Senador Major Olimpio tem morte cerebral após complicações da covid-19


Parlamentar filiado ao PSL estava internado desde o dia 5, três dias após receber o diagnóstico por covid-19

Por Redação
Atualização:

O senador Major Olimpio (PSL-SP), de 58 anos, teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira, 18, após complicações da covid-19. Ele estava internado há 16 dias, e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há 13. Foi da cama do hospital que ele participara pela última vez de uma sessão do Senado, ao votar a favor da proposta de Emenda à Constituição que reinstituiu o pagamento do auxílio emergencial.

Eleito senador pelo PSL em 2018, com pouco mais de 9 milhões de votos (9.039.717 votos, segundo o TSE) - a maior votação para o cargo no Senado pelo Estado de São Paulo -, o político romperia em 2019 com o presidente Jair Bolsonaro e sua família. Olimpio completaria 59 anos no próximo sábado, dia 20. Ele deixa a mulher e dois filhos.

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No Senado, a sua vaga será ocupada pelo suplente Alexandre Luiz Giordano, também filiado ao PSL.

O assessor de imprensa do senador, Diego Freire, de 33 anos, também foi contaminado com covid-19 e está internado em estado grave.

Trajetória

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Sérgio Olimpio Gomes era oficial da reserva da Polícia Militar de São Paulo. Formara-se na turma de 1982 da Academia Militar do Barro Branco e se casou com a fonoaudióloga Cláudia Regina de Abreu Bezerra, filha do influente coronel Niomar Cyrne Bezerra, que foi comandante do Policiamento de Choque nos anos 1980.

Major Olimpio em sessão do Senado; parlamentar teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira, 18, aos 58 anos. Foto: Gabriela Biló/Estadão

O trabalho na Casa Militar durante o governo de Luiz Antonio Fleury Filho (1991-1995) o aproximou do mundo político e marcaria sua vida. Foi nessa época que um dos amigos do coronel Niomar, o coronel Ubiratan Guimarães foi afastado do comando de Choque por Fleury após o massacre de 111 presos na Casa de Detenção. Ubiratan se candidatou a deputado estadual e se elegeu. Olímpio acompanhou os passos do coronel.

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Em 1997, ele escreveu um livro com outros quatro capitães da PM: Reaja! Prepare-se para o Confronto - Técnicas Israelenses de Combate. A obra trazia três princípios básicos para que o cidadão enfrentar bandidos: eles devem reagir a ações violentas e recomendava o uso de arma de fogo, desde que a pessoa fosse treinada. Para os autores, o bandido era “uma pessoa menos humana” e devia ser colocado “fora de combate”.

Antes de ser eleito deputado estadual pela primeira vez, Olimpio comandou a PM na região da Praça da Sé, no centro de São Paulo. Passou depois a atuar em uma associação de classe da polícia: a Associação Paulista de Oficiais da PM. Foi só em 2006 que ele obteve o primeiro mandato, quando se elegeu deputado estadual pelo PV – Olímpio passaria ainda pelo PDT, pelo Solidariedade antes de se filiar ao PSL.

Eleito deputado, passou a fazer oposição aos governadores do Estado em defesa dos interesses corporativos da PM, protagonizou diversos diversos episódios de bate-boca públicos com adversários e manifestações em que comandava vaias contra seus alvos. O primeiro deles foi o governador José Serra, vaiado em uma solenidade na Academia Militar do Barro Branco em 2007. Depois, conseguiu tirar do sério o governador Geraldo Alckmin ao tentar interromper uma fala do tucano em uma solenidade no interior. Por fim, passou a atacar o governador João Doria, com quem também se desentendeu.

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Em 2014 foi eleito deputado federal e apoiou o impeachment de Dilma Rousseff. Quando Dilma tentou dar posse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil em 2016, Olímpio foi ao Planalto e começou a gritar: "Vergonha!”. Olimpio também concorreu à Prefeitura de São Paulo pelo Solidariedade em 2016, mas perdeu a eleição para o João Doria. 

