Ministro cobra desculpas de Milei a Lula como condição para iniciar diálogo: ‘ofendeu gratuitamente’


Paulo Pimenta disse que o presidente eleito da Argentina deveria fazer um “gesto” a Lula por meio de ligação para pedir desculpas

Por Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, afirmou nesta segunda-feira, 20, que o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, deveria ‘pedir desculpa’ ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por tê-lo ofendido de “forma gratuita”. O ministro cobrou que uma ligação seja realizada como condição para o início das relações entre os dois governantes.

“Ele tem que pedir desculpa. Ofendeu de forma gratuita o presidente Lula. Cabe a ele um gesto, como presidente eleito, de ligar para se desculpar. Depois que acontecesse isso, eu pensaria na possibilidade de conversar”, disse em evento no Palácio do Planalto.

O ministro da Secretaria de Comunicação (SECOM) da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse que só pensaria em conversar com Milei depois de pedido de desculpas Foto: Wilton Junior/Estadão
continua após a publicidade

Alguns dos ministros mais próximos de Lula, como Paulo Pimenta, fizeram campanha aberta a favor da eleição do candidato peronista Sergio Massa. Eles argumentavam, por exemplo, que a vitória do representante da situação na Argentina fortaleceria o Mercosul.

Durante a campanha presidencial, Milei chamou Lula de comunista, disse se recusar a encontrar o petista caso fosse eleito e se referiu ao governo brasileiro como “um regime que não está de acordo com as ideias de liberdade”. “No caso do Lula é mais complicado porque ele tem uma vocação totalitária muito mais marcada. Em outras palavras, ele não é apenas um socialista. Ele é alguém que tem vocação totalitária”, disse em entrevista à revista The Economist.

Não foi a primeira vez que ele xingou o presidente brasileiro. Milei já se referiu ao petista como “ladrão”, “comunista furioso” e “ex-presidiário”. As primeiras críticas são de 2021, quando se fortaleceram os rumores de que Lula seria candidato à Presidência.

continua após a publicidade
O presidente eleito da argentina, Javier Milei, e o presidente brasileiro Lula Foto: Alejandro Pagni/AFP e Wilton Junior/Estadão

A relação entre os dois ficou ainda mais desgastada depois que o Estadão revelou que Lula trabalhou para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse empréstimo US$ 1 bilhão à Argentina, num movimento para fortalecer o candidato governista Sergio Massa. O ainda candidato argentino disse que o petista tentava interferir nas eleições do País.

continua após a publicidade

Na reta final da campanha, o presidente brasileiro disse que o vencedor das eleições argentinas deveria ser um candidato que goste de “democracia” e do “Mercosul”, no que foi encarado internacionalmente como um recado a Milei. O presidente eleito na Argentina ameaça deixar o bloco econômico sul-americano e é apontado por analistas como o mais novo representante de movimentos antipolítica e antidemocráticos no Continente.

O governo brasileiro já demonstrou estar aberto a manter relações com o vizinho. Logo depois do anúncio da vitória de Milei, o presidente Lula postou em suas redes que deseja “boa sorte e êxito ao novo governo”, sem citar Milei, e disse que “o Brasil sempre estará à disposição para trabalhar” com os argentinos. Mesmo antes da vitória de Milei, o governo Lula já havia descartado romper relações com a Argentina, caso o libertário fosse vitorioso.

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, afirmou nesta segunda-feira, 20, que o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, deveria ‘pedir desculpa’ ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por tê-lo ofendido de “forma gratuita”. O ministro cobrou que uma ligação seja realizada como condição para o início das relações entre os dois governantes.

“Ele tem que pedir desculpa. Ofendeu de forma gratuita o presidente Lula. Cabe a ele um gesto, como presidente eleito, de ligar para se desculpar. Depois que acontecesse isso, eu pensaria na possibilidade de conversar”, disse em evento no Palácio do Planalto.

O ministro da Secretaria de Comunicação (SECOM) da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse que só pensaria em conversar com Milei depois de pedido de desculpas Foto: Wilton Junior/Estadão

Alguns dos ministros mais próximos de Lula, como Paulo Pimenta, fizeram campanha aberta a favor da eleição do candidato peronista Sergio Massa. Eles argumentavam, por exemplo, que a vitória do representante da situação na Argentina fortaleceria o Mercosul.

Durante a campanha presidencial, Milei chamou Lula de comunista, disse se recusar a encontrar o petista caso fosse eleito e se referiu ao governo brasileiro como “um regime que não está de acordo com as ideias de liberdade”. “No caso do Lula é mais complicado porque ele tem uma vocação totalitária muito mais marcada. Em outras palavras, ele não é apenas um socialista. Ele é alguém que tem vocação totalitária”, disse em entrevista à revista The Economist.

