8 de janeiro: Núcleo político dos ataques golpistas segue oculto após um mês da invasão em Brasília


Trinta dias depois dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, ainda não se sabe como funcionava a engrenagem da conspiração e há dúvidas se militares da ativa vão responder por seus atos

Por Vera Rosa
Atualização:

Passados 30 dias da tentativa de golpe no Brasil, muitas dúvidas ainda pairam sobre a Praça dos Três Poderes. Há convicção de que os atos de vandalismo no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF) seguiram um script planejado e fica cada vez mais evidente que o ex-presidente Jair Bolsonaro insuflou protestos e invasões, com a conivência de uma ala do Exército. Mas até onde vai a configuração do núcleo político e financeiro desses ataques?

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) puxou Bolsonaro para o centro da crise ao dizer que participou de uma reunião com ele e com o então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em 9 de dezembro do ano passado, na qual foi exposto um plano para gravar o ministro do STF Alexandre de Moraes. Embora Do Val tenha mudado cinco vezes a versão sobre o encontro, em todas afirmou que o objetivo era impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter Bolsonaro no poder.

São muitos os fatos interligados nessa trama. Um mês depois da fatídica reunião citada pelo senador, a Polícia Federal apreendeu na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, uma minuta do golpe. Era, na prática, o rascunho de um decreto para Bolsonaro instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), comandado por Moraes.

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Ataques em Brasília se somaram a acusações de tentativa de golpe e minuta instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Foto: Wilton Junior/Estadão

Poucos sabem, mas uma ala do União Brasil queria que Torres, hoje preso, fosse candidato a vice na chapa de Bolsonaro. O acordo só não saiu porque o então presidente, na campanha pela reeleição, preferiu fazer dobradinha com um militar: no caso, o ex-ministro Braga Netto.

Após a derrota de 2022, o general pediu a radicais bolsonaristas que tivessem “fé”. E deu no que deu. O ataque que nesta quarta-feira, 8, completa um mês deixou uma fatura de R$ 40 milhões em consertos de prédios públicos, restauração de obras de arte e segurança.

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A conta, no entanto, vai muito além dos cifrões. Pergunta-se, por exemplo, até que ponto militares da ativa, das Forças Armadas, responderão por possíveis crimes. E o que mudará na legislação para impedir nova barbárie como a de 8 de janeiro?

“Para virar essa página é preciso perseverar na catequese democrática, criar leis de proteção, punir quem cometeu esses atos e abrir a agenda do governo para temas sociais”, disse à coluna o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

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Em meados de janeiro, Dino apresentou a Lula propostas para um “pacote antigolpe”, certo de que as apurações vão consumir no mínimo o ano inteiro. Nos Estados Unidos, onde Bolsonaro se encontra desde 30 de dezembro, as investigações da invasão ao Capitólio, em 2021, duraram quase 24 meses. Aqui no Brasil, porém, o Congresso está agora mais interessado na queda de braço entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e também em criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar qualquer coisa.

A moeda de troca para o Palácio do Planalto evitar o que já batizou como CPI “do fim do mundo” – onde todos os assuntos se encaixam e podem se voltar contra o governo – será, para variar, distribuição de cargos. Enquanto isso, o núcleo político do golpismo continua oculto. E bem longe de ser quebrado.

Passados 30 dias da tentativa de golpe no Brasil, muitas dúvidas ainda pairam sobre a Praça dos Três Poderes. Há convicção de que os atos de vandalismo no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF) seguiram um script planejado e fica cada vez mais evidente que o ex-presidente Jair Bolsonaro insuflou protestos e invasões, com a conivência de uma ala do Exército. Mas até onde vai a configuração do núcleo político e financeiro desses ataques?

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) puxou Bolsonaro para o centro da crise ao dizer que participou de uma reunião com ele e com o então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em 9 de dezembro do ano passado, na qual foi exposto um plano para gravar o ministro do STF Alexandre de Moraes. Embora Do Val tenha mudado cinco vezes a versão sobre o encontro, em todas afirmou que o objetivo era impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter Bolsonaro no poder.

São muitos os fatos interligados nessa trama. Um mês depois da fatídica reunião citada pelo senador, a Polícia Federal apreendeu na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, uma minuta do golpe. Era, na prática, o rascunho de um decreto para Bolsonaro instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), comandado por Moraes.

Ataques em Brasília se somaram a acusações de tentativa de golpe e minuta instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Foto: Wilton Junior/Estadão

Poucos sabem, mas uma ala do União Brasil queria que Torres, hoje preso, fosse candidato a vice na chapa de Bolsonaro. O acordo só não saiu porque o então presidente, na campanha pela reeleição, preferiu fazer dobradinha com um militar: no caso, o ex-ministro Braga Netto.

Após a derrota de 2022, o general pediu a radicais bolsonaristas que tivessem “fé”. E deu no que deu. O ataque que nesta quarta-feira, 8, completa um mês deixou uma fatura de R$ 40 milhões em consertos de prédios públicos, restauração de obras de arte e segurança.