Eleito senador em 2018 na onda bolsonarista que varreu o País, Olimpio rompera com o presidente em 2019 em meio à briga entre a direção do partido e a família de Jair Bolsonaro. Olimpio acusava Flávio Bolsonaro de ser “ladrão de rachadinha”. Foi assim que ele bateu boca com bolsonaristas em Taubaté, no interior do Estado.

Major Olímpio foi o mais votado no Senado em São Paulo Foto: Helvio Romero/Estadão
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Olimpio era integrante da "bancada da bala", um dos principais grupos de influência no Congresso. Em 2018, em entrevista ao Estadão em especial sobre o grupo, ele afirmou:“Prefiro estar na bancada da bala do que estar na bancada da mala, que é a maior da Câmara”.

Mais recentemente, em fevereiro, o senador participou de um episódio do podcast Estadão Notícias sobre a possibilidade de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. 

O senador Major Olimpio (PSL-SP), de 58 anos, teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira, 18, após complicações da covid-19. Ele estava internado há 16 dias, e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há 13. Foi da cama do hospital que ele participara pela última vez de uma sessão do Senado, ao votar a favor da proposta de Emenda à Constituição que reinstituiu o pagamento do auxílio emergencial.

Eleito senador pelo PSL em 2018, com pouco mais de 9 milhões de votos (9.039.717 votos, segundo o TSE) - a maior votação para o cargo no Senado pelo Estado de São Paulo -, o político romperia em 2019 com o presidente Jair Bolsonaro e sua família. Olimpio completaria 59 anos no próximo sábado, dia 20. Ele deixa a mulher e dois filhos.

No Senado, a sua vaga será ocupada pelo suplente Alexandre Luiz Giordano, também filiado ao PSL.

O assessor de imprensa do senador, Diego Freire, de 33 anos, também foi contaminado com covid-19 e está internado em estado grave.

Trajetória

Sérgio Olimpio Gomes era oficial da reserva da Polícia Militar de São Paulo. Formara-se na turma de 1982 da Academia Militar do Barro Branco e se casou com a fonoaudióloga Cláudia Regina de Abreu Bezerra, filha do influente coronel Niomar Cyrne Bezerra, que foi comandante do Policiamento de Choque nos anos 1980.

Major Olimpio em sessão do Senado; parlamentar teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira, 18, aos 58 anos. Foto: Gabriela Biló/Estadão

O trabalho na Casa Militar durante o governo de Luiz Antonio Fleury Filho (1991-1995) o aproximou do mundo político e marcaria sua vida. Foi nessa época que um dos amigos do coronel Niomar, o coronel Ubiratan Guimarães foi afastado do comando de Choque por Fleury após o massacre de 111 presos na Casa de Detenção. Ubiratan se candidatou a deputado estadual e se elegeu. Olímpio acompanhou os passos do coronel.

Em 1997, ele escreveu um livro com outros quatro capitães da PM: Reaja! Prepare-se para o Confronto - Técnicas Israelenses de Combate. A obra trazia três princípios básicos para que o cidadão enfrentar bandidos: eles devem reagir a ações violentas e recomendava o uso de arma de fogo, desde que a pessoa fosse treinada. Para os autores, o bandido era “uma pessoa menos humana” e devia ser colocado “fora de combate”.

Antes de ser eleito deputado estadual pela primeira vez, Olimpio comandou a PM na região da Praça da Sé, no centro de São Paulo. Passou depois a atuar em uma associação de classe da polícia: a Associação Paulista de Oficiais da PM. Foi só em 2006 que ele obteve o primeiro mandato, quando se elegeu deputado estadual pelo PV – Olímpio passaria ainda pelo PDT, pelo Solidariedade antes de se filiar ao PSL.

