Labirintos da Política

Opinião|Barraco entre Luana Piovani e Neymar deve enterrar a PEC das Praias, que tramitava nas sombras


Assuntos sérios muitas vezes só vêm a público e são debatidos na sociedade quando são estimulados por celebridades que sequer sabem com profundidade do que estão falando

Por Monica Gugliano
Atualização:

Nada como um barraco entre celebridades nas redes sociais para iluminar um assunto que corria nas sombras. O clima que começa tranquilo vai esquentando para, quase sempre, descambar nos ataques pessoais, palavrões e adjetivos de mau gosto. É isso que vem acontecendo desde a semana passada, quando os famosos Neymar Júnior e Luana Piovani passaram a se digladiar sobre a PEC 3/2022 – já aprovada na Câmara, que ficou conhecida como a proposta que permitirá fechar as praias e deixá-las para uso exclusivo de moradores de condomínios.

Ambientalistas já haviam apontado riscos para a diversidade ecológica, com a transferência dessas áreas e, segundo outros especialistas, poderia ser uma brecha para “privatizar” as praias do litoral brasileiro. Graças a Luana e Neymar, no entanto, podemos ficar tranquilos. O governo garante que isso não vai passar. Portanto, já mais tranquila, entendi que a PEC tem tantas chances de seguir tramitando no Senado, quanto as de um astronauta terráqueo desembarcar em marte nos próximos dias. O governo já disse que o assunto não seguirá em frente e que o mais provável e que já seja derrubado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Embate entre Luana Piovani e Neymar serviu para trazer à tona o debate sobre um projeto em discussão no Senado Foto: Iara Morselli/Estadão e Werther Santana/Estadão
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O relator da PEC, senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), já anunciou que é favorável ao projeto. Segundo seus cálculos, a nova lei atingiria 512 mil propriedades cadastradas pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Em sua opinião, o registro fundiário das áreas de marinha ficaria mais fácil, geraria empregos e desenvolvimento. Amigo do senador astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Bolsonaro talvez acredite também que ambos poderão desembarcar em marte brevemente.

O fato é que o governo, com tanto assunto mais importante neste momento para o País, queria passar ao largo dessa discussão que prometia extinguir-se por si própria. Mas aí entrou Neymar Junior que anunciou, em parceria com uma construtora, obras em terrenos à beira-mar no Nordeste. Ele, em propagandas sobre o investimento à beira-mar, explicitou seu interesse por negócios envolvendo o tema.

Foi quando Luana entrou em campo. Além de condenar o suposto interesse de Neymar na proposta, fez críticas pessoais ao jogador como pai e marido, ao relembrar de supostas traições. A atriz disse que o jogador “fez muito pelo Brasil”, mas que “acabou com tudo o que construiu”. “Como consegue ser tão mau caráter? Prontamente, Neymar respondeu. Chamou a atriz de “maluca” e disse que ela deveria tirar o nome dele da sua boca. Mais um dia e ela respondeu: “Meu sonho é que meus filhos esqueçam o Neymar, imagina se isso é ídolo?”, escreveu.

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O bate-boca entre o jogador e a atriz nos trouxe um ponto de reflexão: é a de que assuntos sérios muitas vezes só vêm a público e ganham repercussão e debate na sociedade, quando são estimulados por celebridades que, em muitas ocasiões, sequer sabem com profundidade do que estão falando, mas estão atrás de “cliques”. O importante é sabermos aproveitar a luz que eles jogam sobre esses assuntos, alimentando-se do único ponto positivo que os barracos têm: o de ampliarem o debate para a sociedade.

Nada como um barraco entre celebridades nas redes sociais para iluminar um assunto que corria nas sombras. O clima que começa tranquilo vai esquentando para, quase sempre, descambar nos ataques pessoais, palavrões e adjetivos de mau gosto. É isso que vem acontecendo desde a semana passada, quando os famosos Neymar Júnior e Luana Piovani passaram a se digladiar sobre a PEC 3/2022 – já aprovada na Câmara, que ficou conhecida como a proposta que permitirá fechar as praias e deixá-las para uso exclusivo de moradores de condomínios.

