Moraes diz ser desafio não permitir que big techs achem que podem ‘mandar no mundo’


Ministro afirma que STF não vai permitir que as redes continuem sendo instrumentalizadas, dolosa ou culposamente, ou somente visando o lucro; Gilmar Mendes diz que não é possível confundir regulamentação das redes sociais e proteção de direitos fundamentais com censura

Por Lavínia Kaucz
Atualização:

BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ter “absoluta convicção” de que a Corte vai regulamentar as redes sociais. “Não posso falar pelo resto do mundo, mas pelo Brasil tenho absoluta certeza e convicção que STF não vai permitir que as redes continuem sendo instrumentalizadas, dolosa ou culposamente, ou somente visando o lucro, para ampliar discursos de ódio”, afirmou em evento com servidores do Tribunal que marca os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes.

Moraes afirmou que para continuar operando do Brasil as big techs têm que respeitar a legislação do País. “Aqui no Brasil, a nossa Justiça Eleitoral e o nosso STF, ambos já demonstraram que aqui é uma terra que tem lei. As redes sociais não são terra sem lei. No Brasil, (as redes sociais) só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira. Independentemente de bravatas de dirigentes irresponsáveis das big techs”, disse o ministro.

O Supremo começou a julgar no ano passado dois processos que discutem a responsabilidade das redes sociais por conteúdos de terceiros. O julgamento foi suspenso por pedido de vista do ministro André Mendonça e deve ser retomado no início deste ano.

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Alexandre de Moraes, ministro do STF Foto: Wilton Junior/Estadão

Moraes atribuiu às redes sociais a “verdadeira causa” dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. “A grande causa de tudo isso não foi debelada, não foi nem regulamentada”, disse o ministro.

Na visão do ministro, a regulamentação das redes é o maior desafio da atualidade. “É esse hoje o desafio no Brasil e no mundo, de não permitir que as big techs, com seus dirigentes irresponsáveis, por achar que por terem dinheiro podem mandar no mundo, de regulamentar e responsabilizar”, afirmou.

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O ministro Gilmar Mendes, decano do STF, disse que não é possível confundir a regulamentação das redes sociais e a proteção de direitos fundamentais com censura. A declaração foi dada em evento com servidores do Supremo que marca os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Na avaliação do ministro, o “8 de janeiro não é um fato pretérito, mas uma ferida aberta na sociedade brasileira”.

Gilmar Mendes, ministro do STF Foto: Wilton Junior/Estadão

“Esta trajetória normativa jamais poderá ser confundida com censura. Muito pelo contrário: ela representa não apenas uma evolução jurídica, mas constitui a pedra angular sobre a qual se erige uma esfera digital democrática e pluralista, capaz de harmonizar a liberdade de expressão com a responsabilidade social no ambiente virtual”, afirmou. A declaração ocorreu um dia após o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, falar que há “tribunais secretos de censura” na América Latina.

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Gilmar ainda disse que as instituições devem criar mecanismos para inibir a circulação de discursos criminosos nas redes sociais para evitar a repetição do 8 de Janeiro. Ele também defendeu um debate sobre o papel dos militares na política e sugeriu a criação de hipótese de inelegibilidade a “ocupantes de certos cargos públicos que se proponham a deixar suas carreiras para ingressar na política”.

BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ter “absoluta convicção” de que a Corte vai regulamentar as redes sociais. “Não posso falar pelo resto do mundo, mas pelo Brasil tenho absoluta certeza e convicção que STF não vai permitir que as redes continuem sendo instrumentalizadas, dolosa ou culposamente, ou somente visando o lucro, para ampliar discursos de ódio”, afirmou em evento com servidores do Tribunal que marca os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes.

Moraes afirmou que para continuar operando do Brasil as big techs têm que respeitar a legislação do País. “Aqui no Brasil, a nossa Justiça Eleitoral e o nosso STF, ambos já demonstraram que aqui é uma terra que tem lei. As redes sociais não são terra sem lei. No Brasil, (as redes sociais) só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira. Independentemente de bravatas de dirigentes irresponsáveis das big techs”, disse o ministro.

O Supremo começou a julgar no ano passado dois processos que discutem a responsabilidade das redes sociais por conteúdos de terceiros. O julgamento foi suspenso por pedido de vista do ministro André Mendonça e deve ser retomado no início deste ano.

Alexandre de Moraes, ministro do STF Foto: Wilton Junior/Estadão

Moraes atribuiu às redes sociais a “verdadeira causa” dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. “A grande causa de tudo isso não foi debelada, não foi nem regulamentada”, disse o ministro.