Eleito deputado, passou a fazer oposição aos governadores do Estado em defesa dos interesses corporativos da PM, protagonizou diversos diversos episódios de bate-boca públicos com adversários e manifestações em que comandava vaias contra seus alvos. O primeiro deles foi o governador José Serra, vaiado em uma solenidade na Academia Militar do Barro Branco em 2007. Depois, conseguiu tirar do sério o governador Geraldo Alckmin ao tentar interromper uma fala do tucano em uma solenidade no interior. Por fim, passou a atacar o governador João Doria, com quem também se desentendeu.

Em 2014 foi eleito deputado federal e apoiou o impeachment de Dilma Rousseff. Quando Dilma tentou dar posse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil em 2016, Olímpio foi ao Planalto e começou a gritar: "Vergonha!”. Olimpio também concorreu à Prefeitura de São Paulo pelo Solidariedade em 2016, mas perdeu a eleição para o João Doria. 

Eleito senador em 2018 na onda bolsonarista que varreu o País, Olimpio rompera com o presidente em 2019 em meio à briga entre a direção do partido e a família de Jair Bolsonaro. Olimpio acusava Flávio Bolsonaro de ser “ladrão de rachadinha”. Foi assim que ele bateu boca com bolsonaristas em Taubaté, no interior do Estado.

Major Olímpio foi o mais votado no Senado em São Paulo Foto: Helvio Romero/Estadão

Olimpio era integrante da "bancada da bala", um dos principais grupos de influência no Congresso. Em 2018, em entrevista ao Estadão em especial sobre o grupo, ele afirmou:“Prefiro estar na bancada da bala do que estar na bancada da mala, que é a maior da Câmara”.

Mais recentemente, em fevereiro, o senador participou de um episódio do podcast Estadão Notícias sobre a possibilidade de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. 

O senador Major Olimpio (PSL-SP), de 58 anos, teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira, 18, após complicações da covid-19. Ele estava internado há 16 dias, e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há 13. Foi da cama do hospital que ele participara pela última vez de uma sessão do Senado, ao votar a favor da proposta de Emenda à Constituição que reinstituiu o pagamento do auxílio emergencial.

Eleito senador pelo PSL em 2018, com pouco mais de 9 milhões de votos (9.039.717 votos, segundo o TSE) - a maior votação para o cargo no Senado pelo Estado de São Paulo -, o político romperia em 2019 com o presidente Jair Bolsonaro e sua família. Olimpio completaria 59 anos no próximo sábado, dia 20. Ele deixa a mulher e dois filhos.

No Senado, a sua vaga será ocupada pelo suplente Alexandre Luiz Giordano, também filiado ao PSL.

O assessor de imprensa do senador, Diego Freire, de 33 anos, também foi contaminado com covid-19 e está internado em estado grave.

Trajetória

Sérgio Olimpio Gomes era oficial da reserva da Polícia Militar de São Paulo. Formara-se na turma de 1982 da Academia Militar do Barro Branco e se casou com a fonoaudióloga Cláudia Regina de Abreu Bezerra, filha do influente coronel Niomar Cyrne Bezerra, que foi comandante do Policiamento de Choque nos anos 1980.

Major Olimpio em sessão do Senado; parlamentar teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira, 18, aos 58 anos. Foto: Gabriela Biló/Estadão

O trabalho na Casa Militar durante o governo de Luiz Antonio Fleury Filho (1991-1995) o aproximou do mundo político e marcaria sua vida. Foi nessa época que um dos amigos do coronel Niomar, o coronel Ubiratan Guimarães foi afastado do comando de Choque por Fleury após o massacre de 111 presos na Casa de Detenção. Ubiratan se candidatou a deputado estadual e se elegeu. Olímpio acompanhou os passos do coronel.

Em 1997, ele escreveu um livro com outros quatro capitães da PM: Reaja! Prepare-se para o Confronto - Técnicas Israelenses de Combate. A obra trazia três princípios básicos para que o cidadão enfrentar bandidos: eles devem reagir a ações violentas e recomendava o uso de arma de fogo, desde que a pessoa fosse treinada. Para os autores, o bandido era “uma pessoa menos humana” e devia ser colocado “fora de combate”.