Ambientalistas já haviam apontado riscos para a diversidade ecológica, com a transferência dessas áreas e, segundo outros especialistas, poderia ser uma brecha para “privatizar” as praias do litoral brasileiro. Graças a Luana e Neymar, no entanto, podemos ficar tranquilos. O governo garante que isso não vai passar. Portanto, já mais tranquila, entendi que a PEC tem tantas chances de seguir tramitando no Senado, quanto as de um astronauta terráqueo desembarcar em marte nos próximos dias. O governo já disse que o assunto não seguirá em frente e que o mais provável e que já seja derrubado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Embate entre Luana Piovani e Neymar serviu para trazer à tona o debate sobre um projeto em discussão no Senado Foto: Iara Morselli/Estadão e Werther Santana/Estadão

O relator da PEC, senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), já anunciou que é favorável ao projeto. Segundo seus cálculos, a nova lei atingiria 512 mil propriedades cadastradas pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Em sua opinião, o registro fundiário das áreas de marinha ficaria mais fácil, geraria empregos e desenvolvimento. Amigo do senador astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Bolsonaro talvez acredite também que ambos poderão desembarcar em marte brevemente.

O fato é que o governo, com tanto assunto mais importante neste momento para o País, queria passar ao largo dessa discussão que prometia extinguir-se por si própria. Mas aí entrou Neymar Junior que anunciou, em parceria com uma construtora, obras em terrenos à beira-mar no Nordeste. Ele, em propagandas sobre o investimento à beira-mar, explicitou seu interesse por negócios envolvendo o tema.

Foi quando Luana entrou em campo. Além de condenar o suposto interesse de Neymar na proposta, fez críticas pessoais ao jogador como pai e marido, ao relembrar de supostas traições. A atriz disse que o jogador “fez muito pelo Brasil”, mas que “acabou com tudo o que construiu”. “Como consegue ser tão mau caráter? Prontamente, Neymar respondeu. Chamou a atriz de “maluca” e disse que ela deveria tirar o nome dele da sua boca. Mais um dia e ela respondeu: “Meu sonho é que meus filhos esqueçam o Neymar, imagina se isso é ídolo?”, escreveu.

O bate-boca entre o jogador e a atriz nos trouxe um ponto de reflexão: é a de que assuntos sérios muitas vezes só vêm a público e ganham repercussão e debate na sociedade, quando são estimulados por celebridades que, em muitas ocasiões, sequer sabem com profundidade do que estão falando, mas estão atrás de “cliques”. O importante é sabermos aproveitar a luz que eles jogam sobre esses assuntos, alimentando-se do único ponto positivo que os barracos têm: o de ampliarem o debate para a sociedade.

Nada como um barraco entre celebridades nas redes sociais para iluminar um assunto que corria nas sombras. O clima que começa tranquilo vai esquentando para, quase sempre, descambar nos ataques pessoais, palavrões e adjetivos de mau gosto. É isso que vem acontecendo desde a semana passada, quando os famosos Neymar Júnior e Luana Piovani passaram a se digladiar sobre a PEC 3/2022 – já aprovada na Câmara, que ficou conhecida como a proposta que permitirá fechar as praias e deixá-las para uso exclusivo de moradores de condomínios.

Ambientalistas já haviam apontado riscos para a diversidade ecológica, com a transferência dessas áreas e, segundo outros especialistas, poderia ser uma brecha para “privatizar” as praias do litoral brasileiro. Graças a Luana e Neymar, no entanto, podemos ficar tranquilos. O governo garante que isso não vai passar. Portanto, já mais tranquila, entendi que a PEC tem tantas chances de seguir tramitando no Senado, quanto as de um astronauta terráqueo desembarcar em marte nos próximos dias. O governo já disse que o assunto não seguirá em frente e que o mais provável e que já seja derrubado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Embate entre Luana Piovani e Neymar serviu para trazer à tona o debate sobre um projeto em discussão no Senado Foto: Iara Morselli/Estadão e Werther Santana/Estadão

O relator da PEC, senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), já anunciou que é favorável ao projeto. Segundo seus cálculos, a nova lei atingiria 512 mil propriedades cadastradas pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Em sua opinião, o registro fundiário das áreas de marinha ficaria mais fácil, geraria empregos e desenvolvimento. Amigo do senador astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Bolsonaro talvez acredite também que ambos poderão desembarcar em marte brevemente.

