Labirintos da Política

Opinião|Pablo Marçal é quem melhor tem incorporado Bolsonaro em uma campanha repleta de bizarrices


Entrada do “influencer” na campanha mudou tudo: as estratégias dos adversários, a presença nos debates e o peso que cada um passou a dar às suas redes sociais

Por Monica Gugliano

Há seis anos, no dia 6 de setembro de 2018, uma facada mudou completamente o que se previa para a campanha eleitoral à Presidência da República daquele ano. Deputado federal do baixíssimo clero, conhecido no meio militar, do qual nunca se afastou e de onde saiu antes de ser expulso, Jair Messias Bolsonaro filiado a um partido nanico, o PSL (Partido Social Liberal) usava a tragédia como combustível para sua candidatura. Disfarçando o pouco preparo que tinha para o cargo, aproveitou a fragilidade para não participar de debates, reduzir o ritmo de sua campanha e reforçar suas redes sociais, enquanto ganhava na mídia a exposição que jamais teria se não fosse o atentado. Em um cenário bastante diferente do que se vê nos dias de hoje, em que se valorizava o outsider, em detrimento dos políticos ditos profissionais, Bolsonaro venceu a eleição.

Eleito presidente da República, o capitão reformado, que era tudo menos “outsider” – foi deputado por sete mandatos em oito partidos diferentes - propiciou ao País quatro anos de sobressaltos e maluquices que ainda estão sendo pagas. Tantas foram que, depois de perder a reeleição, acabou condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos.

Pablo Marçal (PRTB) e Jair Bolsonaro (PL) vêm trocando farpas na campanha eleitoral de 2024 Foto: Werther Santana/Estadão
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Desde então e já no PL, o ex-presidente Jair Messias, rifou na eleição municipal deste ano o seu apoio entre candidatos diversos por todo o Brasil. Mais do que o apoio, jogou seu capital político e o posto em que se intitula “líder da direita” em nomes escolhidos por ele mesmo e criando situações confusas como a de São Paulo, onde depois de muitas idas e vindas, acabou apoiando a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Bateu o martelo quando, da mesma forma que ele fez - mas sem o atentado – um postulante surgido na última hora - se colocou como um franco-atirador, sem compromisso com nada ou ninguém, e encostou nos líderes nas pesquisas, Guilherme Boulos (PSOL) e o próprio Nunes com quem passou a disputar o título de “candidato do Bolsonaro”. Nome? Pablo Marçal (PRTB).

A entrada do “influencer” na campanha mudou tudo. As estratégias dos adversários, a presença nos debates e o peso que cada um passou a dar às suas redes sociais. Mas apesar das recentes negativas de apoio e xingamentos que recebe da família Bolsonaro, ele é quem melhor repete as antigas estratégias do líder do clã. Tem o mesmo descaramento e a mesma falta de bom senso, bons modos e boas práticas externadas com um vocabulário repleto de palavrões. Não deve ser mera casualidade que o general Hamilton Mourão – hoje senador pelo Republicanos - também era filiado ao PRTB quando concorreu a vice na chapa com Bolsonaro.

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Marçal ataca, desqualifica os demais e vem sendo bombardeado por ações judiciais movidas pelos adversários. Na última delas, a Justiça Eleitoral, em decisão liminar, suspendeu seus perfis nas redes sociais até o fim da eleição. Ele se incomodou? Não. Imediatamente abriu novas contas, pediu a migração dos milhares de seguidores e vida que segue. Ressurgiu com nova roupagem, a do “perseguido e censurado”.

Marçal, em uma campanha repleta de bizarrices, é quem melhor tem incorporado Bolsonaro. Tanto é que conseguiu, em menos de duas semanas de campanha oficial, monopolizar os veículos de comunicação que buscam a melhor forma de traduzir o que muitos já chamam de “fenômeno Marçal”. Empurrou para escanteio os debates sobre problemas e soluções de uma cidade do porte e da importância de São Paulo, substituídos por discussões travadas nas redes sociais, em que uns se defendem dos ataques dos outros e vice-versa. Ainda há muita água para rolar e as campanhas se moverão até o dia da eleição. Bolsonaro, porém, pôs todas as suas fichas na mesa de Nunes, apostando a eleição e o posto de maior líder da oposição.

