Nunes exibe ‘frente ampla’ contra Boulos em jantar com dirigentes de 9 partidos; veja quem foi


Encontro organizado pelo MDB reforça discurso do prefeito de que composição é diversa para barrar o adversário; grupo delega a Rodrigo Garcia a coordenação do programa de governo

Por Samuel Lima

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição em 2024, reuniu dirigentes de nove partidos em um jantar em São Paulo esta semana para exibir uma “frente ampla” contra o seu principal adversário nas urnas, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O encontro ocorreu na residência do ex-senador Luiz Pastore (MDB), no bairro Jardins, na segunda-feira, 22.

Segundo apurou o Estadão com políticos presentes, o evento serviu para avaliar a estratégia atual do prefeito e seu desempenho nas pesquisas e teve como efeito prático a designação do ex-governador Rodrigo Garcia, que recém deixou o PSDB, como coordenador do programa de governo do emedebista. Já a definição de vice teria ficado ausente das conversas neste momento, assim como o papel reservado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), teve encontro de campanha com dirigentes partidários. Foto: Divulgação/Pré-campanha Ricardo Nunes
continua após a publicidade

Internamente, não se tem dúvidas de que o principal ganho político de Nunes consiste no fato de o encontro ter reunido caciques de MDB, PL, Republicanos, PSD, União Brasil, PRD, Avante, Podemos e Solidariedade, além do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para o grupo, a foto materializa uma “frente ampla” de fato, termo que vem sendo objeto de disputa com Boulos — pelo lado do adversário, a composição seria necessária para barrar a vitória de um candidato apoiado por Bolsonaro em São Paulo.

Da lista, o partido de Antônio de Rueda (União Brasil) é o único que ainda não firmou apoio oficialmente ao prefeito, mas o acerto é visto por aliados como uma questão de tempo. O principal defensor da aliança é o presidente da Câmara, Milton Leite, que faz jogo duro pelo posto de vice na chapa de Nunes em outubro. Por outro lado, o Progressistas está na coligação, mas seu representante, o senador Ciro Nogueira, do Piauí, faltou ao encontro.

Boulos conta com o apoio do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de Rede, PV, PCdoB e PDT na eleição pela Prefeitura de São Paulo. A disputa ainda envolve a deputada federal Tabata Amaral (PSB), que tenta atrair o apoio do PSDB, além de Marina Helena (Novo), Altino (PSTU) e Pablo Marçal (PRTB). Kim Kataguiri (União Brasil) e Abraham Weintraub (PMB) tentam viabilizar candidaturas, mas dependem do apoio dos seus partidos.

continua após a publicidade

A escolha de Garcia para coordenar o programa de governo, segundo fontes ouvidas pela reportagem, não enfrentou resistência mesmo no grupo ligado a Bolsonaro. O ex-governador paulista foi vice de João Doria, desafeto do ex-presidente durante o seu governo, mas ganha pontos por ter manifestado apoio ao candidato do PL e ajudado na campanha de Tarcísio no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Aliados do prefeito paulistano acreditam que ele está numa trajetória de crescimento. Na visão deles, o governo Lula enfrenta uma crise de popularidade que transfere rejeição a Boulos e, faltando cerca de cinco meses para as eleições, não haveria mais tempo hábil de recuperação no plano federal.

continua após a publicidade

Diante do cenário, houve no evento quem defendesse uma composição semelhante à de Nunes nas eleições de 2026, tendo Tarcísio como protagonista. Essa costura esbarra no fato de quatro partidos (PSD, Republicanos e Progressistas, além do próprio MDB) responderem por 11 ministérios em Brasília atualmente.

