Labirintos da Política

Opinião|Janja poderia melhorar as teses de Lula sobre violência contra a mulher


Lula deveria estudar as dificuldades para mulheres se inserirem e se manterem no mercado de trabalho, em vez de atemorizá-las

Por Monica Gugliano

Janja, a pessoa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz ser quem ele mais ouve, deve estar pulando as conversas sobre política de gênero. E, Lula, por sua vez, deveria refletir mais ou explicar melhor os argumentos que tem usado, quando fala sobre as razões injustificáveis que causam a violência contra as mulheres, principalmente neste mês, o Agosto Lilás, que se destina ao combate e conscientização sobre a violência doméstica contra a mulher. Recordo aqui, para quem não ouviu, não lembra ou não percebeu o que disse Lula, sexta-feira passada, em um evento em Fortaleza (CE):

“O quê que é uma mulher sem profissão? Uma mulher sem profissão, ela vai ficar a vida inteira dependente dos outros. Uma mulher que não tem profissão vai casar e, se não tomar cuidado, o marido vai agredi-la e ela vai ficar com esse marido agredindo porque precisa dar comida para os filhos. Ninguém pode viver com alguém que seja violento contra mulher”. A declaração está gravada e foi feita durante um evento em Fortaleza (CE). Ele anunciava a expansão do programa “Pé-de-meia” que concede auxílio financeiro aos estudantes de baixa renda que cursam o ensino médio. A violência afeta mulheres de todas as classes sociais, etnias e regiões brasileiras. Segundo o Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 48.289 mulheres brasileiras foram assassinadas entre os anos de 2012 e 2022.

Essa decisão de exercer uma profissão, à qual se referiu Lula, nem sempre é uma escolha da mulher. Talvez o presidente não saiba que, no Brasil governado por ele, é mais difícil para as mulheres terem acesso ao mercado de trabalho quando moram com crianças de até seis anos. Segundo a terceira edição do estudo do IBGE “Estatísticas de Gênero: Indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgado no Dia da Mulher, 8 de março, deste ano, pouco mais da metade (56,6%) das mulheres de 25 a 54 anos, com esse perfil, estavam empregadas em 2022. Entre as mulheres pretas e pardas a estatística ganha 10 pontos percentuais.

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Presidente Lula diz que Janja é uma das pessoas que ele mais ouve Foto: Wilton Junior/Estadão

O percentual subia para 66,2% entre aquelas que não tinham crianças. O mesmo não acontece com os homens na faixa etária semelhante que, mesmo vivendo com menores em casa, tinham um nível de ocupação de 82,8%. Faltam redes de apoio institucional às mulheres. Não há creches suficientes e nem centros de convivência para os idosos que, geralmente, também são elas que cuidam.

Quem sabe é o caso de Janja lembrar a Lula essas estatísticas. Por que não é possível que o presidente acredite que sirva de estímulo para as jovens estudarem e terem uma profissão, dizer que, se forem donas de casa, terão que tomar cuidado para não apanharem do marido. O raciocínio de Lula afirma que milhões de brasileiras, sem a renda própria do trabalho remunerado, são agredidas e aguentam os maridos em troca de um prato de comida para não passarem fome junto com os filhos.

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Há cerca de 15 dias, Lula condenava a violência doméstica e elogiava a presença de mulheres em um evento com empresários do setor alimentício no Palácio do Planalto. Lá pelas tantas resolveu citar uma pesquisa que definiu como “uma notícia triste”. O levantamento mostrava que, depois de um jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Disse, então, o presidente, torcedor do Corinthians: “Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem, como eu. Mas eu não fico nervoso quando perde, eu lamento profundamente”.

