida dedicação de seus integrantes e de aprendizado intenso, a fim de bem representar e proteger os interesses do Brasil e de seus nacionais perante a comunidade internacional.

O secretário de produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Marcos Degaut. Foto: Divulgação/Agência Brasil.

A provável indicação do secretário de produtos de Defesa do governo federal, Marcos Degaut, para atuar como embaixador nos Emirados Árabes Unidos tem provocado uma reação de diplomatas brasileiros após uma sequência de nomeações de profissionais não relacionados à carreira diplomática para esses cargos no exterior.

A situação tem sido levada ao chanceler Carlos França e reforça o desconforto da categoria em relação aos rumos da política externa brasileira sob Jair Bolsonaro. Recentemente, também foram mal avaliadas as indicações de Raimundo Carreiro, que era ministro do TCU, para Portugal, e de Gerson Menandro, um general do Exército, para o posto em Israel.

A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) tem destacado o contexto de grande tensão geopolítica no mundo para defender que não é bom para o País que o papel do diplomata e suas competências sejam colocadas à prova.

"Dentro do próprio Itamaraty contamos com embaixadores preparados. É justamente desses profissionais que a sociedade brasileira pode esperar a representação legítima e defesa de seus interesses e direitos. Diplomacia se faz por diplomatas", afirmou à Coluna a embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues.

Veja a nota da ADB na íntegra:

Diplomacia é para Profissionais

A Associação e Sindicato dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical) recebe com grande preocupação a notícia de que profissionais sem qualquer vínculo com a carreira continuam sendo cogitados para chefia de postos da diplomacia brasileira no exterior. Ao mesmo tempo em que reconhecemos que a designação de embaixadores é prerrogativa presidencial, mais uma vez vemos a instituição da carreira diplomática e seus integrantes sendo preteridos e ameaçados no seu exercício pleno e fundamental.

Vivemos um contexto de grande tensão geopolítica com profundas repercussões na ordem internacional. Não é benéfico para o país que o papel do diplomata e sua competência natural sejam colocados à prova por decisões semelhantes.

Para a ADB/Sindical é fundamental destacar a importância do trabalho desenvolvido pelos diplomatas, em funções para as quais foram prévia e continuamente capacitados, desempenhando-as historicamente com grande afinco e devoção.

Lembramos novamente que os diplomatas passam por várias etapas de formação e avaliação em trajetória que costuma levar mais de três décadas até se chegar ao nível de ministro de primeira classe (embaixador).

Desde 1945, o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática é porta de entrada rigorosa, justa e equitativa, que incorpora os novos diplomatas oriundos dos mais variados quadrantes do país, de origens e profissões as mais diversas. Dessa forma se garante olhar abrangente da realidade brasileira que passará a ser defendida e representada no exterior. As promoções são igualmente competitivas, com base em avaliação de mérito - que inclui, principalmente, a capacidade de bem cumprir as instruções delegadas que refletem os debates e decisões tomadas democraticamente nas diferentes esferas do poder.

Por fim, é forçoso reiterar a legitimidade da carreira diplomática brasileira, cuja excelência é reconhecida nacional e internacionalmente, forjada por anos de sólida dedicação de seus integrantes e de aprendizado intenso, a fim de bem representar e proteger os interesses do Brasil e de seus nacionais perante a comunidade internacional.

O secretário de produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Marcos Degaut. Foto: Divulgação/Agência Brasil.

A provável indicação do secretário de produtos de Defesa do governo federal, Marcos Degaut, para atuar como embaixador nos Emirados Árabes Unidos tem provocado uma reação de diplomatas brasileiros após uma sequência de nomeações de profissionais não relacionados à carreira diplomática para esses cargos no exterior.

A situação tem sido levada ao chanceler Carlos França e reforça o desconforto da categoria em relação aos rumos da política externa brasileira sob Jair Bolsonaro. Recentemente, também foram mal avaliadas as indicações de Raimundo Carreiro, que era ministro do TCU, para Portugal, e de Gerson Menandro, um general do Exército, para o posto em Israel.

A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) tem destacado o contexto de grande tensão geopolítica no mundo para defender que não é bom para o País que o papel do diplomata e suas competências sejam colocadas à prova.

"Dentro do próprio Itamaraty contamos com embaixadores preparados. É justamente desses profissionais que a sociedade brasileira pode esperar a representação legítima e defesa de seus interesses e direitos. Diplomacia se faz por diplomatas", afirmou à Coluna a embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues.

Veja a nota da ADB na íntegra:

Diplomacia é para Profissionais

A Associação e Sindicato dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical) recebe com grande preocupação a notícia de que profissionais sem qualquer vínculo com a carreira continuam sendo cogitados para chefia de postos da diplomacia brasileira no exterior. Ao mesmo tempo em que reconhecemos que a designação de embaixadores é prerrogativa presidencial, mais uma vez vemos a instituição da carreira diplomática e seus integrantes sendo preteridos e ameaçados no seu exercício pleno e fundamental.

