‘Não quero Forças Armadas nas favelas brigando com bandido’, diz Lula sobre ação militar no Rio


Presidente criticou a última intervenção realizada pelo Exército no Rio de Janeiro e avisou que, enquanto estiver no cargo, “não tem GLO”

Por Vera Rosa e Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira, 27, que não enviará as Forças Armadas para intervir na crise de segurança pública do Rio de Janeiro. Não foi só: avisou que, enquanto ocupar o Palácio do Planalto, não haverá decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

“Eu não quero as Forças Armadas nas favelas brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas e, enquanto eu for presidente, não tem GLO. Eu fui eleito para governar esse País e vou governar”, disse Lula em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

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A GLO é uma operação conduzida pelas Forças Armadas, por um período definido, na qual os militares agem em uma área restrita. No caso de uma intervenção no Rio, eles assumiriam o comando das ações de segurança no Estado.

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante café da manhã oferecido a Imprensa no fim da manhã desta sexta-feira (27) realizado no Palácio do Planalto em Brasília. FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO Foto: Wilton Junior

Lula criticou, ainda, a intervenção militar realizada durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Na sua avaliação, o apoio federal deve ocorrer por meio de inteligência, com o apoio de agentes da Força Nacional e da Polícia Federal (PF).

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“Gastou-se uma fortuna com o exército no Rio de Janeiro e não se resolveu nada. Quando você faz uma intervenção abrupta, os bandidos tiram férias. Quando termina, eles voltam”, argumentou.

Mesmo assim, o presidente afagou as tropas ao dizer que o País não pode julgar os militares pelos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Chegou a mudar o tom em relação aos generais quando afirmou que o 8 de janeiro foi um “desvio” na conduta de parte dos militares. Depois, contou estar mantendo conversas rotineiras com o ministro da Defesa, a quem chamou de “companheiro Múcio”, e com comandantes das Forças Armadas porque pretende recuperar a credibilidade das instituições.

Lula quer mudar percepção de que governo ‘só pensa em pobre’

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Durante o café da manhã, que durou quase uma hora e meia, o presidente disse que o projeto de seu mandato é tornar a sociedade de classe média. “Eu quero tirar da cabeça das pessoas a ideia de que esse governo só pensa em pobre. Não, a ideia não é essa. Eu quero que o pobre deixe de ser pobre. Afinal de contas, ninguém sonha em ser pobre”, afirmou.

Lula voltou a despachar nesta semana no Planalto, após a cirurgia de quadril a que foi submetido em 29 de setembro. O presidente está proibido de viajar de avião até o fim de novembro por causa do risco de trombose.

A estimativa é de que a recuperação completa do procedimento dure até oito semanas. Após esse período, Lula retomará os compromissos internacionais com uma viagem aos Emirados Árabes para participar da COP-28, a conferência sobre o clima da ONU. Na passagem pelo Oriente Médio, o presidente também deve fazer o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Arábia Saudita.

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Lula já havia encontrado Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, durante a cúpula do G-20, na Índia, em setembro. A relação com o país se tornou um problema para o Planalto após o esquema do desvio de joias doadas pelo regime saudita ao Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O caso foi revelado pelo Estadão em uma série de reportagens.

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira, 27, que não enviará as Forças Armadas para intervir na crise de segurança pública do Rio de Janeiro. Não foi só: avisou que, enquanto ocupar o Palácio do Planalto, não haverá decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

“Eu não quero as Forças Armadas nas favelas brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas e, enquanto eu for presidente, não tem GLO. Eu fui eleito para governar esse País e vou governar”, disse Lula em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

A GLO é uma operação conduzida pelas Forças Armadas, por um período definido, na qual os militares agem em uma área restrita. No caso de uma intervenção no Rio, eles assumiriam o comando das ações de segurança no Estado.

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante café da manhã oferecido a Imprensa no fim da manhã desta sexta-feira (27) realizado no Palácio do Planalto em Brasília. FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO Foto: Wilton Junior

Lula criticou, ainda, a intervenção militar realizada durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Na sua avaliação, o apoio federal deve ocorrer por meio de inteligência, com o apoio de agentes da Força Nacional e da Polícia Federal (PF).

“Gastou-se uma fortuna com o exército no Rio de Janeiro e não se resolveu nada. Quando você faz uma intervenção abrupta, os bandidos tiram férias. Quando termina, eles voltam”, argumentou.

