No Rio, Lula se reúne com sambistas e promete recriar Ministério da Cultura


Presidente participa de evento na quadra da Unidos da Tijuca e critica motociatas de Bolsonaro

Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO – Em encontro com sambistas no Rio de Janeiro, no início da noite desta quarta-feira, 6, o pré-candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou das motociatas do presidente Jair Bolsonaro (PL), prometeu recriar o Ministério da Cultura e anunciou que no Rio torce para o Vasco – momento em que parte da plateia, composta exclusivamente por apoiadores, vaiou seu pré-candidato.

Marcada para as 16h na quadra da Unidos da Tijuca, na região central do Rio, a reunião começou mesmo só às 18h15. Antes, Lula e o pré-candidato a vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniram com reitores de universidades públicas e particulares do Rio, em encontro fechado para a imprensa promovido no hotel Pestana, em Copacabana (zona sul).

Antes de Lula, discursaram figuras do samba e do carnaval, como o carnavalesco Leandro Vieira (bicampeão pela Mangueira e atualmente na Imperatriz Leopoldinense), os compositores André Diniz e Manu da Cuíca e o neto de dona Ivone Lara, André Lara. Foto: Ricardo Moraes/Reuters
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O pré-candidato petista subiu ao palco do evento na Unidos da Tijuca com a mulher, Janja, Alckmin e sua mulher, Lu, o coordenador de seu programa de governo, Aloizio Mercadante, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o pré-candidato a governador do Rio Marcelo Freixo (PSB) e o deputado estadual André Ceciliano (PT), que trava com Alessandro Molon (PSB) uma disputa na coligação – ambos são pré-candidatos a senador, e só há uma vaga a ser preenchida. Molon esteve no evento, mas não foi anunciado nem convidado a subir ao palco, ao contrário de Ceciliano.

Antes de Lula, discursaram figuras do samba e do carnaval, como o carnavalesco Leandro Vieira (bicampeão pela Mangueira e atualmente na Imperatriz Leopoldinense), os compositores André Diniz e Manu da Cuíca e o neto de dona Ivone Lara, André Lara. Todos exaltaram Lula e defenderam a importância da valorização do samba e da cultura. Alckmin, que destoava da maioria por vestir um terno, discursou por apenas dois minutos e comemorou a derrubada, pelo Congresso Nacional, do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) a duas leis de incentivo à cultura, popularmente chamadas Lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc. A derrubada ocorreu na terça-feira, 5.

Ao assumir o microfone, Lula ressaltou que não iria pedir voto. “A gente só pode pedir voto a partir de 15 de agosto. O Bozo pede todo dia, faz motociata”, reclamou, referindo-se a Bolsonaro. Depois, exaltou a importância econômica do carnaval: “Eu fiquei sabendo que o Rio movimentou nesse último carnaval R$ 4 bilhões, e que antes da pandemia eram até R$ 8 bilhões. Por que o carnaval não está no orçamento do Estado, por que os sambistas têm que mendigar?” Depois citou a pandemia: “Se alguém tinha dúvida da importância do carnaval, precisa ver como esse país ficou triste e empobrecido quando não teve carnaval, por conta da pandemia”.

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Ao tratar de planos, Lula anunciou que vai recriar o Ministério da Cultura. “Se eu voltar (à presidência) não é pra fazer o que eu já fiz, é pra fazer mais e melhor”, concluiu, sob aplausos.

A reação mais intensa da plateia, no entanto, foi quando o petista falou sobre futebol. Reclamou que seu time, o Corinthians, “está muito ruim”, contou que sua mulher é flamenguista e que nenhum dos dois costuma ver jogos de seus times, “pra não ficar nervoso”.

Depois, em tom confessional, contou que “no Rio eu torço para o Vasco”. Seguiram-se muitos aplausos e algumas vaias. O petista tratou de explicar: “Foi por causa do Bellini”, referindo-se ao zagueiro que defendeu o Vasco nas décadas de 1950 e 1960 e foi bicampeão mundial em 1958 e 1962. “Depois me tornei muito amigo do Roberto Dinamite”, registrou, dizendo que como presidente do Vasco o desempenho do ex-atacante não foi tão bom como era em campo. Em seguida, Lula explicou por que contou ser vascaíno: “Democracia é assim, ninguém precisa gostar da mesma coisa. O importante é que a gente respeite as pessoas como elas são.”

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Ao fim do discurso de Lula, Neguinho da Beija-Flor subiu ao palco e entoou “O Campeão”, mais famosa canção de sua autoria, adotada por torcidas nos estádios.