A conta, no entanto, vai muito além dos cifrões. Pergunta-se, por exemplo, até que ponto militares da ativa, das Forças Armadas, responderão por possíveis crimes. E o que mudará na legislação para impedir nova barbárie como a de 8 de janeiro?

“Para virar essa página é preciso perseverar na catequese democrática, criar leis de proteção, punir quem cometeu esses atos e abrir a agenda do governo para temas sociais”, disse à coluna o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

Em meados de janeiro, Dino apresentou a Lula propostas para um “pacote antigolpe”, certo de que as apurações vão consumir no mínimo o ano inteiro. Nos Estados Unidos, onde Bolsonaro se encontra desde 30 de dezembro, as investigações da invasão ao Capitólio, em 2021, duraram quase 24 meses. Aqui no Brasil, porém, o Congresso está agora mais interessado na queda de braço entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e também em criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar qualquer coisa.

A moeda de troca para o Palácio do Planalto evitar o que já batizou como CPI “do fim do mundo” – onde todos os assuntos se encaixam e podem se voltar contra o governo – será, para variar, distribuição de cargos. Enquanto isso, o núcleo político do golpismo continua oculto. E bem longe de ser quebrado.

Passados 30 dias da tentativa de golpe no Brasil, muitas dúvidas ainda pairam sobre a Praça dos Três Poderes. Há convicção de que os atos de vandalismo no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF) seguiram um script planejado e fica cada vez mais evidente que o ex-presidente Jair Bolsonaro insuflou protestos e invasões, com a conivência de uma ala do Exército. Mas até onde vai a configuração do núcleo político e financeiro desses ataques?

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) puxou Bolsonaro para o centro da crise ao dizer que participou de uma reunião com ele e com o então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em 9 de dezembro do ano passado, na qual foi exposto um plano para gravar o ministro do STF Alexandre de Moraes. Embora Do Val tenha mudado cinco vezes a versão sobre o encontro, em todas afirmou que o objetivo era impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter Bolsonaro no poder.

São muitos os fatos interligados nessa trama. Um mês depois da fatídica reunião citada pelo senador, a Polícia Federal apreendeu na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, uma minuta do golpe. Era, na prática, o rascunho de um decreto para Bolsonaro instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), comandado por Moraes.

Ataques em Brasília se somaram a acusações de tentativa de golpe e minuta instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Foto: Wilton Junior/Estadão

Poucos sabem, mas uma ala do União Brasil queria que Torres, hoje preso, fosse candidato a vice na chapa de Bolsonaro. O acordo só não saiu porque o então presidente, na campanha pela reeleição, preferiu fazer dobradinha com um militar: no caso, o ex-ministro Braga Netto.

Após a derrota de 2022, o general pediu a radicais bolsonaristas que tivessem “fé”. E deu no que deu. O ataque que nesta quarta-feira, 8, completa um mês deixou uma fatura de R$ 40 milhões em consertos de prédios públicos, restauração de obras de arte e segurança.

A conta, no entanto, vai muito além dos cifrões. Pergunta-se, por exemplo, até que ponto militares da ativa, das Forças Armadas, responderão por possíveis crimes. E o que mudará na legislação para impedir nova barbárie como a de 8 de janeiro?

“Para virar essa página é preciso perseverar na catequese democrática, criar leis de proteção, punir quem cometeu esses atos e abrir a agenda do governo para temas sociais”, disse à coluna o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

Em meados de janeiro, Dino apresentou a Lula propostas para um “pacote antigolpe”, certo de que as apurações vão consumir no mínimo o ano inteiro. Nos Estados Unidos, onde Bolsonaro se encontra desde 30 de dezembro, as investigações da invasão ao Capitólio, em 2021, duraram quase 24 meses. Aqui no Brasil, porém, o Congresso está agora mais interessado na queda de braço entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e também em criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar qualquer coisa.

A moeda de troca para o Palácio do Planalto evitar o que já batizou como CPI “do fim do mundo” – onde todos os assuntos se encaixam e podem se voltar contra o governo – será, para variar, distribuição de cargos. Enquanto isso, o núcleo político do golpismo continua oculto. E bem longe de ser quebrado.

Passados 30 dias da tentativa de golpe no Brasil, muitas dúvidas ainda pairam sobre a Praça dos Três Poderes. Há convicção de que os atos de vandalismo no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF) seguiram um script planejado e fica cada vez mais evidente que o ex-presidente Jair Bolsonaro insuflou protestos e invasões, com a conivência de uma ala do Exército. Mas até onde vai a configuração do núcleo político e financeiro desses ataques?

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) puxou Bolsonaro para o centro da crise ao dizer que participou de uma reunião com ele e com o então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em 9 de dezembro do ano passado, na qual foi exposto um plano para gravar o ministro do STF Alexandre de Moraes. Embora Do Val tenha mudado cinco vezes a versão sobre o encontro, em todas afirmou que o objetivo era impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter Bolsonaro no poder.

