Novo comandante da Marinha toma posse, agradece Lula e promete lealdade a ministro da Defesa


Em cerimônia de posse sem presença do antecessor, almirante Marcos Sampaio Olsen foi o único dos três novos comandantes das Forças Armadas a mencionar o presidente ao assumir o cargo

Por Felipe Frazão e Eliane Cantanhêde
Atualização:

BRASÍLIA - O almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, novo comandante da Marinha, assumiu o cargo nesta quinta-feira, dia 5, em cerimônia de posse marcada pela ausência de seu antecessor e por um agradecimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Olsen foi o único dos três novos comandantes das Forças Armadas a, em cerimônia pública e aberta à imprensa, citar o petista. O almirante afirmou que Lula garantiu recursos solicitados pela Marinha, sobretudo para os programas estratégicos da Força Naval, como a construção de fragatas e submarinos. Ele garantiu “lealdade” ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

“Expresso aqui notória gratidão ao presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo apanágio ao nomear-me comandante da Marinha. Agradeço o introdutório de orientações e estímulo, particularmente, ao referir-se à necessidade premente de prover o requerido espaço orçamentário para aumentar a capacidade e prontidão operacional da Marinha do Brasil”, disse Olsen. “Ao ministro de Estado da Defesa, José Múcio Monteiro, pela honra e agraciamento pela indicação para o cargo, asseverando minha lealdade, comprometimento, disponibilidade e diligência na condução da Força Naval.”

Comandante da Marinha toma posse na presença do ministro da Defesa Foto: Reprodução
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A declaração ocorreu diante de ex-colaboradores e apoiadores de Jair Bolsonaro, como o almirante de Esquadra Flávio Viana Rocha, ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, e do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas, apoiador de Bolsonaro e de manifestações antidemocráticas, como o acampamento no Quartel-General, que rejeitava a eleição do petista e clamava por um golpe militar. Ao final da solenidade, José Múcio fez questão de cumprimentar Villas Bôas e trocou algumas palavras com sua esposa.

O ministro da Defesa também voltou a citar gratidão a Lula e disse que a Marinha é instituição de Estado, com atribuições “indelegáveis” a qualquer outro órgão nacional. Segundo Múcio, o que está em curso é “um processo natural de renovação” das Forças Armadas. “Ratifico a minha pela tranquilidade em saber que o timão da Marinha está confiado às mãos competentes de tão experiente oficial”, afirmou Múcio, segundo quem o atual ambiente global é “complexo, volátil e permeado de incertezas”.

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Cumprir a missão

O novo comandante pregou o cumprimento da missão constitucional da Marinha “em estrita observância às políticas, estratégias e planos nacionais e setoriais de Defesa”. E disse que as necessidades da Marinha estão alinhadas às melhores práticas de governança dos recursos públicos. O comandante afirmou que “o culto às tradições, a camaradagem a forja maruja, urdida por ventos fortes e mar grosso, alicerçam a confiança e serenidade necessárias para o abalizado exercício do cargo”.

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O almirante tem demostrando, em conversas privadas, preocupação com o andamento dos projetos estratégicos de longo prazo e com a garantia de orçamento para minimizar riscos de que não deem certo. Nenhum dos projetos de desenvolvimento de equipamentos no Exército, na Marinha e na Aeronáutica deixou de sofrer atrasos nos últimos anos, por restrições de verba. Submarinista, Olsen tem especial atenção ao ProSub, que constrói quatro submarinos convencionais e um novo projeto de propulsão nuclear, em parceria com a França.

“A estatura política e estratégica do Estado brasileiro reclama por um poder naval compatível, dotado de capacidade operacional crível, estruturada sob condições de eficiência que garantam seu pleno emprego e a defesa da pátria e a salvaguarda dos interesses nacionais no mar e em águas anteriores, em sintonia com os anseios da sociedade. Os oceanos são espaços naturais de poder nas relações internacionais”, disse Olsen.

Durante leitura da ordem do dia, seu discurso oficial, Olsen se emocionou ao falar de sua família e parentes. A cerimônia no Clube Naval contou com os 19 tiros de canhão, previstos em rito militar, prática que havia sido vetado da posse presidencial por iniciativa da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Olsen tem mostrado desenvoltura política e circulou durante horas no coquetel que Lula e Janta ofereceram no Itamaraty. Oficiais da Marinha falam em deixar para trás episódios de politização na caserna.

