Labirintos da Política

Opinião|Alta de casos de dengue reacende teorias conspiratórias no debate político das redes sociais


Pesquisa do Instituto Democracia em Xeque mostra que fake news são construídas com roteiro semelhante ao utilizado durante a pandemia da Covid e põem em dúvida eficácia das vacinas

Por Monica Gugliano

Passada a euforia carnavalesca, a vida real vai nos impondo a realidade dos nossos problemas, entre eles a epidemia de dengue cujo número de casos prováveis chegou a 408 mil até sexta-feira passada, quando o número de vítimas confirmadas da doença atingiu 62, enquanto outras 279 mortes suspeitas estão sendo investigadas.

Nesse cenário, ganha relevância a Pesquisa do Instituto Democracia em Xeque sobre a repercussão da dengue nas redes sociais, mostrando que a doença reacendeu as teorias conspiratórias antivacina e tem sido usada para atacar o ministério da Saúde e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O instituto, que faz o acompanhamento do debate público digital das campanhas de desinformação e de violação dos direitos humanos, constatou que grupos de extrema direita e de oposição têm agido de forma muito semelhante àquela usada durante a pandemia da Covid, quando bolsonaristas e seus apoiadores espalhavam desinformação e medo sobre a doença e a imunização.

Vacinação contra a dengue prioriza primeiro o público de 10 e 11 anos Foto: Wilton Junior/Estadão
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“As mensagens seguem a lógica da pandemia numa divulgação massiva feita de forma muito coesa, organizada e coordenada por esses grupos”, explica Andressa Costa, pesquisadora do Instituto Democracia em Xeque e do Centro de Administração e Políticas Públicas (CAAP) da Universidade de Lisboa. Nesse cenário, as hashtags mais associadas às buscas tem sido #Lulagenocida, #EsquerdaCriminosa, #EsquerdaGenocida, e #ForaLula. “Podemos perceber que são praticamente as mesmas mensagens que eram usadas contra o então presidente Jair Bolsonaro pela esquerda e que agora servem aos grupos de direita”, diz a pesquisadora.

Os movimentos organizados utilizam as hashtags de oposição associando o governo federal com a alta nos casos de dengue por todo o Brasil e mencionando um recorde de mortes pela contaminação que não corresponde à realidade. As mortes, cujos números superestimados só existem nas fake news, servem para criar um movimento também semelhante ao que aconteceu com a covid. Acusa-se o governo de não comprar ou produzir – o Instituto Butantã - vacinas suficientes para atender a população.

Alguns exemplos destacados pela pesquisadora, principalmente no Telegram, mostram o tipo de mensagem que vem ganhando espaço nas redes sobre a vacinação contra a dengue. Uma dessas mensagens, do senador Marcos Pontes (PL-SP), diz: “Você sabia que o Brasil já poderia estar protegido contra a dengue? Alertei em 19 de abril de 2023, quando enfrentamos um surto da doença, que o Brasil já estava apto para adquirir a vacina de um laboratório japonês”, diz um desses posts do senador que foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo de Bolsonaro.

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Outras mensagens dizem que “o governo genocida e negacionista, só comprou vacina para 1,1% da população”. Mas, segundo o Ministério da Saúde, a distribuição das vacinas iniciou-se na quinta-feira passada. O lote inicial será destinado à imunização de crianças de 10 a 11 anos e a previsão é que os 521 municípios, selecionados para começar a imunização, recebam as doses para vacinar essa faixa etária até a primeira quinzena de março. Segundo o ministério, a vacinação irá avançar para outras idades assim que forem sendo entregues novas doses pelo fabricante da Qdenga, até alcançar todo o público-alvo de 10 a 14 anos.

Com os imunizantes já começando a ser distribuídos, as fake news voltaram a apelar para um discurso muito frequente e também similar ao usado durante a covid em que se alegava que não era seguro tomar a vacina e dezenas de posts relatavam casos não verdadeiros de pessoas que teriam tido problemas, contraído a doença ou até mesmo morrido após a imunização.

