Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Fazenda vê BC imerso em disputa política e espera resposta na ata do Copom


Governo acredita que indicadores econômicos não justificam tom duro da autoridade monetária

Por Mariana Carneiro

A avaliação na equipe de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda é a de que a comunicação feita pelo Copom, mais dura do que o esperado, foi uma reação mais política do que técnica aos acontecimentos recentes. Agentes do mercado, consultados nesta quinta (23), expressaram à equipe econômica ver apenas como retórica a menção à possibilidade de o BC subir ainda mais os juros. Os relatos informaram ainda que Roberto Campos Neto e equipe deixaram a impressão de que desejavam “marcar posição” ou “mandar recados” ao governo Lula frente à pressão que vêm sofrendo. Por isso, na Fazenda, há expectativa de que o BC revise o tom na ata da reunião, a ser divulgada na próxima semana, como fez da última vez.

FILE PHOTO: Brazil's economy minister nominee Fernando Haddad looks on as President-elect Luiz Inacio Lula da Silva talks during a news conference at the transition government building in Brasilia, Brazil December 9, 2022. REUTERS/Adriano Machado/File Photo Foto: Adriano Machado / Reuters

LENTE. A leitura na Fazenda é a de que os dados da economia real, como indicadores do mercado de trabalho, o preço do petróleo e as incertezas externas, não sugerem que há respaldo para um comunicado duro, como o de quarta (22), ainda que a nova regra fiscal não tenha sido apresentada.

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DOSE. Uma das queixas é a de que as expectativas de inflação estão altas porque, segundo avaliação interna, boa parte do mercado acredita que o governo vai revisar para cima a meta de inflação do ano que vem, de 3% para 4%. Assim, não faria sentido remediar essa expectativa com mais juros.

A avaliação na equipe de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda é a de que a comunicação feita pelo Copom, mais dura do que o esperado, foi uma reação mais política do que técnica aos acontecimentos recentes. Agentes do mercado, consultados nesta quinta (23), expressaram à equipe econômica ver apenas como retórica a menção à possibilidade de o BC subir ainda mais os juros. Os relatos informaram ainda que Roberto Campos Neto e equipe deixaram a impressão de que desejavam “marcar posição” ou “mandar recados” ao governo Lula frente à pressão que vêm sofrendo. Por isso, na Fazenda, há expectativa de que o BC revise o tom na ata da reunião, a ser divulgada na próxima semana, como fez da última vez.

FILE PHOTO: Brazil's economy minister nominee Fernando Haddad looks on as President-elect Luiz Inacio Lula da Silva talks during a news conference at the transition government building in Brasilia, Brazil December 9, 2022. REUTERS/Adriano Machado/File Photo Foto: Adriano Machado / Reuters

LENTE. A leitura na Fazenda é a de que os dados da economia real, como indicadores do mercado de trabalho, o preço do petróleo e as incertezas externas, não sugerem que há respaldo para um comunicado duro, como o de quarta (22), ainda que a nova regra fiscal não tenha sido apresentada.

DOSE. Uma das queixas é a de que as expectativas de inflação estão altas porque, segundo avaliação interna, boa parte do mercado acredita que o governo vai revisar para cima a meta de inflação do ano que vem, de 3% para 4%. Assim, não faria sentido remediar essa expectativa com mais juros.

A avaliação na equipe de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda é a de que a comunicação feita pelo Copom, mais dura do que o esperado, foi uma reação mais política do que técnica aos acontecimentos recentes. Agentes do mercado, consultados nesta quinta (23), expressaram à equipe econômica ver apenas como retórica a menção à possibilidade de o BC subir ainda mais os juros. Os relatos informaram ainda que Roberto Campos Neto e equipe deixaram a impressão de que desejavam “marcar posição” ou “mandar recados” ao governo Lula frente à pressão que vêm sofrendo. Por isso, na Fazenda, há expectativa de que o BC revise o tom na ata da reunião, a ser divulgada na próxima semana, como fez da última vez.

FILE PHOTO: Brazil's economy minister nominee Fernando Haddad looks on as President-elect Luiz Inacio Lula da Silva talks during a news conference at the transition government building in Brasilia, Brazil December 9, 2022. REUTERS/Adriano Machado/File Photo Foto: Adriano Machado / Reuters

LENTE. A leitura na Fazenda é a de que os dados da economia real, como indicadores do mercado de trabalho, o preço do petróleo e as incertezas externas, não sugerem que há respaldo para um comunicado duro, como o de quarta (22), ainda que a nova regra fiscal não tenha sido apresentada.

DOSE. Uma das queixas é a de que as expectativas de inflação estão altas porque, segundo avaliação interna, boa parte do mercado acredita que o governo vai revisar para cima a meta de inflação do ano que vem, de 3% para 4%. Assim, não faria sentido remediar essa expectativa com mais juros.

A avaliação na equipe de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda é a de que a comunicação feita pelo Copom, mais dura do que o esperado, foi uma reação mais política do que técnica aos acontecimentos recentes. Agentes do mercado, consultados nesta quinta (23), expressaram à equipe econômica ver apenas como retórica a menção à possibilidade de o BC subir ainda mais os juros. Os relatos informaram ainda que Roberto Campos Neto e equipe deixaram a impressão de que desejavam “marcar posição” ou “mandar recados” ao governo Lula frente à pressão que vêm sofrendo. Por isso, na Fazenda, há expectativa de que o BC revise o tom na ata da reunião, a ser divulgada na próxima semana, como fez da última vez.

FILE PHOTO: Brazil's economy minister nominee Fernando Haddad looks on as President-elect Luiz Inacio Lula da Silva talks during a news conference at the transition government building in Brasilia, Brazil December 9, 2022. REUTERS/Adriano Machado/File Photo Foto: Adriano Machado / Reuters

LENTE. A leitura na Fazenda é a de que os dados da economia real, como indicadores do mercado de trabalho, o preço do petróleo e as incertezas externas, não sugerem que há respaldo para um comunicado duro, como o de quarta (22), ainda que a nova regra fiscal não tenha sido apresentada.

DOSE. Uma das queixas é a de que as expectativas de inflação estão altas porque, segundo avaliação interna, boa parte do mercado acredita que o governo vai revisar para cima a meta de inflação do ano que vem, de 3% para 4%. Assim, não faria sentido remediar essa expectativa com mais juros.

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