Nunes falta a primeiro debate do segundo turno e Boulos promete adotar propostas de Marçal


Candidato do PSOL cobra de prefeito participação nos confrontos e nega ter ajustado sua atuação para parecer moderado na disputa eleitoral

Por Geovani Bucci e Hugo Henud
Atualização:

BRASÍLIA – O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) faltou ao primeiro embate para segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo. No debate promovido pelo Grupo Globo nesta quinta-feira, 10, e que virou uma sabatina do deputado federal Guilherme Boulos, o candidato do PSOL aproveitou para anunciar que vai incluir em seu plano de governo uma proposta para jovens do ex-coach Pablo Marçal (PRTB), derrotado no primeiro turno da eleição. O movimento visa atrair os eleitores que votaram no influenciador, que terminou o primeiro turno com 28,14% dos votos.

“Andando nas periferias, ouvi de muitos jovens o pedido para que déssemos destaque ao esporte”, explicou o deputado federal. “O esporte, além de ser saúde e um caminho de vida, salva muitos jovens na periferia, assim como a cultura. Já ouvi muitas histórias de jovens que estavam indo para um caminho errado, e com o esporte reconstruíram suas vidas.”

O candidato disse que pretende incluir uma proposta do influenciador de relacionar o esporte às escolas municipais, mesmo não detalhando como faria isso.

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Boulos criticou a ausência de Nunes no debate. A equipe do prefeito vem defendendo uma redução do número de confrontos entre os dois candidatos nessa segunda etapa da disputa eleitoral. O primeiro turno teve número recorde de debates na capital paulista.

“Queria lamentar que o atual prefeito, candidato Ricardo Nunes, tenha fugido do debate. Isso é ruim para a democracia. A gente já teve nessa eleição muito problema com cadeira, mas até agora não tinha tido cadeira vazia”, comentou.

Guilherme Boulos, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, cobra ausência de Ricardo Nunes em primeiro debate para o segundo turno das eleições Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Boulos foi cobrado sobre aliança com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) que no primeiro turno apoiou a candidata do seu partido, Tabata Amaral. O candidato do PSOL era ferrenho crítico da gestão de Alckmin no governo de São Paulo. “O que mudou não foram as personalidades das pessoas, nem a minha e nem a dele. O que mudou foi o Brasil. Nesse meio tempo surgiu um campo político de extrema-direita marcado pelo ódio, pela violência, e que fez com que setores que pensam diferente se unam para poder enfrentar esse campo”, justificou.

Visto pelo adversário como um extremista da esquerda, Boulos negou que tenha adotado uma postura mais moderada apenas para disputar a Prefeitura paulistana. “Onde talvez algumas pessoas vejam estridência, radicalismo, eu vejo firmeza, e isso também é o que as pessoas vão escolher no segundo turno, se querem um prefeito fraco, um prefeito que atua como marionete, um pau mandado de outros interesses”, disse.

Na sabatina, Boulos continuou dirigindo suas críticas a Nunes, tentando vincular o prefeito a uma facção criminosa que atua na Capital. “Queria perguntar ao Nunes por que colocou o cunhado do Marcola do PCC no governo”, indagou, dizendo que não usa caixa dois, que sua campanha é transparente.”

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Nas críticas, o candidato do PSOL disse ainda que Nunes foi colocado na Prefeitura pelo ex-governador (e prefeito) João Doria, apontado como um dos responsáveis pelo encolhimento do PSDB. Disse também que seu partido votou contra o fundão, enquanto o PL (de Jair Bolsonaro, que apoia Nunes) votou a favor. E prometeu que, se eleito, vai chamar os vereadores da oposição para dialogar.

Aceno ao eleitorado de Marçal

Além da proposta para jovens, ideia de Marçal, Boulos indicou que desenvolverá ações focadas em melhorar as condições de trabalho da classe autônoma, incluindo os motoristas de aplicativo, além de prometer políticas que fomentem o empreendedorismo na capital paulista – um dos motes da campanha do ex-coach.

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“Eu quero ter a oportunidade de dialogar que votaram no Pablo Marçal. Muita dessas pessoas votaram com o sentimento de não estar representado na política. Eu vou dialogar com cada um desses eleitores”, explicou.

O candidato foi questionado sobre o ‘vai e vem’ em seus posicionamentos em relação a temas caros ao eleitorado paulistano, o que ele negou, aproveitando para questionar as mudanças de Nunes e afirmando, por exemplo, que agora o prefeito é contra as vacinas. Na avaliação de Boulos, esse movimento é uma tentativa oportunista de aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), responsável pela indicação do vice na chapa do emedebista.

Nunes, que já rejeitou o rótulo de bolsonarista e até então se apresentava como um político de centro, agora abraça a cartilha do ex-presidente, posicionando-se contra o passaporte da vacina. “Ser contra a obrigatoriedade da vacina é ser contra a vacinação”, disse Boulos.

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Boulos aproveitou para questionar quantos secretários Bolsonaro indicará à administração municipal, caso Nunes seja eleito. A estratégia da campanha de Boulos é continuar vinculando Nunes à figura de Bolsonaro, que enfrenta alta rejeição na capital paulista.

O candidato do PSOL afirmou ainda que apostará no diálogo para que, caso eleito, consiga aprovar projetos na Câmara Municipal, onde não tem maioria. “Como prefeito vou chamar os vereadores para dialogar e construir esse compromisso com pautas.”

BRASÍLIA – O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) faltou ao primeiro embate para segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo. No debate promovido pelo Grupo Globo nesta quinta-feira, 10, e que virou uma sabatina do deputado federal Guilherme Boulos, o candidato do PSOL aproveitou para anunciar que vai incluir em seu plano de governo uma proposta para jovens do ex-coach Pablo Marçal (PRTB), derrotado no primeiro turno da eleição. O movimento visa atrair os eleitores que votaram no influenciador, que terminou o primeiro turno com 28,14% dos votos.

“Andando nas periferias, ouvi de muitos jovens o pedido para que déssemos destaque ao esporte”, explicou o deputado federal. “O esporte, além de ser saúde e um caminho de vida, salva muitos jovens na periferia, assim como a cultura. Já ouvi muitas histórias de jovens que estavam indo para um caminho errado, e com o esporte reconstruíram suas vidas.”

O candidato disse que pretende incluir uma proposta do influenciador de relacionar o esporte às escolas municipais, mesmo não detalhando como faria isso.

Boulos criticou a ausência de Nunes no debate. A equipe do prefeito vem defendendo uma redução do número de confrontos entre os dois candidatos nessa segunda etapa da disputa eleitoral. O primeiro turno teve número recorde de debates na capital paulista.

“Queria lamentar que o atual prefeito, candidato Ricardo Nunes, tenha fugido do debate. Isso é ruim para a democracia. A gente já teve nessa eleição muito problema com cadeira, mas até agora não tinha tido cadeira vazia”, comentou.

Guilherme Boulos, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, cobra ausência de Ricardo Nunes em primeiro debate para o segundo turno das eleições Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Boulos foi cobrado sobre aliança com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) que no primeiro turno apoiou a candidata do seu partido, Tabata Amaral. O candidato do PSOL era ferrenho crítico da gestão de Alckmin no governo de São Paulo. “O que mudou não foram as personalidades das pessoas, nem a minha e nem a dele. O que mudou foi o Brasil. Nesse meio tempo surgiu um campo político de extrema-direita marcado pelo ódio, pela violência, e que fez com que setores que pensam diferente se unam para poder enfrentar esse campo”, justificou.

Visto pelo adversário como um extremista da esquerda, Boulos negou que tenha adotado uma postura mais moderada apenas para disputar a Prefeitura paulistana. “Onde talvez algumas pessoas vejam estridência, radicalismo, eu vejo firmeza, e isso também é o que as pessoas vão escolher no segundo turno, se querem um prefeito fraco, um prefeito que atua como marionete, um pau mandado de outros interesses”, disse.