Antes de ser eleito deputado estadual pela primeira vez, Olimpio comandou a PM na região da Praça da Sé, no centro de São Paulo. Passou depois a atuar em uma associação de classe da polícia: a Associação Paulista de Oficiais da PM. Foi só em 2006 que ele obteve o primeiro mandato, quando se elegeu deputado estadual pelo PV – Olímpio passaria ainda pelo PDT, pelo Solidariedade antes de se filiar ao PSL.

Eleito deputado, passou a fazer oposição aos governadores do Estado em defesa dos interesses corporativos da PM, protagonizou diversos diversos episódios de bate-boca públicos com adversários e manifestações em que comandava vaias contra seus alvos. O primeiro deles foi o governador José Serra, vaiado em uma solenidade na Academia Militar do Barro Branco em 2007. Depois, conseguiu tirar do sério o governador Geraldo Alckmin ao tentar interromper uma fala do tucano em uma solenidade no interior. Por fim, passou a atacar o governador João Doria, com quem também se desentendeu.

Em 2014 foi eleito deputado federal e apoiou o impeachment de Dilma Rousseff. Quando Dilma tentou dar posse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil em 2016, Olímpio foi ao Planalto e começou a gritar: "Vergonha!”. Olimpio também concorreu à Prefeitura de São Paulo pelo Solidariedade em 2016, mas perdeu a eleição para o João Doria. 

Eleito senador em 2018 na onda bolsonarista que varreu o País, Olimpio rompera com o presidente em 2019 em meio à briga entre a direção do partido e a família de Jair Bolsonaro. Olimpio acusava Flávio Bolsonaro de ser “ladrão de rachadinha”. Foi assim que ele bateu boca com bolsonaristas em Taubaté, no interior do Estado.

Major Olímpio foi o mais votado no Senado em São Paulo Foto: Helvio Romero/Estadão

Olimpio era integrante da "bancada da bala", um dos principais grupos de influência no Congresso. Em 2018, em entrevista ao Estadão em especial sobre o grupo, ele afirmou:“Prefiro estar na bancada da bala do que estar na bancada da mala, que é a maior da Câmara”.

Mais recentemente, em fevereiro, o senador participou de um episódio do podcast Estadão Notícias sobre a possibilidade de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. 

O senador Major Olimpio (PSL-SP), de 58 anos, teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira, 18, após complicações da covid-19. Ele estava internado há 16 dias, e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há 13. Foi da cama do hospital que ele participara pela última vez de uma sessão do Senado, ao votar a favor da proposta de Emenda à Constituição que reinstituiu o pagamento do auxílio emergencial.

Eleito senador pelo PSL em 2018, com pouco mais de 9 milhões de votos (9.039.717 votos, segundo o TSE) - a maior votação para o cargo no Senado pelo Estado de São Paulo -, o político romperia em 2019 com o presidente Jair Bolsonaro e sua família. Olimpio completaria 59 anos no próximo sábado, dia 20. Ele deixa a mulher e dois filhos.

No Senado, a sua vaga será ocupada pelo suplente Alexandre Luiz Giordano, também filiado ao PSL.

O assessor de imprensa do senador, Diego Freire, de 33 anos, também foi contaminado com covid-19 e está internado em estado grave.

Trajetória

Sérgio Olimpio Gomes era oficial da reserva da Polícia Militar de São Paulo. Formara-se na turma de 1982 da Academia Militar do Barro Branco e se casou com a fonoaudióloga Cláudia Regina de Abreu Bezerra, filha do influente coronel Niomar Cyrne Bezerra, que foi comandante do Policiamento de Choque nos anos 1980.

