Nova pesquisa eleitoral pode trazer surpresas para a disputa à prefeitura do Rio? Entenda


Datafolha divulga nesta quinta-feira, 22, levantamento com intenções de voto para candidatos no Rio de Janeiro

Por Rayanderson Guerra

RIO – O Datafolha divulga nesta quinta-feira, 22, uma nova pesquisa de intenções de voto para a prefeitura do Rio de Janeiro. O primeiro levantamento após o início da campanha eleitoral servirá como termômetro para as candidaturas para intensificar as estratégias adotadas ou mudar o rumo da campanha até o primeiro turno, em outubro.

As pesquisas mais recentes para as eleições no Rio mostraram um cenário favorável ao candidato do PSD, Eduardo Paes, que tentará a reeleição. Pesquisa AtlasIntel divulgada no dia 8 de agosto, antes do início oficial da campanha, apontou o prefeito na liderança com 45,8% das intenções de voto, 13,5 pontos porcentuais à frente de Alexandre Ramagem (PL), que apareceu com 32,3%.

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Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição no Rio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Na terceira posição estava o deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ), com 12,9% das intenções. Para a pesquisa AtlasIntel foram entrevistados 1.600 eleitores da cidade do Rio de Janeiro, por meio de recrutamento digital aleatório, entre os dias 2 e 7 de agosto. O levantamento, com nível de confiança de 95%, foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RJ-08188/2024.

A professora Mayra Goulart, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pondera que os primeiros atos da campanha, como o debate e a campanha em rádio e TV, são recursos que impactam as candidaturas de nomes menos conhecidos pelos eleitores.

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“O debate, como o período de campanha propriamente dito, campanha no rádio e na TV, e mesmo as menções aos cabos eleitorais nacionais e estaduais são recursos mais importantes para candidatos menos conhecidos no território. Ou seja, quanto menos o candidato tem uma trajetória naquele município, que o eleitor o conhece, mais importante são a veiculação do nome desse candidato durante o período oficial de campanha, o desempenho dele no debate e mesmo a menção aos candidatos nacionais, que servem para que aquele eleitor que não conhece o candidato aporte algum tipo de carga informacional sobre ele através da associação com um apoiador nacional“, afirmou.

A pesquisa Datafolha mais recente, divulgada no dia 5 de julho, também indicou favoritismo de Paes, com 53% das intenções de voto. Com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País, Paes chegou à disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro com alta popularidade e a expectativa de vitória em primeiro turno. Ramagem apareceu empatado na margem de erro, com 9%, com o pré-candidato do PSOL, Tarcísio Motta, que tem 7%.

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A pesquisa foi registrada no TSE sob o número RJ-06701/2024, ouviu 840 eleitores de 2 a 4 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais.

Segundo Mayra, Paes deve evitar temas ideológicos e associações a figuras nacionais para evitar “aportar mais rejeição para a candidatura à reeleição”.

“No caso do Eduardo Paes, além de ter muita intenção de voto, ele é amplamente conhecido. Esses recursos são menos importantes para ele, por isso que no primeiro debate ele se manteve numa zona de segurança, numa posição de defender a sua gestão num perfil técnico, indicando que conhece a cidade, e evitou temas que polarizem, temas que evoquem questões muito ideológicas, por exemplo aborto, cotas, ação afirmativa. E evitou as menções às lideranças nacionais, no caso Lula, porque isso aportaria mais rejeição a sua campanha”, explicou.

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O novo levantamento medirá o impacto do primeiro debate promovido pela TV Band no dia 8 de agosto e a primeira semana de campanha de rua. Paes busca se contrapor ao governador Cláudio Castro (PL) em uma estratégia para desconstruir a principal narrativa dos adversários bolsonaristas na disputa, Ramagem, apadrinhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e Rodrigo Amorim (União): o apelo para segurança pública. A relação institucional entre Paes e Castro, adotada durante a gestão do Executivo carioca e o comando do Estado, deu espaço a uma “guerra campal” em entrevistas, debates e redes sociais.

