O quiproquó instalado em Brasília depois da decisão do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de extinguir o Ministério do Trabalho pode ser comparado a uma espécie de show de horror no festival do "não largo o osso, o osso é meu". A pasta divulgou uma nota, ao mesmo tempo oficial e apócrifa, como se a houvesse assinado o prédio projetado por Niemeyer, deus da arquitetura comunista, alegando que tem 88 anos de serviços prestados, mas omitiu o fato de que tais serviços se têm limitado aos chefões sindicais e burocratas da repartição, que se refestelam do regabofe. De Getúlio à reforma trabalhista do deputado Djalma Marinho, o trabalhador só é chamado a pagar a conta com seu suor. Este é meu comentário no Estadão Notícias, no Portal do Estadão desde 6 horas da quinta-feira 8 de novembro de 2018.