O petista saiu do evento sem falar com a imprensa. Ele permanece no Rio, onde nesta quinta-feira, 7, tem encontro com lideranças comunitárias às 10h e participa de um ato público na Cinelândia (região central) às 18h junto com outros pré-candidatos.

RIO – Em encontro com sambistas no Rio de Janeiro, no início da noite desta quarta-feira, 6, o pré-candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou das motociatas do presidente Jair Bolsonaro (PL), prometeu recriar o Ministério da Cultura e anunciou que no Rio torce para o Vasco – momento em que parte da plateia, composta exclusivamente por apoiadores, vaiou seu pré-candidato.

Marcada para as 16h na quadra da Unidos da Tijuca, na região central do Rio, a reunião começou mesmo só às 18h15. Antes, Lula e o pré-candidato a vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniram com reitores de universidades públicas e particulares do Rio, em encontro fechado para a imprensa promovido no hotel Pestana, em Copacabana (zona sul).

Antes de Lula, discursaram figuras do samba e do carnaval, como o carnavalesco Leandro Vieira (bicampeão pela Mangueira e atualmente na Imperatriz Leopoldinense), os compositores André Diniz e Manu da Cuíca e o neto de dona Ivone Lara, André Lara. Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O pré-candidato petista subiu ao palco do evento na Unidos da Tijuca com a mulher, Janja, Alckmin e sua mulher, Lu, o coordenador de seu programa de governo, Aloizio Mercadante, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o pré-candidato a governador do Rio Marcelo Freixo (PSB) e o deputado estadual André Ceciliano (PT), que trava com Alessandro Molon (PSB) uma disputa na coligação – ambos são pré-candidatos a senador, e só há uma vaga a ser preenchida. Molon esteve no evento, mas não foi anunciado nem convidado a subir ao palco, ao contrário de Ceciliano.

Antes de Lula, discursaram figuras do samba e do carnaval, como o carnavalesco Leandro Vieira (bicampeão pela Mangueira e atualmente na Imperatriz Leopoldinense), os compositores André Diniz e Manu da Cuíca e o neto de dona Ivone Lara, André Lara. Todos exaltaram Lula e defenderam a importância da valorização do samba e da cultura. Alckmin, que destoava da maioria por vestir um terno, discursou por apenas dois minutos e comemorou a derrubada, pelo Congresso Nacional, do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) a duas leis de incentivo à cultura, popularmente chamadas Lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc. A derrubada ocorreu na terça-feira, 5.

Ao assumir o microfone, Lula ressaltou que não iria pedir voto. “A gente só pode pedir voto a partir de 15 de agosto. O Bozo pede todo dia, faz motociata”, reclamou, referindo-se a Bolsonaro. Depois, exaltou a importância econômica do carnaval: “Eu fiquei sabendo que o Rio movimentou nesse último carnaval R$ 4 bilhões, e que antes da pandemia eram até R$ 8 bilhões. Por que o carnaval não está no orçamento do Estado, por que os sambistas têm que mendigar?” Depois citou a pandemia: “Se alguém tinha dúvida da importância do carnaval, precisa ver como esse país ficou triste e empobrecido quando não teve carnaval, por conta da pandemia”.

Ao tratar de planos, Lula anunciou que vai recriar o Ministério da Cultura. “Se eu voltar (à presidência) não é pra fazer o que eu já fiz, é pra fazer mais e melhor”, concluiu, sob aplausos.

A reação mais intensa da plateia, no entanto, foi quando o petista falou sobre futebol. Reclamou que seu time, o Corinthians, “está muito ruim”, contou que sua mulher é flamenguista e que nenhum dos dois costuma ver jogos de seus times, “pra não ficar nervoso”.

Depois, em tom confessional, contou que “no Rio eu torço para o Vasco”. Seguiram-se muitos aplausos e algumas vaias. O petista tratou de explicar: “Foi por causa do Bellini”, referindo-se ao zagueiro que defendeu o Vasco nas décadas de 1950 e 1960 e foi bicampeão mundial em 1958 e 1962. “Depois me tornei muito amigo do Roberto Dinamite”, registrou, dizendo que como presidente do Vasco o desempenho do ex-atacante não foi tão bom como era em campo. Em seguida, Lula explicou por que contou ser vascaíno: “Democracia é assim, ninguém precisa gostar da mesma coisa. O importante é que a gente respeite as pessoas como elas são.”

Ao fim do discurso de Lula, Neguinho da Beija-Flor subiu ao palco e entoou “O Campeão”, mais famosa canção de sua autoria, adotada por torcidas nos estádios.