Eduardo Paes e Alexandre Ramagem no debate da TV Band no Rio de Janeiro Foto: @tvbandrio via Youtube

Ao associar Ramagem à política de segurança pública tocada por Castro no governo do Estado, Paes mina a principal arma do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que é a exploração da ligação com Bolsonaro. O foco do candidato do PSD é desnacionalizar a campanha e evitar uma disputa “Lula x Bolsonaro” em âmbito municipal no berço do bolsonarismo no País.

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Eleições anteriores apontaram estabilidade em pesquisas

Nas duas eleições passadas, em 2020 e 2016, os candidatos que chegaram ao início da campanha à frente nas pesquisas de intenção de voto mantiveram o desempenho no primeiro levantamento após a largada da disputa.

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Em 2020, Eduardo Paes, então candidato pelo DEM ao terceiro mandato, registrou 19,7%, 25% e 28,6%, respectivamente, nas três últimas pesquisas de intenção de voto na pré-campanha. O principal adversário, Marcelo Crivella (Republicanos), candidato à reeleição, marcava 11,1%, 16%, 15,4%. O primeiro levantamento da campanha, no dia 2 de outubro, divulgado pelo Ibope, mostrou Paes na liderança com 27% e Crivella com 12%, tecnicamente empatado com Martha Rocha (8%) e Benedita (7%).

Já em 2016, a campanha eleitoral começou oficialmente no dia 16 de agosto. Os dois principais candidatos, Marcelo Crivella e Marcelo Freixo, então candidato do PSOL, chegaram com 33,3% e 13,8%, respectivamente ao início da disputa. O primeiro levantamento, divulgado pelo Ibope, no dia 21 de agosto, apontou uma estabilidade dos candidatos, com 27% e 12%.

RIO – O Datafolha divulga nesta quinta-feira, 22, uma nova pesquisa de intenções de voto para a prefeitura do Rio de Janeiro. O primeiro levantamento após o início da campanha eleitoral servirá como termômetro para as candidaturas para intensificar as estratégias adotadas ou mudar o rumo da campanha até o primeiro turno, em outubro.

As pesquisas mais recentes para as eleições no Rio mostraram um cenário favorável ao candidato do PSD, Eduardo Paes, que tentará a reeleição. Pesquisa AtlasIntel divulgada no dia 8 de agosto, antes do início oficial da campanha, apontou o prefeito na liderança com 45,8% das intenções de voto, 13,5 pontos porcentuais à frente de Alexandre Ramagem (PL), que apareceu com 32,3%.

Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição no Rio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Na terceira posição estava o deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ), com 12,9% das intenções. Para a pesquisa AtlasIntel foram entrevistados 1.600 eleitores da cidade do Rio de Janeiro, por meio de recrutamento digital aleatório, entre os dias 2 e 7 de agosto. O levantamento, com nível de confiança de 95%, foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RJ-08188/2024.

A professora Mayra Goulart, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pondera que os primeiros atos da campanha, como o debate e a campanha em rádio e TV, são recursos que impactam as candidaturas de nomes menos conhecidos pelos eleitores.

“O debate, como o período de campanha propriamente dito, campanha no rádio e na TV, e mesmo as menções aos cabos eleitorais nacionais e estaduais são recursos mais importantes para candidatos menos conhecidos no território. Ou seja, quanto menos o candidato tem uma trajetória naquele município, que o eleitor o conhece, mais importante são a veiculação do nome desse candidato durante o período oficial de campanha, o desempenho dele no debate e mesmo a menção aos candidatos nacionais, que servem para que aquele eleitor que não conhece o candidato aporte algum tipo de carga informacional sobre ele através da associação com um apoiador nacional“, afirmou.

A pesquisa Datafolha mais recente, divulgada no dia 5 de julho, também indicou favoritismo de Paes, com 53% das intenções de voto. Com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País, Paes chegou à disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro com alta popularidade e a expectativa de vitória em primeiro turno. Ramagem apareceu empatado na margem de erro, com 9%, com o pré-candidato do PSOL, Tarcísio Motta, que tem 7%.