São muitos os fatos interligados nessa trama. Um mês depois da fatídica reunião citada pelo senador, a Polícia Federal apreendeu na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, uma minuta do golpe. Era, na prática, o rascunho de um decreto para Bolsonaro instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), comandado por Moraes.

Ataques em Brasília se somaram a acusações de tentativa de golpe e minuta instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Foto: Wilton Junior/Estadão

Poucos sabem, mas uma ala do União Brasil queria que Torres, hoje preso, fosse candidato a vice na chapa de Bolsonaro. O acordo só não saiu porque o então presidente, na campanha pela reeleição, preferiu fazer dobradinha com um militar: no caso, o ex-ministro Braga Netto.

Após a derrota de 2022, o general pediu a radicais bolsonaristas que tivessem “fé”. E deu no que deu. O ataque que nesta quarta-feira, 8, completa um mês deixou uma fatura de R$ 40 milhões em consertos de prédios públicos, restauração de obras de arte e segurança.

A conta, no entanto, vai muito além dos cifrões. Pergunta-se, por exemplo, até que ponto militares da ativa, das Forças Armadas, responderão por possíveis crimes. E o que mudará na legislação para impedir nova barbárie como a de 8 de janeiro?

“Para virar essa página é preciso perseverar na catequese democrática, criar leis de proteção, punir quem cometeu esses atos e abrir a agenda do governo para temas sociais”, disse à coluna o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

Em meados de janeiro, Dino apresentou a Lula propostas para um “pacote antigolpe”, certo de que as apurações vão consumir no mínimo o ano inteiro. Nos Estados Unidos, onde Bolsonaro se encontra desde 30 de dezembro, as investigações da invasão ao Capitólio, em 2021, duraram quase 24 meses. Aqui no Brasil, porém, o Congresso está agora mais interessado na queda de braço entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e também em criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar qualquer coisa.

A moeda de troca para o Palácio do Planalto evitar o que já batizou como CPI “do fim do mundo” – onde todos os assuntos se encaixam e podem se voltar contra o governo – será, para variar, distribuição de cargos. Enquanto isso, o núcleo político do golpismo continua oculto. E bem longe de ser quebrado.

Passados 30 dias da tentativa de golpe no Brasil, muitas dúvidas ainda pairam sobre a Praça dos Três Poderes. Há convicção de que os atos de vandalismo no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF) seguiram um script planejado e fica cada vez mais evidente que o ex-presidente Jair Bolsonaro insuflou protestos e invasões, com a conivência de uma ala do Exército. Mas até onde vai a configuração do núcleo político e financeiro desses ataques?

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) puxou Bolsonaro para o centro da crise ao dizer que participou de uma reunião com ele e com o então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em 9 de dezembro do ano passado, na qual foi exposto um plano para gravar o ministro do STF Alexandre de Moraes. Embora Do Val tenha mudado cinco vezes a versão sobre o encontro, em todas afirmou que o objetivo era impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter Bolsonaro no poder.

São muitos os fatos interligados nessa trama. Um mês depois da fatídica reunião citada pelo senador, a Polícia Federal apreendeu na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, uma minuta do golpe. Era, na prática, o rascunho de um decreto para Bolsonaro instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), comandado por Moraes.

Ataques em Brasília se somaram a acusações de tentativa de golpe e minuta instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Foto: Wilton Junior/Estadão

Poucos sabem, mas uma ala do União Brasil queria que Torres, hoje preso, fosse candidato a vice na chapa de Bolsonaro. O acordo só não saiu porque o então presidente, na campanha pela reeleição, preferiu fazer dobradinha com um militar: no caso, o ex-ministro Braga Netto.

Após a derrota de 2022, o general pediu a radicais bolsonaristas que tivessem “fé”. E deu no que deu. O ataque que nesta quarta-feira, 8, completa um mês deixou uma fatura de R$ 40 milhões em consertos de prédios públicos, restauração de obras de arte e segurança.

A conta, no entanto, vai muito além dos cifrões. Pergunta-se, por exemplo, até que ponto militares da ativa, das Forças Armadas, responderão por possíveis crimes. E o que mudará na legislação para impedir nova barbárie como a de 8 de janeiro?

“Para virar essa página é preciso perseverar na catequese democrática, criar leis de proteção, punir quem cometeu esses atos e abrir a agenda do governo para temas sociais”, disse à coluna o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

Em meados de janeiro, Dino apresentou a Lula propostas para um “pacote antigolpe”, certo de que as apurações vão consumir no mínimo o ano inteiro. Nos Estados Unidos, onde Bolsonaro se encontra desde 30 de dezembro, as investigações da invasão ao Capitólio, em 2021, duraram quase 24 meses. Aqui no Brasil, porém, o Congresso está agora mais interessado na queda de braço entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e também em criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar qualquer coisa.

A moeda de troca para o Palácio do Planalto evitar o que já batizou como CPI “do fim do mundo” – onde todos os assuntos se encaixam e podem se voltar contra o governo – será, para variar, distribuição de cargos. Enquanto isso, o núcleo político do golpismo continua oculto. E bem longe de ser quebrado.

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