Membros do PSB de Geraldo Alckmin têm intensificado conversas com Arthur Lira (PP-AL) para integrar o bloco que o presidente da Câmara sonha em formar com outros partidos menores para bater, em tamanho, o grupo formado por MDB, PSD, Republicanos e PSC. O principal objetivo do PSB, neste momento, é proteger ministros da sigla, como Flávio Dino (Justiça), de possíveis desgastes de novas convocações na Câmara. Mas integrantes do PSB creem que a aproximação pode ser interessante para ligar o grupo de Lira ao governo, além de se contrapor a forças da chamada terceira via que almejam suceder o atual presidente da Câmara. O PSB tem apenas 14 deputados, mas é importante para dar chance de o novo bloco se tornar o maior da Casa.
O PT tem ficado distante das negociações sobre blocos na Câmara e deve permanecer sozinho, assim como o PL, que constrói identidade própria como sigla de oposição. As conversas sobre o grupo do Lira deverão seguir após a Páscoa e incluirão ainda o Solidariedade.
Na cúpula do União, que possui três ministros na gestão atual, mas se declara independente, há uma expectativa de que o bloco do Lira se torne um grupo governista. O alinhamento não seria automático, mas tende a ocorrer com o passar do tempo.
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