Há seis anos, no dia 6 de setembro de 2018, uma facada mudou completamente o que se previa para a campanha eleitoral à Presidência da República daquele ano. Deputado federal do baixíssimo clero, conhecido no meio militar, do qual nunca se afastou e de onde saiu antes de ser expulso, Jair Messias Bolsonaro filiado a um partido nanico, o PSL (Partido Social Liberal) usava a tragédia como combustível para sua candidatura. Disfarçando o pouco preparo que tinha para o cargo, aproveitou a fragilidade para não participar de debates, reduzir o ritmo de sua campanha e reforçar suas redes sociais, enquanto ganhava na mídia a exposição que jamais teria se não fosse o atentado. Em um cenário bastante diferente do que se vê nos dias de hoje, em que se valorizava o outsider, em detrimento dos políticos ditos profissionais, Bolsonaro venceu a eleição.

Eleito presidente da República, o capitão reformado, que era tudo menos “outsider” – foi deputado por sete mandatos em oito partidos diferentes - propiciou ao País quatro anos de sobressaltos e maluquices que ainda estão sendo pagas. Tantas foram que, depois de perder a reeleição, acabou condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos.

Pablo Marçal (PRTB) e Jair Bolsonaro (PL) vêm trocando farpas na campanha eleitoral de 2024 Foto: Werther Santana/Estadão

Desde então e já no PL, o ex-presidente Jair Messias, rifou na eleição municipal deste ano o seu apoio entre candidatos diversos por todo o Brasil. Mais do que o apoio, jogou seu capital político e o posto em que se intitula “líder da direita” em nomes escolhidos por ele mesmo e criando situações confusas como a de São Paulo, onde depois de muitas idas e vindas, acabou apoiando a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Bateu o martelo quando, da mesma forma que ele fez - mas sem o atentado – um postulante surgido na última hora - se colocou como um franco-atirador, sem compromisso com nada ou ninguém, e encostou nos líderes nas pesquisas, Guilherme Boulos (PSOL) e o próprio Nunes com quem passou a disputar o título de “candidato do Bolsonaro”. Nome? Pablo Marçal (PRTB).

A entrada do “influencer” na campanha mudou tudo. As estratégias dos adversários, a presença nos debates e o peso que cada um passou a dar às suas redes sociais. Mas apesar das recentes negativas de apoio e xingamentos que recebe da família Bolsonaro, ele é quem melhor repete as antigas estratégias do líder do clã. Tem o mesmo descaramento e a mesma falta de bom senso, bons modos e boas práticas externadas com um vocabulário repleto de palavrões. Não deve ser mera casualidade que o general Hamilton Mourão – hoje senador pelo Republicanos - também era filiado ao PRTB quando concorreu a vice na chapa com Bolsonaro.

Marçal ataca, desqualifica os demais e vem sendo bombardeado por ações judiciais movidas pelos adversários. Na última delas, a Justiça Eleitoral, em decisão liminar, suspendeu seus perfis nas redes sociais até o fim da eleição. Ele se incomodou? Não. Imediatamente abriu novas contas, pediu a migração dos milhares de seguidores e vida que segue. Ressurgiu com nova roupagem, a do “perseguido e censurado”.

Marçal, em uma campanha repleta de bizarrices, é quem melhor tem incorporado Bolsonaro. Tanto é que conseguiu, em menos de duas semanas de campanha oficial, monopolizar os veículos de comunicação que buscam a melhor forma de traduzir o que muitos já chamam de “fenômeno Marçal”. Empurrou para escanteio os debates sobre problemas e soluções de uma cidade do porte e da importância de São Paulo, substituídos por discussões travadas nas redes sociais, em que uns se defendem dos ataques dos outros e vice-versa. Ainda há muita água para rolar e as campanhas se moverão até o dia da eleição. Bolsonaro, porém, pôs todas as suas fichas na mesa de Nunes, apostando a eleição e o posto de maior líder da oposição.