O petista saiu do evento sem falar com a imprensa. Ele permanece no Rio, onde nesta quinta-feira, 7, tem encontro com lideranças comunitárias às 10h e participa de um ato público na Cinelândia (região central) às 18h junto com outros pré-candidatos.

RIO – Em encontro com sambistas no Rio de Janeiro, no início da noite desta quarta-feira, 6, o pré-candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou das motociatas do presidente Jair Bolsonaro (PL), prometeu recriar o Ministério da Cultura e anunciou que no Rio torce para o Vasco – momento em que parte da plateia, composta exclusivamente por apoiadores, vaiou seu pré-candidato.

Marcada para as 16h na quadra da Unidos da Tijuca, na região central do Rio, a reunião começou mesmo só às 18h15. Antes, Lula e o pré-candidato a vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniram com reitores de universidades públicas e particulares do Rio, em encontro fechado para a imprensa promovido no hotel Pestana, em Copacabana (zona sul).

Antes de Lula, discursaram figuras do samba e do carnaval, como o carnavalesco Leandro Vieira (bicampeão pela Mangueira e atualmente na Imperatriz Leopoldinense), os compositores André Diniz e Manu da Cuíca e o neto de dona Ivone Lara, André Lara. Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O pré-candidato petista subiu ao palco do evento na Unidos da Tijuca com a mulher, Janja, Alckmin e sua mulher, Lu, o coordenador de seu programa de governo, Aloizio Mercadante, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o pré-candidato a governador do Rio Marcelo Freixo (PSB) e o deputado estadual André Ceciliano (PT), que trava com Alessandro Molon (PSB) uma disputa na coligação – ambos são pré-candidatos a senador, e só há uma vaga a ser preenchida. Molon esteve no evento, mas não foi anunciado nem convidado a subir ao palco, ao contrário de Ceciliano.

Antes de Lula, discursaram figuras do samba e do carnaval, como o carnavalesco Leandro Vieira (bicampeão pela Mangueira e atualmente na Imperatriz Leopoldinense), os compositores André Diniz e Manu da Cuíca e o neto de dona Ivone Lara, André Lara. Todos exaltaram Lula e defenderam a importância da valorização do samba e da cultura. Alckmin, que destoava da maioria por vestir um terno, discursou por apenas dois minutos e comemorou a derrubada, pelo Congresso Nacional, do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) a duas leis de incentivo à cultura, popularmente chamadas Lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc. A derrubada ocorreu na terça-feira, 5.

Ao assumir o microfone, Lula ressaltou que não iria pedir voto. “A gente só pode pedir voto a partir de 15 de agosto. O Bozo pede todo dia, faz motociata”, reclamou, referindo-se a Bolsonaro. Depois, exaltou a importância econômica do carnaval: “Eu fiquei sabendo que o Rio movimentou nesse último carnaval R$ 4 bilhões, e que antes da pandemia eram até R$ 8 bilhões. Por que o carnaval não está no orçamento do Estado, por que os sambistas têm que mendigar?” Depois citou a pandemia: “Se alguém tinha dúvida da importância do carnaval, precisa ver como esse país ficou triste e empobrecido quando não teve carnaval, por conta da pandemia”.

Ao tratar de planos, Lula anunciou que vai recriar o Ministério da Cultura. “Se eu voltar (à presidência) não é pra fazer o que eu já fiz, é pra fazer mais e melhor”, concluiu, sob aplausos.

A reação mais intensa da plateia, no entanto, foi quando o petista falou sobre futebol. Reclamou que seu time, o Corinthians, “está muito ruim”, contou que sua mulher é flamenguista e que nenhum dos dois costuma ver jogos de seus times, “pra não ficar nervoso”.

Depois, em tom confessional, contou que “no Rio eu torço para o Vasco”. Seguiram-se muitos aplausos e algumas vaias. O petista tratou de explicar: “Foi por causa do Bellini”, referindo-se ao zagueiro que defendeu o Vasco nas décadas de 1950 e 1960 e foi bicampeão mundial em 1958 e 1962. “Depois me tornei muito amigo do Roberto Dinamite”, registrou, dizendo que como presidente do Vasco o desempenho do ex-atacante não foi tão bom como era em campo. Em seguida, Lula explicou por que contou ser vascaíno: “Democracia é assim, ninguém precisa gostar da mesma coisa. O importante é que a gente respeite as pessoas como elas são.”

Ao fim do discurso de Lula, Neguinho da Beija-Flor subiu ao palco e entoou “O Campeão”, mais famosa canção de sua autoria, adotada por torcidas nos estádios.

O petista saiu do evento sem falar com a imprensa. Ele permanece no Rio, onde nesta quinta-feira, 7, tem encontro com lideranças comunitárias às 10h e participa de um ato público na Cinelândia (região central) às 18h junto com outros pré-candidatos.