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A pesquisa mostra que, em momentos como este, tão importante quanto conter a transmissão da doença e a epidemia, é preciso usar de todos os recursos disponíveis para combater a desinformação. Dela, resultam o descaso e a falta de cuidados que aumentam o número de casos e o risco de mortes, saturam os serviços de saúde e põem em risco a população.

Passada a euforia carnavalesca, a vida real vai nos impondo a realidade dos nossos problemas, entre eles a epidemia de dengue cujo número de casos prováveis chegou a 408 mil até sexta-feira passada, quando o número de vítimas confirmadas da doença atingiu 62, enquanto outras 279 mortes suspeitas estão sendo investigadas.

Nesse cenário, ganha relevância a Pesquisa do Instituto Democracia em Xeque sobre a repercussão da dengue nas redes sociais, mostrando que a doença reacendeu as teorias conspiratórias antivacina e tem sido usada para atacar o ministério da Saúde e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O instituto, que faz o acompanhamento do debate público digital das campanhas de desinformação e de violação dos direitos humanos, constatou que grupos de extrema direita e de oposição têm agido de forma muito semelhante àquela usada durante a pandemia da Covid, quando bolsonaristas e seus apoiadores espalhavam desinformação e medo sobre a doença e a imunização.

Vacinação contra a dengue prioriza primeiro o público de 10 e 11 anos Foto: Wilton Junior/Estadão

“As mensagens seguem a lógica da pandemia numa divulgação massiva feita de forma muito coesa, organizada e coordenada por esses grupos”, explica Andressa Costa, pesquisadora do Instituto Democracia em Xeque e do Centro de Administração e Políticas Públicas (CAAP) da Universidade de Lisboa. Nesse cenário, as hashtags mais associadas às buscas tem sido #Lulagenocida, #EsquerdaCriminosa, #EsquerdaGenocida, e #ForaLula. “Podemos perceber que são praticamente as mesmas mensagens que eram usadas contra o então presidente Jair Bolsonaro pela esquerda e que agora servem aos grupos de direita”, diz a pesquisadora.

Os movimentos organizados utilizam as hashtags de oposição associando o governo federal com a alta nos casos de dengue por todo o Brasil e mencionando um recorde de mortes pela contaminação que não corresponde à realidade. As mortes, cujos números superestimados só existem nas fake news, servem para criar um movimento também semelhante ao que aconteceu com a covid. Acusa-se o governo de não comprar ou produzir – o Instituto Butantã - vacinas suficientes para atender a população.

Alguns exemplos destacados pela pesquisadora, principalmente no Telegram, mostram o tipo de mensagem que vem ganhando espaço nas redes sobre a vacinação contra a dengue. Uma dessas mensagens, do senador Marcos Pontes (PL-SP), diz: “Você sabia que o Brasil já poderia estar protegido contra a dengue? Alertei em 19 de abril de 2023, quando enfrentamos um surto da doença, que o Brasil já estava apto para adquirir a vacina de um laboratório japonês”, diz um desses posts do senador que foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo de Bolsonaro.

Outras mensagens dizem que “o governo genocida e negacionista, só comprou vacina para 1,1% da população”. Mas, segundo o Ministério da Saúde, a distribuição das vacinas iniciou-se na quinta-feira passada. O lote inicial será destinado à imunização de crianças de 10 a 11 anos e a previsão é que os 521 municípios, selecionados para começar a imunização, recebam as doses para vacinar essa faixa etária até a primeira quinzena de março. Segundo o ministério, a vacinação irá avançar para outras idades assim que forem sendo entregues novas doses pelo fabricante da Qdenga, até alcançar todo o público-alvo de 10 a 14 anos.

Com os imunizantes já começando a ser distribuídos, as fake news voltaram a apelar para um discurso muito frequente e também similar ao usado durante a covid em que se alegava que não era seguro tomar a vacina e dezenas de posts relatavam casos não verdadeiros de pessoas que teriam tido problemas, contraído a doença ou até mesmo morrido após a imunização.

A pesquisa mostra que, em momentos como este, tão importante quanto conter a transmissão da doença e a epidemia, é preciso usar de todos os recursos disponíveis para combater a desinformação. Dela, resultam o descaso e a falta de cuidados que aumentam o número de casos e o risco de mortes, saturam os serviços de saúde e põem em risco a população.