Quem é quem na foto de Nunes

*em pé, da esquerda para a direita

continua após a publicidade
  • Aldo Rebelo (MDB), secretário municipal de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo
  • Pedro Nepomuceno Filho, presidente do Solidariedade da cidade de São Paulo
  • Carlos Marun (MDB), ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo
  • Rodrigo Garcia (sem partido), ex-governador do Estado de São Paulo
  • Fabio Wajngarten (PL), advogado de Jair Bolsonaro e ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social
  • Baleia Rossi, deputado federal e presidente nacional do MDB; coordena a campanha de Nunes
  • Enrico Misasi, presidente do Diretório Municipal do MDB de São Paulo e secretário municipal de Relações Institucionais da Prefeitura de São Paulo
  • Paulinho da Força, deputado federal e presidente nacional do Solidariedade
  • Ovasco Resende, presidente nacional do PRD
  • Luis Tibé, presidente nacional do Avante
  • Altineu Cortes, deputado federal (PL-RJ)
  • Antônio Imbassahy (PSDB), ex-governador da Bahia
  • Rodrigo Arenas, presidente estadual do MDB-SP
  • Gabriel Abreu, presidente municipal do Podemos
  • Fabrício Cobra (PSDB), secretário da Casa Civil da Prefeitura de São Paulo
  • Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara Municipal de São Paulo
  • Edson Aparecido (MDB), secretário municipal de Governo da Prefeitura de São Paulo

*no sofá, da esquerda para a direita

  • Luiz Pastore (MDB), ex-senador da República
  • Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL
  • Marcos Pereira, deputado federal e presidente nacional do Republicanos
  • Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo
  • Renata Abreu, deputada federal e presidente nacional do Podemos
  • Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo
continua após a publicidade

*estiveram presentes, mas não estão na foto

  • Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD e secretário de Estado de Governo de São Paulo
  • Michel Temer (MDB), ex-presidente da República
  • Duda Lima, marqueteiro da campanha do prefeito à reeleição

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição em 2024, reuniu dirigentes de nove partidos em um jantar em São Paulo esta semana para exibir uma “frente ampla” contra o seu principal adversário nas urnas, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O encontro ocorreu na residência do ex-senador Luiz Pastore (MDB), no bairro Jardins, na segunda-feira, 22.

Segundo apurou o Estadão com políticos presentes, o evento serviu para avaliar a estratégia atual do prefeito e seu desempenho nas pesquisas e teve como efeito prático a designação do ex-governador Rodrigo Garcia, que recém deixou o PSDB, como coordenador do programa de governo do emedebista. Já a definição de vice teria ficado ausente das conversas neste momento, assim como o papel reservado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), teve encontro de campanha com dirigentes partidários. Foto: Divulgação/Pré-campanha Ricardo Nunes

Internamente, não se tem dúvidas de que o principal ganho político de Nunes consiste no fato de o encontro ter reunido caciques de MDB, PL, Republicanos, PSD, União Brasil, PRD, Avante, Podemos e Solidariedade, além do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para o grupo, a foto materializa uma “frente ampla” de fato, termo que vem sendo objeto de disputa com Boulos — pelo lado do adversário, a composição seria necessária para barrar a vitória de um candidato apoiado por Bolsonaro em São Paulo.

Da lista, o partido de Antônio de Rueda (União Brasil) é o único que ainda não firmou apoio oficialmente ao prefeito, mas o acerto é visto por aliados como uma questão de tempo. O principal defensor da aliança é o presidente da Câmara, Milton Leite, que faz jogo duro pelo posto de vice na chapa de Nunes em outubro. Por outro lado, o Progressistas está na coligação, mas seu representante, o senador Ciro Nogueira, do Piauí, faltou ao encontro.

Boulos conta com o apoio do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de Rede, PV, PCdoB e PDT na eleição pela Prefeitura de São Paulo. A disputa ainda envolve a deputada federal Tabata Amaral (PSB), que tenta atrair o apoio do PSDB, além de Marina Helena (Novo), Altino (PSTU) e Pablo Marçal (PRTB). Kim Kataguiri (União Brasil) e Abraham Weintraub (PMB) tentam viabilizar candidaturas, mas dependem do apoio dos seus partidos.

