Labirintos da Política

Opinião|A dúvida da direita: escolher uma cópia ‘light’ de Bolsonaro ou um boneco ventríloquo


Eleitores mais conservadores terão a difícil tarefa de escolher, neste domingo, se depositam seus votos em Ricardo Nunes (MDB), um bolsonarista ideológico, ou em Pablo Marçal (PRTB), um legítimo representante do bolsonarismo raiz

Por Monica Gugliano

Imagine se você tivesse que escolher entre dois produtos. O primeiro é uma “legítima cópia” do original. O segundo, uma cópia assim... meio mais ou menos... da matriz. Com qual dos dois ficaria? Difícil escolha. E é ela que terão de fazer os eleitores que, no campo da direita, estão divididos entre mandar, neste domingo, 6, para o segundo turno, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), ou o coach, mistura de influenciador, Pablo Marçal (PRTB). Nunes relutou enquanto pode para assumir essa faceta bolsonarista. E foi o mais discreto possível. Engoliu o vice, o coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello de Araújo, e não se desgrudou mais do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que hoje, à exceção do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deve ser um dos bolsonaristas mais importantes na hierarquia nacional.

Nunes e Marçal travaram uma disputa à parte pelo voto da direita durante a corrida eleitoral em São Paulo Foto: Reprodução via youtube/@CanalMyNews

Nunes é um bolsonarista talvez ideológico que tenta transitar também na centro-direita. Marçal, por sua vez, é aquilo que se chama de”bolsonarista raiz”. Das inquietudes aos maus modos, passando pela falta de coerência e solidez nas propostas, Marçal é quase um boneco ventríloquo do ex-presidente. E só não foi uma cópia mais perfeita porque o próprio Bolsonaro se retraiu e deixou a campanha correr frouxa. Largou Nunes ao relento, e oscilou entre o amor e o ódio com Marçal. Ora condecorou o coach com a vergonhosa “medalha imbrochável, incomível, imorrível”, ora disse que Marçal era uma pessoa que “não lhe transmitia confiança”.

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Bolsonaro nos últimos tempos da campanha se afastou tanto de ambos que, dificilmente, poderá auferir algum lucro político, mesmo que a direita chegue e vença em São Paulo no segundo turno, no dia 27. É claro que na política tudo sempre pode mudar. Já dizia o mineiro e uma das maiores raposas políticas do século passado, Magalhães Pinto, em uma das frases atribuídas a ele: “Política é como nuvem. Você olha, está de um jeito. Olha de novo e já mudou”.

Se Nunes vencer, os lucros e dividendos terão que ser pagos ou pelo menos divididos com Tarcísio. Entretanto, se Marçal ganhar tudo pode acontecer. O coach representa uma distopia na direita brasileira que até ele aparecer tinha em Bolsonaro o “estado da arte” do conservadorismo e de tudo que de pior poderia acontecer no Estado brasileiro. Da destruição na Amazônia às políticas anti vacinas e a ruína do Brasil na geopolítica mundial.

Seja o que for que venha a acontecer, Bolsonaro já saiu menos forte do que entrou, pode perder o controle da direita e, de quebra, a disputa com o presidente do PL, Waldemar Costa Neto, que, em muitas ocasiões, deixou ambos em campos distintos na escolha dos candidatos nesta eleição. Talvez por isso, já se comenta discretamente que Costa Neto poderia passar o cargo de presidente da legenda a Eduardo Bolsonaro, o filho 03. Não seria um prêmio. Mas uma chance de Waldemar facilitar as discussões com o clã, impedidas pela Justiça Eleitoral. E, em último caso, se não chegarem a um acordo, podem seguir o exemplo do debate de São Paulo e arremessarem cadeiras um no outro.

Imagine se você tivesse que escolher entre dois produtos. O primeiro é uma “legítima cópia” do original. O segundo, uma cópia assim... meio mais ou menos... da matriz. Com qual dos dois ficaria? Difícil escolha. E é ela que terão de fazer os eleitores que, no campo da direita, estão divididos entre mandar, neste domingo, 6, para o segundo turno, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), ou o coach, mistura de influenciador, Pablo Marçal (PRTB). Nunes relutou enquanto pode para assumir essa faceta bolsonarista. E foi o mais discreto possível. Engoliu o vice, o coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello de Araújo, e não se desgrudou mais do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que hoje, à exceção do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deve ser um dos bolsonaristas mais importantes na hierarquia nacional.