A pesquisa foi registrada no TSE sob o número RJ-06701/2024, ouviu 840 eleitores de 2 a 4 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais.

Segundo Mayra, Paes deve evitar temas ideológicos e associações a figuras nacionais para evitar “aportar mais rejeição para a candidatura à reeleição”.

“No caso do Eduardo Paes, além de ter muita intenção de voto, ele é amplamente conhecido. Esses recursos são menos importantes para ele, por isso que no primeiro debate ele se manteve numa zona de segurança, numa posição de defender a sua gestão num perfil técnico, indicando que conhece a cidade, e evitou temas que polarizem, temas que evoquem questões muito ideológicas, por exemplo aborto, cotas, ação afirmativa. E evitou as menções às lideranças nacionais, no caso Lula, porque isso aportaria mais rejeição a sua campanha”, explicou.

O novo levantamento medirá o impacto do primeiro debate promovido pela TV Band no dia 8 de agosto e a primeira semana de campanha de rua. Paes busca se contrapor ao governador Cláudio Castro (PL) em uma estratégia para desconstruir a principal narrativa dos adversários bolsonaristas na disputa, Ramagem, apadrinhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e Rodrigo Amorim (União): o apelo para segurança pública. A relação institucional entre Paes e Castro, adotada durante a gestão do Executivo carioca e o comando do Estado, deu espaço a uma “guerra campal” em entrevistas, debates e redes sociais.

Eduardo Paes e Alexandre Ramagem no debate da TV Band no Rio de Janeiro Foto: @tvbandrio via Youtube

Ao associar Ramagem à política de segurança pública tocada por Castro no governo do Estado, Paes mina a principal arma do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que é a exploração da ligação com Bolsonaro. O foco do candidato do PSD é desnacionalizar a campanha e evitar uma disputa “Lula x Bolsonaro” em âmbito municipal no berço do bolsonarismo no País.

Eleições anteriores apontaram estabilidade em pesquisas

Nas duas eleições passadas, em 2020 e 2016, os candidatos que chegaram ao início da campanha à frente nas pesquisas de intenção de voto mantiveram o desempenho no primeiro levantamento após a largada da disputa.

Em 2020, Eduardo Paes, então candidato pelo DEM ao terceiro mandato, registrou 19,7%, 25% e 28,6%, respectivamente, nas três últimas pesquisas de intenção de voto na pré-campanha. O principal adversário, Marcelo Crivella (Republicanos), candidato à reeleição, marcava 11,1%, 16%, 15,4%. O primeiro levantamento da campanha, no dia 2 de outubro, divulgado pelo Ibope, mostrou Paes na liderança com 27% e Crivella com 12%, tecnicamente empatado com Martha Rocha (8%) e Benedita (7%).

Já em 2016, a campanha eleitoral começou oficialmente no dia 16 de agosto. Os dois principais candidatos, Marcelo Crivella e Marcelo Freixo, então candidato do PSOL, chegaram com 33,3% e 13,8%, respectivamente ao início da disputa. O primeiro levantamento, divulgado pelo Ibope, no dia 21 de agosto, apontou uma estabilidade dos candidatos, com 27% e 12%.

RIO – O Datafolha divulga nesta quinta-feira, 22, uma nova pesquisa de intenções de voto para a prefeitura do Rio de Janeiro. O primeiro levantamento após o início da campanha eleitoral servirá como termômetro para as candidaturas para intensificar as estratégias adotadas ou mudar o rumo da campanha até o primeiro turno, em outubro.

As pesquisas mais recentes para as eleições no Rio mostraram um cenário favorável ao candidato do PSD, Eduardo Paes, que tentará a reeleição. Pesquisa AtlasIntel divulgada no dia 8 de agosto, antes do início oficial da campanha, apontou o prefeito na liderança com 45,8% das intenções de voto, 13,5 pontos porcentuais à frente de Alexandre Ramagem (PL), que apareceu com 32,3%.

Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição no Rio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Na terceira posição estava o deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ), com 12,9% das intenções. Para a pesquisa AtlasIntel foram entrevistados 1.600 eleitores da cidade do Rio de Janeiro, por meio de recrutamento digital aleatório, entre os dias 2 e 7 de agosto. O levantamento, com nível de confiança de 95%, foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RJ-08188/2024.

A professora Mayra Goulart, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pondera que os primeiros atos da campanha, como o debate e a campanha em rádio e TV, são recursos que impactam as candidaturas de nomes menos conhecidos pelos eleitores.

“O debate, como o período de campanha propriamente dito, campanha no rádio e na TV, e mesmo as menções aos cabos eleitorais nacionais e estaduais são recursos mais importantes para candidatos menos conhecidos no território. Ou seja, quanto menos o candidato tem uma trajetória naquele município, que o eleitor o conhece, mais importante são a veiculação do nome desse candidato durante o período oficial de campanha, o desempenho dele no debate e mesmo a menção aos candidatos nacionais, que servem para que aquele eleitor que não conhece o candidato aporte algum tipo de carga informacional sobre ele através da associação com um apoiador nacional“, afirmou.

A pesquisa Datafolha mais recente, divulgada no dia 5 de julho, também indicou favoritismo de Paes, com 53% das intenções de voto. Com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País, Paes chegou à disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro com alta popularidade e a expectativa de vitória em primeiro turno. Ramagem apareceu empatado na margem de erro, com 9%, com o pré-candidato do PSOL, Tarcísio Motta, que tem 7%.

A pesquisa foi registrada no TSE sob o número RJ-06701/2024, ouviu 840 eleitores de 2 a 4 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais.

Segundo Mayra, Paes deve evitar temas ideológicos e associações a figuras nacionais para evitar “aportar mais rejeição para a candidatura à reeleição”.

“No caso do Eduardo Paes, além de ter muita intenção de voto, ele é amplamente conhecido. Esses recursos são menos importantes para ele, por isso que no primeiro debate ele se manteve numa zona de segurança, numa posição de defender a sua gestão num perfil técnico, indicando que conhece a cidade, e evitou temas que polarizem, temas que evoquem questões muito ideológicas, por exemplo aborto, cotas, ação afirmativa. E evitou as menções às lideranças nacionais, no caso Lula, porque isso aportaria mais rejeição a sua campanha”, explicou.

O novo levantamento medirá o impacto do primeiro debate promovido pela TV Band no dia 8 de agosto e a primeira semana de campanha de rua. Paes busca se contrapor ao governador Cláudio Castro (PL) em uma estratégia para desconstruir a principal narrativa dos adversários bolsonaristas na disputa, Ramagem, apadrinhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e Rodrigo Amorim (União): o apelo para segurança pública. A relação institucional entre Paes e Castro, adotada durante a gestão do Executivo carioca e o comando do Estado, deu espaço a uma “guerra campal” em entrevistas, debates e redes sociais.

Eduardo Paes e Alexandre Ramagem no debate da TV Band no Rio de Janeiro Foto: @tvbandrio via Youtube

Ao associar Ramagem à política de segurança pública tocada por Castro no governo do Estado, Paes mina a principal arma do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que é a exploração da ligação com Bolsonaro. O foco do candidato do PSD é desnacionalizar a campanha e evitar uma disputa “Lula x Bolsonaro” em âmbito municipal no berço do bolsonarismo no País.

Eleições anteriores apontaram estabilidade em pesquisas

Nas duas eleições passadas, em 2020 e 2016, os candidatos que chegaram ao início da campanha à frente nas pesquisas de intenção de voto mantiveram o desempenho no primeiro levantamento após a largada da disputa.