Major Olimpio em sessão do Senado; parlamentar teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira, 18, aos 58 anos. Foto: Gabriela Biló/Estadão

O trabalho na Casa Militar durante o governo de Luiz Antonio Fleury Filho (1991-1995) o aproximou do mundo político e marcaria sua vida. Foi nessa época que um dos amigos do coronel Niomar, o coronel Ubiratan Guimarães foi afastado do comando de Choque por Fleury após o massacre de 111 presos na Casa de Detenção. Ubiratan se candidatou a deputado estadual e se elegeu. Olímpio acompanhou os passos do coronel.

Em 1997, ele escreveu um livro com outros quatro capitães da PM: Reaja! Prepare-se para o Confronto - Técnicas Israelenses de Combate. A obra trazia três princípios básicos para que o cidadão enfrentar bandidos: eles devem reagir a ações violentas e recomendava o uso de arma de fogo, desde que a pessoa fosse treinada. Para os autores, o bandido era “uma pessoa menos humana” e devia ser colocado “fora de combate”.

Antes de ser eleito deputado estadual pela primeira vez, Olimpio comandou a PM na região da Praça da Sé, no centro de São Paulo. Passou depois a atuar em uma associação de classe da polícia: a Associação Paulista de Oficiais da PM. Foi só em 2006 que ele obteve o primeiro mandato, quando se elegeu deputado estadual pelo PV – Olímpio passaria ainda pelo PDT, pelo Solidariedade antes de se filiar ao PSL.

Eleito deputado, passou a fazer oposição aos governadores do Estado em defesa dos interesses corporativos da PM, protagonizou diversos diversos episódios de bate-boca públicos com adversários e manifestações em que comandava vaias contra seus alvos. O primeiro deles foi o governador José Serra, vaiado em uma solenidade na Academia Militar do Barro Branco em 2007. Depois, conseguiu tirar do sério o governador Geraldo Alckmin ao tentar interromper uma fala do tucano em uma solenidade no interior. Por fim, passou a atacar o governador João Doria, com quem também se desentendeu.

Em 2014 foi eleito deputado federal e apoiou o impeachment de Dilma Rousseff. Quando Dilma tentou dar posse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil em 2016, Olímpio foi ao Planalto e começou a gritar: "Vergonha!”. Olimpio também concorreu à Prefeitura de São Paulo pelo Solidariedade em 2016, mas perdeu a eleição para o João Doria. 

Eleito senador em 2018 na onda bolsonarista que varreu o País, Olimpio rompera com o presidente em 2019 em meio à briga entre a direção do partido e a família de Jair Bolsonaro. Olimpio acusava Flávio Bolsonaro de ser “ladrão de rachadinha”. Foi assim que ele bateu boca com bolsonaristas em Taubaté, no interior do Estado.

Major Olímpio foi o mais votado no Senado em São Paulo Foto: Helvio Romero/Estadão

Olimpio era integrante da "bancada da bala", um dos principais grupos de influência no Congresso. Em 2018, em entrevista ao Estadão em especial sobre o grupo, ele afirmou:“Prefiro estar na bancada da bala do que estar na bancada da mala, que é a maior da Câmara”.

Mais recentemente, em fevereiro, o senador participou de um episódio do podcast Estadão Notícias sobre a possibilidade de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. 

O senador Major Olimpio (PSL-SP), de 58 anos, teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira, 18, após complicações da covid-19. Ele estava internado há 16 dias, e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) há 13. Foi da cama do hospital que ele participara pela última vez de uma sessão do Senado, ao votar a favor da proposta de Emenda à Constituição que reinstituiu o pagamento do auxílio emergencial.

Eleito senador pelo PSL em 2018, com pouco mais de 9 milhões de votos (9.039.717 votos, segundo o TSE) - a maior votação para o cargo no Senado pelo Estado de São Paulo -, o político romperia em 2019 com o presidente Jair Bolsonaro e sua família. Olimpio completaria 59 anos no próximo sábado, dia 20. Ele deixa a mulher e dois filhos.