Nunes e Marçal travaram uma disputa à parte pelo voto da direita durante a corrida eleitoral em São Paulo Foto: Reprodução via youtube/@CanalMyNews

Nunes é um bolsonarista talvez ideológico que tenta transitar também na centro-direita. Marçal, por sua vez, é aquilo que se chama de”bolsonarista raiz”. Das inquietudes aos maus modos, passando pela falta de coerência e solidez nas propostas, Marçal é quase um boneco ventríloquo do ex-presidente. E só não foi uma cópia mais perfeita porque o próprio Bolsonaro se retraiu e deixou a campanha correr frouxa. Largou Nunes ao relento, e oscilou entre o amor e o ódio com Marçal. Ora condecorou o coach com a vergonhosa “medalha imbrochável, incomível, imorrível”, ora disse que Marçal era uma pessoa que “não lhe transmitia confiança”.

Bolsonaro nos últimos tempos da campanha se afastou tanto de ambos que, dificilmente, poderá auferir algum lucro político, mesmo que a direita chegue e vença em São Paulo no segundo turno, no dia 27. É claro que na política tudo sempre pode mudar. Já dizia o mineiro e uma das maiores raposas políticas do século passado, Magalhães Pinto, em uma das frases atribuídas a ele: “Política é como nuvem. Você olha, está de um jeito. Olha de novo e já mudou”.

Se Nunes vencer, os lucros e dividendos terão que ser pagos ou pelo menos divididos com Tarcísio. Entretanto, se Marçal ganhar tudo pode acontecer. O coach representa uma distopia na direita brasileira que até ele aparecer tinha em Bolsonaro o “estado da arte” do conservadorismo e de tudo que de pior poderia acontecer no Estado brasileiro. Da destruição na Amazônia às políticas anti vacinas e a ruína do Brasil na geopolítica mundial.

Seja o que for que venha a acontecer, Bolsonaro já saiu menos forte do que entrou, pode perder o controle da direita e, de quebra, a disputa com o presidente do PL, Waldemar Costa Neto, que, em muitas ocasiões, deixou ambos em campos distintos na escolha dos candidatos nesta eleição. Talvez por isso, já se comenta discretamente que Costa Neto poderia passar o cargo de presidente da legenda a Eduardo Bolsonaro, o filho 03. Não seria um prêmio. Mas uma chance de Waldemar facilitar as discussões com o clã, impedidas pela Justiça Eleitoral. E, em último caso, se não chegarem a um acordo, podem seguir o exemplo do debate de São Paulo e arremessarem cadeiras um no outro.

Imagine se você tivesse que escolher entre dois produtos. O primeiro é uma “legítima cópia” do original. O segundo, uma cópia assim... meio mais ou menos... da matriz. Com qual dos dois ficaria? Difícil escolha. E é ela que terão de fazer os eleitores que, no campo da direita, estão divididos entre mandar, neste domingo, 6, para o segundo turno, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), ou o coach, mistura de influenciador, Pablo Marçal (PRTB). Nunes relutou enquanto pode para assumir essa faceta bolsonarista. E foi o mais discreto possível. Engoliu o vice, o coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello de Araújo, e não se desgrudou mais do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que hoje, à exceção do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deve ser um dos bolsonaristas mais importantes na hierarquia nacional.

Nunes e Marçal travaram uma disputa à parte pelo voto da direita durante a corrida eleitoral em São Paulo Foto: Reprodução via youtube/@CanalMyNews

Nunes é um bolsonarista talvez ideológico que tenta transitar também na centro-direita. Marçal, por sua vez, é aquilo que se chama de”bolsonarista raiz”. Das inquietudes aos maus modos, passando pela falta de coerência e solidez nas propostas, Marçal é quase um boneco ventríloquo do ex-presidente. E só não foi uma cópia mais perfeita porque o próprio Bolsonaro se retraiu e deixou a campanha correr frouxa. Largou Nunes ao relento, e oscilou entre o amor e o ódio com Marçal. Ora condecorou o coach com a vergonhosa “medalha imbrochável, incomível, imorrível”, ora disse que Marçal era uma pessoa que “não lhe transmitia confiança”.

Bolsonaro nos últimos tempos da campanha se afastou tanto de ambos que, dificilmente, poderá auferir algum lucro político, mesmo que a direita chegue e vença em São Paulo no segundo turno, no dia 27. É claro que na política tudo sempre pode mudar. Já dizia o mineiro e uma das maiores raposas políticas do século passado, Magalhães Pinto, em uma das frases atribuídas a ele: “Política é como nuvem. Você olha, está de um jeito. Olha de novo e já mudou”.

