O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, renunciou neste domingo, tornando-se o sétimo ministro do governo de Dilma Rousseff a deixar o cargo após denúncias de corrupção. Lupi foi alvo de diversas denúncias nas últimas semanas, como a de se beneficiar de convênios irrelugares do seu ministério com ONGs, a de ter trabalhado como "funcionário fantasma" na Câmara de Deputados e a de ter viajado em um jatinho de propriedade de Adair Meira, dirigente da ONG Pró-Cerrado, que possui convênios com o ministério. O ministro defendeu-se das acusações e disse que renunciou para evitar que o "ódio das forças conservadoras do país" atinjam o governo. Ele também se disse vítima de perseguição política e pessoal. Confira abaixo a íntegra da nota de Lupi, divulgada pelo Ministério do Trabalho neste domingo: "Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República - que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa - decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável." "Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo não contagie outros setores do Governo." "Foram praticamente cinco anos à frente do Ministério do Trabalho, milhões de empregos gerados, reconhecimento legal das centrais sindicais, qualificação de milhões de trabalhadores e regulamentação do ponto eletrônico para proteger o bom trabalhador e o bom empregador, entre outras realizações." "Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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