O comentário repercutiu tão mal que, primeiro, o Palácio do Planalto recorreu àquela desculpa de que o presidente fora mal interpretado pela imprensa. Como não adiantou muito, o próprio Lula, alguns dias depois, em São Bernardo, no lançamento da pré-candidatura do deputado estadual petista Luiz Fernando Teixeira, disse que o governo iniciaria uma guerra à violência contra a mulher e discursou:

“O homem que é homem, que tem fé em Deus, não pode nunca levantar a mão para agredir uma mulher. Tem aumentado muito a violência contra a mulher. E nós vamos fazer uma guerra. A minha mãe disse para mim: meu filho se você casar nunca levante a mão para a sua mulher. Se não quiser viver mais com ela, separe com dignidade. E este é um apelo que eu faço aos homens aqui: o invés de levantar a mão para bater numa mulher, bate na sua própria cara”.

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Presidente, faça um favor ao senhor mesmo. No próximo discurso que envolva mulheres, consulte a Janja antes. E, em vez de atemorizar com o risco de apanhar, cite exemplos de mulheres que, com seu imenso esforço pessoal, engrandecem esta Nação. Para não irmos muito longe, ficamos nesta segunda-feira com a ginasta Rebeca Andrade, menina pobre, da periferia que conquistou quatro medalhas (uma de ouro) nos Jogos Olimpicos, reverenciada pelo mundo.

Janja, a pessoa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz ser quem ele mais ouve, deve estar pulando as conversas sobre política de gênero. E, Lula, por sua vez, deveria refletir mais ou explicar melhor os argumentos que tem usado, quando fala sobre as razões injustificáveis que causam a violência contra as mulheres, principalmente neste mês, o Agosto Lilás, que se destina ao combate e conscientização sobre a violência doméstica contra a mulher. Recordo aqui, para quem não ouviu, não lembra ou não percebeu o que disse Lula, sexta-feira passada, em um evento em Fortaleza (CE):

“O quê que é uma mulher sem profissão? Uma mulher sem profissão, ela vai ficar a vida inteira dependente dos outros. Uma mulher que não tem profissão vai casar e, se não tomar cuidado, o marido vai agredi-la e ela vai ficar com esse marido agredindo porque precisa dar comida para os filhos. Ninguém pode viver com alguém que seja violento contra mulher”. A declaração está gravada e foi feita durante um evento em Fortaleza (CE). Ele anunciava a expansão do programa “Pé-de-meia” que concede auxílio financeiro aos estudantes de baixa renda que cursam o ensino médio. A violência afeta mulheres de todas as classes sociais, etnias e regiões brasileiras. Segundo o Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 48.289 mulheres brasileiras foram assassinadas entre os anos de 2012 e 2022.

Essa decisão de exercer uma profissão, à qual se referiu Lula, nem sempre é uma escolha da mulher. Talvez o presidente não saiba que, no Brasil governado por ele, é mais difícil para as mulheres terem acesso ao mercado de trabalho quando moram com crianças de até seis anos. Segundo a terceira edição do estudo do IBGE “Estatísticas de Gênero: Indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgado no Dia da Mulher, 8 de março, deste ano, pouco mais da metade (56,6%) das mulheres de 25 a 54 anos, com esse perfil, estavam empregadas em 2022. Entre as mulheres pretas e pardas a estatística ganha 10 pontos percentuais.

Presidente Lula diz que Janja é uma das pessoas que ele mais ouve Foto: Wilton Junior/Estadão

O percentual subia para 66,2% entre aquelas que não tinham crianças. O mesmo não acontece com os homens na faixa etária semelhante que, mesmo vivendo com menores em casa, tinham um nível de ocupação de 82,8%. Faltam redes de apoio institucional às mulheres. Não há creches suficientes e nem centros de convivência para os idosos que, geralmente, também são elas que cuidam.

Quem sabe é o caso de Janja lembrar a Lula essas estatísticas. Por que não é possível que o presidente acredite que sirva de estímulo para as jovens estudarem e terem uma profissão, dizer que, se forem donas de casa, terão que tomar cuidado para não apanharem do marido. O raciocínio de Lula afirma que milhões de brasileiras, sem a renda própria do trabalho remunerado, são agredidas e aguentam os maridos em troca de um prato de comida para não passarem fome junto com os filhos.