O fato é que o governo, com tanto assunto mais importante neste momento para o País, queria passar ao largo dessa discussão que prometia extinguir-se por si própria. Mas aí entrou Neymar Junior que anunciou, em parceria com uma construtora, obras em terrenos à beira-mar no Nordeste. Ele, em propagandas sobre o investimento à beira-mar, explicitou seu interesse por negócios envolvendo o tema.

Foi quando Luana entrou em campo. Além de condenar o suposto interesse de Neymar na proposta, fez críticas pessoais ao jogador como pai e marido, ao relembrar de supostas traições. A atriz disse que o jogador “fez muito pelo Brasil”, mas que “acabou com tudo o que construiu”. “Como consegue ser tão mau caráter? Prontamente, Neymar respondeu. Chamou a atriz de “maluca” e disse que ela deveria tirar o nome dele da sua boca. Mais um dia e ela respondeu: “Meu sonho é que meus filhos esqueçam o Neymar, imagina se isso é ídolo?”, escreveu.

O bate-boca entre o jogador e a atriz nos trouxe um ponto de reflexão: é a de que assuntos sérios muitas vezes só vêm a público e ganham repercussão e debate na sociedade, quando são estimulados por celebridades que, em muitas ocasiões, sequer sabem com profundidade do que estão falando, mas estão atrás de “cliques”. O importante é sabermos aproveitar a luz que eles jogam sobre esses assuntos, alimentando-se do único ponto positivo que os barracos têm: o de ampliarem o debate para a sociedade.

Nada como um barraco entre celebridades nas redes sociais para iluminar um assunto que corria nas sombras. O clima que começa tranquilo vai esquentando para, quase sempre, descambar nos ataques pessoais, palavrões e adjetivos de mau gosto. É isso que vem acontecendo desde a semana passada, quando os famosos Neymar Júnior e Luana Piovani passaram a se digladiar sobre a PEC 3/2022 – já aprovada na Câmara, que ficou conhecida como a proposta que permitirá fechar as praias e deixá-las para uso exclusivo de moradores de condomínios.

Ambientalistas já haviam apontado riscos para a diversidade ecológica, com a transferência dessas áreas e, segundo outros especialistas, poderia ser uma brecha para “privatizar” as praias do litoral brasileiro. Graças a Luana e Neymar, no entanto, podemos ficar tranquilos. O governo garante que isso não vai passar. Portanto, já mais tranquila, entendi que a PEC tem tantas chances de seguir tramitando no Senado, quanto as de um astronauta terráqueo desembarcar em marte nos próximos dias. O governo já disse que o assunto não seguirá em frente e que o mais provável e que já seja derrubado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Embate entre Luana Piovani e Neymar serviu para trazer à tona o debate sobre um projeto em discussão no Senado Foto: Iara Morselli/Estadão e Werther Santana/Estadão

O relator da PEC, senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), já anunciou que é favorável ao projeto. Segundo seus cálculos, a nova lei atingiria 512 mil propriedades cadastradas pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Em sua opinião, o registro fundiário das áreas de marinha ficaria mais fácil, geraria empregos e desenvolvimento. Amigo do senador astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Bolsonaro talvez acredite também que ambos poderão desembarcar em marte brevemente.

O fato é que o governo, com tanto assunto mais importante neste momento para o País, queria passar ao largo dessa discussão que prometia extinguir-se por si própria. Mas aí entrou Neymar Junior que anunciou, em parceria com uma construtora, obras em terrenos à beira-mar no Nordeste. Ele, em propagandas sobre o investimento à beira-mar, explicitou seu interesse por negócios envolvendo o tema.

