Labirintos da Política

Opinião|Janja tenta desfazer imagem de ‘pouco caso’ após dança na Índia e comanda comitiva sem Lula no Sul


Nas comunidades atingidas pela tragédia climática, ela não fez anúncios como chegou a afirmar um ministro, mas atuou prestando solidariedade aos gaúchos

Por Monica Gugliano
Atualização:

Depois de deixar uma má impressão ao postar (e apagar) um vídeo dizendo que aproveitaria a viagem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Nova Déli para dançar, a primeira-dama Janja Lula da Silva comandou uma comitiva de autoridades em visita para avaliar os estragos das chuvas no Rio Grande do Sul. Antecedida de muito burburinho, a estada de Janja durante menos de um dia no Estado, sem Lula – que estava na posse do novo presidente do STF, Luís Roberto Barroso – deve ter decepcionado quem pensava vê-la no papel de “substituta” do presidente da República.

Ao lado de ministros, Janja se encontrou com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, na cidade de Lajeado, uma das atingidas pela tragédia climática Foto: Mauricio Tonetto / Secom / Governo RS

E embora ela tenha publicado 17 vídeos nas mídias sociais sobre sua passagem pelos municípios, Janja desempenhou, segundo as imagens que divulgou, um figurino que ela veste com grande desenvoltura: o de primeira-dama, que poderia ser o de auxiliar o Governo do marido, sem exercer qualquer função executiva, uma vez que não foi eleita junto com ele. Acompanhada pelos ministros Paulo Teixeira, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, e um grupo de parlamentares, foi recebida pelo governador Eduardo Leite (PSDB), sobrevoou a área mais destruída no Vale do Taquari e viu as plantações de arroz alagadas.

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Muçum, uma das cidades que visitou, tem menos de cinco mil habitantes, foi praticamente toda destruída pelo ciclone e as chuvas deixaram um prejuízo estimado pelas autoridades em mais de R$ 200 milhões. Recebida pelo prefeito, Mateus Trojan (MDB), ela afirmou que a cidade era um exemplo muito forte do que se vive no mundo com as mudanças climáticas. “É aqui, em outros lugares do mundo, uma coisa totalmente absurda e nós vamos ter que aprender a tentar conviver com essas coisas e tentar reduzir danos com relação à mudança do clima”, disse, enquanto o prefeito lhe contava que a escola onde estavam já fora atingida outras vezes por enchentes. Mas, desta vez, ficara completamente destruída.

Diferentemente do que foi dito, inclusive em vídeo publicado nas redes sociais pelo ministro Paulo Pimenta, secretário de Comunicação, Janja não anunciou medidas governamentais para a região mais atingida, apesar de, naturalmente, ser o centro das atenções. Por onde passou foi recebida com demonstrações de afeto e de admiração. Beijou e abraçou populares e, em todas as vezes em que falou, sempre citou Lula.

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Em um ginásio, contou que o Governo tinha uma parceria com o Sesc Mesa Brasil e que, agora, diante da tragédia, ela pedira que os recursos fossem destinados para a região para ajudar as famílias e as crianças. “Eu vim aqui hoje muito por causa disso, para abraçar vocês e entregar essas cestas. Sei que é uma pequena coisa, diante de tudo que vocês precisam (...) Hoje os ministros vieram junto ao Estado, para poder o mais rapidamente possível ajudar a recompor a vida de todas as famílias”, explicou, segurando a mão de uma gestante que respondeu: “Hoje a gente está se sentindo muito esperançoso com a vida de vocês. Precisamos de moradia, recomeçar a vida”. Em uma casa destruída, aos moradores que a aguardavam na porta, ela prometeu que tudo seria recuperado.