Vivemos um contexto de grande tensão geopolítica com profundas repercussões na ordem internacional. Não é benéfico para o país que o papel do diplomata e sua competência natural sejam colocados à prova por decisões semelhantes.

Para a ADB/Sindical é fundamental destacar a importância do trabalho desenvolvido pelos diplomatas, em funções para as quais foram prévia e continuamente capacitados, desempenhando-as historicamente com grande afinco e devoção.

Lembramos novamente que os diplomatas passam por várias etapas de formação e avaliação em trajetória que costuma levar mais de três décadas até se chegar ao nível de ministro de primeira classe (embaixador).

Desde 1945, o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática é porta de entrada rigorosa, justa e equitativa, que incorpora os novos diplomatas oriundos dos mais variados quadrantes do país, de origens e profissões as mais diversas. Dessa forma se garante olhar abrangente da realidade brasileira que passará a ser defendida e representada no exterior. As promoções são igualmente competitivas, com base em avaliação de mérito - que inclui, principalmente, a capacidade de bem cumprir as instruções delegadas que refletem os debates e decisões tomadas democraticamente nas diferentes esferas do poder.

Por fim, é forçoso reiterar a legitimidade da carreira diplomática brasileira, cuja excelência é reconhecida nacional e internacionalmente, forjada por anos de sólida dedicação de seus integrantes e de aprendizado intenso, a fim de bem representar e proteger os interesses do Brasil e de seus nacionais perante a comunidade internacional.

O secretário de produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Marcos Degaut. Foto: Divulgação/Agência Brasil.

A provável indicação do secretário de produtos de Defesa do governo federal, Marcos Degaut, para atuar como embaixador nos Emirados Árabes Unidos tem provocado uma reação de diplomatas brasileiros após uma sequência de nomeações de profissionais não relacionados à carreira diplomática para esses cargos no exterior.

A situação tem sido levada ao chanceler Carlos França e reforça o desconforto da categoria em relação aos rumos da política externa brasileira sob Jair Bolsonaro. Recentemente, também foram mal avaliadas as indicações de Raimundo Carreiro, que era ministro do TCU, para Portugal, e de Gerson Menandro, um general do Exército, para o posto em Israel.

A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) tem destacado o contexto de grande tensão geopolítica no mundo para defender que não é bom para o País que o papel do diplomata e suas competências sejam colocadas à prova.

"Dentro do próprio Itamaraty contamos com embaixadores preparados. É justamente desses profissionais que a sociedade brasileira pode esperar a representação legítima e defesa de seus interesses e direitos. Diplomacia se faz por diplomatas", afirmou à Coluna a embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues.

Veja a nota da ADB na íntegra:

Diplomacia é para Profissionais

A Associação e Sindicato dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical) recebe com grande preocupação a notícia de que profissionais sem qualquer vínculo com a carreira continuam sendo cogitados para chefia de postos da diplomacia brasileira no exterior. Ao mesmo tempo em que reconhecemos que a designação de embaixadores é prerrogativa presidencial, mais uma vez vemos a instituição da carreira diplomática e seus integrantes sendo preteridos e ameaçados no seu exercício pleno e fundamental.

Vivemos um contexto de grande tensão geopolítica com profundas repercussões na ordem internacional. Não é benéfico para o país que o papel do diplomata e sua competência natural sejam colocados à prova por decisões semelhantes.

Para a ADB/Sindical é fundamental destacar a importância do trabalho desenvolvido pelos diplomatas, em funções para as quais foram prévia e continuamente capacitados, desempenhando-as historicamente com grande afinco e devoção.

Lembramos novamente que os diplomatas passam por várias etapas de formação e avaliação em trajetória que costuma levar mais de três décadas até se chegar ao nível de ministro de primeira classe (embaixador).

Desde 1945, o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática é porta de entrada rigorosa, justa e equitativa, que incorpora os novos diplomatas oriundos dos mais variados quadrantes do país, de origens e profissões as mais diversas. Dessa forma se garante olhar abrangente da realidade brasileira que passará a ser defendida e representada no exterior. As promoções são igualmente competitivas, com base em avaliação de mérito - que inclui, principalmente, a capacidade de bem cumprir as instruções delegadas que refletem os debates e decisões tomadas democraticamente nas diferentes esferas do poder.

Por fim, é forçoso reiterar a legitimidade da carreira diplomática brasileira, cuja excelência é reconhecida nacional e internacionalmente, forjada por anos de sólida dedicação de seus integrantes e de aprendizado intenso, a fim de bem representar e proteger os interesses do Brasil e de seus nacionais perante a comunidade internacional.

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