Ministro do GSI pede demissão após imagens mostrarem que não repreendeu golpistas no 8 de janeiro


Primeiro ministro de Lula a cair, general da reserva do Exército era o único militar na cúpula do governo; Gonçalves Dias foi visto ao lado de extremistas indicando a saída do prédio sem confrontá-los

Por Vera Rosa e Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA – O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira, 19, após aparecer em imagens do circuito interno de TV do Palácio do Planalto sem confrontar invasores que depredaram o prédio nos ataques golpistas de 8 de janeiro. O pedido foi aceito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com o general e ministros palacianos. G. Dias é o primeiro ministro a cair em 109 dias de governo.

O presidente convocou uma reunião de emergência no Planalto, com ministros de seu círculo mais próximo, para discutir a mais nova crise política. Auxiliares de Lula convenceram o general a entregar o cargo, sob o argumento de que a situação era insustentável.

Antes mesmo da saída de G. Dias, o governo já estava convencido de que, após a divulgação das imagens, reveladas pela CNN Brasil, não havia mais como segurar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que a oposição quer instalar para investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O circuito interno de câmeras do Planalto mostrou que o chefe do GSI estava na antessala do gabinete de Lula, naquele dia, e chegou a indicar rotas de saída para os vândalos que promoveram quebra-quebra na Praça dos Três Poderes.

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Até hoje, o Planalto ainda nutria alguma esperança de retirar assinaturas para a abertura da CPMI, por meio da distribuição de cargos e emendas. Agora, tentará ter maioria na comissão e, para tanto, espera contar com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Lula sempre diz que todos sabem como começa, mas nunca como termina uma CPMI. A estratégia do Planalto é atuar para garantir maioria na comissão e evitar ainda mais desgaste. Na avaliação do presidente, a CPMI tem potencial para atrapalhar votações consideradas fundamentais para o crescimento do País, como a do novo arcabouço fiscal. O projeto de lei foi entregue ao Congresso nesta terça-feira, 18, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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G. Dias foi orientado a pedir demissão diante do intenso desgaste e de questionamento. Suas funções já haviam sido esvaziadas pelo presidente, após os atos de 8 de janeiro. Lula reclamou publicamente de falhas na inteligência presidencial, desconfiava de militares da ativa e falava de forma recorrente em suspeita de conivência.

O presidente entregou o cargo interinamente ao jornalista Ricardo Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Homem de confiança do ministro Flávio Dino, ele já havia sido interventor federal na segurança do Distrito Federal, durante o afastamento temporário do governador Ibaneis Rocha.

O governo não decidiu o que fará com as atribuições que restavam ao GSI, como a segurança predial de instalações usadas ou frequentadas por Lula e de sua família. A segurança pessoal do presidente, chamada no jargão de segurança imediata, já era diretamente vinculada ao gabinete de Lula, uma inovação, e realizada por policiais federais, não mais pelos militares subordinados ao GSI.

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Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência afirmou que “todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI”. A nota não cita o ministro-chefe do GSI. Procurado pelo Estadão, G. Dias não atendeu às chamadas.

BRASÍLIA – O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira, 19, após aparecer em imagens do circuito interno de TV do Palácio do Planalto sem confrontar invasores que depredaram o prédio nos ataques golpistas de 8 de janeiro. O pedido foi aceito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com o general e ministros palacianos. G. Dias é o primeiro ministro a cair em 109 dias de governo.

O presidente convocou uma reunião de emergência no Planalto, com ministros de seu círculo mais próximo, para discutir a mais nova crise política. Auxiliares de Lula convenceram o general a entregar o cargo, sob o argumento de que a situação era insustentável.

Antes mesmo da saída de G. Dias, o governo já estava convencido de que, após a divulgação das imagens, reveladas pela CNN Brasil, não havia mais como segurar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que a oposição quer instalar para investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O circuito interno de câmeras do Planalto mostrou que o chefe do GSI estava na antessala do gabinete de Lula, naquele dia, e chegou a indicar rotas de saída para os vândalos que promoveram quebra-quebra na Praça dos Três Poderes.