Há cerca de 15 dias, Lula condenava a violência doméstica e elogiava a presença de mulheres em um evento com empresários do setor alimentício no Palácio do Planalto. Lá pelas tantas resolveu citar uma pesquisa que definiu como “uma notícia triste”. O levantamento mostrava que, depois de um jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Disse, então, o presidente, torcedor do Corinthians: “Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem, como eu. Mas eu não fico nervoso quando perde, eu lamento profundamente”.

O comentário repercutiu tão mal que, primeiro, o Palácio do Planalto recorreu àquela desculpa de que o presidente fora mal interpretado pela imprensa. Como não adiantou muito, o próprio Lula, alguns dias depois, em São Bernardo, no lançamento da pré-candidatura do deputado estadual petista Luiz Fernando Teixeira, disse que o governo iniciaria uma guerra à violência contra a mulher e discursou:

“O homem que é homem, que tem fé em Deus, não pode nunca levantar a mão para agredir uma mulher. Tem aumentado muito a violência contra a mulher. E nós vamos fazer uma guerra. A minha mãe disse para mim: meu filho se você casar nunca levante a mão para a sua mulher. Se não quiser viver mais com ela, separe com dignidade. E este é um apelo que eu faço aos homens aqui: o invés de levantar a mão para bater numa mulher, bate na sua própria cara”.

Presidente, faça um favor ao senhor mesmo. No próximo discurso que envolva mulheres, consulte a Janja antes. E, em vez de atemorizar com o risco de apanhar, cite exemplos de mulheres que, com seu imenso esforço pessoal, engrandecem esta Nação. Para não irmos muito longe, ficamos nesta segunda-feira com a ginasta Rebeca Andrade, menina pobre, da periferia que conquistou quatro medalhas (uma de ouro) nos Jogos Olimpicos, reverenciada pelo mundo.

Janja, a pessoa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz ser quem ele mais ouve, deve estar pulando as conversas sobre política de gênero. E, Lula, por sua vez, deveria refletir mais ou explicar melhor os argumentos que tem usado, quando fala sobre as razões injustificáveis que causam a violência contra as mulheres, principalmente neste mês, o Agosto Lilás, que se destina ao combate e conscientização sobre a violência doméstica contra a mulher. Recordo aqui, para quem não ouviu, não lembra ou não percebeu o que disse Lula, sexta-feira passada, em um evento em Fortaleza (CE):

“O quê que é uma mulher sem profissão? Uma mulher sem profissão, ela vai ficar a vida inteira dependente dos outros. Uma mulher que não tem profissão vai casar e, se não tomar cuidado, o marido vai agredi-la e ela vai ficar com esse marido agredindo porque precisa dar comida para os filhos. Ninguém pode viver com alguém que seja violento contra mulher”. A declaração está gravada e foi feita durante um evento em Fortaleza (CE). Ele anunciava a expansão do programa “Pé-de-meia” que concede auxílio financeiro aos estudantes de baixa renda que cursam o ensino médio. A violência afeta mulheres de todas as classes sociais, etnias e regiões brasileiras. Segundo o Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 48.289 mulheres brasileiras foram assassinadas entre os anos de 2012 e 2022.

Essa decisão de exercer uma profissão, à qual se referiu Lula, nem sempre é uma escolha da mulher. Talvez o presidente não saiba que, no Brasil governado por ele, é mais difícil para as mulheres terem acesso ao mercado de trabalho quando moram com crianças de até seis anos. Segundo a terceira edição do estudo do IBGE “Estatísticas de Gênero: Indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgado no Dia da Mulher, 8 de março, deste ano, pouco mais da metade (56,6%) das mulheres de 25 a 54 anos, com esse perfil, estavam empregadas em 2022. Entre as mulheres pretas e pardas a estatística ganha 10 pontos percentuais.