Se Nunes vencer, os lucros e dividendos terão que ser pagos ou pelo menos divididos com Tarcísio. Entretanto, se Marçal ganhar tudo pode acontecer. O coach representa uma distopia na direita brasileira que até ele aparecer tinha em Bolsonaro o “estado da arte” do conservadorismo e de tudo que de pior poderia acontecer no Estado brasileiro. Da destruição na Amazônia às políticas anti vacinas e a ruína do Brasil na geopolítica mundial.

Seja o que for que venha a acontecer, Bolsonaro já saiu menos forte do que entrou, pode perder o controle da direita e, de quebra, a disputa com o presidente do PL, Waldemar Costa Neto, que, em muitas ocasiões, deixou ambos em campos distintos na escolha dos candidatos nesta eleição. Talvez por isso, já se comenta discretamente que Costa Neto poderia passar o cargo de presidente da legenda a Eduardo Bolsonaro, o filho 03. Não seria um prêmio. Mas uma chance de Waldemar facilitar as discussões com o clã, impedidas pela Justiça Eleitoral. E, em último caso, se não chegarem a um acordo, podem seguir o exemplo do debate de São Paulo e arremessarem cadeiras um no outro.

Imagine se você tivesse que escolher entre dois produtos. O primeiro é uma “legítima cópia” do original. O segundo, uma cópia assim... meio mais ou menos... da matriz. Com qual dos dois ficaria? Difícil escolha. E é ela que terão de fazer os eleitores que, no campo da direita, estão divididos entre mandar, neste domingo, 6, para o segundo turno, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), ou o coach, mistura de influenciador, Pablo Marçal (PRTB). Nunes relutou enquanto pode para assumir essa faceta bolsonarista. E foi o mais discreto possível. Engoliu o vice, o coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello de Araújo, e não se desgrudou mais do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que hoje, à exceção do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deve ser um dos bolsonaristas mais importantes na hierarquia nacional.

Nunes e Marçal travaram uma disputa à parte pelo voto da direita durante a corrida eleitoral em São Paulo Foto: Reprodução via youtube/@CanalMyNews

Nunes é um bolsonarista talvez ideológico que tenta transitar também na centro-direita. Marçal, por sua vez, é aquilo que se chama de”bolsonarista raiz”. Das inquietudes aos maus modos, passando pela falta de coerência e solidez nas propostas, Marçal é quase um boneco ventríloquo do ex-presidente. E só não foi uma cópia mais perfeita porque o próprio Bolsonaro se retraiu e deixou a campanha correr frouxa. Largou Nunes ao relento, e oscilou entre o amor e o ódio com Marçal. Ora condecorou o coach com a vergonhosa “medalha imbrochável, incomível, imorrível”, ora disse que Marçal era uma pessoa que “não lhe transmitia confiança”.

Bolsonaro nos últimos tempos da campanha se afastou tanto de ambos que, dificilmente, poderá auferir algum lucro político, mesmo que a direita chegue e vença em São Paulo no segundo turno, no dia 27. É claro que na política tudo sempre pode mudar. Já dizia o mineiro e uma das maiores raposas políticas do século passado, Magalhães Pinto, em uma das frases atribuídas a ele: “Política é como nuvem. Você olha, está de um jeito. Olha de novo e já mudou”.

Se Nunes vencer, os lucros e dividendos terão que ser pagos ou pelo menos divididos com Tarcísio. Entretanto, se Marçal ganhar tudo pode acontecer. O coach representa uma distopia na direita brasileira que até ele aparecer tinha em Bolsonaro o “estado da arte” do conservadorismo e de tudo que de pior poderia acontecer no Estado brasileiro. Da destruição na Amazônia às políticas anti vacinas e a ruína do Brasil na geopolítica mundial.

Seja o que for que venha a acontecer, Bolsonaro já saiu menos forte do que entrou, pode perder o controle da direita e, de quebra, a disputa com o presidente do PL, Waldemar Costa Neto, que, em muitas ocasiões, deixou ambos em campos distintos na escolha dos candidatos nesta eleição. Talvez por isso, já se comenta discretamente que Costa Neto poderia passar o cargo de presidente da legenda a Eduardo Bolsonaro, o filho 03. Não seria um prêmio. Mas uma chance de Waldemar facilitar as discussões com o clã, impedidas pela Justiça Eleitoral. E, em último caso, se não chegarem a um acordo, podem seguir o exemplo do debate de São Paulo e arremessarem cadeiras um no outro.

Opinião por Monica Gugliano

É repórter de Política do Estadão. Escreve às terças-feiras

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