Até hoje, o Planalto ainda nutria alguma esperança de retirar assinaturas para a abertura da CPMI, por meio da distribuição de cargos e emendas. Agora, tentará ter maioria na comissão e, para tanto, espera contar com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Lula sempre diz que todos sabem como começa, mas nunca como termina uma CPMI. A estratégia do Planalto é atuar para garantir maioria na comissão e evitar ainda mais desgaste. Na avaliação do presidente, a CPMI tem potencial para atrapalhar votações consideradas fundamentais para o crescimento do País, como a do novo arcabouço fiscal. O projeto de lei foi entregue ao Congresso nesta terça-feira, 18, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

G. Dias foi orientado a pedir demissão diante do intenso desgaste e de questionamento. Suas funções já haviam sido esvaziadas pelo presidente, após os atos de 8 de janeiro. Lula reclamou publicamente de falhas na inteligência presidencial, desconfiava de militares da ativa e falava de forma recorrente em suspeita de conivência.

O presidente entregou o cargo interinamente ao jornalista Ricardo Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Homem de confiança do ministro Flávio Dino, ele já havia sido interventor federal na segurança do Distrito Federal, durante o afastamento temporário do governador Ibaneis Rocha.

O governo não decidiu o que fará com as atribuições que restavam ao GSI, como a segurança predial de instalações usadas ou frequentadas por Lula e de sua família. A segurança pessoal do presidente, chamada no jargão de segurança imediata, já era diretamente vinculada ao gabinete de Lula, uma inovação, e realizada por policiais federais, não mais pelos militares subordinados ao GSI.

Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência afirmou que “todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI”. A nota não cita o ministro-chefe do GSI. Procurado pelo Estadão, G. Dias não atendeu às chamadas.

BRASÍLIA – O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira, 19, após aparecer em imagens do circuito interno de TV do Palácio do Planalto sem confrontar invasores que depredaram o prédio nos ataques golpistas de 8 de janeiro. O pedido foi aceito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com o general e ministros palacianos. G. Dias é o primeiro ministro a cair em 109 dias de governo.

O presidente convocou uma reunião de emergência no Planalto, com ministros de seu círculo mais próximo, para discutir a mais nova crise política. Auxiliares de Lula convenceram o general a entregar o cargo, sob o argumento de que a situação era insustentável.

Antes mesmo da saída de G. Dias, o governo já estava convencido de que, após a divulgação das imagens, reveladas pela CNN Brasil, não havia mais como segurar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que a oposição quer instalar para investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O circuito interno de câmeras do Planalto mostrou que o chefe do GSI estava na antessala do gabinete de Lula, naquele dia, e chegou a indicar rotas de saída para os vândalos que promoveram quebra-quebra na Praça dos Três Poderes.

Até hoje, o Planalto ainda nutria alguma esperança de retirar assinaturas para a abertura da CPMI, por meio da distribuição de cargos e emendas. Agora, tentará ter maioria na comissão e, para tanto, espera contar com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Lula sempre diz que todos sabem como começa, mas nunca como termina uma CPMI. A estratégia do Planalto é atuar para garantir maioria na comissão e evitar ainda mais desgaste. Na avaliação do presidente, a CPMI tem potencial para atrapalhar votações consideradas fundamentais para o crescimento do País, como a do novo arcabouço fiscal. O projeto de lei foi entregue ao Congresso nesta terça-feira, 18, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

G. Dias foi orientado a pedir demissão diante do intenso desgaste e de questionamento. Suas funções já haviam sido esvaziadas pelo presidente, após os atos de 8 de janeiro. Lula reclamou publicamente de falhas na inteligência presidencial, desconfiava de militares da ativa e falava de forma recorrente em suspeita de conivência.

O presidente entregou o cargo interinamente ao jornalista Ricardo Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Homem de confiança do ministro Flávio Dino, ele já havia sido interventor federal na segurança do Distrito Federal, durante o afastamento temporário do governador Ibaneis Rocha.

O governo não decidiu o que fará com as atribuições que restavam ao GSI, como a segurança predial de instalações usadas ou frequentadas por Lula e de sua família. A segurança pessoal do presidente, chamada no jargão de segurança imediata, já era diretamente vinculada ao gabinete de Lula, uma inovação, e realizada por policiais federais, não mais pelos militares subordinados ao GSI.

Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência afirmou que “todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI”. A nota não cita o ministro-chefe do GSI. Procurado pelo Estadão, G. Dias não atendeu às chamadas.

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