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Olsen assumiu a Marinha sem a presença do antecessor, o almirante Almir Garnier Santos, único dos últimos três comandantes do governo Jair Bolsonaro a não transmitir o cargo ao sucessor indicado por Lula. Mandou uma mensagem protocolar lida por um marinheiro. O ato foi tratado na caserna e no novo governo como um gesto político de hostilidade a Lula. Ele participou de discussões com os antigos comandantes de Exército e Aeronáutica sobre sair do cargo antecipadamente, à revelia do novo governo, mas por gestões políticas de Múcio a intenção foi contida. Garnier, porém, não aceitou negociar a data de saída do cargo com a Defesa. Primeiro rejeitou a aproximação com o ministro de Lula e, mesmo depois de ceder, recusou convite para que chegasse no mesmo carro com Múcio ao Clube Naval, um gesto de apaziguamento. A cerimônia foi transformada, então, em posse, em vez de passagem de comando.

O ato expressou a sensibilidade na relação de Lula com as Forças Armadas e o descontentamento com a vitória eleitoral do petista. Garnier era visto como um dos mais bolsonaristas da antiga cúpula militar brasileira, tinha mulher e filho empregados em cargos de confiança do governo e demonstrava apoio ao ex-presidente nas redes sociais. Ele jamais deu esclarecimentos sobre o motivo da ausência. Oficiais da ativa da Marinha dizem, sob reserva, que ele nunca justificou ter razões de saúde ou compromissos pessoais. A situação gerou desconforto entre oficiais-generais.

A ausência do ex-comandante Almir Garnier foi criticada em conversas durante o coquetel que se seguiu à posse. Alguns dos presentes falaram em “deselegância com os colegas” e ainda que Garnier esqueceu que Forças Armadas são de Estado, não de governo. Mesmo oficiais de menor escalão, dos círculos subalternos e intermediários, maioria na força, falavam em gesto de “insubordinação” e “desrespeito” aos fardados.

BRASÍLIA - O almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, novo comandante da Marinha, assumiu o cargo nesta quinta-feira, dia 5, em cerimônia de posse marcada pela ausência de seu antecessor e por um agradecimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Olsen foi o único dos três novos comandantes das Forças Armadas a, em cerimônia pública e aberta à imprensa, citar o petista. O almirante afirmou que Lula garantiu recursos solicitados pela Marinha, sobretudo para os programas estratégicos da Força Naval, como a construção de fragatas e submarinos. Ele garantiu “lealdade” ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

“Expresso aqui notória gratidão ao presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo apanágio ao nomear-me comandante da Marinha. Agradeço o introdutório de orientações e estímulo, particularmente, ao referir-se à necessidade premente de prover o requerido espaço orçamentário para aumentar a capacidade e prontidão operacional da Marinha do Brasil”, disse Olsen. “Ao ministro de Estado da Defesa, José Múcio Monteiro, pela honra e agraciamento pela indicação para o cargo, asseverando minha lealdade, comprometimento, disponibilidade e diligência na condução da Força Naval.”

Comandante da Marinha toma posse na presença do ministro da Defesa Foto: Reprodução

A declaração ocorreu diante de ex-colaboradores e apoiadores de Jair Bolsonaro, como o almirante de Esquadra Flávio Viana Rocha, ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, e do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas, apoiador de Bolsonaro e de manifestações antidemocráticas, como o acampamento no Quartel-General, que rejeitava a eleição do petista e clamava por um golpe militar. Ao final da solenidade, José Múcio fez questão de cumprimentar Villas Bôas e trocou algumas palavras com sua esposa.

O ministro da Defesa também voltou a citar gratidão a Lula e disse que a Marinha é instituição de Estado, com atribuições “indelegáveis” a qualquer outro órgão nacional. Segundo Múcio, o que está em curso é “um processo natural de renovação” das Forças Armadas. “Ratifico a minha pela tranquilidade em saber que o timão da Marinha está confiado às mãos competentes de tão experiente oficial”, afirmou Múcio, segundo quem o atual ambiente global é “complexo, volátil e permeado de incertezas”.

Cumprir a missão

O novo comandante pregou o cumprimento da missão constitucional da Marinha “em estrita observância às políticas, estratégias e planos nacionais e setoriais de Defesa”. E disse que as necessidades da Marinha estão alinhadas às melhores práticas de governança dos recursos públicos. O comandante afirmou que “o culto às tradições, a camaradagem a forja maruja, urdida por ventos fortes e mar grosso, alicerçam a confiança e serenidade necessárias para o abalizado exercício do cargo”.

