Michelle Bolsonaro é citada em conversa entre auxiliares de Bolsonaro no caso das joias; relembre


Auxiliares de Bolsonaro investigados por participarem de um esquema de venda ilegal de joias da Presidência afirmaram que um kit com itens preciosos havia ‘sumido com dona Michelle’

Por Gabriel de Sousa

BRASÍLIA – O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, afirmou em delação premiada à Polícia Federal (PF) que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fazia parte de um grupo que incentivava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado. Essa não é a primeira vez que Michelle aparece no centro das investigações que giram em torno de Bolsonaro. Ela é investigada pelo esquema de venda ilegal de joias recebidas pelo ex-chefe do Executivo em viagens oficiais.

Michelle Bolsonaro é citada em investigação do caso das joias  Foto: WILTON JUNIOR

No dia 11 de agosto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou a deflagração da Operação Lucas 12:2 da PF, que apura o caso. Trecho da investigação, constante na decisão do ministro, mostra uma conversa entre auxiliares de Bolsonaro, suspeitos de participarem do esquema, em que citam a ex-primeira-dama.

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Em mensagens para discutir se os kits de itens preciosos poderiam ser vendidos, o assessor especial Marcelo Câmara relatou a Mauro Cid sobre o “desaparecimento” de objetos. “Porque já sumiu um que foi com a dona Michelle.”

A PF pediu para a Suprema Corte a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Michelle, o que foi autorizado por Moraes. A ex-primeira-dama criticou a decisão e afirmou que ela concederia as informações apenas com um pedido dos investigadores.

Segundo Michelle, as investigações sobre as vendas das joias são uma “perseguição política”, com o objetivo manchar o nome da família Bolsonaro. “Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir”, disse na época.

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As investigações são sobre a venda de presentes que Bolsonaro recebeu por causa do cargo de presidente da República. Essas peças deveriam ser incorporadas ao acervo da União, mas foram omitidas dos órgãos públicos, integradas ao estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociadas para fins de enriquecimento ilícito, de acordo com a PF.

Michelle negou conhecer joias, depois admitiu que recebeu um pacote

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As tentativas de venda das joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit com colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo da Arábia Saudita para o então presidente e para a então primeira-dama.

Após as reportagens, o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou que o ex-presidente devolvesse para a Caixa Econômica Federal três pacotes de joias que haviam sido omitidas da Receita Federal.

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De início, a ex-primeira-dama passou a afirmar reiteradamente que não tinha conhecimento dos conjuntos de joias. Depois, Michelle admitiu que recebeu o segundo pacote, que entrou ilegalmente no Brasil, no Palácio da Alvorada.

Michelle tentou argumentar que, quando disse ter desconhecimento sobre os presentes, se referia apenas a um primeiro pacote que ficou retido, no final de 2021, na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, quando a comitiva do governo Bolsonaro tentou entrar no País sem declarar os itens à fiscalização.

No dia da operação da PF, Michelle foi provocada em restaurante em Brasília

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No dia em que a operação da PF foi deflagrada, Michelle foi provocada por uma mulher em um restaurante em Brasília, que perguntou onde estavam as joias que a família Bolsonaro recebeu enquanto estava no poder. Irritada, a ex-primeira-dama disse que a moça era “tão mal-informada que saberia onde estão as joias”.

Michelle estava acompanhada pelo amigo e maquiador particular, Agustín Fernandez, que jogou um copo de água com gelo na mulher e a chamou de “vagabunda”.

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Ex-primeira-dama usou ironia para falar sobre o caso das joias

Assim que se tornou uma das investigadas, Michelle começou a adotar uma postura de ironia em relação ao caso. No dia 26 de agosto, a ex-primeira-dama disse em um evento do PL Mulher – braço do Partido Liberal em que ela é presidente – que ia criar uma linha de produtos chamada “Mijoias”, por ser questionada sobre o destino dos objetos no caso investigado pela PF.

“Tem um povo tão atrapalhado, se fosse lá em Brasília eu ia falar um povo tapado, que fica assim: ‘Cadê as joias, você não vai entregar?’ Querida, a joia está na Caixa Econômica Federal. Mas vocês pediram tanto, vocês falaram tanto de joias que, em breve, nós teremos lançamento: ‘Mijoias’ para vocês”, disse, sob aplausos de aliadas.