Mesmo assim, o presidente afagou as tropas ao dizer que o País não pode julgar os militares pelos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Chegou a mudar o tom em relação aos generais quando afirmou que o 8 de janeiro foi um “desvio” na conduta de parte dos militares. Depois, contou estar mantendo conversas rotineiras com o ministro da Defesa, a quem chamou de “companheiro Múcio”, e com comandantes das Forças Armadas porque pretende recuperar a credibilidade das instituições.

Lula quer mudar percepção de que governo ‘só pensa em pobre’

Durante o café da manhã, que durou quase uma hora e meia, o presidente disse que o projeto de seu mandato é tornar a sociedade de classe média. “Eu quero tirar da cabeça das pessoas a ideia de que esse governo só pensa em pobre. Não, a ideia não é essa. Eu quero que o pobre deixe de ser pobre. Afinal de contas, ninguém sonha em ser pobre”, afirmou.

Lula voltou a despachar nesta semana no Planalto, após a cirurgia de quadril a que foi submetido em 29 de setembro. O presidente está proibido de viajar de avião até o fim de novembro por causa do risco de trombose.

A estimativa é de que a recuperação completa do procedimento dure até oito semanas. Após esse período, Lula retomará os compromissos internacionais com uma viagem aos Emirados Árabes para participar da COP-28, a conferência sobre o clima da ONU. Na passagem pelo Oriente Médio, o presidente também deve fazer o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Arábia Saudita.

Lula já havia encontrado Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, durante a cúpula do G-20, na Índia, em setembro. A relação com o país se tornou um problema para o Planalto após o esquema do desvio de joias doadas pelo regime saudita ao Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O caso foi revelado pelo Estadão em uma série de reportagens.

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira, 27, que não enviará as Forças Armadas para intervir na crise de segurança pública do Rio de Janeiro. Não foi só: avisou que, enquanto ocupar o Palácio do Planalto, não haverá decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

“Eu não quero as Forças Armadas nas favelas brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas e, enquanto eu for presidente, não tem GLO. Eu fui eleito para governar esse País e vou governar”, disse Lula em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

A GLO é uma operação conduzida pelas Forças Armadas, por um período definido, na qual os militares agem em uma área restrita. No caso de uma intervenção no Rio, eles assumiriam o comando das ações de segurança no Estado.

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante café da manhã oferecido a Imprensa no fim da manhã desta sexta-feira (27) realizado no Palácio do Planalto em Brasília. FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO Foto: Wilton Junior

Lula criticou, ainda, a intervenção militar realizada durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Na sua avaliação, o apoio federal deve ocorrer por meio de inteligência, com o apoio de agentes da Força Nacional e da Polícia Federal (PF).

“Gastou-se uma fortuna com o exército no Rio de Janeiro e não se resolveu nada. Quando você faz uma intervenção abrupta, os bandidos tiram férias. Quando termina, eles voltam”, argumentou.

Mesmo assim, o presidente afagou as tropas ao dizer que o País não pode julgar os militares pelos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Chegou a mudar o tom em relação aos generais quando afirmou que o 8 de janeiro foi um “desvio” na conduta de parte dos militares. Depois, contou estar mantendo conversas rotineiras com o ministro da Defesa, a quem chamou de “companheiro Múcio”, e com comandantes das Forças Armadas porque pretende recuperar a credibilidade das instituições.

Lula quer mudar percepção de que governo ‘só pensa em pobre’

Durante o café da manhã, que durou quase uma hora e meia, o presidente disse que o projeto de seu mandato é tornar a sociedade de classe média. “Eu quero tirar da cabeça das pessoas a ideia de que esse governo só pensa em pobre. Não, a ideia não é essa. Eu quero que o pobre deixe de ser pobre. Afinal de contas, ninguém sonha em ser pobre”, afirmou.

Lula voltou a despachar nesta semana no Planalto, após a cirurgia de quadril a que foi submetido em 29 de setembro. O presidente está proibido de viajar de avião até o fim de novembro por causa do risco de trombose.

A estimativa é de que a recuperação completa do procedimento dure até oito semanas. Após esse período, Lula retomará os compromissos internacionais com uma viagem aos Emirados Árabes para participar da COP-28, a conferência sobre o clima da ONU. Na passagem pelo Oriente Médio, o presidente também deve fazer o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Arábia Saudita.

Lula já havia encontrado Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, durante a cúpula do G-20, na Índia, em setembro. A relação com o país se tornou um problema para o Planalto após o esquema do desvio de joias doadas pelo regime saudita ao Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O caso foi revelado pelo Estadão em uma série de reportagens.

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