A escolha de Garcia para coordenar o programa de governo, segundo fontes ouvidas pela reportagem, não enfrentou resistência mesmo no grupo ligado a Bolsonaro. O ex-governador paulista foi vice de João Doria, desafeto do ex-presidente durante o seu governo, mas ganha pontos por ter manifestado apoio ao candidato do PL e ajudado na campanha de Tarcísio no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Aliados do prefeito paulistano acreditam que ele está numa trajetória de crescimento. Na visão deles, o governo Lula enfrenta uma crise de popularidade que transfere rejeição a Boulos e, faltando cerca de cinco meses para as eleições, não haveria mais tempo hábil de recuperação no plano federal.

Diante do cenário, houve no evento quem defendesse uma composição semelhante à de Nunes nas eleições de 2026, tendo Tarcísio como protagonista. Essa costura esbarra no fato de quatro partidos (PSD, Republicanos e Progressistas, além do próprio MDB) responderem por 11 ministérios em Brasília atualmente.

Quem é quem na foto de Nunes

*em pé, da esquerda para a direita

  • Aldo Rebelo (MDB), secretário municipal de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo
  • Pedro Nepomuceno Filho, presidente do Solidariedade da cidade de São Paulo
  • Carlos Marun (MDB), ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo
  • Rodrigo Garcia (sem partido), ex-governador do Estado de São Paulo
  • Fabio Wajngarten (PL), advogado de Jair Bolsonaro e ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social
  • Baleia Rossi, deputado federal e presidente nacional do MDB; coordena a campanha de Nunes
  • Enrico Misasi, presidente do Diretório Municipal do MDB de São Paulo e secretário municipal de Relações Institucionais da Prefeitura de São Paulo
  • Paulinho da Força, deputado federal e presidente nacional do Solidariedade
  • Ovasco Resende, presidente nacional do PRD
  • Luis Tibé, presidente nacional do Avante
  • Altineu Cortes, deputado federal (PL-RJ)
  • Antônio Imbassahy (PSDB), ex-governador da Bahia
  • Rodrigo Arenas, presidente estadual do MDB-SP
  • Gabriel Abreu, presidente municipal do Podemos
  • Fabrício Cobra (PSDB), secretário da Casa Civil da Prefeitura de São Paulo
  • Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara Municipal de São Paulo
  • Edson Aparecido (MDB), secretário municipal de Governo da Prefeitura de São Paulo

*no sofá, da esquerda para a direita

  • Luiz Pastore (MDB), ex-senador da República
  • Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL
  • Marcos Pereira, deputado federal e presidente nacional do Republicanos
  • Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo
  • Renata Abreu, deputada federal e presidente nacional do Podemos
  • Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo

*estiveram presentes, mas não estão na foto

  • Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD e secretário de Estado de Governo de São Paulo
  • Michel Temer (MDB), ex-presidente da República
  • Duda Lima, marqueteiro da campanha do prefeito à reeleição

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição em 2024, reuniu dirigentes de nove partidos em um jantar em São Paulo esta semana para exibir uma “frente ampla” contra o seu principal adversário nas urnas, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O encontro ocorreu na residência do ex-senador Luiz Pastore (MDB), no bairro Jardins, na segunda-feira, 22.

Segundo apurou o Estadão com políticos presentes, o evento serviu para avaliar a estratégia atual do prefeito e seu desempenho nas pesquisas e teve como efeito prático a designação do ex-governador Rodrigo Garcia, que recém deixou o PSDB, como coordenador do programa de governo do emedebista. Já a definição de vice teria ficado ausente das conversas neste momento, assim como o papel reservado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), teve encontro de campanha com dirigentes partidários. Foto: Divulgação/Pré-campanha Ricardo Nunes

Internamente, não se tem dúvidas de que o principal ganho político de Nunes consiste no fato de o encontro ter reunido caciques de MDB, PL, Republicanos, PSD, União Brasil, PRD, Avante, Podemos e Solidariedade, além do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para o grupo, a foto materializa uma “frente ampla” de fato, termo que vem sendo objeto de disputa com Boulos — pelo lado do adversário, a composição seria necessária para barrar a vitória de um candidato apoiado por Bolsonaro em São Paulo.