Presidente Lula diz que Janja é uma das pessoas que ele mais ouve Foto: Wilton Junior/Estadão

O percentual subia para 66,2% entre aquelas que não tinham crianças. O mesmo não acontece com os homens na faixa etária semelhante que, mesmo vivendo com menores em casa, tinham um nível de ocupação de 82,8%. Faltam redes de apoio institucional às mulheres. Não há creches suficientes e nem centros de convivência para os idosos que, geralmente, também são elas que cuidam.

Quem sabe é o caso de Janja lembrar a Lula essas estatísticas. Por que não é possível que o presidente acredite que sirva de estímulo para as jovens estudarem e terem uma profissão, dizer que, se forem donas de casa, terão que tomar cuidado para não apanharem do marido. O raciocínio de Lula afirma que milhões de brasileiras, sem a renda própria do trabalho remunerado, são agredidas e aguentam os maridos em troca de um prato de comida para não passarem fome junto com os filhos.

Há cerca de 15 dias, Lula condenava a violência doméstica e elogiava a presença de mulheres em um evento com empresários do setor alimentício no Palácio do Planalto. Lá pelas tantas resolveu citar uma pesquisa que definiu como “uma notícia triste”. O levantamento mostrava que, depois de um jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Disse, então, o presidente, torcedor do Corinthians: “Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem, como eu. Mas eu não fico nervoso quando perde, eu lamento profundamente”.

O comentário repercutiu tão mal que, primeiro, o Palácio do Planalto recorreu àquela desculpa de que o presidente fora mal interpretado pela imprensa. Como não adiantou muito, o próprio Lula, alguns dias depois, em São Bernardo, no lançamento da pré-candidatura do deputado estadual petista Luiz Fernando Teixeira, disse que o governo iniciaria uma guerra à violência contra a mulher e discursou:

“O homem que é homem, que tem fé em Deus, não pode nunca levantar a mão para agredir uma mulher. Tem aumentado muito a violência contra a mulher. E nós vamos fazer uma guerra. A minha mãe disse para mim: meu filho se você casar nunca levante a mão para a sua mulher. Se não quiser viver mais com ela, separe com dignidade. E este é um apelo que eu faço aos homens aqui: o invés de levantar a mão para bater numa mulher, bate na sua própria cara”.

Presidente, faça um favor ao senhor mesmo. No próximo discurso que envolva mulheres, consulte a Janja antes. E, em vez de atemorizar com o risco de apanhar, cite exemplos de mulheres que, com seu imenso esforço pessoal, engrandecem esta Nação. Para não irmos muito longe, ficamos nesta segunda-feira com a ginasta Rebeca Andrade, menina pobre, da periferia que conquistou quatro medalhas (uma de ouro) nos Jogos Olimpicos, reverenciada pelo mundo.

Janja, a pessoa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz ser quem ele mais ouve, deve estar pulando as conversas sobre política de gênero. E, Lula, por sua vez, deveria refletir mais ou explicar melhor os argumentos que tem usado, quando fala sobre as razões injustificáveis que causam a violência contra as mulheres, principalmente neste mês, o Agosto Lilás, que se destina ao combate e conscientização sobre a violência doméstica contra a mulher. Recordo aqui, para quem não ouviu, não lembra ou não percebeu o que disse Lula, sexta-feira passada, em um evento em Fortaleza (CE):

“O quê que é uma mulher sem profissão? Uma mulher sem profissão, ela vai ficar a vida inteira dependente dos outros. Uma mulher que não tem profissão vai casar e, se não tomar cuidado, o marido vai agredi-la e ela vai ficar com esse marido agredindo porque precisa dar comida para os filhos. Ninguém pode viver com alguém que seja violento contra mulher”. A declaração está gravada e foi feita durante um evento em Fortaleza (CE). Ele anunciava a expansão do programa “Pé-de-meia” que concede auxílio financeiro aos estudantes de baixa renda que cursam o ensino médio. A violência afeta mulheres de todas as classes sociais, etnias e regiões brasileiras. Segundo o Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 48.289 mulheres brasileiras foram assassinadas entre os anos de 2012 e 2022.