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Ela tem milhões de seguidores e um inegável papel na sociedade, a favor de Lula e de seu Governo. Basta ver a receptividade que recebeu da população. Às vezes, porém, exatamente o que disseram que ela faria, mas não fez, comportar-se como um membro do Governo, que acaba atrapalhando. Para quem, como ela, disse que ressignificaria o papel de primeira-dama, talvez a forma como ela protagonizou a visita seja o melhor significado e sua maior contribuição ao lugar histórico que ocupa.

Depois de deixar uma má impressão ao postar (e apagar) um vídeo dizendo que aproveitaria a viagem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Nova Déli para dançar, a primeira-dama Janja Lula da Silva comandou uma comitiva de autoridades em visita para avaliar os estragos das chuvas no Rio Grande do Sul. Antecedida de muito burburinho, a estada de Janja durante menos de um dia no Estado, sem Lula – que estava na posse do novo presidente do STF, Luís Roberto Barroso – deve ter decepcionado quem pensava vê-la no papel de “substituta” do presidente da República.

Ao lado de ministros, Janja se encontrou com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, na cidade de Lajeado, uma das atingidas pela tragédia climática Foto: Mauricio Tonetto / Secom / Governo RS

E embora ela tenha publicado 17 vídeos nas mídias sociais sobre sua passagem pelos municípios, Janja desempenhou, segundo as imagens que divulgou, um figurino que ela veste com grande desenvoltura: o de primeira-dama, que poderia ser o de auxiliar o Governo do marido, sem exercer qualquer função executiva, uma vez que não foi eleita junto com ele. Acompanhada pelos ministros Paulo Teixeira, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, e um grupo de parlamentares, foi recebida pelo governador Eduardo Leite (PSDB), sobrevoou a área mais destruída no Vale do Taquari e viu as plantações de arroz alagadas.

Muçum, uma das cidades que visitou, tem menos de cinco mil habitantes, foi praticamente toda destruída pelo ciclone e as chuvas deixaram um prejuízo estimado pelas autoridades em mais de R$ 200 milhões. Recebida pelo prefeito, Mateus Trojan (MDB), ela afirmou que a cidade era um exemplo muito forte do que se vive no mundo com as mudanças climáticas. “É aqui, em outros lugares do mundo, uma coisa totalmente absurda e nós vamos ter que aprender a tentar conviver com essas coisas e tentar reduzir danos com relação à mudança do clima”, disse, enquanto o prefeito lhe contava que a escola onde estavam já fora atingida outras vezes por enchentes. Mas, desta vez, ficara completamente destruída.

Diferentemente do que foi dito, inclusive em vídeo publicado nas redes sociais pelo ministro Paulo Pimenta, secretário de Comunicação, Janja não anunciou medidas governamentais para a região mais atingida, apesar de, naturalmente, ser o centro das atenções. Por onde passou foi recebida com demonstrações de afeto e de admiração. Beijou e abraçou populares e, em todas as vezes em que falou, sempre citou Lula.

Em um ginásio, contou que o Governo tinha uma parceria com o Sesc Mesa Brasil e que, agora, diante da tragédia, ela pedira que os recursos fossem destinados para a região para ajudar as famílias e as crianças. “Eu vim aqui hoje muito por causa disso, para abraçar vocês e entregar essas cestas. Sei que é uma pequena coisa, diante de tudo que vocês precisam (...) Hoje os ministros vieram junto ao Estado, para poder o mais rapidamente possível ajudar a recompor a vida de todas as famílias”, explicou, segurando a mão de uma gestante que respondeu: “Hoje a gente está se sentindo muito esperançoso com a vida de vocês. Precisamos de moradia, recomeçar a vida”. Em uma casa destruída, aos moradores que a aguardavam na porta, ela prometeu que tudo seria recuperado.

Ela tem milhões de seguidores e um inegável papel na sociedade, a favor de Lula e de seu Governo. Basta ver a receptividade que recebeu da população. Às vezes, porém, exatamente o que disseram que ela faria, mas não fez, comportar-se como um membro do Governo, que acaba atrapalhando. Para quem, como ela, disse que ressignificaria o papel de primeira-dama, talvez a forma como ela protagonizou a visita seja o melhor significado e sua maior contribuição ao lugar histórico que ocupa.

