Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Escolhido para diretoria da PRF coordenou operação que dificultou trânsito de eleitores no 2º turno


Superintendente da Polícia Rodoviária do Piauí, Paulo Nunes Moreno comandou ações no Estado e é tido como nome certo para o comando da Direção de Gestão de Pessoas

Por Gustavo Côrtes
Atualização:

Escolhido para comandar a Diretoria de Gestão de Pessoas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Paulo Fernando Nunes Moreno coordenou, no Piauí, onde ocupa o cargo de superintendente, a operação que dificultou a circulação de eleitores no Nordeste no segundo turno das eleições de 2022. Ele assinou ordem de missão de 27 de outubro, três dias antes do pleito, em que determinava ações de fiscalização em rodovias federais próximas a locais de votação.

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Piauí, Paulo Nunes Moreno. Foto: Divulgação/PRF

Um trecho do documento pede aos policiais que priorizem “locais de votação às margens das rodovias federais ou aqueles que por ventura tenham acesso por estas rodovias, impactando no fluxo do trecho” na data em que eleitores foram às urnas.

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O trabalho da PRF naquele dia virou alvo do Ministério Público Federal (MPF), que acusa o então diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, de promover ação deliberada para sabotar o transporte de eleitores em localidades onde Luiz Inácio Lula da Silva tinha vantagem nas pesquisas de intenção de voto e, assim, favorecer Jair Bolsonaro. Em novembro, a Justiça o tornou réu em processo de improbidade administrativa.

As batidas policiais só foram desmontadas após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, proibir operações desta natureza no dia das eleições, mediante ameaça de responsabilização criminal de Vasques. Segundo o magistrado, as ações violavam a “liberdade de voto”.

Mesmo assim, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, foi à sede do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí entregar denúncias de oito pontos de fiscalização que, segundo ele, mantiveram a operação após a decisão do ministro.

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Interlocutores do novo diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, justificam a operação sob o argumento de que era preciso verificar se a proibição do uso de armas de fogo no dia da eleição, também determinada por Moraes, seria respeitada. No entanto, a ordem de missão sequer menciona tal tarefa como um dos objetivos, mas propõe controle do tráfego, dispersão de manifestações, garantia do “voto livre e imparcial” e enfrentamento aos crimes eleitorais.

Aliados de Oliveira afirmam ainda que o relatório da operação realizada no Piauí sob o comando de Moreno não registrou paradas de veículos de transporte coletivo no dia da votação. Na época, aliados de Lula também se queixaram da lentidão causada na circulação de veículos, o que, segundo eles, provocou abstenções.

Segmentos da PRF reagiram mal à escolha de Moreno para a Direção de Gestão de Pessoas, atribuída à indicação do ministro do Desenvolvimento Social e ex-governador do Piauí, Wellington Dias.

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Interlocutores de Oliveira dizem que Moreno é considerado um comando técnico, com passagens por postos de chefia da entidade nos governos de Michel Temer e Dilma Rousseff. Antes de chefiar a Superintendência do Piauí, ele ocupou o mesmo cargo no Maranhão, de 2015 a 2021, período em que o Estado era governado pelo atual ministro da Justiça, Flávio Dino.

Procurada, a assessoria da Superintendência da PRF no Piauí não se manifestou. A Coluna tentou contatar Moreno, mas não conseguiu localizá-lo.

Escolhido para comandar a Diretoria de Gestão de Pessoas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Paulo Fernando Nunes Moreno coordenou, no Piauí, onde ocupa o cargo de superintendente, a operação que dificultou a circulação de eleitores no Nordeste no segundo turno das eleições de 2022. Ele assinou ordem de missão de 27 de outubro, três dias antes do pleito, em que determinava ações de fiscalização em rodovias federais próximas a locais de votação.

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Piauí, Paulo Nunes Moreno. Foto: Divulgação/PRF

Um trecho do documento pede aos policiais que priorizem “locais de votação às margens das rodovias federais ou aqueles que por ventura tenham acesso por estas rodovias, impactando no fluxo do trecho” na data em que eleitores foram às urnas.