No dia 31 daquele mês, antes de ir para um depoimento na sede da PF onde ficou em silêncio, assim como ex-presidente, Michelle postou um vídeo no seu perfil no Instagram treinando MMA (sigla em inglês para artes marciais mistas), com a legenda: “Das porradas da vida, essas são as melhores”.

BRASÍLIA – O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, afirmou em delação premiada à Polícia Federal (PF) que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fazia parte de um grupo que incentivava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado. Essa não é a primeira vez que Michelle aparece no centro das investigações que giram em torno de Bolsonaro. Ela é investigada pelo esquema de venda ilegal de joias recebidas pelo ex-chefe do Executivo em viagens oficiais.

Michelle Bolsonaro é citada em investigação do caso das joias  Foto: WILTON JUNIOR

No dia 11 de agosto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou a deflagração da Operação Lucas 12:2 da PF, que apura o caso. Trecho da investigação, constante na decisão do ministro, mostra uma conversa entre auxiliares de Bolsonaro, suspeitos de participarem do esquema, em que citam a ex-primeira-dama.

Em mensagens para discutir se os kits de itens preciosos poderiam ser vendidos, o assessor especial Marcelo Câmara relatou a Mauro Cid sobre o “desaparecimento” de objetos. “Porque já sumiu um que foi com a dona Michelle.”

A PF pediu para a Suprema Corte a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Michelle, o que foi autorizado por Moraes. A ex-primeira-dama criticou a decisão e afirmou que ela concederia as informações apenas com um pedido dos investigadores.

Segundo Michelle, as investigações sobre as vendas das joias são uma “perseguição política”, com o objetivo manchar o nome da família Bolsonaro. “Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir”, disse na época.

As investigações são sobre a venda de presentes que Bolsonaro recebeu por causa do cargo de presidente da República. Essas peças deveriam ser incorporadas ao acervo da União, mas foram omitidas dos órgãos públicos, integradas ao estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociadas para fins de enriquecimento ilícito, de acordo com a PF.

Michelle negou conhecer joias, depois admitiu que recebeu um pacote

As tentativas de venda das joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit com colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo da Arábia Saudita para o então presidente e para a então primeira-dama.

Após as reportagens, o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou que o ex-presidente devolvesse para a Caixa Econômica Federal três pacotes de joias que haviam sido omitidas da Receita Federal.

De início, a ex-primeira-dama passou a afirmar reiteradamente que não tinha conhecimento dos conjuntos de joias. Depois, Michelle admitiu que recebeu o segundo pacote, que entrou ilegalmente no Brasil, no Palácio da Alvorada.

Michelle tentou argumentar que, quando disse ter desconhecimento sobre os presentes, se referia apenas a um primeiro pacote que ficou retido, no final de 2021, na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, quando a comitiva do governo Bolsonaro tentou entrar no País sem declarar os itens à fiscalização.

No dia da operação da PF, Michelle foi provocada em restaurante em Brasília

No dia em que a operação da PF foi deflagrada, Michelle foi provocada por uma mulher em um restaurante em Brasília, que perguntou onde estavam as joias que a família Bolsonaro recebeu enquanto estava no poder. Irritada, a ex-primeira-dama disse que a moça era “tão mal-informada que saberia onde estão as joias”.

Michelle estava acompanhada pelo amigo e maquiador particular, Agustín Fernandez, que jogou um copo de água com gelo na mulher e a chamou de “vagabunda”.

Ex-primeira-dama usou ironia para falar sobre o caso das joias

Assim que se tornou uma das investigadas, Michelle começou a adotar uma postura de ironia em relação ao caso. No dia 26 de agosto, a ex-primeira-dama disse em um evento do PL Mulher – braço do Partido Liberal em que ela é presidente – que ia criar uma linha de produtos chamada “Mijoias”, por ser questionada sobre o destino dos objetos no caso investigado pela PF.

“Tem um povo tão atrapalhado, se fosse lá em Brasília eu ia falar um povo tapado, que fica assim: ‘Cadê as joias, você não vai entregar?’ Querida, a joia está na Caixa Econômica Federal. Mas vocês pediram tanto, vocês falaram tanto de joias que, em breve, nós teremos lançamento: ‘Mijoias’ para vocês”, disse, sob aplausos de aliadas.