Passada a euforia carnavalesca, a vida real vai nos impondo a realidade dos nossos problemas, entre eles a epidemia de dengue cujo número de casos prováveis chegou a 408 mil até sexta-feira passada, quando o número de vítimas confirmadas da doença atingiu 62, enquanto outras 279 mortes suspeitas estão sendo investigadas.

Nesse cenário, ganha relevância a Pesquisa do Instituto Democracia em Xeque sobre a repercussão da dengue nas redes sociais, mostrando que a doença reacendeu as teorias conspiratórias antivacina e tem sido usada para atacar o ministério da Saúde e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O instituto, que faz o acompanhamento do debate público digital das campanhas de desinformação e de violação dos direitos humanos, constatou que grupos de extrema direita e de oposição têm agido de forma muito semelhante àquela usada durante a pandemia da Covid, quando bolsonaristas e seus apoiadores espalhavam desinformação e medo sobre a doença e a imunização.

Vacinação contra a dengue prioriza primeiro o público de 10 e 11 anos Foto: Wilton Junior/Estadão

“As mensagens seguem a lógica da pandemia numa divulgação massiva feita de forma muito coesa, organizada e coordenada por esses grupos”, explica Andressa Costa, pesquisadora do Instituto Democracia em Xeque e do Centro de Administração e Políticas Públicas (CAAP) da Universidade de Lisboa. Nesse cenário, as hashtags mais associadas às buscas tem sido #Lulagenocida, #EsquerdaCriminosa, #EsquerdaGenocida, e #ForaLula. “Podemos perceber que são praticamente as mesmas mensagens que eram usadas contra o então presidente Jair Bolsonaro pela esquerda e que agora servem aos grupos de direita”, diz a pesquisadora.

Os movimentos organizados utilizam as hashtags de oposição associando o governo federal com a alta nos casos de dengue por todo o Brasil e mencionando um recorde de mortes pela contaminação que não corresponde à realidade. As mortes, cujos números superestimados só existem nas fake news, servem para criar um movimento também semelhante ao que aconteceu com a covid. Acusa-se o governo de não comprar ou produzir – o Instituto Butantã - vacinas suficientes para atender a população.

Alguns exemplos destacados pela pesquisadora, principalmente no Telegram, mostram o tipo de mensagem que vem ganhando espaço nas redes sobre a vacinação contra a dengue. Uma dessas mensagens, do senador Marcos Pontes (PL-SP), diz: “Você sabia que o Brasil já poderia estar protegido contra a dengue? Alertei em 19 de abril de 2023, quando enfrentamos um surto da doença, que o Brasil já estava apto para adquirir a vacina de um laboratório japonês”, diz um desses posts do senador que foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo de Bolsonaro.

Outras mensagens dizem que “o governo genocida e negacionista, só comprou vacina para 1,1% da população”. Mas, segundo o Ministério da Saúde, a distribuição das vacinas iniciou-se na quinta-feira passada. O lote inicial será destinado à imunização de crianças de 10 a 11 anos e a previsão é que os 521 municípios, selecionados para começar a imunização, recebam as doses para vacinar essa faixa etária até a primeira quinzena de março. Segundo o ministério, a vacinação irá avançar para outras idades assim que forem sendo entregues novas doses pelo fabricante da Qdenga, até alcançar todo o público-alvo de 10 a 14 anos.

Com os imunizantes já começando a ser distribuídos, as fake news voltaram a apelar para um discurso muito frequente e também similar ao usado durante a covid em que se alegava que não era seguro tomar a vacina e dezenas de posts relatavam casos não verdadeiros de pessoas que teriam tido problemas, contraído a doença ou até mesmo morrido após a imunização.

A pesquisa mostra que, em momentos como este, tão importante quanto conter a transmissão da doença e a epidemia, é preciso usar de todos os recursos disponíveis para combater a desinformação. Dela, resultam o descaso e a falta de cuidados que aumentam o número de casos e o risco de mortes, saturam os serviços de saúde e põem em risco a população.