Essa decisão de exercer uma profissão, à qual se referiu Lula, nem sempre é uma escolha da mulher. Talvez o presidente não saiba que, no Brasil governado por ele, é mais difícil para as mulheres terem acesso ao mercado de trabalho quando moram com crianças de até seis anos. Segundo a terceira edição do estudo do IBGE “Estatísticas de Gênero: Indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgado no Dia da Mulher, 8 de março, deste ano, pouco mais da metade (56,6%) das mulheres de 25 a 54 anos, com esse perfil, estavam empregadas em 2022. Entre as mulheres pretas e pardas a estatística ganha 10 pontos percentuais.

Presidente Lula diz que Janja é uma das pessoas que ele mais ouve Foto: Wilton Junior/Estadão

O percentual subia para 66,2% entre aquelas que não tinham crianças. O mesmo não acontece com os homens na faixa etária semelhante que, mesmo vivendo com menores em casa, tinham um nível de ocupação de 82,8%. Faltam redes de apoio institucional às mulheres. Não há creches suficientes e nem centros de convivência para os idosos que, geralmente, também são elas que cuidam.

Quem sabe é o caso de Janja lembrar a Lula essas estatísticas. Por que não é possível que o presidente acredite que sirva de estímulo para as jovens estudarem e terem uma profissão, dizer que, se forem donas de casa, terão que tomar cuidado para não apanharem do marido. O raciocínio de Lula afirma que milhões de brasileiras, sem a renda própria do trabalho remunerado, são agredidas e aguentam os maridos em troca de um prato de comida para não passarem fome junto com os filhos.

Há cerca de 15 dias, Lula condenava a violência doméstica e elogiava a presença de mulheres em um evento com empresários do setor alimentício no Palácio do Planalto. Lá pelas tantas resolveu citar uma pesquisa que definiu como “uma notícia triste”. O levantamento mostrava que, depois de um jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Disse, então, o presidente, torcedor do Corinthians: “Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem, como eu. Mas eu não fico nervoso quando perde, eu lamento profundamente”.

O comentário repercutiu tão mal que, primeiro, o Palácio do Planalto recorreu àquela desculpa de que o presidente fora mal interpretado pela imprensa. Como não adiantou muito, o próprio Lula, alguns dias depois, em São Bernardo, no lançamento da pré-candidatura do deputado estadual petista Luiz Fernando Teixeira, disse que o governo iniciaria uma guerra à violência contra a mulher e discursou:

“O homem que é homem, que tem fé em Deus, não pode nunca levantar a mão para agredir uma mulher. Tem aumentado muito a violência contra a mulher. E nós vamos fazer uma guerra. A minha mãe disse para mim: meu filho se você casar nunca levante a mão para a sua mulher. Se não quiser viver mais com ela, separe com dignidade. E este é um apelo que eu faço aos homens aqui: o invés de levantar a mão para bater numa mulher, bate na sua própria cara”.

Presidente, faça um favor ao senhor mesmo. No próximo discurso que envolva mulheres, consulte a Janja antes. E, em vez de atemorizar com o risco de apanhar, cite exemplos de mulheres que, com seu imenso esforço pessoal, engrandecem esta Nação. Para não irmos muito longe, ficamos nesta segunda-feira com a ginasta Rebeca Andrade, menina pobre, da periferia que conquistou quatro medalhas (uma de ouro) nos Jogos Olimpicos, reverenciada pelo mundo.

Opinião por Monica Gugliano

É repórter de Política do Estadão. Escreve às terças-feiras

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