O Ministério Público (MP) de Alagoas protocolou nesta sexta-feira, 29, um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça (TJ) do Estado para garantir o afastamento de dez deputados estaduais indiciados na Operação Taturana sejam afastados dos seus cargos. O MP também pede o bloqueio de bens dos parlamentares, suspeitos de desviar R$ 280 milhões dos cofres do legislativo alagoano nos últimos cinco anos. Dos 27 deputados estaduais, 12 já foram indiciados, entre os quais cinco integrantes da Mesa Diretora. No pedido, o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Coaracy Fonseca, o substituto Dilmar Camerino e promotores de Justiça do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e da Fazenda Pública requisitam ainda que o TJ determine a proibição de pagamento de vencimentos a supostos servidores fantasmas e laranjas da polêmica "Folha 108", além da requisição das folhas de pagamento da Assembléia dos últimos cinco anos e de fichas funcionais e financeiras dos servidores. Em uma outra ação cautelar proposta dia 28 de janeiro, o juiz Gustavo de Sousa entendeu que não havia elementos suficientes para afastar os deputados do cargo, determinando apenas o afastamento dos seis integrantes da Mesa Diretora indiciados. "Agora, que já foram acostadas provas suficientes aos autos, entendemos haver a possibilidade de o próprio magistrado rever sua decisão e conceder a totalidade dos pedidos, antes que o Tribunal de Justiça julgue o agravo proposto hoje", afirmou o procurador-geral de Justiça. As medidas adotadas pelo MP alagoano são preparatórias à ação civil de responsabilidade por atos de improbidade administrativa supostamente cometidos pelos deputados Antônio Albuquerque (DEM), Cícero Amélio (PMN), Manoel Gomes de Barros Filho (PMN), Edval Gaia Filho (PSDB), Maurício Tavares (PTB), Dudu Albuquerque (PSB), Antônio Hollanda Júnior (PTdoB), Arthur Lira (PMN), Cícero Ferro (PMN) e Isnaldo Bulhões Júnior (PMN). Outros dois deputados, Marcos Ferreira (PMN) e João Beltrão (PMN), também foram indiciados.