Marinha vai incorporar nova corveta à frota


Navio, que custou US$ 263 milhões, começou a ser construído no governo do presidente Itamar Franco

A Marinha incorpora à frota naval, no dia 19, a corveta Barroso, um moderno navio de combate, armado com canhões, torpedos e mísseis. Leva também um helicóptero Lynx. Ela levou 14 anos para ser construída, no Rio: quando a quilha foi batida, em 12 de dezembro de 1994, dando início ao processo, o presidente da República era Itamar Franco. Os cortes de verbas e os contingenciamentos do Orçamento adiaram a conclusão - prevista, na época, para meados de 1999 - por um longo período de 108 meses. O custo final anda pela casa dos US$ 263 milhões - valor internacional de mercado do navio. O dinheiro voltou ao projeto apenas a partir de 2005. A V-34 Barroso acabou sendo beneficiada pela demora e virou uma nova classe. Manteve o mesmo conceito de emprego - a escolta, o reconhecimento e a intervenção rápida - da série que serve de base, a Inhaúma (a Marinha dispõe de quatro unidades), mas recebeu novos sistemas, como dois canhões Vickers e Bofors de acionamento eletrônico, um convés de vôo maior e reparos para mísseis Exocet antinavio, com alcance de 70 quilômetros. O navio tem 103,4 metros e desloca 2.400 toneladas. A tripulação é de 150 militares. Velocidade de 30 nós, ou cerca de 60 km/hora, com autonomia máxima de 30 dias no mar. Os testes finais de recebimento foram iniciados em 17 de abril, abrangendo a fase de amaciamento dos poderosos motores diesel associados a turbinas a gás, totalizando 41.800hp de potência, e dos conjuntos operacionais. "A corveta Barroso é bonita e avançada, mas não é exemplar da última geração tecnológica; dificilmente serão contratadas outras desse mesmo tipo", analisa o engenheiro naval Gustavo Camargo, da divisão militar do estaleiro espanhol Navantia. PATRULHA Na festa da entrega, o comandante da Marinha, almirante Júlio de Moura Neto, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, vão confirmar o programa de construção no Brasil de 27 navios leves de patrulha, "o melhor meio de a Força estar mais perto das plataformas de petróleo", de acordo com Moura Neto. São embarcações de 500 toneladas, armadas com dois canhões. As duas primeiras foram encomendadas no Ceará, ao estaleiro Inace. Vão custar, ambas, R$ 88 milhões. Uma licitação envolvendo outras quatro foi aberta há um mês. A tecnologia original é da empresa Constructions Mécaniques de Normandie-CMN, da França. Os direitos foram comprados por US$ 20,2 milhões. "Não é nada que o Arsenal não pudesse fazer sozinho, no Rio, mas com a aquisição ganhamos tempo", justificou o então comandante da Marinha, almirante Roberto de Carvalho. Os patrulhas medem 54,20 metros. Têm autonomia de 4.500 quilômetros. Os 27 tripulantes contam com sistemas digitais que permitem atuar, em combate, de forma integrada com outros navios e aviões.

