Conhecido como um dos mais atuantes "anões do orçamento", o ex-deputado federal João Alves morreu neste domingo, aos 85 anos, vítima de câncer, no hospital Português, em Salvador. Ele estava internado há três semanas. Alves teve o mandato de deputado federal cassado em 1993 porque uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) comprovou sua participação em um esquema de troca de favores dos parlamentares por verbas de empreiteiras para campanha política. O ex-deputado jamais admitiu seu envolvimento no esquema. Repetia, para quem quisesse ouvir, que seu patrimônio havia sido obtido graças "à Deus e à sorte". Alves jurava ter conseguido ganhar 200 vezes em loterias. Tanta sorte não o livrou da condenação, juntamente com outros "anões", como Genebaldo Correia, que hoje é prefeito de Santo Amaro da Purificação, no recôncavo baiano, e Ibsen Pinheiro, ex-presidente da Câmara e eleito vereador mais votado por Porto Alegre.
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