Passada a euforia carnavalesca, a vida real vai nos impondo a realidade dos nossos problemas, entre eles a epidemia de dengue cujo número de casos prováveis chegou a 408 mil até sexta-feira passada, quando o número de vítimas confirmadas da doença atingiu 62, enquanto outras 279 mortes suspeitas estão sendo investigadas.

Nesse cenário, ganha relevância a Pesquisa do Instituto Democracia em Xeque sobre a repercussão da dengue nas redes sociais, mostrando que a doença reacendeu as teorias conspiratórias antivacina e tem sido usada para atacar o ministério da Saúde e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O instituto, que faz o acompanhamento do debate público digital das campanhas de desinformação e de violação dos direitos humanos, constatou que grupos de extrema direita e de oposição têm agido de forma muito semelhante àquela usada durante a pandemia da Covid, quando bolsonaristas e seus apoiadores espalhavam desinformação e medo sobre a doença e a imunização.

Vacinação contra a dengue prioriza primeiro o público de 10 e 11 anos Foto: Wilton Junior/Estadão

“As mensagens seguem a lógica da pandemia numa divulgação massiva feita de forma muito coesa, organizada e coordenada por esses grupos”, explica Andressa Costa, pesquisadora do Instituto Democracia em Xeque e do Centro de Administração e Políticas Públicas (CAAP) da Universidade de Lisboa. Nesse cenário, as hashtags mais associadas às buscas tem sido #Lulagenocida, #EsquerdaCriminosa, #EsquerdaGenocida, e #ForaLula. “Podemos perceber que são praticamente as mesmas mensagens que eram usadas contra o então presidente Jair Bolsonaro pela esquerda e que agora servem aos grupos de direita”, diz a pesquisadora.

Os movimentos organizados utilizam as hashtags de oposição associando o governo federal com a alta nos casos de dengue por todo o Brasil e mencionando um recorde de mortes pela contaminação que não corresponde à realidade. As mortes, cujos números superestimados só existem nas fake news, servem para criar um movimento também semelhante ao que aconteceu com a covid. Acusa-se o governo de não comprar ou produzir – o Instituto Butantã - vacinas suficientes para atender a população.

Alguns exemplos destacados pela pesquisadora, principalmente no Telegram, mostram o tipo de mensagem que vem ganhando espaço nas redes sobre a vacinação contra a dengue. Uma dessas mensagens, do senador Marcos Pontes (PL-SP), diz: “Você sabia que o Brasil já poderia estar protegido contra a dengue? Alertei em 19 de abril de 2023, quando enfrentamos um surto da doença, que o Brasil já estava apto para adquirir a vacina de um laboratório japonês”, diz um desses posts do senador que foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo de Bolsonaro.

Outras mensagens dizem que “o governo genocida e negacionista, só comprou vacina para 1,1% da população”. Mas, segundo o Ministério da Saúde, a distribuição das vacinas iniciou-se na quinta-feira passada. O lote inicial será destinado à imunização de crianças de 10 a 11 anos e a previsão é que os 521 municípios, selecionados para começar a imunização, recebam as doses para vacinar essa faixa etária até a primeira quinzena de março. Segundo o ministério, a vacinação irá avançar para outras idades assim que forem sendo entregues novas doses pelo fabricante da Qdenga, até alcançar todo o público-alvo de 10 a 14 anos.

Com os imunizantes já começando a ser distribuídos, as fake news voltaram a apelar para um discurso muito frequente e também similar ao usado durante a covid em que se alegava que não era seguro tomar a vacina e dezenas de posts relatavam casos não verdadeiros de pessoas que teriam tido problemas, contraído a doença ou até mesmo morrido após a imunização.

A pesquisa mostra que, em momentos como este, tão importante quanto conter a transmissão da doença e a epidemia, é preciso usar de todos os recursos disponíveis para combater a desinformação. Dela, resultam o descaso e a falta de cuidados que aumentam o número de casos e o risco de mortes, saturam os serviços de saúde e põem em risco a população.

