Milton Leite acumula derrotas no Legislativo e na Prefeitura após aposentadoria da vida pública


Ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo não conseguiu manter influência sobre pasta que fiscaliza empresas de ônibus e nem emplacar vereador para sucedê-lo no comando do Legislativo paulistano

Por Pedro Augusto Figueiredo

Ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil) perdeu espaço na política paulistana no início deste ano. Sem cargo após decidir não concorrer à reeleição, ele viu sua influência sobre a Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) sofrer um golpe depois que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) escolheu como secretário o economista Celso Jorge Caldeira, técnico indicado pelo PP.

Além disso, Leite perdeu a queda de braço para definir o seu sucessor. Embora tenha conseguido garantir que o União Brasil presidirá o Legislativo municipal pelos próximos quatro anos, ele queria que o posto fosse assumido por seu ex-chefe de gabinete Silvão Leite (União Brasil). Diante da resistência de Nunes e dos vereadores, foi obrigado a ceder e concordar com o nome de Ricardo Teixeira (União), outro de seus aliados.

Nos bastidores do Legislativo, a nomeação de um secretário ligado ao PP para a secretaria de Transporte é avaliada como uma perda importante para Leite em um momento que Nunes ordenou que a pasta instaure processo para avaliar o rompimento do contrato da Prefeitura com duas empresas de ônibus, a Transwolff e a UpBus, suspeitas de lavarem dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão final caberá ao prefeito.

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Milton Leite decidiu não disputar reeleição para vereador e encaminhar aposentadoria da vida pública; ex-presidente da Câmara continua no comando do União Brasil em São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

“O União Brasil nunca exigiu cargo em troca de apoio e respeita a decisão do prefeito Ricardo Nunes”, limitou-se a dizer Milton Leite ao ser procurado via assessoria de imprensa pelo Estadão. Aliados afirmam que o ex-presidente está estranhamente quieto diante do revés e aguardam a retomada dos trabalhos da Câmara para ver qual será a postura da bancada do partido. Com sete vereadores, a sigla tem o mesmo tamanho do MDB de Nunes e está atrás apenas do PT, que tem 8 parlamentares.

Procurada, a Prefeitura de São Paulo não se manifestou até a publicação da reportagem.

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Milton Leite tem relação histórica com o setor de transporte desde a época dos perueiros, que posteriormente se organizaram em cooperativas e terminaram por constituir empresas que hoje prestam o serviço na cidade. Uma delas é justamente a Transwolff. O ex-vereador teve o sigilo bancário quebrado em 2023 a pedido do Ministério Público no âmbito da investigação sobre a relação da empresa com a organização criminosa.

No passado, Leite afirmou ser apenas testemunha no processo, disse que não houve lavagem de dinheiro e rechaçou a suposta ligação da Transwolff com o PCC. “Que tem PCC (na TransWolff)? Tenho a absoluta convicção que não tem. Pode ter problema fiscal, de gestão, isso é outra história”, disse em entrevista ao Estadão em dezembro.

A secretaria de Transporte é especialmente cara a Leite por ter em seu guarda-chuva a SPTrans, empresa pública responsável por gerir o sistema de transporte público e fiscalizar as empresas de ônibus. Após a eleição, Nunes declarou que pretende extingui-la e transferir suas atribuições para a SPRegula, agência reguladora ligada diretamente ao seu gabinete.

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Enquanto isso não ocorre, o prefeito declarou na terça-feira, 7, que caberá ao novo secretário Celso Caldeira escolher o próximo dirigente da SPTrans. Ele acrescentou que a indicação terá que passar por seu crivo.

“O que eu quero é o sistema de informatização do transporte, com o BI [ferramenta que cria painéis para visualização de dados] na minha sala, para eu acompanhar quantos passageiros por dia, quantos veículos, onde tem terminal com muita gente, quantos ônibus foram para lá, saber da questão de sobreposição de linhas”, afirmou o prefeito.

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Na Câmara, vereadores entendem que Leite conseguiu manter ascendência sobre a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET). A avaliação não é unânime. Pessoas próximas a Ricardo Nunes minimizam a suposta influência de Leite na CET e argumentam que o órgão é técnico. Uma matéria publicada pelo portal UOL no ano passado aponta que o ex-vereador dava ordens no órgão até para determinar o sentido do tráfego nas ruas.

