O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou Ciro Gomes (PDT), que foi ministro da Integração Nacional em seu governo, e também a ex-presidente Dilma Rousseff para acompanhá-lo na visita às obras da transposição do Rio São Francisco, no próximo domingo, em Monteiro, na Paraíba.
Um grande ato está sendo preparado para receber o petista, nove dias após a inspeção feita pelo presidente Michel Temer no mesmo local. Na ocasião, Temer inaugurou o Eixo Leste da transposição e foi alvo de protestos. Do lado de fora da cerimônia, manifestantes gritaram "Fora, Temer".
Pré-candidato à Presidência da República, Lula escolheu uma data simbólica para visitar o local: 19 de março, dia de São José, quando os nordestinos renovam suas esperanças por chuva.
Nesta terça-feira, após prestar depoimento na Justiça Federal de Brasília, no processo aberto para investigar uma suposta interferência dele na Lava Jato, o ex-presidente conversou com correligionários sobre a viagem. Lembrou que a obra de transposição começou no seu governo, em 2007, e teve prosseguimento na gestão Dilma.
O PT quer fazer da visita um ato memorável, dando a arrancada para a candidatura de Lula ao Palácio do Planalto. Ciro Gomes, porém, também é presidenciável.
Lula chegará ao município de Monteiro acompanhado de deputados e senadores de vários partidos. A ideia é mostrar força. Terá direito a "carreata" e demonstrações de apoio.
"Será que eles têm noção do que é a transposição das águas?", questionou o petista na segunda-feira à noite, ao discursar na abertura do 12.º Congresso de Trabalhadores Rurais, numa referência ao governo Temer. Ele mesmo respondeu: "Não têm, porque nunca fizeram. Porque, de todos os presidentes, só eu carreguei um pote de água na cabeça. Só eu."
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