O governo de Lula vai liberar, nesta quarta-feira (1º), 13 ministros para votarem nas eleições às presidências da Câmara e do Senado só com o licenciamento provisório dos ministros que têm mandato no Legislativo. Eles vão pedir licenciamento provisório e deixarão os cargos até segunda-feira (6). O Planalto apoia as chapas de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Com exceção de Carlos Fávaro (PSD), da Agricultura, que está no meio do mandato de senador, todos os ministros serão forçados a se licenciar, pois precisam tomar posse em seus cargos. No entanto, a participação deles nas votações foi arquitetada como ato político.
O gesto, segundo Fávaro, servirá para mostrar que o Executivo terá interlocução com o Congresso. “Todos nós vamos lá votar. É para mostrar que esse governo vai ter diálogo com o Legislativo.”
As ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Originários, Sônia Guajajara, podem destoar dos demais. Seus partidos, o PV e o PSOL, fazem parte do bloco de apoio a Chico Alencar (PSOL-RJ) para a Presidência da Câmara.
O licenciamento se encerra na segunda, quando retomam suas atribuições na Esplanada. Por isso, eles também vão participar da escolha do novo ministro do TCU. O nome apoiado por Lira é o do deputado federal Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR).