‘Não sou barraqueiro. Não vou fazer nada ofensivo’, diz Moro sobre sabatina de Zanin


No percurso para chegar ao STF, defensor de Lula ganhou como ‘bombeiro’ e assessor um antigo advogado de ex-juiz e de procuradores da Lava Jato

Por Daniel Haidar
Atualização:

BRASÍLIA – Na véspera da sabatina no Senado do advogado Cristiano Zanin Martins, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) evitava falar sobre seu comportamento como fiscal da atuação do Executivo e do Judiciário. Prometeu, no entanto, não entrar em embates com Zanin, como aconteceu em diferentes audiências da Operação Lava Jato.

“Não sou barraqueiro. Não vou fazer nada ofensivo”, afirmou Moro ao Estadão nesta terça-feira, 20.

A sabatina de Zanin está agendada para começar por volta das 10 horas desta quarta-feira, 21, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já prometeu que colocaria o tema em votação no plenário logo na sequência da votação na CCJ.

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O Estadão apurou que líderes da base do governo combinaram de transformar a sabatina de Zanin em palco para criticar não só a atuação de Moro como juiz, na Lava Jato, mas também os excessos da Polícia Federal e do Ministério Público, que alguns críticos chamam de práticas de “Estado policial”.

Moro integra Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que vai sabatinar Zanin nesta quarta, 21 Foto: Wilton Junior/Estadão

Zanin chega à reta final de sua caminhada para o STF com a expectativa otimista da base do governo de que ele será aprovado com 60 dos 81 votos de senadores em plenário. Seriam necessários só 41 votos para a aprovação, e a base do governo é estimada em 51 parlamentares.

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No entanto, com a ajuda de um assessor parlamentar disponibilizado pelo STF, Zanin visitou gabinetes de senadores nas últimas semanas e conquistou a simpatia até da senadora bolsonarista Damares Alves (Republicanos-DF).

De qualquer jeito, se a aprovação ocorrer com pouco mais do que os votos necessários, servirá de recado da base de Lula no Senado, em meio a uma crise na articulação política do governo com o Congresso.

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Advogado de Moro vira ‘bombeiro’ de Zanin

A caminhada de Zanin rumo ao STF contou com fogo amigo de petistas e advogados próximos ao PT. Mas, por outro lado, Zanin teve também a ajuda de pessoas que seriam impensáveis há alguns meses, como o advogado Marcelo Knoepfelmacher, que hoje atua como “bombeiro” de Zanin fazendo, oficialmente, a assessoria jurídica em problemas de Zanin relacionados à sabatina.

Até recentemente, Knoepfelmacher trabalhou como advogado de Moro, do ex-deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol e de outros procuradores da Lava Jato. Um interlocutor de ambos diz que Zanin e Knoepfelmacher são colegas dos tempos de faculdade.

BRASÍLIA – Na véspera da sabatina no Senado do advogado Cristiano Zanin Martins, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) evitava falar sobre seu comportamento como fiscal da atuação do Executivo e do Judiciário. Prometeu, no entanto, não entrar em embates com Zanin, como aconteceu em diferentes audiências da Operação Lava Jato.

“Não sou barraqueiro. Não vou fazer nada ofensivo”, afirmou Moro ao Estadão nesta terça-feira, 20.

A sabatina de Zanin está agendada para começar por volta das 10 horas desta quarta-feira, 21, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já prometeu que colocaria o tema em votação no plenário logo na sequência da votação na CCJ.

O Estadão apurou que líderes da base do governo combinaram de transformar a sabatina de Zanin em palco para criticar não só a atuação de Moro como juiz, na Lava Jato, mas também os excessos da Polícia Federal e do Ministério Público, que alguns críticos chamam de práticas de “Estado policial”.

