‘Não fui feliz’: Rui Costa pede desculpas por ter chamado Brasília de ‘ilha da fantasia’


Ministro da Casa Civil segue conselho do presidente Lula e volta atrás; ‘Estadão’ mostrou que presidente alertou sobre risco de demissão

Por Isabella Alonso Panho
Atualização:

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, pediu desculpas publicamente na tarde desta quarta-feira, 7, por ter chamado Brasília de “ilha da fantasia”. Ele justificou que a expressão foi usada em tom de “desabafo”. “Não fui feliz nas minhas palavras, o que permitiu que alguns transformassem a minha declaração em um ataque à cidade ou ao seu povo”, disse nas redes sociais, cinco dias após a fala na Bahia.

A retratação ocorreu depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter chamado a atenção do chefe da Casa Civil e orientado a ele que fizesse esse pedido público de desculpas, como antecipou o Estadão. As declarações de Costa repercutiram negativamente em Brasília e renderam ao ministro alguns pedidos de demissão.

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As afirmações foram feitas na sexta-feira passada, 2, na inauguração do Hospital Regional Piemonte do Paraguaçu, em Itaberaba (BA). Costa estava representando o governo federal na solenidade. Além de ter usado a expressão “ilha da fantasia” para se referir à capital do País, o ministro também condenou a localização da cidade, afirmando que “fez muito mal ao Brasil”.

Ele defendeu que a capital federal fosse em alguma grande cidade, “para que quem fosse entrar num prédio daquele, ou na Câmara dos Deputados ou Senado, passasse, antes de chegar no seu local de trabalho, numa favela, embaixo de viaduto, com gente pedindo comida, vendo gente desempregada”.

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No pedido de desculpas publicado nesta quarta-feira, Rui Costa atribuiu o teor das declarações dele a uma demonstração de “inconformidade com o processo de escolhas e decisões tomadas”.

Risco de demissão

O primeiro pedido de demissão tendo como alvo o ministro foi apresentado a Lula no domingo, 4, por três deputados distritais - Pastor Daniel de Castro (PP-DF), Joaquim Roriz Neto (Pros-DF) e Thiago Manzoni (PL-DF). O documento fala em “falta de respeito” e questiona a capacidade de Costa de “desempenhar suas funções de forma adequada”.

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Ministros palacianos alertaram Rui Costa sobre a possibilidade de ele ser riscado da Esplanada.

Nesse mesmo dia, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), repreendeu o ministro da Casa Civil. “Para alguns políticos, Brasília se limita ao que eles veem pelas janelas de seus gabinetes”, disse Ibaneis, recentemente restituído ao cargo.

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As críticas a Rui Costa não ficaram apenas na oposição e ocorreram também dentro do partido do presidente. A deputada Erika Kokay (PT-DF) disse que a declaração do ministro foi “típica de quem não conhece a cidade e o DF”. O líder do PT na Câmara Distrital, Chico Vigilante (PT-DF), classificou a fala de Costa como “um completo desconhecimento da capital federal”.

As represálias às declarações do chefe da Casa Civil reforçam o cenário de insatisfação do Congresso Nacional com o Planalto. A crise na articulação entre os dois Poderes tem imposto sucessivas derrotas a Lula na Câmara e aumentado a pressão sobre o governo. A votação da MP dos Ministérios, postergada para o último dia em que o texto caducaria, foi interpretada como um recado para o presidente. Outra derrota foi a aprovação do PL do Marco Temporal, votado em regime de urgência no último dia 30 por ampla maioria dos deputados. O projeto está na pauta do Supremo desta quarta.

Como mostrou o Estadão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disse que esse tipo de declaração prejudica as articulações com o Congresso e que é necessário ter “comedimento”. Embora o presidente Lula resista a mudanças nas chefias das pastas, ele já sinalizou que, se for necessário, fará mudanças pontuais na Esplanada.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, pediu desculpas publicamente na tarde desta quarta-feira, 7, por ter chamado Brasília de “ilha da fantasia”. Ele justificou que a expressão foi usada em tom de “desabafo”. “Não fui feliz nas minhas palavras, o que permitiu que alguns transformassem a minha declaração em um ataque à cidade ou ao seu povo”, disse nas redes sociais, cinco dias após a fala na Bahia.

A retratação ocorreu depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter chamado a atenção do chefe da Casa Civil e orientado a ele que fizesse esse pedido público de desculpas, como antecipou o Estadão. As declarações de Costa repercutiram negativamente em Brasília e renderam ao ministro alguns pedidos de demissão.

As afirmações foram feitas na sexta-feira passada, 2, na inauguração do Hospital Regional Piemonte do Paraguaçu, em Itaberaba (BA). Costa estava representando o governo federal na solenidade. Além de ter usado a expressão “ilha da fantasia” para se referir à capital do País, o ministro também condenou a localização da cidade, afirmando que “fez muito mal ao Brasil”.

Ele defendeu que a capital federal fosse em alguma grande cidade, “para que quem fosse entrar num prédio daquele, ou na Câmara dos Deputados ou Senado, passasse, antes de chegar no seu local de trabalho, numa favela, embaixo de viaduto, com gente pedindo comida, vendo gente desempregada”.

No pedido de desculpas publicado nesta quarta-feira, Rui Costa atribuiu o teor das declarações dele a uma demonstração de “inconformidade com o processo de escolhas e decisões tomadas”.