Na sabatina, Boulos continuou dirigindo suas críticas a Nunes, tentando vincular o prefeito a uma facção criminosa que atua na Capital. “Queria perguntar ao Nunes por que colocou o cunhado do Marcola do PCC no governo”, indagou, dizendo que não usa caixa dois, que sua campanha é transparente.”

Nas críticas, o candidato do PSOL disse ainda que Nunes foi colocado na Prefeitura pelo ex-governador (e prefeito) João Doria, apontado como um dos responsáveis pelo encolhimento do PSDB. Disse também que seu partido votou contra o fundão, enquanto o PL (de Jair Bolsonaro, que apoia Nunes) votou a favor. E prometeu que, se eleito, vai chamar os vereadores da oposição para dialogar.

Aceno ao eleitorado de Marçal

Além da proposta para jovens, ideia de Marçal, Boulos indicou que desenvolverá ações focadas em melhorar as condições de trabalho da classe autônoma, incluindo os motoristas de aplicativo, além de prometer políticas que fomentem o empreendedorismo na capital paulista – um dos motes da campanha do ex-coach.

“Eu quero ter a oportunidade de dialogar que votaram no Pablo Marçal. Muita dessas pessoas votaram com o sentimento de não estar representado na política. Eu vou dialogar com cada um desses eleitores”, explicou.

O candidato foi questionado sobre o ‘vai e vem’ em seus posicionamentos em relação a temas caros ao eleitorado paulistano, o que ele negou, aproveitando para questionar as mudanças de Nunes e afirmando, por exemplo, que agora o prefeito é contra as vacinas. Na avaliação de Boulos, esse movimento é uma tentativa oportunista de aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), responsável pela indicação do vice na chapa do emedebista.

Nunes, que já rejeitou o rótulo de bolsonarista e até então se apresentava como um político de centro, agora abraça a cartilha do ex-presidente, posicionando-se contra o passaporte da vacina. “Ser contra a obrigatoriedade da vacina é ser contra a vacinação”, disse Boulos.

Boulos aproveitou para questionar quantos secretários Bolsonaro indicará à administração municipal, caso Nunes seja eleito. A estratégia da campanha de Boulos é continuar vinculando Nunes à figura de Bolsonaro, que enfrenta alta rejeição na capital paulista.

O candidato do PSOL afirmou ainda que apostará no diálogo para que, caso eleito, consiga aprovar projetos na Câmara Municipal, onde não tem maioria. “Como prefeito vou chamar os vereadores para dialogar e construir esse compromisso com pautas.”

BRASÍLIA – O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) faltou ao primeiro embate para segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo. No debate promovido pelo Grupo Globo nesta quinta-feira, 10, e que virou uma sabatina do deputado federal Guilherme Boulos, o candidato do PSOL aproveitou para anunciar que vai incluir em seu plano de governo uma proposta para jovens do ex-coach Pablo Marçal (PRTB), derrotado no primeiro turno da eleição. O movimento visa atrair os eleitores que votaram no influenciador, que terminou o primeiro turno com 28,14% dos votos.

“Andando nas periferias, ouvi de muitos jovens o pedido para que déssemos destaque ao esporte”, explicou o deputado federal. “O esporte, além de ser saúde e um caminho de vida, salva muitos jovens na periferia, assim como a cultura. Já ouvi muitas histórias de jovens que estavam indo para um caminho errado, e com o esporte reconstruíram suas vidas.”

O candidato disse que pretende incluir uma proposta do influenciador de relacionar o esporte às escolas municipais, mesmo não detalhando como faria isso.

Boulos criticou a ausência de Nunes no debate. A equipe do prefeito vem defendendo uma redução do número de confrontos entre os dois candidatos nessa segunda etapa da disputa eleitoral. O primeiro turno teve número recorde de debates na capital paulista.

