Uma nota falsa da Comissão Interclubes das Forças Armadas foi distribuída por militares da reserva em grupos de WhatsApp e em redes sociais na qual supostamente os presidentes do Clube Militar, do Clube Naval e do Clube da Aeronáutica pediam ao coronel Jean Lawand Júnior que desobedecesse a ordem do comando do Exército de deixar o posto de adjunto do adido militar de Washington e pedisse asilo nos Estados Unidos.
O documento falso ainda se solidarizava com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o coronel Mauro César Cid, que está preso desde o dia 8 de maio em Brasília.
O Estadão chegou a publicar o documento após recebê-lo na madrugada desta segunda-feira, 19, de um oficial da Aeronáutica, integrante do clube militar de sua Força. A reportagem foi publicada às 7h34 e retirada do ar às 8h42, depois de constatado o erro. E volta a ser publicada com a informação corrigida.
O Estadão pede desculpas pelo erro na publicação, corrigido assim que foi constatado. O jornal compromete-se a reforçar ainda mais seu processo de apuração para não repetir episódios como esse.
A Comissão Interclubes divulgou nota informando que “a suposta nota a ela atribuída, datada de 17 de junho de 2023, é falsa” e que, por isso, “se eximem de qualquer responsabilidade sobre a mesma”.Jean Lawand Júnior fora indicado para um posto de adido militar nos EUA. Com a divulgação de conversas mantidas por mensagem dele com o também coronel Mauro Cid, a promoção para atuar no exterior foi cancelada pelo comando do Exército. O oficial terá que permanecer no Brasil para responder pelas investigações em curso sobre o caso. Cid e Lawand são alvo de apuração em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).