No dia 31 daquele mês, antes de ir para um depoimento na sede da PF onde ficou em silêncio, assim como ex-presidente, Michelle postou um vídeo no seu perfil no Instagram treinando MMA (sigla em inglês para artes marciais mistas), com a legenda: “Das porradas da vida, essas são as melhores”.

BRASÍLIA – O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, afirmou em delação premiada à Polícia Federal (PF) que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fazia parte de um grupo que incentivava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado. Essa não é a primeira vez que Michelle aparece no centro das investigações que giram em torno de Bolsonaro. Ela é investigada pelo esquema de venda ilegal de joias recebidas pelo ex-chefe do Executivo em viagens oficiais.

Michelle Bolsonaro é citada em investigação do caso das joias  Foto: WILTON JUNIOR

No dia 11 de agosto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou a deflagração da Operação Lucas 12:2 da PF, que apura o caso. Trecho da investigação, constante na decisão do ministro, mostra uma conversa entre auxiliares de Bolsonaro, suspeitos de participarem do esquema, em que citam a ex-primeira-dama.

Em mensagens para discutir se os kits de itens preciosos poderiam ser vendidos, o assessor especial Marcelo Câmara relatou a Mauro Cid sobre o “desaparecimento” de objetos. “Porque já sumiu um que foi com a dona Michelle.”

A PF pediu para a Suprema Corte a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Michelle, o que foi autorizado por Moraes. A ex-primeira-dama criticou a decisão e afirmou que ela concederia as informações apenas com um pedido dos investigadores.

Segundo Michelle, as investigações sobre as vendas das joias são uma “perseguição política”, com o objetivo manchar o nome da família Bolsonaro. “Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir”, disse na época.

As investigações são sobre a venda de presentes que Bolsonaro recebeu por causa do cargo de presidente da República. Essas peças deveriam ser incorporadas ao acervo da União, mas foram omitidas dos órgãos públicos, integradas ao estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociadas para fins de enriquecimento ilícito, de acordo com a PF.

Michelle negou conhecer joias, depois admitiu que recebeu um pacote

As tentativas de venda das joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit com colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo da Arábia Saudita para o então presidente e para a então primeira-dama.

Após as reportagens, o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou que o ex-presidente devolvesse para a Caixa Econômica Federal três pacotes de joias que haviam sido omitidas da Receita Federal.

De início, a ex-primeira-dama passou a afirmar reiteradamente que não tinha conhecimento dos conjuntos de joias. Depois, Michelle admitiu que recebeu o segundo pacote, que entrou ilegalmente no Brasil, no Palácio da Alvorada.

Michelle tentou argumentar que, quando disse ter desconhecimento sobre os presentes, se referia apenas a um primeiro pacote que ficou retido, no final de 2021, na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, quando a comitiva do governo Bolsonaro tentou entrar no País sem declarar os itens à fiscalização.

No dia da operação da PF, Michelle foi provocada em restaurante em Brasília

No dia em que a operação da PF foi deflagrada, Michelle foi provocada por uma mulher em um restaurante em Brasília, que perguntou onde estavam as joias que a família Bolsonaro recebeu enquanto estava no poder. Irritada, a ex-primeira-dama disse que a moça era “tão mal-informada que saberia onde estão as joias”.

Michelle estava acompanhada pelo amigo e maquiador particular, Agustín Fernandez, que jogou um copo de água com gelo na mulher e a chamou de “vagabunda”.

Ex-primeira-dama usou ironia para falar sobre o caso das joias

Assim que se tornou uma das investigadas, Michelle começou a adotar uma postura de ironia em relação ao caso. No dia 26 de agosto, a ex-primeira-dama disse em um evento do PL Mulher – braço do Partido Liberal em que ela é presidente – que ia criar uma linha de produtos chamada “Mijoias”, por ser questionada sobre o destino dos objetos no caso investigado pela PF.

“Tem um povo tão atrapalhado, se fosse lá em Brasília eu ia falar um povo tapado, que fica assim: ‘Cadê as joias, você não vai entregar?’ Querida, a joia está na Caixa Econômica Federal. Mas vocês pediram tanto, vocês falaram tanto de joias que, em breve, nós teremos lançamento: ‘Mijoias’ para vocês”, disse, sob aplausos de aliadas.

No dia 31 daquele mês, antes de ir para um depoimento na sede da PF onde ficou em silêncio, assim como ex-presidente, Michelle postou um vídeo no seu perfil no Instagram treinando MMA (sigla em inglês para artes marciais mistas), com a legenda: “Das porradas da vida, essas são as melhores”.