RIO – Em encontro com sambistas no Rio de Janeiro, no início da noite desta quarta-feira, 6, o pré-candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou das motociatas do presidente Jair Bolsonaro (PL), prometeu recriar o Ministério da Cultura e anunciou que no Rio torce para o Vasco – momento em que parte da plateia, composta exclusivamente por apoiadores, vaiou seu pré-candidato.

Marcada para as 16h na quadra da Unidos da Tijuca, na região central do Rio, a reunião começou mesmo só às 18h15. Antes, Lula e o pré-candidato a vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniram com reitores de universidades públicas e particulares do Rio, em encontro fechado para a imprensa promovido no hotel Pestana, em Copacabana (zona sul).

Antes de Lula, discursaram figuras do samba e do carnaval, como o carnavalesco Leandro Vieira (bicampeão pela Mangueira e atualmente na Imperatriz Leopoldinense), os compositores André Diniz e Manu da Cuíca e o neto de dona Ivone Lara, André Lara. Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O pré-candidato petista subiu ao palco do evento na Unidos da Tijuca com a mulher, Janja, Alckmin e sua mulher, Lu, o coordenador de seu programa de governo, Aloizio Mercadante, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o pré-candidato a governador do Rio Marcelo Freixo (PSB) e o deputado estadual André Ceciliano (PT), que trava com Alessandro Molon (PSB) uma disputa na coligação – ambos são pré-candidatos a senador, e só há uma vaga a ser preenchida. Molon esteve no evento, mas não foi anunciado nem convidado a subir ao palco, ao contrário de Ceciliano.

Antes de Lula, discursaram figuras do samba e do carnaval, como o carnavalesco Leandro Vieira (bicampeão pela Mangueira e atualmente na Imperatriz Leopoldinense), os compositores André Diniz e Manu da Cuíca e o neto de dona Ivone Lara, André Lara. Todos exaltaram Lula e defenderam a importância da valorização do samba e da cultura. Alckmin, que destoava da maioria por vestir um terno, discursou por apenas dois minutos e comemorou a derrubada, pelo Congresso Nacional, do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) a duas leis de incentivo à cultura, popularmente chamadas Lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc. A derrubada ocorreu na terça-feira, 5.

Ao assumir o microfone, Lula ressaltou que não iria pedir voto. “A gente só pode pedir voto a partir de 15 de agosto. O Bozo pede todo dia, faz motociata”, reclamou, referindo-se a Bolsonaro. Depois, exaltou a importância econômica do carnaval: “Eu fiquei sabendo que o Rio movimentou nesse último carnaval R$ 4 bilhões, e que antes da pandemia eram até R$ 8 bilhões. Por que o carnaval não está no orçamento do Estado, por que os sambistas têm que mendigar?” Depois citou a pandemia: “Se alguém tinha dúvida da importância do carnaval, precisa ver como esse país ficou triste e empobrecido quando não teve carnaval, por conta da pandemia”.

Ao tratar de planos, Lula anunciou que vai recriar o Ministério da Cultura. “Se eu voltar (à presidência) não é pra fazer o que eu já fiz, é pra fazer mais e melhor”, concluiu, sob aplausos.

A reação mais intensa da plateia, no entanto, foi quando o petista falou sobre futebol. Reclamou que seu time, o Corinthians, “está muito ruim”, contou que sua mulher é flamenguista e que nenhum dos dois costuma ver jogos de seus times, “pra não ficar nervoso”.

Depois, em tom confessional, contou que “no Rio eu torço para o Vasco”. Seguiram-se muitos aplausos e algumas vaias. O petista tratou de explicar: “Foi por causa do Bellini”, referindo-se ao zagueiro que defendeu o Vasco nas décadas de 1950 e 1960 e foi bicampeão mundial em 1958 e 1962. “Depois me tornei muito amigo do Roberto Dinamite”, registrou, dizendo que como presidente do Vasco o desempenho do ex-atacante não foi tão bom como era em campo. Em seguida, Lula explicou por que contou ser vascaíno: “Democracia é assim, ninguém precisa gostar da mesma coisa. O importante é que a gente respeite as pessoas como elas são.”

Ao fim do discurso de Lula, Neguinho da Beija-Flor subiu ao palco e entoou “O Campeão”, mais famosa canção de sua autoria, adotada por torcidas nos estádios.

O petista saiu do evento sem falar com a imprensa. Ele permanece no Rio, onde nesta quinta-feira, 7, tem encontro com lideranças comunitárias às 10h e participa de um ato público na Cinelândia (região central) às 18h junto com outros pré-candidatos.