O União Brasil manteve o comando da Secretaria de Urbanismo e Licenciamento, chefiada por Elisabete França. O deputado federal Felipe Becari (União Brasil) foi substituído no comando da Secretaria de Esportes pelo ex-prefeito de Osasco, Rogério Lins. Apesar de integrar o União Brasil, Becari era da cota do Podemos. Ele ajudou na eleição do vereador Gabriel Abreu (Podemos).

Ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil) perdeu espaço na política paulistana no início deste ano. Sem cargo após decidir não concorrer à reeleição, ele viu sua influência sobre a Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) sofrer um golpe depois que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) escolheu como secretário o economista Celso Jorge Caldeira, técnico indicado pelo PP.

Além disso, Leite perdeu a queda de braço para definir o seu sucessor. Embora tenha conseguido garantir que o União Brasil presidirá o Legislativo municipal pelos próximos quatro anos, ele queria que o posto fosse assumido por seu ex-chefe de gabinete Silvão Leite (União Brasil). Diante da resistência de Nunes e dos vereadores, foi obrigado a ceder e concordar com o nome de Ricardo Teixeira (União), outro de seus aliados.

Nos bastidores do Legislativo, a nomeação de um secretário ligado ao PP para a secretaria de Transporte é avaliada como uma perda importante para Leite em um momento que Nunes ordenou que a pasta instaure processo para avaliar o rompimento do contrato da Prefeitura com duas empresas de ônibus, a Transwolff e a UpBus, suspeitas de lavarem dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão final caberá ao prefeito.

Milton Leite decidiu não disputar reeleição para vereador e encaminhar aposentadoria da vida pública; ex-presidente da Câmara continua no comando do União Brasil em São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

“O União Brasil nunca exigiu cargo em troca de apoio e respeita a decisão do prefeito Ricardo Nunes”, limitou-se a dizer Milton Leite ao ser procurado via assessoria de imprensa pelo Estadão. Aliados afirmam que o ex-presidente está estranhamente quieto diante do revés e aguardam a retomada dos trabalhos da Câmara para ver qual será a postura da bancada do partido. Com sete vereadores, a sigla tem o mesmo tamanho do MDB de Nunes e está atrás apenas do PT, que tem 8 parlamentares.

Procurada, a Prefeitura de São Paulo não se manifestou até a publicação da reportagem.

Milton Leite tem relação histórica com o setor de transporte desde a época dos perueiros, que posteriormente se organizaram em cooperativas e terminaram por constituir empresas que hoje prestam o serviço na cidade. Uma delas é justamente a Transwolff. O ex-vereador teve o sigilo bancário quebrado em 2023 a pedido do Ministério Público no âmbito da investigação sobre a relação da empresa com a organização criminosa.

No passado, Leite afirmou ser apenas testemunha no processo, disse que não houve lavagem de dinheiro e rechaçou a suposta ligação da Transwolff com o PCC. “Que tem PCC (na TransWolff)? Tenho a absoluta convicção que não tem. Pode ter problema fiscal, de gestão, isso é outra história”, disse em entrevista ao Estadão em dezembro.

A secretaria de Transporte é especialmente cara a Leite por ter em seu guarda-chuva a SPTrans, empresa pública responsável por gerir o sistema de transporte público e fiscalizar as empresas de ônibus. Após a eleição, Nunes declarou que pretende extingui-la e transferir suas atribuições para a SPRegula, agência reguladora ligada diretamente ao seu gabinete.

Enquanto isso não ocorre, o prefeito declarou na terça-feira, 7, que caberá ao novo secretário Celso Caldeira escolher o próximo dirigente da SPTrans. Ele acrescentou que a indicação terá que passar por seu crivo.

“O que eu quero é o sistema de informatização do transporte, com o BI [ferramenta que cria painéis para visualização de dados] na minha sala, para eu acompanhar quantos passageiros por dia, quantos veículos, onde tem terminal com muita gente, quantos ônibus foram para lá, saber da questão de sobreposição de linhas”, afirmou o prefeito.

Na Câmara, vereadores entendem que Leite conseguiu manter ascendência sobre a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET). A avaliação não é unânime. Pessoas próximas a Ricardo Nunes minimizam a suposta influência de Leite na CET e argumentam que o órgão é técnico. Uma matéria publicada pelo portal UOL no ano passado aponta que o ex-vereador dava ordens no órgão até para determinar o sentido do tráfego nas ruas.

O União Brasil manteve o comando da Secretaria de Urbanismo e Licenciamento, chefiada por Elisabete França. O deputado federal Felipe Becari (União Brasil) foi substituído no comando da Secretaria de Esportes pelo ex-prefeito de Osasco, Rogério Lins. Apesar de integrar o União Brasil, Becari era da cota do Podemos. Ele ajudou na eleição do vereador Gabriel Abreu (Podemos).

Ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil) perdeu espaço na política paulistana no início deste ano. Sem cargo após decidir não concorrer à reeleição, ele viu sua influência sobre a Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) sofrer um golpe depois que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) escolheu como secretário o economista Celso Jorge Caldeira, técnico indicado pelo PP.

Além disso, Leite perdeu a queda de braço para definir o seu sucessor. Embora tenha conseguido garantir que o União Brasil presidirá o Legislativo municipal pelos próximos quatro anos, ele queria que o posto fosse assumido por seu ex-chefe de gabinete Silvão Leite (União Brasil). Diante da resistência de Nunes e dos vereadores, foi obrigado a ceder e concordar com o nome de Ricardo Teixeira (União), outro de seus aliados.

Nos bastidores do Legislativo, a nomeação de um secretário ligado ao PP para a secretaria de Transporte é avaliada como uma perda importante para Leite em um momento que Nunes ordenou que a pasta instaure processo para avaliar o rompimento do contrato da Prefeitura com duas empresas de ônibus, a Transwolff e a UpBus, suspeitas de lavarem dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão final caberá ao prefeito.

Milton Leite decidiu não disputar reeleição para vereador e encaminhar aposentadoria da vida pública; ex-presidente da Câmara continua no comando do União Brasil em São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

“O União Brasil nunca exigiu cargo em troca de apoio e respeita a decisão do prefeito Ricardo Nunes”, limitou-se a dizer Milton Leite ao ser procurado via assessoria de imprensa pelo Estadão. Aliados afirmam que o ex-presidente está estranhamente quieto diante do revés e aguardam a retomada dos trabalhos da Câmara para ver qual será a postura da bancada do partido. Com sete vereadores, a sigla tem o mesmo tamanho do MDB de Nunes e está atrás apenas do PT, que tem 8 parlamentares.

Procurada, a Prefeitura de São Paulo não se manifestou até a publicação da reportagem.

Milton Leite tem relação histórica com o setor de transporte desde a época dos perueiros, que posteriormente se organizaram em cooperativas e terminaram por constituir empresas que hoje prestam o serviço na cidade. Uma delas é justamente a Transwolff. O ex-vereador teve o sigilo bancário quebrado em 2023 a pedido do Ministério Público no âmbito da investigação sobre a relação da empresa com a organização criminosa.

No passado, Leite afirmou ser apenas testemunha no processo, disse que não houve lavagem de dinheiro e rechaçou a suposta ligação da Transwolff com o PCC. “Que tem PCC (na TransWolff)? Tenho a absoluta convicção que não tem. Pode ter problema fiscal, de gestão, isso é outra história”, disse em entrevista ao Estadão em dezembro.

A secretaria de Transporte é especialmente cara a Leite por ter em seu guarda-chuva a SPTrans, empresa pública responsável por gerir o sistema de transporte público e fiscalizar as empresas de ônibus. Após a eleição, Nunes declarou que pretende extingui-la e transferir suas atribuições para a SPRegula, agência reguladora ligada diretamente ao seu gabinete.

Enquanto isso não ocorre, o prefeito declarou na terça-feira, 7, que caberá ao novo secretário Celso Caldeira escolher o próximo dirigente da SPTrans. Ele acrescentou que a indicação terá que passar por seu crivo.

“O que eu quero é o sistema de informatização do transporte, com o BI [ferramenta que cria painéis para visualização de dados] na minha sala, para eu acompanhar quantos passageiros por dia, quantos veículos, onde tem terminal com muita gente, quantos ônibus foram para lá, saber da questão de sobreposição de linhas”, afirmou o prefeito.

Na Câmara, vereadores entendem que Leite conseguiu manter ascendência sobre a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET). A avaliação não é unânime. Pessoas próximas a Ricardo Nunes minimizam a suposta influência de Leite na CET e argumentam que o órgão é técnico. Uma matéria publicada pelo portal UOL no ano passado aponta que o ex-vereador dava ordens no órgão até para determinar o sentido do tráfego nas ruas.

O União Brasil manteve o comando da Secretaria de Urbanismo e Licenciamento, chefiada por Elisabete França. O deputado federal Felipe Becari (União Brasil) foi substituído no comando da Secretaria de Esportes pelo ex-prefeito de Osasco, Rogério Lins. Apesar de integrar o União Brasil, Becari era da cota do Podemos. Ele ajudou na eleição do vereador Gabriel Abreu (Podemos).

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