MST faz passeata para cobrar julgamento de Chacina de Felisburgo


Cinco sem-terra morreram em crime ocorrido em 2004, no Vale do Jequitinhonha, e julgamento já foi adiado duas vezes

Por Redação

BELO HORIZONTE - Pelo menos duas centenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), segundo a Polícia Militar (PM), fizeram passeata pelas ruas de Belo Horizonte na manhã desta quarta-feira, 21, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais até o Fórum Lafayette para acompanhar o julgamento pelo tribunal do júri do segundo maior massacre de sem-terra ocorrido no País. Quatro dos 15 acusados de envolvimento na chamada Chacina de Felisburgo devem ser julgados a partir desta quarta. Entre eles está o fazendeiro Adriano Chafik Lued, acusado de ser o mandante do crime.

 

O crime ocorreu em novembro de 2004, quando cinco sem-terra foram executados em um acampamento montado na fazenda Nova Alegria, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. O grupo é acusado ainda de ferir 12 pessoas e atear fogo em 27 casas e na escola que havia no acampamento Terra Prometida. As terras onde estão a fazenda já foram declaradas devolutas, mas Chafik ainda recorre para manter a posse da área.

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Já houve dois adiamentos do julgamento e o advogado de Chafik, Sérgio Alexandre Meneses Habib, que assumiu o caso em junho, pediu que o julgamento seja novamente adiado porque passa por tratamento de quimioterapia um tumor e não pode comparecer ao júri. Além do fazendeiro, que é réu confesso, devem ser julgados Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza. Washington Agostinho da Silva, outro acusado de envolvimento no crime, também foi intimado, não compareceu e pode ser julgado à revelia.

 

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O julgamento estava marcado para começar às 8h30, mas apenas às 10h30 o juiz Glauco Soares fez a chamada dos jurados por causa do forte aparato de segurança montado para o júri, que tem a presença de dezenas de parlamentares, juízes, promotores, sem-terra e outros. Assim que o juiz iniciou a sessão, Francisco e Milton informaram que seus advogados não estavam presentes porque, segundo Milton, "eles queriam cobrar dinheiro, mas eu não tenho para pagar".

 

O único advogado de defesa presente, Fabiano José da Silva Flório, informou não ter condição de representar Milton e Francisco no júri porque foi contratado apenas para atuar no pedido de habeas corpus para os réus, negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Presente no plenário, o advogado Lúcio Adolfo, que representou também o goleiro Bruno Fernandes - condenado pelo sequestro e assassinato da ex-amante Eliza Samudio -, assumiu a defesa da dupla.

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Já o promotor Christiano Leonardo Gonzaga Gomes se pronunciou contra novo adiamento com a justificativa de que "se a gente ficar esperando a defesa, nunca vamos marcar o júri, porque eles podem sempre alegar que não podem comparecer". E pediu a prisão preventiva dos quatro acusados que devem ser julgados a partir de hoje. "Ele (Chafik) e seus pistoleiros manifestam diuturnamente ameaças", salientou o representante do Ministério Público Estadual (MPE). Até o fim da manhã, o magistrado ainda não havia decidido.

 

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BELO HORIZONTE - Pelo menos duas centenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), segundo a Polícia Militar (PM), fizeram passeata pelas ruas de Belo Horizonte na manhã desta quarta-feira, 21, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais até o Fórum Lafayette para acompanhar o julgamento pelo tribunal do júri do segundo maior massacre de sem-terra ocorrido no País. Quatro dos 15 acusados de envolvimento na chamada Chacina de Felisburgo devem ser julgados a partir desta quarta. Entre eles está o fazendeiro Adriano Chafik Lued, acusado de ser o mandante do crime.

 

O crime ocorreu em novembro de 2004, quando cinco sem-terra foram executados em um acampamento montado na fazenda Nova Alegria, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. O grupo é acusado ainda de ferir 12 pessoas e atear fogo em 27 casas e na escola que havia no acampamento Terra Prometida. As terras onde estão a fazenda já foram declaradas devolutas, mas Chafik ainda recorre para manter a posse da área.

 

Já houve dois adiamentos do julgamento e o advogado de Chafik, Sérgio Alexandre Meneses Habib, que assumiu o caso em junho, pediu que o julgamento seja novamente adiado porque passa por tratamento de quimioterapia um tumor e não pode comparecer ao júri. Além do fazendeiro, que é réu confesso, devem ser julgados Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza. Washington Agostinho da Silva, outro acusado de envolvimento no crime, também foi intimado, não compareceu e pode ser julgado à revelia.