Na visão do ministro, a regulamentação das redes é o maior desafio da atualidade. “É esse hoje o desafio no Brasil e no mundo, de não permitir que as big techs, com seus dirigentes irresponsáveis, por achar que por terem dinheiro podem mandar no mundo, de regulamentar e responsabilizar”, afirmou.

O ministro Gilmar Mendes, decano do STF, disse que não é possível confundir a regulamentação das redes sociais e a proteção de direitos fundamentais com censura. A declaração foi dada em evento com servidores do Supremo que marca os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Na avaliação do ministro, o “8 de janeiro não é um fato pretérito, mas uma ferida aberta na sociedade brasileira”.

Gilmar Mendes, ministro do STF Foto: Wilton Junior/Estadão

“Esta trajetória normativa jamais poderá ser confundida com censura. Muito pelo contrário: ela representa não apenas uma evolução jurídica, mas constitui a pedra angular sobre a qual se erige uma esfera digital democrática e pluralista, capaz de harmonizar a liberdade de expressão com a responsabilidade social no ambiente virtual”, afirmou. A declaração ocorreu um dia após o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, falar que há “tribunais secretos de censura” na América Latina.

Gilmar ainda disse que as instituições devem criar mecanismos para inibir a circulação de discursos criminosos nas redes sociais para evitar a repetição do 8 de Janeiro. Ele também defendeu um debate sobre o papel dos militares na política e sugeriu a criação de hipótese de inelegibilidade a “ocupantes de certos cargos públicos que se proponham a deixar suas carreiras para ingressar na política”.

BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ter “absoluta convicção” de que a Corte vai regulamentar as redes sociais. “Não posso falar pelo resto do mundo, mas pelo Brasil tenho absoluta certeza e convicção que STF não vai permitir que as redes continuem sendo instrumentalizadas, dolosa ou culposamente, ou somente visando o lucro, para ampliar discursos de ódio”, afirmou em evento com servidores do Tribunal que marca os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes.

Moraes afirmou que para continuar operando do Brasil as big techs têm que respeitar a legislação do País. “Aqui no Brasil, a nossa Justiça Eleitoral e o nosso STF, ambos já demonstraram que aqui é uma terra que tem lei. As redes sociais não são terra sem lei. No Brasil, (as redes sociais) só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira. Independentemente de bravatas de dirigentes irresponsáveis das big techs”, disse o ministro.

O Supremo começou a julgar no ano passado dois processos que discutem a responsabilidade das redes sociais por conteúdos de terceiros. O julgamento foi suspenso por pedido de vista do ministro André Mendonça e deve ser retomado no início deste ano.

Alexandre de Moraes, ministro do STF Foto: Wilton Junior/Estadão

Moraes atribuiu às redes sociais a “verdadeira causa” dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. “A grande causa de tudo isso não foi debelada, não foi nem regulamentada”, disse o ministro.

Na visão do ministro, a regulamentação das redes é o maior desafio da atualidade. “É esse hoje o desafio no Brasil e no mundo, de não permitir que as big techs, com seus dirigentes irresponsáveis, por achar que por terem dinheiro podem mandar no mundo, de regulamentar e responsabilizar”, afirmou.

O ministro Gilmar Mendes, decano do STF, disse que não é possível confundir a regulamentação das redes sociais e a proteção de direitos fundamentais com censura. A declaração foi dada em evento com servidores do Supremo que marca os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Na avaliação do ministro, o “8 de janeiro não é um fato pretérito, mas uma ferida aberta na sociedade brasileira”.

Gilmar Mendes, ministro do STF Foto: Wilton Junior/Estadão

“Esta trajetória normativa jamais poderá ser confundida com censura. Muito pelo contrário: ela representa não apenas uma evolução jurídica, mas constitui a pedra angular sobre a qual se erige uma esfera digital democrática e pluralista, capaz de harmonizar a liberdade de expressão com a responsabilidade social no ambiente virtual”, afirmou. A declaração ocorreu um dia após o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, falar que há “tribunais secretos de censura” na América Latina.

Gilmar ainda disse que as instituições devem criar mecanismos para inibir a circulação de discursos criminosos nas redes sociais para evitar a repetição do 8 de Janeiro. Ele também defendeu um debate sobre o papel dos militares na política e sugeriu a criação de hipótese de inelegibilidade a “ocupantes de certos cargos públicos que se proponham a deixar suas carreiras para ingressar na política”.

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