Moro integra Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que vai sabatinar Zanin nesta quarta, 21 Foto: Wilton Junior/Estadão

Zanin chega à reta final de sua caminhada para o STF com a expectativa otimista da base do governo de que ele será aprovado com 60 dos 81 votos de senadores em plenário. Seriam necessários só 41 votos para a aprovação, e a base do governo é estimada em 51 parlamentares.

No entanto, com a ajuda de um assessor parlamentar disponibilizado pelo STF, Zanin visitou gabinetes de senadores nas últimas semanas e conquistou a simpatia até da senadora bolsonarista Damares Alves (Republicanos-DF).

De qualquer jeito, se a aprovação ocorrer com pouco mais do que os votos necessários, servirá de recado da base de Lula no Senado, em meio a uma crise na articulação política do governo com o Congresso.

Advogado de Moro vira ‘bombeiro’ de Zanin

A caminhada de Zanin rumo ao STF contou com fogo amigo de petistas e advogados próximos ao PT. Mas, por outro lado, Zanin teve também a ajuda de pessoas que seriam impensáveis há alguns meses, como o advogado Marcelo Knoepfelmacher, que hoje atua como “bombeiro” de Zanin fazendo, oficialmente, a assessoria jurídica em problemas de Zanin relacionados à sabatina.

Até recentemente, Knoepfelmacher trabalhou como advogado de Moro, do ex-deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol e de outros procuradores da Lava Jato. Um interlocutor de ambos diz que Zanin e Knoepfelmacher são colegas dos tempos de faculdade.

BRASÍLIA – Na véspera da sabatina no Senado do advogado Cristiano Zanin Martins, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) evitava falar sobre seu comportamento como fiscal da atuação do Executivo e do Judiciário. Prometeu, no entanto, não entrar em embates com Zanin, como aconteceu em diferentes audiências da Operação Lava Jato.

“Não sou barraqueiro. Não vou fazer nada ofensivo”, afirmou Moro ao Estadão nesta terça-feira, 20.

A sabatina de Zanin está agendada para começar por volta das 10 horas desta quarta-feira, 21, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já prometeu que colocaria o tema em votação no plenário logo na sequência da votação na CCJ.

O Estadão apurou que líderes da base do governo combinaram de transformar a sabatina de Zanin em palco para criticar não só a atuação de Moro como juiz, na Lava Jato, mas também os excessos da Polícia Federal e do Ministério Público, que alguns críticos chamam de práticas de “Estado policial”.

Moro integra Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que vai sabatinar Zanin nesta quarta, 21 Foto: Wilton Junior/Estadão

Zanin chega à reta final de sua caminhada para o STF com a expectativa otimista da base do governo de que ele será aprovado com 60 dos 81 votos de senadores em plenário. Seriam necessários só 41 votos para a aprovação, e a base do governo é estimada em 51 parlamentares.

No entanto, com a ajuda de um assessor parlamentar disponibilizado pelo STF, Zanin visitou gabinetes de senadores nas últimas semanas e conquistou a simpatia até da senadora bolsonarista Damares Alves (Republicanos-DF).

De qualquer jeito, se a aprovação ocorrer com pouco mais do que os votos necessários, servirá de recado da base de Lula no Senado, em meio a uma crise na articulação política do governo com o Congresso.

Advogado de Moro vira ‘bombeiro’ de Zanin

A caminhada de Zanin rumo ao STF contou com fogo amigo de petistas e advogados próximos ao PT. Mas, por outro lado, Zanin teve também a ajuda de pessoas que seriam impensáveis há alguns meses, como o advogado Marcelo Knoepfelmacher, que hoje atua como “bombeiro” de Zanin fazendo, oficialmente, a assessoria jurídica em problemas de Zanin relacionados à sabatina.

Até recentemente, Knoepfelmacher trabalhou como advogado de Moro, do ex-deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol e de outros procuradores da Lava Jato. Um interlocutor de ambos diz que Zanin e Knoepfelmacher são colegas dos tempos de faculdade.

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