Há seis anos, no dia 6 de setembro de 2018, uma facada mudou completamente o que se previa para a campanha eleitoral à Presidência da República daquele ano. Deputado federal do baixíssimo clero, conhecido no meio militar, do qual nunca se afastou e de onde saiu antes de ser expulso, Jair Messias Bolsonaro filiado a um partido nanico, o PSL (Partido Social Liberal) usava a tragédia como combustível para sua candidatura. Disfarçando o pouco preparo que tinha para o cargo, aproveitou a fragilidade para não participar de debates, reduzir o ritmo de sua campanha e reforçar suas redes sociais, enquanto ganhava na mídia a exposição que jamais teria se não fosse o atentado. Em um cenário bastante diferente do que se vê nos dias de hoje, em que se valorizava o outsider, em detrimento dos políticos ditos profissionais, Bolsonaro venceu a eleição.

Eleito presidente da República, o capitão reformado, que era tudo menos “outsider” – foi deputado por sete mandatos em oito partidos diferentes - propiciou ao País quatro anos de sobressaltos e maluquices que ainda estão sendo pagas. Tantas foram que, depois de perder a reeleição, acabou condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos.

Pablo Marçal (PRTB) e Jair Bolsonaro (PL) vêm trocando farpas na campanha eleitoral de 2024 Foto: Werther Santana/Estadão

Desde então e já no PL, o ex-presidente Jair Messias, rifou na eleição municipal deste ano o seu apoio entre candidatos diversos por todo o Brasil. Mais do que o apoio, jogou seu capital político e o posto em que se intitula “líder da direita” em nomes escolhidos por ele mesmo e criando situações confusas como a de São Paulo, onde depois de muitas idas e vindas, acabou apoiando a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Bateu o martelo quando, da mesma forma que ele fez - mas sem o atentado – um postulante surgido na última hora - se colocou como um franco-atirador, sem compromisso com nada ou ninguém, e encostou nos líderes nas pesquisas, Guilherme Boulos (PSOL) e o próprio Nunes com quem passou a disputar o título de “candidato do Bolsonaro”. Nome? Pablo Marçal (PRTB).

A entrada do “influencer” na campanha mudou tudo. As estratégias dos adversários, a presença nos debates e o peso que cada um passou a dar às suas redes sociais. Mas apesar das recentes negativas de apoio e xingamentos que recebe da família Bolsonaro, ele é quem melhor repete as antigas estratégias do líder do clã. Tem o mesmo descaramento e a mesma falta de bom senso, bons modos e boas práticas externadas com um vocabulário repleto de palavrões. Não deve ser mera casualidade que o general Hamilton Mourão – hoje senador pelo Republicanos - também era filiado ao PRTB quando concorreu a vice na chapa com Bolsonaro.

Marçal ataca, desqualifica os demais e vem sendo bombardeado por ações judiciais movidas pelos adversários. Na última delas, a Justiça Eleitoral, em decisão liminar, suspendeu seus perfis nas redes sociais até o fim da eleição. Ele se incomodou? Não. Imediatamente abriu novas contas, pediu a migração dos milhares de seguidores e vida que segue. Ressurgiu com nova roupagem, a do “perseguido e censurado”.

Marçal, em uma campanha repleta de bizarrices, é quem melhor tem incorporado Bolsonaro. Tanto é que conseguiu, em menos de duas semanas de campanha oficial, monopolizar os veículos de comunicação que buscam a melhor forma de traduzir o que muitos já chamam de “fenômeno Marçal”. Empurrou para escanteio os debates sobre problemas e soluções de uma cidade do porte e da importância de São Paulo, substituídos por discussões travadas nas redes sociais, em que uns se defendem dos ataques dos outros e vice-versa. Ainda há muita água para rolar e as campanhas se moverão até o dia da eleição. Bolsonaro, porém, pôs todas as suas fichas na mesa de Nunes, apostando a eleição e o posto de maior líder da oposição.

