Segunda-feira, 11 de abril de 2014.
Impressiona a irresponsabilidade com que a realidade tem sido falseada no Brasil nestes anos de conflito aberto entre as posições antagônicas de um território conflagrado efragmentado, no qual cada um inventa sua versão e a transforma em definitiva e sem possibilidade de contraditório..
O episódio envolvendo o "vazamento" de um áudio de uma fala do vice-presidente Michel Temer é o mais recente exemplo desta farsa de circo mambembe em que a República foi transfigurada. Os desgovernistas, pilotados pelo capitão Jack Finório do Dilmaniac, o transatlântico que afundou e insiste em tentar emergir, repetem a mesma ladainha entoada na eleição para tentar incriminar o vice, que tem tudo para herdar o abacaxi ácido e espinhoso legado por Dilmotril e seus petralhas patrulhas. A cantiga da perua é uma só: de pior e pior. No caso, a patranha de que está sendo planejada uma intervenção zelital para extinguir os programas sociais, conquistados para os pobres pelos companheiros socialpopulistas, tendo à frente o substituto constitucional da Vácua Insana.
Este, por sua vez, encenou uma meditação em voz alta pelo WhatsApp numa troca de mensagens com um assessor, que foi divulgada nas redes sociais e logo chegou aos meios de comunicação. Traição, farsa, golpe - gritaram os desgovernistas militantes. Tiro no pé, mancada, barbeiragem - ecoaram os oposicionistas aflitos, doidos para disputar e vencer uma eleição já, que passaria por cima do dispositivo constitucional que indica a posse do vice.
Não importa quem tem razão. Importa é que a Nação perdeu a razão.