Depois de deixar uma má impressão ao postar (e apagar) um vídeo dizendo que aproveitaria a viagem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Nova Déli para dançar, a primeira-dama Janja Lula da Silva comandou uma comitiva de autoridades em visita para avaliar os estragos das chuvas no Rio Grande do Sul. Antecedida de muito burburinho, a estada de Janja durante menos de um dia no Estado, sem Lula – que estava na posse do novo presidente do STF, Luís Roberto Barroso – deve ter decepcionado quem pensava vê-la no papel de “substituta” do presidente da República.

Ao lado de ministros, Janja se encontrou com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, na cidade de Lajeado, uma das atingidas pela tragédia climática Foto: Mauricio Tonetto / Secom / Governo RS

E embora ela tenha publicado 17 vídeos nas mídias sociais sobre sua passagem pelos municípios, Janja desempenhou, segundo as imagens que divulgou, um figurino que ela veste com grande desenvoltura: o de primeira-dama, que poderia ser o de auxiliar o Governo do marido, sem exercer qualquer função executiva, uma vez que não foi eleita junto com ele. Acompanhada pelos ministros Paulo Teixeira, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, e um grupo de parlamentares, foi recebida pelo governador Eduardo Leite (PSDB), sobrevoou a área mais destruída no Vale do Taquari e viu as plantações de arroz alagadas.

Muçum, uma das cidades que visitou, tem menos de cinco mil habitantes, foi praticamente toda destruída pelo ciclone e as chuvas deixaram um prejuízo estimado pelas autoridades em mais de R$ 200 milhões. Recebida pelo prefeito, Mateus Trojan (MDB), ela afirmou que a cidade era um exemplo muito forte do que se vive no mundo com as mudanças climáticas. “É aqui, em outros lugares do mundo, uma coisa totalmente absurda e nós vamos ter que aprender a tentar conviver com essas coisas e tentar reduzir danos com relação à mudança do clima”, disse, enquanto o prefeito lhe contava que a escola onde estavam já fora atingida outras vezes por enchentes. Mas, desta vez, ficara completamente destruída.

Diferentemente do que foi dito, inclusive em vídeo publicado nas redes sociais pelo ministro Paulo Pimenta, secretário de Comunicação, Janja não anunciou medidas governamentais para a região mais atingida, apesar de, naturalmente, ser o centro das atenções. Por onde passou foi recebida com demonstrações de afeto e de admiração. Beijou e abraçou populares e, em todas as vezes em que falou, sempre citou Lula.

Em um ginásio, contou que o Governo tinha uma parceria com o Sesc Mesa Brasil e que, agora, diante da tragédia, ela pedira que os recursos fossem destinados para a região para ajudar as famílias e as crianças. “Eu vim aqui hoje muito por causa disso, para abraçar vocês e entregar essas cestas. Sei que é uma pequena coisa, diante de tudo que vocês precisam (...) Hoje os ministros vieram junto ao Estado, para poder o mais rapidamente possível ajudar a recompor a vida de todas as famílias”, explicou, segurando a mão de uma gestante que respondeu: “Hoje a gente está se sentindo muito esperançoso com a vida de vocês. Precisamos de moradia, recomeçar a vida”. Em uma casa destruída, aos moradores que a aguardavam na porta, ela prometeu que tudo seria recuperado.

Ela tem milhões de seguidores e um inegável papel na sociedade, a favor de Lula e de seu Governo. Basta ver a receptividade que recebeu da população. Às vezes, porém, exatamente o que disseram que ela faria, mas não fez, comportar-se como um membro do Governo, que acaba atrapalhando. Para quem, como ela, disse que ressignificaria o papel de primeira-dama, talvez a forma como ela protagonizou a visita seja o melhor significado e sua maior contribuição ao lugar histórico que ocupa.