O trabalho da PRF naquele dia virou alvo do Ministério Público Federal (MPF), que acusa o então diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, de promover ação deliberada para sabotar o transporte de eleitores em localidades onde Luiz Inácio Lula da Silva tinha vantagem nas pesquisas de intenção de voto e, assim, favorecer Jair Bolsonaro. Em novembro, a Justiça o tornou réu em processo de improbidade administrativa.

As batidas policiais só foram desmontadas após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, proibir operações desta natureza no dia das eleições, mediante ameaça de responsabilização criminal de Vasques. Segundo o magistrado, as ações violavam a “liberdade de voto”.

Mesmo assim, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, foi à sede do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí entregar denúncias de oito pontos de fiscalização que, segundo ele, mantiveram a operação após a decisão do ministro.

Interlocutores do novo diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, justificam a operação sob o argumento de que era preciso verificar se a proibição do uso de armas de fogo no dia da eleição, também determinada por Moraes, seria respeitada. No entanto, a ordem de missão sequer menciona tal tarefa como um dos objetivos, mas propõe controle do tráfego, dispersão de manifestações, garantia do “voto livre e imparcial” e enfrentamento aos crimes eleitorais.

Aliados de Oliveira afirmam ainda que o relatório da operação realizada no Piauí sob o comando de Moreno não registrou paradas de veículos de transporte coletivo no dia da votação. Na época, aliados de Lula também se queixaram da lentidão causada na circulação de veículos, o que, segundo eles, provocou abstenções.

Segmentos da PRF reagiram mal à escolha de Moreno para a Direção de Gestão de Pessoas, atribuída à indicação do ministro do Desenvolvimento Social e ex-governador do Piauí, Wellington Dias.

Interlocutores de Oliveira dizem que Moreno é considerado um comando técnico, com passagens por postos de chefia da entidade nos governos de Michel Temer e Dilma Rousseff. Antes de chefiar a Superintendência do Piauí, ele ocupou o mesmo cargo no Maranhão, de 2015 a 2021, período em que o Estado era governado pelo atual ministro da Justiça, Flávio Dino.

Procurada, a assessoria da Superintendência da PRF no Piauí não se manifestou. A Coluna tentou contatar Moreno, mas não conseguiu localizá-lo.

Escolhido para comandar a Diretoria de Gestão de Pessoas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Paulo Fernando Nunes Moreno coordenou, no Piauí, onde ocupa o cargo de superintendente, a operação que dificultou a circulação de eleitores no Nordeste no segundo turno das eleições de 2022. Ele assinou ordem de missão de 27 de outubro, três dias antes do pleito, em que determinava ações de fiscalização em rodovias federais próximas a locais de votação.

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Piauí, Paulo Nunes Moreno. Foto: Divulgação/PRF

Um trecho do documento pede aos policiais que priorizem “locais de votação às margens das rodovias federais ou aqueles que por ventura tenham acesso por estas rodovias, impactando no fluxo do trecho” na data em que eleitores foram às urnas.

O trabalho da PRF naquele dia virou alvo do Ministério Público Federal (MPF), que acusa o então diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, de promover ação deliberada para sabotar o transporte de eleitores em localidades onde Luiz Inácio Lula da Silva tinha vantagem nas pesquisas de intenção de voto e, assim, favorecer Jair Bolsonaro. Em novembro, a Justiça o tornou réu em processo de improbidade administrativa.

As batidas policiais só foram desmontadas após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, proibir operações desta natureza no dia das eleições, mediante ameaça de responsabilização criminal de Vasques. Segundo o magistrado, as ações violavam a “liberdade de voto”.

Mesmo assim, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, foi à sede do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí entregar denúncias de oito pontos de fiscalização que, segundo ele, mantiveram a operação após a decisão do ministro.

Interlocutores do novo diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, justificam a operação sob o argumento de que era preciso verificar se a proibição do uso de armas de fogo no dia da eleição, também determinada por Moraes, seria respeitada. No entanto, a ordem de missão sequer menciona tal tarefa como um dos objetivos, mas propõe controle do tráfego, dispersão de manifestações, garantia do “voto livre e imparcial” e enfrentamento aos crimes eleitorais.

