Apesar de manter a pré-candidatura de Rogério Marinho (RN) à presidência do Senado, o PL já prepara um plano B para ocupar cargos caso ele perca a disputa contra Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em fevereiro. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) vai discutir nesta terça-feira, 17, com Pacheco quais os critérios de divisão na Mesa Diretora em comissões da Casa para aquele que sair derrotado.
O PL deve ser o maior partido da Casa na próxima legislatura, mas o Senado abandonou nos últimos anos os critérios de proporcionalidade. Antes, a maior legenda ficava com a presidência e com a principal comissão, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Nos últimos anos, entretanto, a distribuição passou a ocorrer somente por acordo, costurado pelo candidato vencedor e seus aliados.
Portinho pretende procurar Pacheco para questionar se poderá ser estabelecido o critério de proporcionalidade para as comissões e para a Mesa, o que privilegiaria a sua legenda. O atual presidente do Senado tem sinalizado que, se o PL não abrir mão da candidatura antes do pleito, o partido não terá espaços relevantes a partir do próximo ano.
Integrantes do PL se queixam que Pacheco não fez acenos consistentes para atrair a sigla, que pleiteia o comando da CCJ ou da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e a primeira secretaria da Casa. O atual presidente ofereceu apenas a manutenção da quarta secretaria à legenda, o que não agradou.
A ideia de membros do PL é argumentar que os critérios de proporcionalidade também ajudariam Pacheco, caso ele saia derrotado. A sigla do mineiro é a segunda maior da Casa.
À Coluna, Carlos Portinho afirmou que o partido não vai abrir mão da candidatura de Rogério Marinho e que busca apenas alinhar as regras do processo.