RIO – Em encontro com sambistas no Rio de Janeiro, no início da noite desta quarta-feira, 6, o pré-candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou das motociatas do presidente Jair Bolsonaro (PL), prometeu recriar o Ministério da Cultura e anunciou que no Rio torce para o Vasco – momento em que parte da plateia, composta exclusivamente por apoiadores, vaiou seu pré-candidato.

Marcada para as 16h na quadra da Unidos da Tijuca, na região central do Rio, a reunião começou mesmo só às 18h15. Antes, Lula e o pré-candidato a vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniram com reitores de universidades públicas e particulares do Rio, em encontro fechado para a imprensa promovido no hotel Pestana, em Copacabana (zona sul).

Antes de Lula, discursaram figuras do samba e do carnaval, como o carnavalesco Leandro Vieira (bicampeão pela Mangueira e atualmente na Imperatriz Leopoldinense), os compositores André Diniz e Manu da Cuíca e o neto de dona Ivone Lara, André Lara. Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O pré-candidato petista subiu ao palco do evento na Unidos da Tijuca com a mulher, Janja, Alckmin e sua mulher, Lu, o coordenador de seu programa de governo, Aloizio Mercadante, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o pré-candidato a governador do Rio Marcelo Freixo (PSB) e o deputado estadual André Ceciliano (PT), que trava com Alessandro Molon (PSB) uma disputa na coligação – ambos são pré-candidatos a senador, e só há uma vaga a ser preenchida. Molon esteve no evento, mas não foi anunciado nem convidado a subir ao palco, ao contrário de Ceciliano.

Antes de Lula, discursaram figuras do samba e do carnaval, como o carnavalesco Leandro Vieira (bicampeão pela Mangueira e atualmente na Imperatriz Leopoldinense), os compositores André Diniz e Manu da Cuíca e o neto de dona Ivone Lara, André Lara. Todos exaltaram Lula e defenderam a importância da valorização do samba e da cultura. Alckmin, que destoava da maioria por vestir um terno, discursou por apenas dois minutos e comemorou a derrubada, pelo Congresso Nacional, do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) a duas leis de incentivo à cultura, popularmente chamadas Lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc. A derrubada ocorreu na terça-feira, 5.

Ao assumir o microfone, Lula ressaltou que não iria pedir voto. “A gente só pode pedir voto a partir de 15 de agosto. O Bozo pede todo dia, faz motociata”, reclamou, referindo-se a Bolsonaro. Depois, exaltou a importância econômica do carnaval: “Eu fiquei sabendo que o Rio movimentou nesse último carnaval R$ 4 bilhões, e que antes da pandemia eram até R$ 8 bilhões. Por que o carnaval não está no orçamento do Estado, por que os sambistas têm que mendigar?” Depois citou a pandemia: “Se alguém tinha dúvida da importância do carnaval, precisa ver como esse país ficou triste e empobrecido quando não teve carnaval, por conta da pandemia”.

Ao tratar de planos, Lula anunciou que vai recriar o Ministério da Cultura. “Se eu voltar (à presidência) não é pra fazer o que eu já fiz, é pra fazer mais e melhor”, concluiu, sob aplausos.

A reação mais intensa da plateia, no entanto, foi quando o petista falou sobre futebol. Reclamou que seu time, o Corinthians, “está muito ruim”, contou que sua mulher é flamenguista e que nenhum dos dois costuma ver jogos de seus times, “pra não ficar nervoso”.

Depois, em tom confessional, contou que “no Rio eu torço para o Vasco”. Seguiram-se muitos aplausos e algumas vaias. O petista tratou de explicar: “Foi por causa do Bellini”, referindo-se ao zagueiro que defendeu o Vasco nas décadas de 1950 e 1960 e foi bicampeão mundial em 1958 e 1962. “Depois me tornei muito amigo do Roberto Dinamite”, registrou, dizendo que como presidente do Vasco o desempenho do ex-atacante não foi tão bom como era em campo. Em seguida, Lula explicou por que contou ser vascaíno: “Democracia é assim, ninguém precisa gostar da mesma coisa. O importante é que a gente respeite as pessoas como elas são.”

Ao fim do discurso de Lula, Neguinho da Beija-Flor subiu ao palco e entoou “O Campeão”, mais famosa canção de sua autoria, adotada por torcidas nos estádios.

O petista saiu do evento sem falar com a imprensa. Ele permanece no Rio, onde nesta quinta-feira, 7, tem encontro com lideranças comunitárias às 10h e participa de um ato público na Cinelândia (região central) às 18h junto com outros pré-candidatos.

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