Em 2020, Eduardo Paes, então candidato pelo DEM ao terceiro mandato, registrou 19,7%, 25% e 28,6%, respectivamente, nas três últimas pesquisas de intenção de voto na pré-campanha. O principal adversário, Marcelo Crivella (Republicanos), candidato à reeleição, marcava 11,1%, 16%, 15,4%. O primeiro levantamento da campanha, no dia 2 de outubro, divulgado pelo Ibope, mostrou Paes na liderança com 27% e Crivella com 12%, tecnicamente empatado com Martha Rocha (8%) e Benedita (7%).

Já em 2016, a campanha eleitoral começou oficialmente no dia 16 de agosto. Os dois principais candidatos, Marcelo Crivella e Marcelo Freixo, então candidato do PSOL, chegaram com 33,3% e 13,8%, respectivamente ao início da disputa. O primeiro levantamento, divulgado pelo Ibope, no dia 21 de agosto, apontou uma estabilidade dos candidatos, com 27% e 12%.

RIO – O Datafolha divulga nesta quinta-feira, 22, uma nova pesquisa de intenções de voto para a prefeitura do Rio de Janeiro. O primeiro levantamento após o início da campanha eleitoral servirá como termômetro para as candidaturas para intensificar as estratégias adotadas ou mudar o rumo da campanha até o primeiro turno, em outubro.

As pesquisas mais recentes para as eleições no Rio mostraram um cenário favorável ao candidato do PSD, Eduardo Paes, que tentará a reeleição. Pesquisa AtlasIntel divulgada no dia 8 de agosto, antes do início oficial da campanha, apontou o prefeito na liderança com 45,8% das intenções de voto, 13,5 pontos porcentuais à frente de Alexandre Ramagem (PL), que apareceu com 32,3%.

Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição no Rio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Na terceira posição estava o deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ), com 12,9% das intenções. Para a pesquisa AtlasIntel foram entrevistados 1.600 eleitores da cidade do Rio de Janeiro, por meio de recrutamento digital aleatório, entre os dias 2 e 7 de agosto. O levantamento, com nível de confiança de 95%, foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RJ-08188/2024.

A professora Mayra Goulart, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pondera que os primeiros atos da campanha, como o debate e a campanha em rádio e TV, são recursos que impactam as candidaturas de nomes menos conhecidos pelos eleitores.

“O debate, como o período de campanha propriamente dito, campanha no rádio e na TV, e mesmo as menções aos cabos eleitorais nacionais e estaduais são recursos mais importantes para candidatos menos conhecidos no território. Ou seja, quanto menos o candidato tem uma trajetória naquele município, que o eleitor o conhece, mais importante são a veiculação do nome desse candidato durante o período oficial de campanha, o desempenho dele no debate e mesmo a menção aos candidatos nacionais, que servem para que aquele eleitor que não conhece o candidato aporte algum tipo de carga informacional sobre ele através da associação com um apoiador nacional“, afirmou.

A pesquisa Datafolha mais recente, divulgada no dia 5 de julho, também indicou favoritismo de Paes, com 53% das intenções de voto. Com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País, Paes chegou à disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro com alta popularidade e a expectativa de vitória em primeiro turno. Ramagem apareceu empatado na margem de erro, com 9%, com o pré-candidato do PSOL, Tarcísio Motta, que tem 7%.

A pesquisa foi registrada no TSE sob o número RJ-06701/2024, ouviu 840 eleitores de 2 a 4 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais.

Segundo Mayra, Paes deve evitar temas ideológicos e associações a figuras nacionais para evitar “aportar mais rejeição para a candidatura à reeleição”.

“No caso do Eduardo Paes, além de ter muita intenção de voto, ele é amplamente conhecido. Esses recursos são menos importantes para ele, por isso que no primeiro debate ele se manteve numa zona de segurança, numa posição de defender a sua gestão num perfil técnico, indicando que conhece a cidade, e evitou temas que polarizem, temas que evoquem questões muito ideológicas, por exemplo aborto, cotas, ação afirmativa. E evitou as menções às lideranças nacionais, no caso Lula, porque isso aportaria mais rejeição a sua campanha”, explicou.