Passada a euforia carnavalesca, a vida real vai nos impondo a realidade dos nossos problemas, entre eles a epidemia de dengue cujo número de casos prováveis chegou a 408 mil até sexta-feira passada, quando o número de vítimas confirmadas da doença atingiu 62, enquanto outras 279 mortes suspeitas estão sendo investigadas.

Nesse cenário, ganha relevância a Pesquisa do Instituto Democracia em Xeque sobre a repercussão da dengue nas redes sociais, mostrando que a doença reacendeu as teorias conspiratórias antivacina e tem sido usada para atacar o ministério da Saúde e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O instituto, que faz o acompanhamento do debate público digital das campanhas de desinformação e de violação dos direitos humanos, constatou que grupos de extrema direita e de oposição têm agido de forma muito semelhante àquela usada durante a pandemia da Covid, quando bolsonaristas e seus apoiadores espalhavam desinformação e medo sobre a doença e a imunização.

Vacinação contra a dengue prioriza primeiro o público de 10 e 11 anos Foto: Wilton Junior/Estadão

“As mensagens seguem a lógica da pandemia numa divulgação massiva feita de forma muito coesa, organizada e coordenada por esses grupos”, explica Andressa Costa, pesquisadora do Instituto Democracia em Xeque e do Centro de Administração e Políticas Públicas (CAAP) da Universidade de Lisboa. Nesse cenário, as hashtags mais associadas às buscas tem sido #Lulagenocida, #EsquerdaCriminosa, #EsquerdaGenocida, e #ForaLula. “Podemos perceber que são praticamente as mesmas mensagens que eram usadas contra o então presidente Jair Bolsonaro pela esquerda e que agora servem aos grupos de direita”, diz a pesquisadora.

Os movimentos organizados utilizam as hashtags de oposição associando o governo federal com a alta nos casos de dengue por todo o Brasil e mencionando um recorde de mortes pela contaminação que não corresponde à realidade. As mortes, cujos números superestimados só existem nas fake news, servem para criar um movimento também semelhante ao que aconteceu com a covid. Acusa-se o governo de não comprar ou produzir – o Instituto Butantã - vacinas suficientes para atender a população.

Alguns exemplos destacados pela pesquisadora, principalmente no Telegram, mostram o tipo de mensagem que vem ganhando espaço nas redes sobre a vacinação contra a dengue. Uma dessas mensagens, do senador Marcos Pontes (PL-SP), diz: “Você sabia que o Brasil já poderia estar protegido contra a dengue? Alertei em 19 de abril de 2023, quando enfrentamos um surto da doença, que o Brasil já estava apto para adquirir a vacina de um laboratório japonês”, diz um desses posts do senador que foi ministro da Ciência e Tecnologia no governo de Bolsonaro.

Outras mensagens dizem que “o governo genocida e negacionista, só comprou vacina para 1,1% da população”. Mas, segundo o Ministério da Saúde, a distribuição das vacinas iniciou-se na quinta-feira passada. O lote inicial será destinado à imunização de crianças de 10 a 11 anos e a previsão é que os 521 municípios, selecionados para começar a imunização, recebam as doses para vacinar essa faixa etária até a primeira quinzena de março. Segundo o ministério, a vacinação irá avançar para outras idades assim que forem sendo entregues novas doses pelo fabricante da Qdenga, até alcançar todo o público-alvo de 10 a 14 anos.

Com os imunizantes já começando a ser distribuídos, as fake news voltaram a apelar para um discurso muito frequente e também similar ao usado durante a covid em que se alegava que não era seguro tomar a vacina e dezenas de posts relatavam casos não verdadeiros de pessoas que teriam tido problemas, contraído a doença ou até mesmo morrido após a imunização.

A pesquisa mostra que, em momentos como este, tão importante quanto conter a transmissão da doença e a epidemia, é preciso usar de todos os recursos disponíveis para combater a desinformação. Dela, resultam o descaso e a falta de cuidados que aumentam o número de casos e o risco de mortes, saturam os serviços de saúde e põem em risco a população.

Opinião por Monica Gugliano

É repórter de Política do Estadão. Escreve às terças-feiras

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