“Queria lamentar que o atual prefeito, candidato Ricardo Nunes, tenha fugido do debate. Isso é ruim para a democracia. A gente já teve nessa eleição muito problema com cadeira, mas até agora não tinha tido cadeira vazia”, comentou.

Guilherme Boulos, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, cobra ausência de Ricardo Nunes em primeiro debate para o segundo turno das eleições Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Boulos foi cobrado sobre aliança com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) que no primeiro turno apoiou a candidata do seu partido, Tabata Amaral. O candidato do PSOL era ferrenho crítico da gestão de Alckmin no governo de São Paulo. “O que mudou não foram as personalidades das pessoas, nem a minha e nem a dele. O que mudou foi o Brasil. Nesse meio tempo surgiu um campo político de extrema-direita marcado pelo ódio, pela violência, e que fez com que setores que pensam diferente se unam para poder enfrentar esse campo”, justificou.

Visto pelo adversário como um extremista da esquerda, Boulos negou que tenha adotado uma postura mais moderada apenas para disputar a Prefeitura paulistana. “Onde talvez algumas pessoas vejam estridência, radicalismo, eu vejo firmeza, e isso também é o que as pessoas vão escolher no segundo turno, se querem um prefeito fraco, um prefeito que atua como marionete, um pau mandado de outros interesses”, disse.

Na sabatina, Boulos continuou dirigindo suas críticas a Nunes, tentando vincular o prefeito a uma facção criminosa que atua na Capital. “Queria perguntar ao Nunes por que colocou o cunhado do Marcola do PCC no governo”, indagou, dizendo que não usa caixa dois, que sua campanha é transparente.”

Nas críticas, o candidato do PSOL disse ainda que Nunes foi colocado na Prefeitura pelo ex-governador (e prefeito) João Doria, apontado como um dos responsáveis pelo encolhimento do PSDB. Disse também que seu partido votou contra o fundão, enquanto o PL (de Jair Bolsonaro, que apoia Nunes) votou a favor. E prometeu que, se eleito, vai chamar os vereadores da oposição para dialogar.

Aceno ao eleitorado de Marçal

Além da proposta para jovens, ideia de Marçal, Boulos indicou que desenvolverá ações focadas em melhorar as condições de trabalho da classe autônoma, incluindo os motoristas de aplicativo, além de prometer políticas que fomentem o empreendedorismo na capital paulista – um dos motes da campanha do ex-coach.

“Eu quero ter a oportunidade de dialogar que votaram no Pablo Marçal. Muita dessas pessoas votaram com o sentimento de não estar representado na política. Eu vou dialogar com cada um desses eleitores”, explicou.

O candidato foi questionado sobre o ‘vai e vem’ em seus posicionamentos em relação a temas caros ao eleitorado paulistano, o que ele negou, aproveitando para questionar as mudanças de Nunes e afirmando, por exemplo, que agora o prefeito é contra as vacinas. Na avaliação de Boulos, esse movimento é uma tentativa oportunista de aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), responsável pela indicação do vice na chapa do emedebista.

Nunes, que já rejeitou o rótulo de bolsonarista e até então se apresentava como um político de centro, agora abraça a cartilha do ex-presidente, posicionando-se contra o passaporte da vacina. “Ser contra a obrigatoriedade da vacina é ser contra a vacinação”, disse Boulos.

Boulos aproveitou para questionar quantos secretários Bolsonaro indicará à administração municipal, caso Nunes seja eleito. A estratégia da campanha de Boulos é continuar vinculando Nunes à figura de Bolsonaro, que enfrenta alta rejeição na capital paulista.

O candidato do PSOL afirmou ainda que apostará no diálogo para que, caso eleito, consiga aprovar projetos na Câmara Municipal, onde não tem maioria. “Como prefeito vou chamar os vereadores para dialogar e construir esse compromisso com pautas.”

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