Depois de deixar uma má impressão ao postar (e apagar) um vídeo dizendo que aproveitaria a viagem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Nova Déli para dançar, a primeira-dama Janja Lula da Silva comandou uma comitiva de autoridades em visita para avaliar os estragos das chuvas no Rio Grande do Sul. Antecedida de muito burburinho, a estada de Janja durante menos de um dia no Estado, sem Lula – que estava na posse do novo presidente do STF, Luís Roberto Barroso – deve ter decepcionado quem pensava vê-la no papel de “substituta” do presidente da República.

Ao lado de ministros, Janja se encontrou com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, na cidade de Lajeado, uma das atingidas pela tragédia climática Foto: Mauricio Tonetto / Secom / Governo RS

E embora ela tenha publicado 17 vídeos nas mídias sociais sobre sua passagem pelos municípios, Janja desempenhou, segundo as imagens que divulgou, um figurino que ela veste com grande desenvoltura: o de primeira-dama, que poderia ser o de auxiliar o Governo do marido, sem exercer qualquer função executiva, uma vez que não foi eleita junto com ele. Acompanhada pelos ministros Paulo Teixeira, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, e um grupo de parlamentares, foi recebida pelo governador Eduardo Leite (PSDB), sobrevoou a área mais destruída no Vale do Taquari e viu as plantações de arroz alagadas.

Muçum, uma das cidades que visitou, tem menos de cinco mil habitantes, foi praticamente toda destruída pelo ciclone e as chuvas deixaram um prejuízo estimado pelas autoridades em mais de R$ 200 milhões. Recebida pelo prefeito, Mateus Trojan (MDB), ela afirmou que a cidade era um exemplo muito forte do que se vive no mundo com as mudanças climáticas. “É aqui, em outros lugares do mundo, uma coisa totalmente absurda e nós vamos ter que aprender a tentar conviver com essas coisas e tentar reduzir danos com relação à mudança do clima”, disse, enquanto o prefeito lhe contava que a escola onde estavam já fora atingida outras vezes por enchentes. Mas, desta vez, ficara completamente destruída.

Diferentemente do que foi dito, inclusive em vídeo publicado nas redes sociais pelo ministro Paulo Pimenta, secretário de Comunicação, Janja não anunciou medidas governamentais para a região mais atingida, apesar de, naturalmente, ser o centro das atenções. Por onde passou foi recebida com demonstrações de afeto e de admiração. Beijou e abraçou populares e, em todas as vezes em que falou, sempre citou Lula.

Em um ginásio, contou que o Governo tinha uma parceria com o Sesc Mesa Brasil e que, agora, diante da tragédia, ela pedira que os recursos fossem destinados para a região para ajudar as famílias e as crianças. “Eu vim aqui hoje muito por causa disso, para abraçar vocês e entregar essas cestas. Sei que é uma pequena coisa, diante de tudo que vocês precisam (...) Hoje os ministros vieram junto ao Estado, para poder o mais rapidamente possível ajudar a recompor a vida de todas as famílias”, explicou, segurando a mão de uma gestante que respondeu: “Hoje a gente está se sentindo muito esperançoso com a vida de vocês. Precisamos de moradia, recomeçar a vida”. Em uma casa destruída, aos moradores que a aguardavam na porta, ela prometeu que tudo seria recuperado.

Ela tem milhões de seguidores e um inegável papel na sociedade, a favor de Lula e de seu Governo. Basta ver a receptividade que recebeu da população. Às vezes, porém, exatamente o que disseram que ela faria, mas não fez, comportar-se como um membro do Governo, que acaba atrapalhando. Para quem, como ela, disse que ressignificaria o papel de primeira-dama, talvez a forma como ela protagonizou a visita seja o melhor significado e sua maior contribuição ao lugar histórico que ocupa.

Opinião por Monica Gugliano

É repórter de Política do Estadão. Escreve às terças-feiras

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