Da lista, o partido de Antônio de Rueda (União Brasil) é o único que ainda não firmou apoio oficialmente ao prefeito, mas o acerto é visto por aliados como uma questão de tempo. O principal defensor da aliança é o presidente da Câmara, Milton Leite, que faz jogo duro pelo posto de vice na chapa de Nunes em outubro. Por outro lado, o Progressistas está na coligação, mas seu representante, o senador Ciro Nogueira, do Piauí, faltou ao encontro.

Boulos conta com o apoio do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de Rede, PV, PCdoB e PDT na eleição pela Prefeitura de São Paulo. A disputa ainda envolve a deputada federal Tabata Amaral (PSB), que tenta atrair o apoio do PSDB, além de Marina Helena (Novo), Altino (PSTU) e Pablo Marçal (PRTB). Kim Kataguiri (União Brasil) e Abraham Weintraub (PMB) tentam viabilizar candidaturas, mas dependem do apoio dos seus partidos.

A escolha de Garcia para coordenar o programa de governo, segundo fontes ouvidas pela reportagem, não enfrentou resistência mesmo no grupo ligado a Bolsonaro. O ex-governador paulista foi vice de João Doria, desafeto do ex-presidente durante o seu governo, mas ganha pontos por ter manifestado apoio ao candidato do PL e ajudado na campanha de Tarcísio no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Aliados do prefeito paulistano acreditam que ele está numa trajetória de crescimento. Na visão deles, o governo Lula enfrenta uma crise de popularidade que transfere rejeição a Boulos e, faltando cerca de cinco meses para as eleições, não haveria mais tempo hábil de recuperação no plano federal.

Diante do cenário, houve no evento quem defendesse uma composição semelhante à de Nunes nas eleições de 2026, tendo Tarcísio como protagonista. Essa costura esbarra no fato de quatro partidos (PSD, Republicanos e Progressistas, além do próprio MDB) responderem por 11 ministérios em Brasília atualmente.

Quem é quem na foto de Nunes

*em pé, da esquerda para a direita

  • Aldo Rebelo (MDB), secretário municipal de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo
  • Pedro Nepomuceno Filho, presidente do Solidariedade da cidade de São Paulo
  • Carlos Marun (MDB), ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo
  • Rodrigo Garcia (sem partido), ex-governador do Estado de São Paulo
  • Fabio Wajngarten (PL), advogado de Jair Bolsonaro e ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social
  • Baleia Rossi, deputado federal e presidente nacional do MDB; coordena a campanha de Nunes
  • Enrico Misasi, presidente do Diretório Municipal do MDB de São Paulo e secretário municipal de Relações Institucionais da Prefeitura de São Paulo
  • Paulinho da Força, deputado federal e presidente nacional do Solidariedade
  • Ovasco Resende, presidente nacional do PRD
  • Luis Tibé, presidente nacional do Avante
  • Altineu Cortes, deputado federal (PL-RJ)
  • Antônio Imbassahy (PSDB), ex-governador da Bahia
  • Rodrigo Arenas, presidente estadual do MDB-SP
  • Gabriel Abreu, presidente municipal do Podemos
  • Fabrício Cobra (PSDB), secretário da Casa Civil da Prefeitura de São Paulo
  • Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara Municipal de São Paulo
  • Edson Aparecido (MDB), secretário municipal de Governo da Prefeitura de São Paulo

*no sofá, da esquerda para a direita

  • Luiz Pastore (MDB), ex-senador da República
  • Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL
  • Marcos Pereira, deputado federal e presidente nacional do Republicanos
  • Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo
  • Renata Abreu, deputada federal e presidente nacional do Podemos
  • Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo

*estiveram presentes, mas não estão na foto

  • Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD e secretário de Estado de Governo de São Paulo
  • Michel Temer (MDB), ex-presidente da República
  • Duda Lima, marqueteiro da campanha do prefeito à reeleição

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.