Antes mesmo de começarem os trabalhos do grupo interministerial criado para discutir o aumento do salário mínimo, sindicalistas já preveem derrota. Eles trabalhavam para emplacar a regra em que o mínimo é reajustado acima da inflação com base no crescimento do PIB dos dois anos anteriores. A fórmula foi criada no 2º governo Lula e vigorou até 2019, quando Jair Bolsonaro a extinguiu. Por este critério, o piso deveria subir para R$ 1.342 - hoje está em R$ 1.302. Mas os sindicalistas creem que vingará a proposta intermediária, sinalizada pela equipe política do Planalto, de R$ 1.320 a partir de 1º de maio. A solução, dizem, atende ao Ministério da Fazenda, que não queria ceder a reajuste algum. A disputa agora é para fixar a regra para 2024.
FÉ. Sindicalistas preveem que, no ano que vem, o governo terá melhores condições de montagem do Orçamento e poderá aplicar o cálculo. A discussão ainda não decantou na Fazenda.
CONSELHO. As discussões do grupo começam nos próximos dias e vão reunir representantes da Fazenda, do Trabalho, Casa Civil e Secretaria-Geral da Presidência. As centrais, o Dieese e a Caixa foram convocados.