Foi quando Luana entrou em campo. Além de condenar o suposto interesse de Neymar na proposta, fez críticas pessoais ao jogador como pai e marido, ao relembrar de supostas traições. A atriz disse que o jogador “fez muito pelo Brasil”, mas que “acabou com tudo o que construiu”. “Como consegue ser tão mau caráter? Prontamente, Neymar respondeu. Chamou a atriz de “maluca” e disse que ela deveria tirar o nome dele da sua boca. Mais um dia e ela respondeu: “Meu sonho é que meus filhos esqueçam o Neymar, imagina se isso é ídolo?”, escreveu.

O bate-boca entre o jogador e a atriz nos trouxe um ponto de reflexão: é a de que assuntos sérios muitas vezes só vêm a público e ganham repercussão e debate na sociedade, quando são estimulados por celebridades que, em muitas ocasiões, sequer sabem com profundidade do que estão falando, mas estão atrás de “cliques”. O importante é sabermos aproveitar a luz que eles jogam sobre esses assuntos, alimentando-se do único ponto positivo que os barracos têm: o de ampliarem o debate para a sociedade.

Nada como um barraco entre celebridades nas redes sociais para iluminar um assunto que corria nas sombras. O clima que começa tranquilo vai esquentando para, quase sempre, descambar nos ataques pessoais, palavrões e adjetivos de mau gosto. É isso que vem acontecendo desde a semana passada, quando os famosos Neymar Júnior e Luana Piovani passaram a se digladiar sobre a PEC 3/2022 – já aprovada na Câmara, que ficou conhecida como a proposta que permitirá fechar as praias e deixá-las para uso exclusivo de moradores de condomínios.

Ambientalistas já haviam apontado riscos para a diversidade ecológica, com a transferência dessas áreas e, segundo outros especialistas, poderia ser uma brecha para “privatizar” as praias do litoral brasileiro. Graças a Luana e Neymar, no entanto, podemos ficar tranquilos. O governo garante que isso não vai passar. Portanto, já mais tranquila, entendi que a PEC tem tantas chances de seguir tramitando no Senado, quanto as de um astronauta terráqueo desembarcar em marte nos próximos dias. O governo já disse que o assunto não seguirá em frente e que o mais provável e que já seja derrubado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Embate entre Luana Piovani e Neymar serviu para trazer à tona o debate sobre um projeto em discussão no Senado Foto: Iara Morselli/Estadão e Werther Santana/Estadão

O relator da PEC, senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), já anunciou que é favorável ao projeto. Segundo seus cálculos, a nova lei atingiria 512 mil propriedades cadastradas pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Em sua opinião, o registro fundiário das áreas de marinha ficaria mais fácil, geraria empregos e desenvolvimento. Amigo do senador astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Bolsonaro talvez acredite também que ambos poderão desembarcar em marte brevemente.

O fato é que o governo, com tanto assunto mais importante neste momento para o País, queria passar ao largo dessa discussão que prometia extinguir-se por si própria. Mas aí entrou Neymar Junior que anunciou, em parceria com uma construtora, obras em terrenos à beira-mar no Nordeste. Ele, em propagandas sobre o investimento à beira-mar, explicitou seu interesse por negócios envolvendo o tema.

Foi quando Luana entrou em campo. Além de condenar o suposto interesse de Neymar na proposta, fez críticas pessoais ao jogador como pai e marido, ao relembrar de supostas traições. A atriz disse que o jogador “fez muito pelo Brasil”, mas que “acabou com tudo o que construiu”. “Como consegue ser tão mau caráter? Prontamente, Neymar respondeu. Chamou a atriz de “maluca” e disse que ela deveria tirar o nome dele da sua boca. Mais um dia e ela respondeu: “Meu sonho é que meus filhos esqueçam o Neymar, imagina se isso é ídolo?”, escreveu.

O bate-boca entre o jogador e a atriz nos trouxe um ponto de reflexão: é a de que assuntos sérios muitas vezes só vêm a público e ganham repercussão e debate na sociedade, quando são estimulados por celebridades que, em muitas ocasiões, sequer sabem com profundidade do que estão falando, mas estão atrás de “cliques”. O importante é sabermos aproveitar a luz que eles jogam sobre esses assuntos, alimentando-se do único ponto positivo que os barracos têm: o de ampliarem o debate para a sociedade.

Opinião por Monica Gugliano

É repórter de Política do Estadão. Escreve às terças-feiras

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