O novo levantamento medirá o impacto do primeiro debate promovido pela TV Band no dia 8 de agosto e a primeira semana de campanha de rua. Paes busca se contrapor ao governador Cláudio Castro (PL) em uma estratégia para desconstruir a principal narrativa dos adversários bolsonaristas na disputa, Ramagem, apadrinhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e Rodrigo Amorim (União): o apelo para segurança pública. A relação institucional entre Paes e Castro, adotada durante a gestão do Executivo carioca e o comando do Estado, deu espaço a uma “guerra campal” em entrevistas, debates e redes sociais.

Eduardo Paes e Alexandre Ramagem no debate da TV Band no Rio de Janeiro Foto: @tvbandrio via Youtube

Ao associar Ramagem à política de segurança pública tocada por Castro no governo do Estado, Paes mina a principal arma do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que é a exploração da ligação com Bolsonaro. O foco do candidato do PSD é desnacionalizar a campanha e evitar uma disputa “Lula x Bolsonaro” em âmbito municipal no berço do bolsonarismo no País.

Eleições anteriores apontaram estabilidade em pesquisas

Nas duas eleições passadas, em 2020 e 2016, os candidatos que chegaram ao início da campanha à frente nas pesquisas de intenção de voto mantiveram o desempenho no primeiro levantamento após a largada da disputa.

Em 2020, Eduardo Paes, então candidato pelo DEM ao terceiro mandato, registrou 19,7%, 25% e 28,6%, respectivamente, nas três últimas pesquisas de intenção de voto na pré-campanha. O principal adversário, Marcelo Crivella (Republicanos), candidato à reeleição, marcava 11,1%, 16%, 15,4%. O primeiro levantamento da campanha, no dia 2 de outubro, divulgado pelo Ibope, mostrou Paes na liderança com 27% e Crivella com 12%, tecnicamente empatado com Martha Rocha (8%) e Benedita (7%).

Já em 2016, a campanha eleitoral começou oficialmente no dia 16 de agosto. Os dois principais candidatos, Marcelo Crivella e Marcelo Freixo, então candidato do PSOL, chegaram com 33,3% e 13,8%, respectivamente ao início da disputa. O primeiro levantamento, divulgado pelo Ibope, no dia 21 de agosto, apontou uma estabilidade dos candidatos, com 27% e 12%.

RIO – O Datafolha divulga nesta quinta-feira, 22, uma nova pesquisa de intenções de voto para a prefeitura do Rio de Janeiro. O primeiro levantamento após o início da campanha eleitoral servirá como termômetro para as candidaturas para intensificar as estratégias adotadas ou mudar o rumo da campanha até o primeiro turno, em outubro.

As pesquisas mais recentes para as eleições no Rio mostraram um cenário favorável ao candidato do PSD, Eduardo Paes, que tentará a reeleição. Pesquisa AtlasIntel divulgada no dia 8 de agosto, antes do início oficial da campanha, apontou o prefeito na liderança com 45,8% das intenções de voto, 13,5 pontos porcentuais à frente de Alexandre Ramagem (PL), que apareceu com 32,3%.

Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição no Rio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Na terceira posição estava o deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ), com 12,9% das intenções. Para a pesquisa AtlasIntel foram entrevistados 1.600 eleitores da cidade do Rio de Janeiro, por meio de recrutamento digital aleatório, entre os dias 2 e 7 de agosto. O levantamento, com nível de confiança de 95%, foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RJ-08188/2024.

A professora Mayra Goulart, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pondera que os primeiros atos da campanha, como o debate e a campanha em rádio e TV, são recursos que impactam as candidaturas de nomes menos conhecidos pelos eleitores.