Há seis anos, no dia 6 de setembro de 2018, uma facada mudou completamente o que se previa para a campanha eleitoral à Presidência da República daquele ano. Deputado federal do baixíssimo clero, conhecido no meio militar, do qual nunca se afastou e de onde saiu antes de ser expulso, Jair Messias Bolsonaro filiado a um partido nanico, o PSL (Partido Social Liberal) usava a tragédia como combustível para sua candidatura. Disfarçando o pouco preparo que tinha para o cargo, aproveitou a fragilidade para não participar de debates, reduzir o ritmo de sua campanha e reforçar suas redes sociais, enquanto ganhava na mídia a exposição que jamais teria se não fosse o atentado. Em um cenário bastante diferente do que se vê nos dias de hoje, em que se valorizava o outsider, em detrimento dos políticos ditos profissionais, Bolsonaro venceu a eleição.

Eleito presidente da República, o capitão reformado, que era tudo menos “outsider” – foi deputado por sete mandatos em oito partidos diferentes - propiciou ao País quatro anos de sobressaltos e maluquices que ainda estão sendo pagas. Tantas foram que, depois de perder a reeleição, acabou condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos.

Pablo Marçal (PRTB) e Jair Bolsonaro (PL) vêm trocando farpas na campanha eleitoral de 2024 Foto: Werther Santana/Estadão

Desde então e já no PL, o ex-presidente Jair Messias, rifou na eleição municipal deste ano o seu apoio entre candidatos diversos por todo o Brasil. Mais do que o apoio, jogou seu capital político e o posto em que se intitula “líder da direita” em nomes escolhidos por ele mesmo e criando situações confusas como a de São Paulo, onde depois de muitas idas e vindas, acabou apoiando a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Bateu o martelo quando, da mesma forma que ele fez - mas sem o atentado – um postulante surgido na última hora - se colocou como um franco-atirador, sem compromisso com nada ou ninguém, e encostou nos líderes nas pesquisas, Guilherme Boulos (PSOL) e o próprio Nunes com quem passou a disputar o título de “candidato do Bolsonaro”. Nome? Pablo Marçal (PRTB).

A entrada do “influencer” na campanha mudou tudo. As estratégias dos adversários, a presença nos debates e o peso que cada um passou a dar às suas redes sociais. Mas apesar das recentes negativas de apoio e xingamentos que recebe da família Bolsonaro, ele é quem melhor repete as antigas estratégias do líder do clã. Tem o mesmo descaramento e a mesma falta de bom senso, bons modos e boas práticas externadas com um vocabulário repleto de palavrões. Não deve ser mera casualidade que o general Hamilton Mourão – hoje senador pelo Republicanos - também era filiado ao PRTB quando concorreu a vice na chapa com Bolsonaro.

Marçal ataca, desqualifica os demais e vem sendo bombardeado por ações judiciais movidas pelos adversários. Na última delas, a Justiça Eleitoral, em decisão liminar, suspendeu seus perfis nas redes sociais até o fim da eleição. Ele se incomodou? Não. Imediatamente abriu novas contas, pediu a migração dos milhares de seguidores e vida que segue. Ressurgiu com nova roupagem, a do “perseguido e censurado”.

Marçal, em uma campanha repleta de bizarrices, é quem melhor tem incorporado Bolsonaro. Tanto é que conseguiu, em menos de duas semanas de campanha oficial, monopolizar os veículos de comunicação que buscam a melhor forma de traduzir o que muitos já chamam de “fenômeno Marçal”. Empurrou para escanteio os debates sobre problemas e soluções de uma cidade do porte e da importância de São Paulo, substituídos por discussões travadas nas redes sociais, em que uns se defendem dos ataques dos outros e vice-versa. Ainda há muita água para rolar e as campanhas se moverão até o dia da eleição. Bolsonaro, porém, pôs todas as suas fichas na mesa de Nunes, apostando a eleição e o posto de maior líder da oposição.

Opinião por Monica Gugliano

É repórter de Política do Estadão. Escreve às terças-feiras

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