O almirante tem demostrando, em conversas privadas, preocupação com o andamento dos projetos estratégicos de longo prazo e com a garantia de orçamento para minimizar riscos de que não deem certo. Nenhum dos projetos de desenvolvimento de equipamentos no Exército, na Marinha e na Aeronáutica deixou de sofrer atrasos nos últimos anos, por restrições de verba. Submarinista, Olsen tem especial atenção ao ProSub, que constrói quatro submarinos convencionais e um novo projeto de propulsão nuclear, em parceria com a França.

“A estatura política e estratégica do Estado brasileiro reclama por um poder naval compatível, dotado de capacidade operacional crível, estruturada sob condições de eficiência que garantam seu pleno emprego e a defesa da pátria e a salvaguarda dos interesses nacionais no mar e em águas anteriores, em sintonia com os anseios da sociedade. Os oceanos são espaços naturais de poder nas relações internacionais”, disse Olsen.

Durante leitura da ordem do dia, seu discurso oficial, Olsen se emocionou ao falar de sua família e parentes. A cerimônia no Clube Naval contou com os 19 tiros de canhão, previstos em rito militar, prática que havia sido vetado da posse presidencial por iniciativa da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Olsen tem mostrado desenvoltura política e circulou durante horas no coquetel que Lula e Janta ofereceram no Itamaraty. Oficiais da Marinha falam em deixar para trás episódios de politização na caserna.

Olsen assumiu a Marinha sem a presença do antecessor, o almirante Almir Garnier Santos, único dos últimos três comandantes do governo Jair Bolsonaro a não transmitir o cargo ao sucessor indicado por Lula. Mandou uma mensagem protocolar lida por um marinheiro. O ato foi tratado na caserna e no novo governo como um gesto político de hostilidade a Lula. Ele participou de discussões com os antigos comandantes de Exército e Aeronáutica sobre sair do cargo antecipadamente, à revelia do novo governo, mas por gestões políticas de Múcio a intenção foi contida. Garnier, porém, não aceitou negociar a data de saída do cargo com a Defesa. Primeiro rejeitou a aproximação com o ministro de Lula e, mesmo depois de ceder, recusou convite para que chegasse no mesmo carro com Múcio ao Clube Naval, um gesto de apaziguamento. A cerimônia foi transformada, então, em posse, em vez de passagem de comando.

O ato expressou a sensibilidade na relação de Lula com as Forças Armadas e o descontentamento com a vitória eleitoral do petista. Garnier era visto como um dos mais bolsonaristas da antiga cúpula militar brasileira, tinha mulher e filho empregados em cargos de confiança do governo e demonstrava apoio ao ex-presidente nas redes sociais. Ele jamais deu esclarecimentos sobre o motivo da ausência. Oficiais da ativa da Marinha dizem, sob reserva, que ele nunca justificou ter razões de saúde ou compromissos pessoais. A situação gerou desconforto entre oficiais-generais.

A ausência do ex-comandante Almir Garnier foi criticada em conversas durante o coquetel que se seguiu à posse. Alguns dos presentes falaram em “deselegância com os colegas” e ainda que Garnier esqueceu que Forças Armadas são de Estado, não de governo. Mesmo oficiais de menor escalão, dos círculos subalternos e intermediários, maioria na força, falavam em gesto de “insubordinação” e “desrespeito” aos fardados.

BRASÍLIA - O almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, novo comandante da Marinha, assumiu o cargo nesta quinta-feira, dia 5, em cerimônia de posse marcada pela ausência de seu antecessor e por um agradecimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Olsen foi o único dos três novos comandantes das Forças Armadas a, em cerimônia pública e aberta à imprensa, citar o petista. O almirante afirmou que Lula garantiu recursos solicitados pela Marinha, sobretudo para os programas estratégicos da Força Naval, como a construção de fragatas e submarinos. Ele garantiu “lealdade” ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

“Expresso aqui notória gratidão ao presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo apanágio ao nomear-me comandante da Marinha. Agradeço o introdutório de orientações e estímulo, particularmente, ao referir-se à necessidade premente de prover o requerido espaço orçamentário para aumentar a capacidade e prontidão operacional da Marinha do Brasil”, disse Olsen. “Ao ministro de Estado da Defesa, José Múcio Monteiro, pela honra e agraciamento pela indicação para o cargo, asseverando minha lealdade, comprometimento, disponibilidade e diligência na condução da Força Naval.”

Comandante da Marinha toma posse na presença do ministro da Defesa Foto: Reprodução

A declaração ocorreu diante de ex-colaboradores e apoiadores de Jair Bolsonaro, como o almirante de Esquadra Flávio Viana Rocha, ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, e do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas, apoiador de Bolsonaro e de manifestações antidemocráticas, como o acampamento no Quartel-General, que rejeitava a eleição do petista e clamava por um golpe militar. Ao final da solenidade, José Múcio fez questão de cumprimentar Villas Bôas e trocou algumas palavras com sua esposa.