“O debate, como o período de campanha propriamente dito, campanha no rádio e na TV, e mesmo as menções aos cabos eleitorais nacionais e estaduais são recursos mais importantes para candidatos menos conhecidos no território. Ou seja, quanto menos o candidato tem uma trajetória naquele município, que o eleitor o conhece, mais importante são a veiculação do nome desse candidato durante o período oficial de campanha, o desempenho dele no debate e mesmo a menção aos candidatos nacionais, que servem para que aquele eleitor que não conhece o candidato aporte algum tipo de carga informacional sobre ele através da associação com um apoiador nacional“, afirmou.

A pesquisa Datafolha mais recente, divulgada no dia 5 de julho, também indicou favoritismo de Paes, com 53% das intenções de voto. Com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País, Paes chegou à disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro com alta popularidade e a expectativa de vitória em primeiro turno. Ramagem apareceu empatado na margem de erro, com 9%, com o pré-candidato do PSOL, Tarcísio Motta, que tem 7%.

A pesquisa foi registrada no TSE sob o número RJ-06701/2024, ouviu 840 eleitores de 2 a 4 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais.

Segundo Mayra, Paes deve evitar temas ideológicos e associações a figuras nacionais para evitar “aportar mais rejeição para a candidatura à reeleição”.

“No caso do Eduardo Paes, além de ter muita intenção de voto, ele é amplamente conhecido. Esses recursos são menos importantes para ele, por isso que no primeiro debate ele se manteve numa zona de segurança, numa posição de defender a sua gestão num perfil técnico, indicando que conhece a cidade, e evitou temas que polarizem, temas que evoquem questões muito ideológicas, por exemplo aborto, cotas, ação afirmativa. E evitou as menções às lideranças nacionais, no caso Lula, porque isso aportaria mais rejeição a sua campanha”, explicou.

O novo levantamento medirá o impacto do primeiro debate promovido pela TV Band no dia 8 de agosto e a primeira semana de campanha de rua. Paes busca se contrapor ao governador Cláudio Castro (PL) em uma estratégia para desconstruir a principal narrativa dos adversários bolsonaristas na disputa, Ramagem, apadrinhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e Rodrigo Amorim (União): o apelo para segurança pública. A relação institucional entre Paes e Castro, adotada durante a gestão do Executivo carioca e o comando do Estado, deu espaço a uma “guerra campal” em entrevistas, debates e redes sociais.

Eduardo Paes e Alexandre Ramagem no debate da TV Band no Rio de Janeiro Foto: @tvbandrio via Youtube

Ao associar Ramagem à política de segurança pública tocada por Castro no governo do Estado, Paes mina a principal arma do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que é a exploração da ligação com Bolsonaro. O foco do candidato do PSD é desnacionalizar a campanha e evitar uma disputa “Lula x Bolsonaro” em âmbito municipal no berço do bolsonarismo no País.

Eleições anteriores apontaram estabilidade em pesquisas

Nas duas eleições passadas, em 2020 e 2016, os candidatos que chegaram ao início da campanha à frente nas pesquisas de intenção de voto mantiveram o desempenho no primeiro levantamento após a largada da disputa.

Em 2020, Eduardo Paes, então candidato pelo DEM ao terceiro mandato, registrou 19,7%, 25% e 28,6%, respectivamente, nas três últimas pesquisas de intenção de voto na pré-campanha. O principal adversário, Marcelo Crivella (Republicanos), candidato à reeleição, marcava 11,1%, 16%, 15,4%. O primeiro levantamento da campanha, no dia 2 de outubro, divulgado pelo Ibope, mostrou Paes na liderança com 27% e Crivella com 12%, tecnicamente empatado com Martha Rocha (8%) e Benedita (7%).

Já em 2016, a campanha eleitoral começou oficialmente no dia 16 de agosto. Os dois principais candidatos, Marcelo Crivella e Marcelo Freixo, então candidato do PSOL, chegaram com 33,3% e 13,8%, respectivamente ao início da disputa. O primeiro levantamento, divulgado pelo Ibope, no dia 21 de agosto, apontou uma estabilidade dos candidatos, com 27% e 12%.

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