Aliados de Oliveira afirmam ainda que o relatório da operação realizada no Piauí sob o comando de Moreno não registrou paradas de veículos de transporte coletivo no dia da votação. Na época, aliados de Lula também se queixaram da lentidão causada na circulação de veículos, o que, segundo eles, provocou abstenções.

Segmentos da PRF reagiram mal à escolha de Moreno para a Direção de Gestão de Pessoas, atribuída à indicação do ministro do Desenvolvimento Social e ex-governador do Piauí, Wellington Dias.

Interlocutores de Oliveira dizem que Moreno é considerado um comando técnico, com passagens por postos de chefia da entidade nos governos de Michel Temer e Dilma Rousseff. Antes de chefiar a Superintendência do Piauí, ele ocupou o mesmo cargo no Maranhão, de 2015 a 2021, período em que o Estado era governado pelo atual ministro da Justiça, Flávio Dino.

Procurada, a assessoria da Superintendência da PRF no Piauí não se manifestou. A Coluna tentou contatar Moreno, mas não conseguiu localizá-lo.

Escolhido para comandar a Diretoria de Gestão de Pessoas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Paulo Fernando Nunes Moreno coordenou, no Piauí, onde ocupa o cargo de superintendente, a operação que dificultou a circulação de eleitores no Nordeste no segundo turno das eleições de 2022. Ele assinou ordem de missão de 27 de outubro, três dias antes do pleito, em que determinava ações de fiscalização em rodovias federais próximas a locais de votação.

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Piauí, Paulo Nunes Moreno. Foto: Divulgação/PRF

Um trecho do documento pede aos policiais que priorizem “locais de votação às margens das rodovias federais ou aqueles que por ventura tenham acesso por estas rodovias, impactando no fluxo do trecho” na data em que eleitores foram às urnas.

O trabalho da PRF naquele dia virou alvo do Ministério Público Federal (MPF), que acusa o então diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, de promover ação deliberada para sabotar o transporte de eleitores em localidades onde Luiz Inácio Lula da Silva tinha vantagem nas pesquisas de intenção de voto e, assim, favorecer Jair Bolsonaro. Em novembro, a Justiça o tornou réu em processo de improbidade administrativa.

As batidas policiais só foram desmontadas após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, proibir operações desta natureza no dia das eleições, mediante ameaça de responsabilização criminal de Vasques. Segundo o magistrado, as ações violavam a “liberdade de voto”.

Mesmo assim, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, foi à sede do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí entregar denúncias de oito pontos de fiscalização que, segundo ele, mantiveram a operação após a decisão do ministro.

Interlocutores do novo diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, justificam a operação sob o argumento de que era preciso verificar se a proibição do uso de armas de fogo no dia da eleição, também determinada por Moraes, seria respeitada. No entanto, a ordem de missão sequer menciona tal tarefa como um dos objetivos, mas propõe controle do tráfego, dispersão de manifestações, garantia do “voto livre e imparcial” e enfrentamento aos crimes eleitorais.

Aliados de Oliveira afirmam ainda que o relatório da operação realizada no Piauí sob o comando de Moreno não registrou paradas de veículos de transporte coletivo no dia da votação. Na época, aliados de Lula também se queixaram da lentidão causada na circulação de veículos, o que, segundo eles, provocou abstenções.

Segmentos da PRF reagiram mal à escolha de Moreno para a Direção de Gestão de Pessoas, atribuída à indicação do ministro do Desenvolvimento Social e ex-governador do Piauí, Wellington Dias.

Interlocutores de Oliveira dizem que Moreno é considerado um comando técnico, com passagens por postos de chefia da entidade nos governos de Michel Temer e Dilma Rousseff. Antes de chefiar a Superintendência do Piauí, ele ocupou o mesmo cargo no Maranhão, de 2015 a 2021, período em que o Estado era governado pelo atual ministro da Justiça, Flávio Dino.

Procurada, a assessoria da Superintendência da PRF no Piauí não se manifestou. A Coluna tentou contatar Moreno, mas não conseguiu localizá-lo.

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