Risco de demissão

O primeiro pedido de demissão tendo como alvo o ministro foi apresentado a Lula no domingo, 4, por três deputados distritais - Pastor Daniel de Castro (PP-DF), Joaquim Roriz Neto (Pros-DF) e Thiago Manzoni (PL-DF). O documento fala em “falta de respeito” e questiona a capacidade de Costa de “desempenhar suas funções de forma adequada”.

Ministros palacianos alertaram Rui Costa sobre a possibilidade de ele ser riscado da Esplanada.

Nesse mesmo dia, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), repreendeu o ministro da Casa Civil. “Para alguns políticos, Brasília se limita ao que eles veem pelas janelas de seus gabinetes”, disse Ibaneis, recentemente restituído ao cargo.

As críticas a Rui Costa não ficaram apenas na oposição e ocorreram também dentro do partido do presidente. A deputada Erika Kokay (PT-DF) disse que a declaração do ministro foi “típica de quem não conhece a cidade e o DF”. O líder do PT na Câmara Distrital, Chico Vigilante (PT-DF), classificou a fala de Costa como “um completo desconhecimento da capital federal”.

As represálias às declarações do chefe da Casa Civil reforçam o cenário de insatisfação do Congresso Nacional com o Planalto. A crise na articulação entre os dois Poderes tem imposto sucessivas derrotas a Lula na Câmara e aumentado a pressão sobre o governo. A votação da MP dos Ministérios, postergada para o último dia em que o texto caducaria, foi interpretada como um recado para o presidente. Outra derrota foi a aprovação do PL do Marco Temporal, votado em regime de urgência no último dia 30 por ampla maioria dos deputados. O projeto está na pauta do Supremo desta quarta.

Como mostrou o Estadão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disse que esse tipo de declaração prejudica as articulações com o Congresso e que é necessário ter “comedimento”. Embora o presidente Lula resista a mudanças nas chefias das pastas, ele já sinalizou que, se for necessário, fará mudanças pontuais na Esplanada.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, pediu desculpas publicamente na tarde desta quarta-feira, 7, por ter chamado Brasília de “ilha da fantasia”. Ele justificou que a expressão foi usada em tom de “desabafo”. “Não fui feliz nas minhas palavras, o que permitiu que alguns transformassem a minha declaração em um ataque à cidade ou ao seu povo”, disse nas redes sociais, cinco dias após a fala na Bahia.

A retratação ocorreu depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter chamado a atenção do chefe da Casa Civil e orientado a ele que fizesse esse pedido público de desculpas, como antecipou o Estadão. As declarações de Costa repercutiram negativamente em Brasília e renderam ao ministro alguns pedidos de demissão.

As afirmações foram feitas na sexta-feira passada, 2, na inauguração do Hospital Regional Piemonte do Paraguaçu, em Itaberaba (BA). Costa estava representando o governo federal na solenidade. Além de ter usado a expressão “ilha da fantasia” para se referir à capital do País, o ministro também condenou a localização da cidade, afirmando que “fez muito mal ao Brasil”.

Ele defendeu que a capital federal fosse em alguma grande cidade, “para que quem fosse entrar num prédio daquele, ou na Câmara dos Deputados ou Senado, passasse, antes de chegar no seu local de trabalho, numa favela, embaixo de viaduto, com gente pedindo comida, vendo gente desempregada”.

No pedido de desculpas publicado nesta quarta-feira, Rui Costa atribuiu o teor das declarações dele a uma demonstração de “inconformidade com o processo de escolhas e decisões tomadas”.

Risco de demissão

O primeiro pedido de demissão tendo como alvo o ministro foi apresentado a Lula no domingo, 4, por três deputados distritais - Pastor Daniel de Castro (PP-DF), Joaquim Roriz Neto (Pros-DF) e Thiago Manzoni (PL-DF). O documento fala em “falta de respeito” e questiona a capacidade de Costa de “desempenhar suas funções de forma adequada”.

Ministros palacianos alertaram Rui Costa sobre a possibilidade de ele ser riscado da Esplanada.

Nesse mesmo dia, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), repreendeu o ministro da Casa Civil. “Para alguns políticos, Brasília se limita ao que eles veem pelas janelas de seus gabinetes”, disse Ibaneis, recentemente restituído ao cargo.

As críticas a Rui Costa não ficaram apenas na oposição e ocorreram também dentro do partido do presidente. A deputada Erika Kokay (PT-DF) disse que a declaração do ministro foi “típica de quem não conhece a cidade e o DF”. O líder do PT na Câmara Distrital, Chico Vigilante (PT-DF), classificou a fala de Costa como “um completo desconhecimento da capital federal”.

As represálias às declarações do chefe da Casa Civil reforçam o cenário de insatisfação do Congresso Nacional com o Planalto. A crise na articulação entre os dois Poderes tem imposto sucessivas derrotas a Lula na Câmara e aumentado a pressão sobre o governo. A votação da MP dos Ministérios, postergada para o último dia em que o texto caducaria, foi interpretada como um recado para o presidente. Outra derrota foi a aprovação do PL do Marco Temporal, votado em regime de urgência no último dia 30 por ampla maioria dos deputados. O projeto está na pauta do Supremo desta quarta.

Como mostrou o Estadão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disse que esse tipo de declaração prejudica as articulações com o Congresso e que é necessário ter “comedimento”. Embora o presidente Lula resista a mudanças nas chefias das pastas, ele já sinalizou que, se for necessário, fará mudanças pontuais na Esplanada.

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