BRASÍLIA – O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, afirmou em delação premiada à Polícia Federal (PF) que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fazia parte de um grupo que incentivava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado. Essa não é a primeira vez que Michelle aparece no centro das investigações que giram em torno de Bolsonaro. Ela é investigada pelo esquema de venda ilegal de joias recebidas pelo ex-chefe do Executivo em viagens oficiais.

Michelle Bolsonaro é citada em investigação do caso das joias  Foto: WILTON JUNIOR

No dia 11 de agosto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou a deflagração da Operação Lucas 12:2 da PF, que apura o caso. Trecho da investigação, constante na decisão do ministro, mostra uma conversa entre auxiliares de Bolsonaro, suspeitos de participarem do esquema, em que citam a ex-primeira-dama.

Em mensagens para discutir se os kits de itens preciosos poderiam ser vendidos, o assessor especial Marcelo Câmara relatou a Mauro Cid sobre o “desaparecimento” de objetos. “Porque já sumiu um que foi com a dona Michelle.”

A PF pediu para a Suprema Corte a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Michelle, o que foi autorizado por Moraes. A ex-primeira-dama criticou a decisão e afirmou que ela concederia as informações apenas com um pedido dos investigadores.

Segundo Michelle, as investigações sobre as vendas das joias são uma “perseguição política”, com o objetivo manchar o nome da família Bolsonaro. “Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir”, disse na época.

As investigações são sobre a venda de presentes que Bolsonaro recebeu por causa do cargo de presidente da República. Essas peças deveriam ser incorporadas ao acervo da União, mas foram omitidas dos órgãos públicos, integradas ao estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociadas para fins de enriquecimento ilícito, de acordo com a PF.

Michelle negou conhecer joias, depois admitiu que recebeu um pacote

As tentativas de venda das joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit com colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo da Arábia Saudita para o então presidente e para a então primeira-dama.

Após as reportagens, o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou que o ex-presidente devolvesse para a Caixa Econômica Federal três pacotes de joias que haviam sido omitidas da Receita Federal.

De início, a ex-primeira-dama passou a afirmar reiteradamente que não tinha conhecimento dos conjuntos de joias. Depois, Michelle admitiu que recebeu o segundo pacote, que entrou ilegalmente no Brasil, no Palácio da Alvorada.

Michelle tentou argumentar que, quando disse ter desconhecimento sobre os presentes, se referia apenas a um primeiro pacote que ficou retido, no final de 2021, na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, quando a comitiva do governo Bolsonaro tentou entrar no País sem declarar os itens à fiscalização.

No dia da operação da PF, Michelle foi provocada em restaurante em Brasília

No dia em que a operação da PF foi deflagrada, Michelle foi provocada por uma mulher em um restaurante em Brasília, que perguntou onde estavam as joias que a família Bolsonaro recebeu enquanto estava no poder. Irritada, a ex-primeira-dama disse que a moça era “tão mal-informada que saberia onde estão as joias”.

Michelle estava acompanhada pelo amigo e maquiador particular, Agustín Fernandez, que jogou um copo de água com gelo na mulher e a chamou de “vagabunda”.

Ex-primeira-dama usou ironia para falar sobre o caso das joias

Assim que se tornou uma das investigadas, Michelle começou a adotar uma postura de ironia em relação ao caso. No dia 26 de agosto, a ex-primeira-dama disse em um evento do PL Mulher – braço do Partido Liberal em que ela é presidente – que ia criar uma linha de produtos chamada “Mijoias”, por ser questionada sobre o destino dos objetos no caso investigado pela PF.

“Tem um povo tão atrapalhado, se fosse lá em Brasília eu ia falar um povo tapado, que fica assim: ‘Cadê as joias, você não vai entregar?’ Querida, a joia está na Caixa Econômica Federal. Mas vocês pediram tanto, vocês falaram tanto de joias que, em breve, nós teremos lançamento: ‘Mijoias’ para vocês”, disse, sob aplausos de aliadas.

No dia 31 daquele mês, antes de ir para um depoimento na sede da PF onde ficou em silêncio, assim como ex-presidente, Michelle postou um vídeo no seu perfil no Instagram treinando MMA (sigla em inglês para artes marciais mistas), com a legenda: “Das porradas da vida, essas são as melhores”.