O ministro da Defesa também voltou a citar gratidão a Lula e disse que a Marinha é instituição de Estado, com atribuições “indelegáveis” a qualquer outro órgão nacional. Segundo Múcio, o que está em curso é “um processo natural de renovação” das Forças Armadas. “Ratifico a minha pela tranquilidade em saber que o timão da Marinha está confiado às mãos competentes de tão experiente oficial”, afirmou Múcio, segundo quem o atual ambiente global é “complexo, volátil e permeado de incertezas”.

Cumprir a missão

O novo comandante pregou o cumprimento da missão constitucional da Marinha “em estrita observância às políticas, estratégias e planos nacionais e setoriais de Defesa”. E disse que as necessidades da Marinha estão alinhadas às melhores práticas de governança dos recursos públicos. O comandante afirmou que “o culto às tradições, a camaradagem a forja maruja, urdida por ventos fortes e mar grosso, alicerçam a confiança e serenidade necessárias para o abalizado exercício do cargo”.

O almirante tem demostrando, em conversas privadas, preocupação com o andamento dos projetos estratégicos de longo prazo e com a garantia de orçamento para minimizar riscos de que não deem certo. Nenhum dos projetos de desenvolvimento de equipamentos no Exército, na Marinha e na Aeronáutica deixou de sofrer atrasos nos últimos anos, por restrições de verba. Submarinista, Olsen tem especial atenção ao ProSub, que constrói quatro submarinos convencionais e um novo projeto de propulsão nuclear, em parceria com a França.

“A estatura política e estratégica do Estado brasileiro reclama por um poder naval compatível, dotado de capacidade operacional crível, estruturada sob condições de eficiência que garantam seu pleno emprego e a defesa da pátria e a salvaguarda dos interesses nacionais no mar e em águas anteriores, em sintonia com os anseios da sociedade. Os oceanos são espaços naturais de poder nas relações internacionais”, disse Olsen.

Durante leitura da ordem do dia, seu discurso oficial, Olsen se emocionou ao falar de sua família e parentes. A cerimônia no Clube Naval contou com os 19 tiros de canhão, previstos em rito militar, prática que havia sido vetado da posse presidencial por iniciativa da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Olsen tem mostrado desenvoltura política e circulou durante horas no coquetel que Lula e Janta ofereceram no Itamaraty. Oficiais da Marinha falam em deixar para trás episódios de politização na caserna.

Olsen assumiu a Marinha sem a presença do antecessor, o almirante Almir Garnier Santos, único dos últimos três comandantes do governo Jair Bolsonaro a não transmitir o cargo ao sucessor indicado por Lula. Mandou uma mensagem protocolar lida por um marinheiro. O ato foi tratado na caserna e no novo governo como um gesto político de hostilidade a Lula. Ele participou de discussões com os antigos comandantes de Exército e Aeronáutica sobre sair do cargo antecipadamente, à revelia do novo governo, mas por gestões políticas de Múcio a intenção foi contida. Garnier, porém, não aceitou negociar a data de saída do cargo com a Defesa. Primeiro rejeitou a aproximação com o ministro de Lula e, mesmo depois de ceder, recusou convite para que chegasse no mesmo carro com Múcio ao Clube Naval, um gesto de apaziguamento. A cerimônia foi transformada, então, em posse, em vez de passagem de comando.

O ato expressou a sensibilidade na relação de Lula com as Forças Armadas e o descontentamento com a vitória eleitoral do petista. Garnier era visto como um dos mais bolsonaristas da antiga cúpula militar brasileira, tinha mulher e filho empregados em cargos de confiança do governo e demonstrava apoio ao ex-presidente nas redes sociais. Ele jamais deu esclarecimentos sobre o motivo da ausência. Oficiais da ativa da Marinha dizem, sob reserva, que ele nunca justificou ter razões de saúde ou compromissos pessoais. A situação gerou desconforto entre oficiais-generais.

A ausência do ex-comandante Almir Garnier foi criticada em conversas durante o coquetel que se seguiu à posse. Alguns dos presentes falaram em “deselegância com os colegas” e ainda que Garnier esqueceu que Forças Armadas são de Estado, não de governo. Mesmo oficiais de menor escalão, dos círculos subalternos e intermediários, maioria na força, falavam em gesto de “insubordinação” e “desrespeito” aos fardados.

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