Ministros procuram afastar governo do alvo


Após a primeira reunião, núcleo político ampliado diz que ‘indignação com corrupção’ foi motivo para protestos de domingo

Por João Domingos e Rafael Moraes Moura
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que não ficou constrangido com 'panelaço' durante entrevista coletiva."Eu acho que uma pessoa que se constrange com manifestações democráticas não é um democrata", afirmou. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Brasília - Após a primeira reunião do núcleo político ampliado com três novos integrantes – além de seis ministros petistas, entraram Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia, do PC do B), Eliseu Padilha (Aviação Civil, do PMDB) e Gilberto Kassab (Cidades, do PSD) –, o governo procurou reforçar a avaliação de que as manifestações foram mais motivadas pela indignação com a corrupção do que com a gestão da presidente Dilma Rousseff.

Isso foi externado na entrevista coletiva dada em seguida. Um dos porta-vozes do governo, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), afirmou nesta segunda-feira, 16: “Um ponto precisa ser ressaltado: a legítima indignação dos brasileiros com a corrupção”. “O governo apoia investigações e reitera que quem praticou ilícitos deve ser punido”, emendou o ministro petista.

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Além de tentar afastar o Palácio do Planalto do foco dos protestos, a declaração indica mudança no tom adotado logo após as manifestações de domingo, quando predominou a avaliação de que os protestos deveriam ser relativizados pelo predomínio de eleitores da oposição nas ruas.

Tanto que o vocalizador dessa avaliação, o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), não acompanhou Cardozo na entrevista após o encontro desta segunda e foi substituído pelo titular de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB).

Aliança. Com isso, a presidente quis não só afastar a tese defendida por Rossetto no domingo, como também destacar a importância do PMDB para aprovar os projetos do ajuste fiscal no Congresso, o que havia sido manifestado na reunião.

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No encontro, Dilma elogiou Braga e Padilha, aos quais atribuiu os recentes sucessos nas votações do Congresso e depois escalou os ministros que deveriam falar sobre a reunião. A escolha de um petista e um peemedebista foi proposital.

Apesar de Dilma tentar mostrar unidade na aliança PT-PMDB, não é o que está ocorrendo. O presidente do Senado, Renan Calheiros, voltou ontem a demonstrar distância do governo e faltou à sanção do novo Código de Processo Civil. Mandou dizer que estava em Alagoas. Mas chegou a Brasília no meio da tarde.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que não ficou constrangido com 'panelaço' durante entrevista coletiva."Eu acho que uma pessoa que se constrange com manifestações democráticas não é um democrata", afirmou. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Brasília - Após a primeira reunião do núcleo político ampliado com três novos integrantes – além de seis ministros petistas, entraram Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia, do PC do B), Eliseu Padilha (Aviação Civil, do PMDB) e Gilberto Kassab (Cidades, do PSD) –, o governo procurou reforçar a avaliação de que as manifestações foram mais motivadas pela indignação com a corrupção do que com a gestão da presidente Dilma Rousseff.

Isso foi externado na entrevista coletiva dada em seguida. Um dos porta-vozes do governo, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), afirmou nesta segunda-feira, 16: “Um ponto precisa ser ressaltado: a legítima indignação dos brasileiros com a corrupção”. “O governo apoia investigações e reitera que quem praticou ilícitos deve ser punido”, emendou o ministro petista.

Além de tentar afastar o Palácio do Planalto do foco dos protestos, a declaração indica mudança no tom adotado logo após as manifestações de domingo, quando predominou a avaliação de que os protestos deveriam ser relativizados pelo predomínio de eleitores da oposição nas ruas.

Tanto que o vocalizador dessa avaliação, o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), não acompanhou Cardozo na entrevista após o encontro desta segunda e foi substituído pelo titular de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB).

Aliança. Com isso, a presidente quis não só afastar a tese defendida por Rossetto no domingo, como também destacar a importância do PMDB para aprovar os projetos do ajuste fiscal no Congresso, o que havia sido manifestado na reunião.

No encontro, Dilma elogiou Braga e Padilha, aos quais atribuiu os recentes sucessos nas votações do Congresso e depois escalou os ministros que deveriam falar sobre a reunião. A escolha de um petista e um peemedebista foi proposital.

Apesar de Dilma tentar mostrar unidade na aliança PT-PMDB, não é o que está ocorrendo. O presidente do Senado, Renan Calheiros, voltou ontem a demonstrar distância do governo e faltou à sanção do novo Código de Processo Civil. Mandou dizer que estava em Alagoas. Mas chegou a Brasília no meio da tarde.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que não ficou constrangido com 'panelaço' durante entrevista coletiva."Eu acho que uma pessoa que se constrange com manifestações democráticas não é um democrata", afirmou. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Brasília - Após a primeira reunião do núcleo político ampliado com três novos integrantes – além de seis ministros petistas, entraram Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia, do PC do B), Eliseu Padilha (Aviação Civil, do PMDB) e Gilberto Kassab (Cidades, do PSD) –, o governo procurou reforçar a avaliação de que as manifestações foram mais motivadas pela indignação com a corrupção do que com a gestão da presidente Dilma Rousseff.

Isso foi externado na entrevista coletiva dada em seguida. Um dos porta-vozes do governo, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), afirmou nesta segunda-feira, 16: “Um ponto precisa ser ressaltado: a legítima indignação dos brasileiros com a corrupção”. “O governo apoia investigações e reitera que quem praticou ilícitos deve ser punido”, emendou o ministro petista.

Além de tentar afastar o Palácio do Planalto do foco dos protestos, a declaração indica mudança no tom adotado logo após as manifestações de domingo, quando predominou a avaliação de que os protestos deveriam ser relativizados pelo predomínio de eleitores da oposição nas ruas.

Tanto que o vocalizador dessa avaliação, o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), não acompanhou Cardozo na entrevista após o encontro desta segunda e foi substituído pelo titular de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB).

Aliança. Com isso, a presidente quis não só afastar a tese defendida por Rossetto no domingo, como também destacar a importância do PMDB para aprovar os projetos do ajuste fiscal no Congresso, o que havia sido manifestado na reunião.

No encontro, Dilma elogiou Braga e Padilha, aos quais atribuiu os recentes sucessos nas votações do Congresso e depois escalou os ministros que deveriam falar sobre a reunião. A escolha de um petista e um peemedebista foi proposital.

Apesar de Dilma tentar mostrar unidade na aliança PT-PMDB, não é o que está ocorrendo. O presidente do Senado, Renan Calheiros, voltou ontem a demonstrar distância do governo e faltou à sanção do novo Código de Processo Civil. Mandou dizer que estava em Alagoas. Mas chegou a Brasília no meio da tarde.

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