BRASÍLIA – O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, afirmou em delação premiada à Polícia Federal (PF) que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fazia parte de um grupo que incentivava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado. Essa não é a primeira vez que Michelle aparece no centro das investigações que giram em torno de Bolsonaro. Ela é investigada pelo esquema de venda ilegal de joias recebidas pelo ex-chefe do Executivo em viagens oficiais.

Michelle Bolsonaro é citada em investigação do caso das joias  Foto: WILTON JUNIOR

No dia 11 de agosto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou a deflagração da Operação Lucas 12:2 da PF, que apura o caso. Trecho da investigação, constante na decisão do ministro, mostra uma conversa entre auxiliares de Bolsonaro, suspeitos de participarem do esquema, em que citam a ex-primeira-dama.

Em mensagens para discutir se os kits de itens preciosos poderiam ser vendidos, o assessor especial Marcelo Câmara relatou a Mauro Cid sobre o “desaparecimento” de objetos. “Porque já sumiu um que foi com a dona Michelle.”

A PF pediu para a Suprema Corte a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Michelle, o que foi autorizado por Moraes. A ex-primeira-dama criticou a decisão e afirmou que ela concederia as informações apenas com um pedido dos investigadores.

Segundo Michelle, as investigações sobre as vendas das joias são uma “perseguição política”, com o objetivo manchar o nome da família Bolsonaro. “Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir”, disse na época.

As investigações são sobre a venda de presentes que Bolsonaro recebeu por causa do cargo de presidente da República. Essas peças deveriam ser incorporadas ao acervo da União, mas foram omitidas dos órgãos públicos, integradas ao estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociadas para fins de enriquecimento ilícito, de acordo com a PF.

Michelle negou conhecer joias, depois admitiu que recebeu um pacote

As tentativas de venda das joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit com colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo da Arábia Saudita para o então presidente e para a então primeira-dama.

Após as reportagens, o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou que o ex-presidente devolvesse para a Caixa Econômica Federal três pacotes de joias que haviam sido omitidas da Receita Federal.

De início, a ex-primeira-dama passou a afirmar reiteradamente que não tinha conhecimento dos conjuntos de joias. Depois, Michelle admitiu que recebeu o segundo pacote, que entrou ilegalmente no Brasil, no Palácio da Alvorada.

Michelle tentou argumentar que, quando disse ter desconhecimento sobre os presentes, se referia apenas a um primeiro pacote que ficou retido, no final de 2021, na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, quando a comitiva do governo Bolsonaro tentou entrar no País sem declarar os itens à fiscalização.

No dia da operação da PF, Michelle foi provocada em restaurante em Brasília

No dia em que a operação da PF foi deflagrada, Michelle foi provocada por uma mulher em um restaurante em Brasília, que perguntou onde estavam as joias que a família Bolsonaro recebeu enquanto estava no poder. Irritada, a ex-primeira-dama disse que a moça era “tão mal-informada que saberia onde estão as joias”.

Michelle estava acompanhada pelo amigo e maquiador particular, Agustín Fernandez, que jogou um copo de água com gelo na mulher e a chamou de “vagabunda”.

Ex-primeira-dama usou ironia para falar sobre o caso das joias

Assim que se tornou uma das investigadas, Michelle começou a adotar uma postura de ironia em relação ao caso. No dia 26 de agosto, a ex-primeira-dama disse em um evento do PL Mulher – braço do Partido Liberal em que ela é presidente – que ia criar uma linha de produtos chamada “Mijoias”, por ser questionada sobre o destino dos objetos no caso investigado pela PF.

“Tem um povo tão atrapalhado, se fosse lá em Brasília eu ia falar um povo tapado, que fica assim: ‘Cadê as joias, você não vai entregar?’ Querida, a joia está na Caixa Econômica Federal. Mas vocês pediram tanto, vocês falaram tanto de joias que, em breve, nós teremos lançamento: ‘Mijoias’ para vocês”, disse, sob aplausos de aliadas.

No dia 31 daquele mês, antes de ir para um depoimento na sede da PF onde ficou em silêncio, assim como ex-presidente, Michelle postou um vídeo no seu perfil no Instagram treinando MMA (sigla em inglês para artes marciais mistas), com a legenda: “Das porradas da vida, essas são as melhores”.

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