Não foi a primeira vez que ele xingou o presidente brasileiro. Milei já se referiu ao petista como “ladrão”, “comunista furioso” e “ex-presidiário”. As primeiras críticas são de 2021, quando se fortaleceram os rumores de que Lula seria candidato à Presidência.

O presidente eleito da argentina, Javier Milei, e o presidente brasileiro Lula Foto: Alejandro Pagni/AFP e Wilton Junior/Estadão

A relação entre os dois ficou ainda mais desgastada depois que o Estadão revelou que Lula trabalhou para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse empréstimo US$ 1 bilhão à Argentina, num movimento para fortalecer o candidato governista Sergio Massa. O ainda candidato argentino disse que o petista tentava interferir nas eleições do País.

Na reta final da campanha, o presidente brasileiro disse que o vencedor das eleições argentinas deveria ser um candidato que goste de “democracia” e do “Mercosul”, no que foi encarado internacionalmente como um recado a Milei. O presidente eleito na Argentina ameaça deixar o bloco econômico sul-americano e é apontado por analistas como o mais novo representante de movimentos antipolítica e antidemocráticos no Continente.

O governo brasileiro já demonstrou estar aberto a manter relações com o vizinho. Logo depois do anúncio da vitória de Milei, o presidente Lula postou em suas redes que deseja “boa sorte e êxito ao novo governo”, sem citar Milei, e disse que “o Brasil sempre estará à disposição para trabalhar” com os argentinos. Mesmo antes da vitória de Milei, o governo Lula já havia descartado romper relações com a Argentina, caso o libertário fosse vitorioso.

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, afirmou nesta segunda-feira, 20, que o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, deveria ‘pedir desculpa’ ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por tê-lo ofendido de “forma gratuita”. O ministro cobrou que uma ligação seja realizada como condição para o início das relações entre os dois governantes.

“Ele tem que pedir desculpa. Ofendeu de forma gratuita o presidente Lula. Cabe a ele um gesto, como presidente eleito, de ligar para se desculpar. Depois que acontecesse isso, eu pensaria na possibilidade de conversar”, disse em evento no Palácio do Planalto.

O ministro da Secretaria de Comunicação (SECOM) da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse que só pensaria em conversar com Milei depois de pedido de desculpas Foto: Wilton Junior/Estadão

Alguns dos ministros mais próximos de Lula, como Paulo Pimenta, fizeram campanha aberta a favor da eleição do candidato peronista Sergio Massa. Eles argumentavam, por exemplo, que a vitória do representante da situação na Argentina fortaleceria o Mercosul.

Durante a campanha presidencial, Milei chamou Lula de comunista, disse se recusar a encontrar o petista caso fosse eleito e se referiu ao governo brasileiro como “um regime que não está de acordo com as ideias de liberdade”. “No caso do Lula é mais complicado porque ele tem uma vocação totalitária muito mais marcada. Em outras palavras, ele não é apenas um socialista. Ele é alguém que tem vocação totalitária”, disse em entrevista à revista The Economist.

Não foi a primeira vez que ele xingou o presidente brasileiro. Milei já se referiu ao petista como “ladrão”, “comunista furioso” e “ex-presidiário”. As primeiras críticas são de 2021, quando se fortaleceram os rumores de que Lula seria candidato à Presidência.

O presidente eleito da argentina, Javier Milei, e o presidente brasileiro Lula Foto: Alejandro Pagni/AFP e Wilton Junior/Estadão

A relação entre os dois ficou ainda mais desgastada depois que o Estadão revelou que Lula trabalhou para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse empréstimo US$ 1 bilhão à Argentina, num movimento para fortalecer o candidato governista Sergio Massa. O ainda candidato argentino disse que o petista tentava interferir nas eleições do País.

Na reta final da campanha, o presidente brasileiro disse que o vencedor das eleições argentinas deveria ser um candidato que goste de “democracia” e do “Mercosul”, no que foi encarado internacionalmente como um recado a Milei. O presidente eleito na Argentina ameaça deixar o bloco econômico sul-americano e é apontado por analistas como o mais novo representante de movimentos antipolítica e antidemocráticos no Continente.

O governo brasileiro já demonstrou estar aberto a manter relações com o vizinho. Logo depois do anúncio da vitória de Milei, o presidente Lula postou em suas redes que deseja “boa sorte e êxito ao novo governo”, sem citar Milei, e disse que “o Brasil sempre estará à disposição para trabalhar” com os argentinos. Mesmo antes da vitória de Milei, o governo Lula já havia descartado romper relações com a Argentina, caso o libertário fosse vitorioso.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.