 

O julgamento estava marcado para começar às 8h30, mas apenas às 10h30 o juiz Glauco Soares fez a chamada dos jurados por causa do forte aparato de segurança montado para o júri, que tem a presença de dezenas de parlamentares, juízes, promotores, sem-terra e outros. Assim que o juiz iniciou a sessão, Francisco e Milton informaram que seus advogados não estavam presentes porque, segundo Milton, "eles queriam cobrar dinheiro, mas eu não tenho para pagar".

 

O único advogado de defesa presente, Fabiano José da Silva Flório, informou não ter condição de representar Milton e Francisco no júri porque foi contratado apenas para atuar no pedido de habeas corpus para os réus, negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Presente no plenário, o advogado Lúcio Adolfo, que representou também o goleiro Bruno Fernandes - condenado pelo sequestro e assassinato da ex-amante Eliza Samudio -, assumiu a defesa da dupla.

 

Já o promotor Christiano Leonardo Gonzaga Gomes se pronunciou contra novo adiamento com a justificativa de que "se a gente ficar esperando a defesa, nunca vamos marcar o júri, porque eles podem sempre alegar que não podem comparecer". E pediu a prisão preventiva dos quatro acusados que devem ser julgados a partir de hoje. "Ele (Chafik) e seus pistoleiros manifestam diuturnamente ameaças", salientou o representante do Ministério Público Estadual (MPE). Até o fim da manhã, o magistrado ainda não havia decidido.

 

 

BELO HORIZONTE - Pelo menos duas centenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), segundo a Polícia Militar (PM), fizeram passeata pelas ruas de Belo Horizonte na manhã desta quarta-feira, 21, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais até o Fórum Lafayette para acompanhar o julgamento pelo tribunal do júri do segundo maior massacre de sem-terra ocorrido no País. Quatro dos 15 acusados de envolvimento na chamada Chacina de Felisburgo devem ser julgados a partir desta quarta. Entre eles está o fazendeiro Adriano Chafik Lued, acusado de ser o mandante do crime.

 

O crime ocorreu em novembro de 2004, quando cinco sem-terra foram executados em um acampamento montado na fazenda Nova Alegria, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. O grupo é acusado ainda de ferir 12 pessoas e atear fogo em 27 casas e na escola que havia no acampamento Terra Prometida. As terras onde estão a fazenda já foram declaradas devolutas, mas Chafik ainda recorre para manter a posse da área.

 

Já houve dois adiamentos do julgamento e o advogado de Chafik, Sérgio Alexandre Meneses Habib, que assumiu o caso em junho, pediu que o julgamento seja novamente adiado porque passa por tratamento de quimioterapia um tumor e não pode comparecer ao júri. Além do fazendeiro, que é réu confesso, devem ser julgados Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza. Washington Agostinho da Silva, outro acusado de envolvimento no crime, também foi intimado, não compareceu e pode ser julgado à revelia.

 

O julgamento estava marcado para começar às 8h30, mas apenas às 10h30 o juiz Glauco Soares fez a chamada dos jurados por causa do forte aparato de segurança montado para o júri, que tem a presença de dezenas de parlamentares, juízes, promotores, sem-terra e outros. Assim que o juiz iniciou a sessão, Francisco e Milton informaram que seus advogados não estavam presentes porque, segundo Milton, "eles queriam cobrar dinheiro, mas eu não tenho para pagar".

 

O único advogado de defesa presente, Fabiano José da Silva Flório, informou não ter condição de representar Milton e Francisco no júri porque foi contratado apenas para atuar no pedido de habeas corpus para os réus, negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Presente no plenário, o advogado Lúcio Adolfo, que representou também o goleiro Bruno Fernandes - condenado pelo sequestro e assassinato da ex-amante Eliza Samudio -, assumiu a defesa da dupla.

 

Já o promotor Christiano Leonardo Gonzaga Gomes se pronunciou contra novo adiamento com a justificativa de que "se a gente ficar esperando a defesa, nunca vamos marcar o júri, porque eles podem sempre alegar que não podem comparecer". E pediu a prisão preventiva dos quatro acusados que devem ser julgados a partir de hoje. "Ele (Chafik) e seus pistoleiros manifestam diuturnamente ameaças", salientou o representante do Ministério Público Estadual (MPE). Até o fim da manhã, o magistrado ainda não havia decidido.

 

 

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