A Marinha incorpora à frota naval, no dia 19, a corveta Barroso, um moderno navio de combate, armado com canhões, torpedos e mísseis. Leva também um helicóptero Lynx. Ela levou 14 anos para ser construída, no Rio: quando a quilha foi batida, em 12 de dezembro de 1994, dando início ao processo, o presidente da República era Itamar Franco. Os cortes de verbas e os contingenciamentos do Orçamento adiaram a conclusão - prevista, na época, para meados de 1999 - por um longo período de 108 meses. O custo final anda pela casa dos US$ 263 milhões - valor internacional de mercado do navio. O dinheiro voltou ao projeto apenas a partir de 2005. A V-34 Barroso acabou sendo beneficiada pela demora e virou uma nova classe. Manteve o mesmo conceito de emprego - a escolta, o reconhecimento e a intervenção rápida - da série que serve de base, a Inhaúma (a Marinha dispõe de quatro unidades), mas recebeu novos sistemas, como dois canhões Vickers e Bofors de acionamento eletrônico, um convés de vôo maior e reparos para mísseis Exocet antinavio, com alcance de 70 quilômetros. O navio tem 103,4 metros e desloca 2.400 toneladas. A tripulação é de 150 militares. Velocidade de 30 nós, ou cerca de 60 km/hora, com autonomia máxima de 30 dias no mar. Os testes finais de recebimento foram iniciados em 17 de abril, abrangendo a fase de amaciamento dos poderosos motores diesel associados a turbinas a gás, totalizando 41.800hp de potência, e dos conjuntos operacionais. "A corveta Barroso é bonita e avançada, mas não é exemplar da última geração tecnológica; dificilmente serão contratadas outras desse mesmo tipo", analisa o engenheiro naval Gustavo Camargo, da divisão militar do estaleiro espanhol Navantia. PATRULHA Na festa da entrega, o comandante da Marinha, almirante Júlio de Moura Neto, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, vão confirmar o programa de construção no Brasil de 27 navios leves de patrulha, "o melhor meio de a Força estar mais perto das plataformas de petróleo", de acordo com Moura Neto. São embarcações de 500 toneladas, armadas com dois canhões. As duas primeiras foram encomendadas no Ceará, ao estaleiro Inace. Vão custar, ambas, R$ 88 milhões. Uma licitação envolvendo outras quatro foi aberta há um mês. A tecnologia original é da empresa Constructions Mécaniques de Normandie-CMN, da França. Os direitos foram comprados por US$ 20,2 milhões. "Não é nada que o Arsenal não pudesse fazer sozinho, no Rio, mas com a aquisição ganhamos tempo", justificou o então comandante da Marinha, almirante Roberto de Carvalho. Os patrulhas medem 54,20 metros. Têm autonomia de 4.500 quilômetros. Os 27 tripulantes contam com sistemas digitais que permitem atuar, em combate, de forma integrada com outros navios e aviões.

A Marinha incorpora à frota naval, no dia 19, a corveta Barroso, um moderno navio de combate, armado com canhões, torpedos e mísseis. Leva também um helicóptero Lynx. Ela levou 14 anos para ser construída, no Rio: quando a quilha foi batida, em 12 de dezembro de 1994, dando início ao processo, o presidente da República era Itamar Franco. Os cortes de verbas e os contingenciamentos do Orçamento adiaram a conclusão - prevista, na época, para meados de 1999 - por um longo período de 108 meses. O custo final anda pela casa dos US$ 263 milhões - valor internacional de mercado do navio. O dinheiro voltou ao projeto apenas a partir de 2005. A V-34 Barroso acabou sendo beneficiada pela demora e virou uma nova classe. Manteve o mesmo conceito de emprego - a escolta, o reconhecimento e a intervenção rápida - da série que serve de base, a Inhaúma (a Marinha dispõe de quatro unidades), mas recebeu novos sistemas, como dois canhões Vickers e Bofors de acionamento eletrônico, um convés de vôo maior e reparos para mísseis Exocet antinavio, com alcance de 70 quilômetros. O navio tem 103,4 metros e desloca 2.400 toneladas. A tripulação é de 150 militares. Velocidade de 30 nós, ou cerca de 60 km/hora, com autonomia máxima de 30 dias no mar. Os testes finais de recebimento foram iniciados em 17 de abril, abrangendo a fase de amaciamento dos poderosos motores diesel associados a turbinas a gás, totalizando 41.800hp de potência, e dos conjuntos operacionais. "A corveta Barroso é bonita e avançada, mas não é exemplar da última geração tecnológica; dificilmente serão contratadas outras desse mesmo tipo", analisa o engenheiro naval Gustavo Camargo, da divisão militar do estaleiro espanhol Navantia. PATRULHA Na festa da entrega, o comandante da Marinha, almirante Júlio de Moura Neto, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, vão confirmar o programa de construção no Brasil de 27 navios leves de patrulha, "o melhor meio de a Força estar mais perto das plataformas de petróleo", de acordo com Moura Neto. São embarcações de 500 toneladas, armadas com dois canhões. As duas primeiras foram encomendadas no Ceará, ao estaleiro Inace. Vão custar, ambas, R$ 88 milhões. Uma licitação envolvendo outras quatro foi aberta há um mês. A tecnologia original é da empresa Constructions Mécaniques de Normandie-CMN, da França. Os direitos foram comprados por US$ 20,2 milhões. "Não é nada que o Arsenal não pudesse fazer sozinho, no Rio, mas com a aquisição ganhamos tempo", justificou o então comandante da Marinha, almirante Roberto de Carvalho. Os patrulhas medem 54,20 metros. Têm autonomia de 4.500 quilômetros. Os 27 tripulantes contam com sistemas digitais que permitem atuar, em combate, de forma integrada com outros navios e aviões.

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