No Senado, a sua vaga será ocupada pelo suplente Alexandre Luiz Giordano, também filiado ao PSL.

O assessor de imprensa do senador, Diego Freire, de 33 anos, também foi contaminado com covid-19 e está internado em estado grave.

Trajetória

Sérgio Olimpio Gomes era oficial da reserva da Polícia Militar de São Paulo. Formara-se na turma de 1982 da Academia Militar do Barro Branco e se casou com a fonoaudióloga Cláudia Regina de Abreu Bezerra, filha do influente coronel Niomar Cyrne Bezerra, que foi comandante do Policiamento de Choque nos anos 1980.

Major Olimpio em sessão do Senado; parlamentar teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira, 18, aos 58 anos. Foto: Gabriela Biló/Estadão

O trabalho na Casa Militar durante o governo de Luiz Antonio Fleury Filho (1991-1995) o aproximou do mundo político e marcaria sua vida. Foi nessa época que um dos amigos do coronel Niomar, o coronel Ubiratan Guimarães foi afastado do comando de Choque por Fleury após o massacre de 111 presos na Casa de Detenção. Ubiratan se candidatou a deputado estadual e se elegeu. Olímpio acompanhou os passos do coronel.

Em 1997, ele escreveu um livro com outros quatro capitães da PM: Reaja! Prepare-se para o Confronto - Técnicas Israelenses de Combate. A obra trazia três princípios básicos para que o cidadão enfrentar bandidos: eles devem reagir a ações violentas e recomendava o uso de arma de fogo, desde que a pessoa fosse treinada. Para os autores, o bandido era “uma pessoa menos humana” e devia ser colocado “fora de combate”.

Antes de ser eleito deputado estadual pela primeira vez, Olimpio comandou a PM na região da Praça da Sé, no centro de São Paulo. Passou depois a atuar em uma associação de classe da polícia: a Associação Paulista de Oficiais da PM. Foi só em 2006 que ele obteve o primeiro mandato, quando se elegeu deputado estadual pelo PV – Olímpio passaria ainda pelo PDT, pelo Solidariedade antes de se filiar ao PSL.

Eleito deputado, passou a fazer oposição aos governadores do Estado em defesa dos interesses corporativos da PM, protagonizou diversos diversos episódios de bate-boca públicos com adversários e manifestações em que comandava vaias contra seus alvos. O primeiro deles foi o governador José Serra, vaiado em uma solenidade na Academia Militar do Barro Branco em 2007. Depois, conseguiu tirar do sério o governador Geraldo Alckmin ao tentar interromper uma fala do tucano em uma solenidade no interior. Por fim, passou a atacar o governador João Doria, com quem também se desentendeu.

Em 2014 foi eleito deputado federal e apoiou o impeachment de Dilma Rousseff. Quando Dilma tentou dar posse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil em 2016, Olímpio foi ao Planalto e começou a gritar: "Vergonha!”. Olimpio também concorreu à Prefeitura de São Paulo pelo Solidariedade em 2016, mas perdeu a eleição para o João Doria. 

Eleito senador em 2018 na onda bolsonarista que varreu o País, Olimpio rompera com o presidente em 2019 em meio à briga entre a direção do partido e a família de Jair Bolsonaro. Olimpio acusava Flávio Bolsonaro de ser “ladrão de rachadinha”. Foi assim que ele bateu boca com bolsonaristas em Taubaté, no interior do Estado.

Major Olímpio foi o mais votado no Senado em São Paulo Foto: Helvio Romero/Estadão

Olimpio era integrante da "bancada da bala", um dos principais grupos de influência no Congresso. Em 2018, em entrevista ao Estadão em especial sobre o grupo, ele afirmou:“Prefiro estar na bancada da bala do que estar na bancada da mala, que é a maior da Câmara”.

Mais recentemente, em fevereiro, o senador participou de um episódio do podcast Estadão Notícias sobre a possibilidade de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. 

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